VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARTE 1
A - INTRODUÇÃO
A promoção do uso racional
dos medicamentos tem sido uma das principais diretrizes preconizadas pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), com o objetivo de orientar as políticas
nacionais de cada Estado Membro, tendo como finalidade a utilização correta dos
produtos farmacêuticos. Para alcançar esse objetivo, é fundamental a
participação ativa e consciente dos profissionais de saúde responsáveis pela
prescrição, dispensa e administração de medicamentos (médicos, farmacêuticos,
enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, etc.), além da ampla
disseminação junto da população, de informações corretas e isentas, inclusive
as conceituais, para a qual, tem importância estratégica a participação de
todos os profissionais de saúde.
É ponto doutrinário
fundamental para a construção de uma política de medicamentos, que a mesma
assente em princípios éticos e na confiabilidade das entidades nela envolvidas,
compreendendo o doente, o prescritor, o dispensador, o produtor e a autoridade
reguladora.
A
administração de medicamentos é um processo multi e interdisciplinar que exige
conhecimento técnico da equipe de saúde. É necessário conhecimento sobre
biodisponibilidade de fármacos para que se mantenha sua eficácia terapêutica.
A
preparação de fármacos injetáveis ocorre normalmente no momento da sua
administração aos pacientes. Em vários países, os medicamentos injetáveis são
preparados por enfermeiros após serem prescritos pelos médicos. Os processos
podem envolver a dissolução de pós, a diluição de fluidos ou a transferência
destes de seu recipiente original a outro, o que proporciona várias etapas em
que podem ocorrer erros.
Com algumas exceções, não conseguimos administrar um fármaco
diretamente no tecido em que desejamos que ocorra a ação do mesmo (tecido
suscetível). Ele chega primeiro à corrente circulatória e depois ao tecido
desejado, ou entra em contato primeiramente com um tecido intermediário
denominado receptáculo e que pode ser, por exemplo, um músculo. Daí o fármaco
distribui-se em tecidos indiferentes, onde fica armazenado e não tem ação; vai
ao tecido suscetível, onde realiza sua ação farmacológica, entra em contato com
o tecido biotransformador onde sua estrutura química é modificada; e depois vai
ao tecido emunctório e sofre excreção.
A biodisponibilidade de um medicamento depende da via de
administração e da formulação farmacêutica disponível. Formulação farmacêutica
e vias de administração são associadas entre si. Além disto, ambas podem ser
fatores importantes na adesão do paciente ao tratamento.
A prescrição e a administração de medicamentos é um ato de competência
legal que pode ser empregado em oportunidades terapêuticas e situações de
Emergência. Isso requer do profissional o conhecimento técnico-científico das
especialidades farmacêuticas, suas vias de administração, formas farmacêuticas
e por fim suas respectivas técnicas de aplicação.
O objetivo é mostrar as Vias de Administração possíveis, além de
detalhar algumas técnicas de injeções, utilizadas para administração de
medicamentos por via parenteral, principalmente empregadas em inúmeras
situações de Emergência que possam acometer o paciente.
Devemos
entender que a via de administração é o caminho pelo qual um medicamento é
levado ao organismo para exercer o seu efeito (BASILE & PAULO,1994). Desta forma as vias de administração
são classificadas da seguinte forma: (CASTRO & COSTA, 1999)
B- OBJETIVOS:
v
Identificar as principais vias de administração
de fármacos
v
Descrever as vantagens das principais vias de
administração
v
Descrever as desvantagens das principais vias de
administração
v
Descrever as técnicas para os pacientes
C - CONCEITO:
Chama-se via de administração o local onde o fármaco entra em
contato com o organismo.
D - CLASSIFICAÇÃO:
1
- ENTERAL (USO INTERNO):
1.1 - Oral
1.2 - Sublingual
1.3 - Retal
2 - VIA PARENTERAL (USO EXTERNO):
2.1 - DIRETAS:
2.1
1 - Intravenosa - Injeção intravenosa (na veia), p. ex. várias
drogas, nutrição parenteral total
2.1.2
– Intramuscular - Injeção intramuscular (no músculo),
p. ex. várias vacinas,
antibióticos e agentes psicoativos de longa duração.
2.1.3
– Subcutânea - Injeção subcutânea (sob a pele), p. ex. insulina
2.1.4
– Intradérmica - Injeção intradérmica, (na própria pele) é
usada para teste de pele de alguns
alergênicos e também para tatuagens
2.1.5 -
Dérmica/ transdérmica
2.1.6
– Intraóssea - Infusão intraóssea (na medula óssea)
é um acesso intravenoso indireto porque a medula óssea acaba no sistema circulatório.
Esta via é usada ocasionalmente para drogas e fluidos na medicina de emergência
e na pediatria,
quando o acesso intravenoso é difícil.
2.1.7 -
Intra-articular
2.1.8
- Intra-arterial - Injeção intra-arterial (na artéria),
p. ex. drogas vasodilatadoras para o tratamento de vasoespasmos e drogas trombolíticas para o tratamento de embolia
2.1.9 -
Intracardíaca
2.1.10
– Intratecal – Injeção Intratecal (injeção ou infusão no fluido cerebroespinhal), p. ex.
antibióticos, anestesia espinhal ou anestesia geral.
2.1.11-
Peridural - Epidural (sinônimo: peridural) (injeção ou infusão no espaço
epidural), p. ex. anestesia epidural
2.1.12
– intraperitoneal - Injeção intraperitoneal,
(no peritônio)
é predominantemente usada na medicina veterinária e no teste de animais para a
administração de drogas sistêmica e fluida, devido à facilidade de
administração comparada com outros métodos parenterais. Intraperitoneal
(infusão ou injeção na cavidade
peritoneal), p. ex. diálise
peritoneal
2.2 -
INDIRETAS:
2.2.1
– Cutânea
2.2.2 – Respiratória
- Inalável,
p. ex. inalação de anestésicos
2.2.3 – Conjuntival/Geniturinária
2.2.4 - Intracanal
2.3 - TÓPICA (INDIRETA)
2.3.1
– Dérmica
2.3.2
– Conjuntival
1 - ADMINISTRAÇÃO ENTERAL:
1.1 - VIA ORAL
É a mais usada, a mais conveniente e a mais econômica. Os
medicamentos dados por v.o., podem ficar retidos na boca e serem absorvidos
pela mucosa oral, ou serem deglutidos e absorvidos pela mucosa gastrintestinal.
Substâncias irritantes não podem ser dadas por v.o. pelo efeito emético.
Está contraindicada em pacientes em condições inadequadas como
vômitos, síndrome de má absorção e inconsciência.
A absorção de substâncias pelo Trato Gastro Intestinal (TGI) é
em sua maior parte explicável em termos de simples difusão de formas
lipossolúveis não ionizadas. Mas ocorre também transporte ativo de certas
substâncias, como glicídios, íons inorgânicos e orgânicos, etc. O epitélio é
pouco ou nada permeável às formas ionizadas das drogas.
Além das propriedades dos fármacos, influenciam sua absorção
outros fatores como o esvaziamento gástrico. Pode-se esperar que alterações no
esvaziamento gástrico tenham efeitos opostos na absorção de ácidos fracos e
bases fracas por causa da diferença de pH no estômago e no intestino. Mas, por
causa da grande superfície de absorção a partir do intestino, a absorção da
maioria dos medicamentos é reduzida se o esvaziamento gástrico é retardado.
Também afetam a absorção de uma substância a sua solubilidade
nos líquidos gastrintestinais e a concentração da solução administrada. A
absorção pode ser retardada ou diminuída se a substância ingerida é instável no
líquido gastrintestinal ou se ela se torna ligada a alimentos ou outros
conteúdos do TGI.
Como a
administração oral de medicamentos é segura, mais conveniente e menos
dispendiosa, a maior parte das medicações é normalmente administrada por esta
via.
As
medicações para administração oral são disponíveis em muitas formas:
comprimidos, comprimidos de cobertura entérica, cápsulas, xaropes, elixires,
óleos, líquidos, suspensões, pós e grânulos.( Enfermagem Básica, Ed Reedel,
1999 )
As
medicações orais são algumas vezes prescritas em doses maiores que seus
equivalentes parenterais, porque após absorção através do trato gastrointestinal,
elas são imediatamente metabolizadas no fígado antes de atingir a circulação
sistêmica, diminuindo assim efeitos adversos (CASTRO & COSTA, 1999). A
administração oral é contraindicada em pacientes inconscientes, náuseas e
vômitos, bem como naqueles incapazes de engolir.
1.2 - VIA SUBLINGUAL
Permite absorção rápida pela mucosa oral de vários
medicamentos. Pode ser alcançada uma concentração medicamentosa mais elevada no
sangue do que quando a absorção ocorre em porção mais baixa do TGI, porque é
evitado o metabolismo de primeira passagem pelo fígado, e porque não há
interação da droga com o suco gástrico, nem formação de complexos com os
alimentos.
Permite a
retenção do fármaco por tempo mais prolongado. Propicia absorção rápida de pequenas
doses de alguns fármacos, devido ao suprimento sanguíneo e a pouca espessura da
mucosa absortiva, permitindo a absorção direta na corrente sanguínea. O
dinitrato de Isossorbida (5mg) é uma medicação administrada via sublingual em
casos de Crise de Angina do Peito, situação de emergência que pode acometer
alguns pacientes durante uma intervenção odontológica. As formas farmacêuticas
são geralmente comprimidos que devem ser dissolvidos inteiramente pela saliva,
não devendo ser deglutidos.
1.3 - VIA RETAL
Está indicada para pessoas que estejam impossibilitadas de
deglutir fármacos (inconsciência ou emese) e quando se deseja evitar o suco
gástrico ou a circulação porta. Todavia, a absorção por essa via é com
frequência irregular e incompleta e muitas substâncias causam irritação da
mucosa retal.
É utilizada
em pacientes que apresentam vômitos, estão inconscientes ou não sabem deglutir.
As formas farmacêuticas empregadas são soluções, suspensões e supositórios.
Suas
maiores limitações de uso são incomodidade de administração, possibilidade de
efeitos irritativos para a mucosa e absorção errática devido à pequena
superfície absorvível e incerta retenção no reto.
2 - ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL:
O termo
parenteral provém do grego “para” (ao lado) e “enteros”(tubo digestivo),
significando a administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” ou sem
utilizar o trato gastrointestinal (CASTRO & COSTA, 1999). Esta
via é indicada para administração de medicamentos a pacientes inconscientes,
com distúrbios gastrointestinais e nos pacientes impossibilitados de engolir. É
indicada ainda quando se espera uma ação mais rápida da droga, na administração
de medicamentos que se tornam ineficientes em contato com o suco digestivo
(HORTA et al, 1973) A via parenteral consiste na administração de medicamentos
através das seguintes vias:
2.1 - VIAS DIRETAS:
2.1.1 - INJEÇÃO INTRAVENOSA OU
ENDOVENOSA:
A administração intravenosa
ou endovenosa é efetuada, introduzindo-se o medicamento diretamente por uma
veia, na corrente sanguínea. Em geral, recorre-se à veia basílica, por ser
superficial facilmente localizável e estar em ligação com outras grandes veias
do braço. A quantidade de soluções a injetar varia entre limites muito altos,
sendo correntes volumes de 1 a 1000 ml ou mesmo superiores. A administração
endovenosa de grandes volumes de soluções aquosas designa-se como flebóclise,
venóclise ou perfusão endovenosa.
Por esta via apenas se
administram preparações aquosas, majoritariamente sob a forma de solução, e em
menor grau, suspensões aquosas ou emulsões de óleo em água.
Em qualquer destes dois
últimos, casos é fundamental que as partículas suspensas ou emulsionadas
apresentem diâmetros inferiores a 7 mícrons (em regra 1-2 mícrons) valor médio
do diâmetro dos eritrócitos, caso contrário poderá dar origem a fenômenos de
trombose e/ou embolia.
Os medicamentos destinados a
administração por via intravenosa devem ser isotônicos, isentos de piro gênios
e possuir um pH neutro (6,0 e 7,5). Contudo são toleráveis sem acidentes,
desvios mínimos para o lado da hipotonia (soluções correspondentes a
concentrações de cloreto de sódio maiores do que 0,44%), uma vez que a
resistência dos eritrócitos permite evitar a hemólise. Pequenos volumes (1-2
ml), mesmo fortemente hipotônicos não ocasionam danos, uma vez que é elevado o
volume e a velocidade do sangue circulante, permitindo dessa forma a rápida
diluição do líquido injetado.
É corrente a administração
de soluções hipertônicas por via endovenosa, pois mesmo para volumes elevados (>100
ml), o estado antifisiológico que se cria não provoca lesões apreciáveis, dado
que a plasmólise é um processo reversível.
Existem três formas clássicas de administração de
medicamentos por via I.V.:
De acordo com FakiH ( 2000) essas perfusões
podem ser em administrada das seguintes formas:
v Direta -
Caracteriza-se pela administração direta dos medicamentos na veia, ou através
de um ponto de injeção no cateter. Dependendo do tempo e duração da
administração denomina-se por:
v Bólus: Se dura menos de um
minuto e
v Perfusão lenta :
Se dura 3-10 minutos.
v
Perfusão rápida: É a administração
intravenosa realizada entre 1 e 30 minutos. Algumas podem ser realizadas com
seringa, tempo superior a 10 minutos recomenda-se a utilização de bureta.
v Perfusão
intermitente - Caracteriza-se pela administração de preparações
medicamentosas injetáveis já diluídas através de sistemas de perfusão; usa-se
para volumes compreendidos entre 50-100 ml, perfundidos à velocidade de 120-210
ml/h.
v
Perfusão contínua - Caracteriza-se pela administração de
medicamentos através de sistemas de perfusão regulados por bombas perfusoras;
usa-se para grandes volumes (superiores a 500 ml) perfundidos à velocidade de
100-125 ml/h. É a administração realizada em tempo superior a 60minutos,
ininterruptamente.
Uma vez que o medicamento é
introduzido diretamente na corrente sanguínea não se pode falar em velocidade
de absorção. Por este motivo esta via é a mais rápida. É bom não esquecer que
esta vantagem traz como consequência, o perigo de relações secundárias como a
sobrecarga medicamentosa, choque (hipersensibilidade do doente ao fármaco ou
formulação) e o risco aumentado de infecção.
v Consiste na
administração de drogas diretamente na veia. Pode ser chamada também de
endovenosa.
v Existem veias
superficiais e profundas e nesses vasos sempre o sangue sempre circula em
direção ao coração.
v As veias apresentam
inervação em toda sua estrutura e internamente apresentam válvulas semilunares
que impedem o refluxo sanguíneo.
As
indicações para esta via de administração são:
v Grandes volumes de
medicações;
v Substancias
irritantes que poderiam causar necroses por outra via;
v Ação imediata da
droga;
v Infusão rápida de
soluções.
v Não ha limite de
volume a ser administrado por esta via, exceto nos casos de patologias ou
indicação clinica.
A
técnica de aplicação requer alguns cuidados:
Em alguns casos esta via é essencial para a droga ser
absorvida de forma ativa; a absorção é geralmente mais rápida e mais
previsível, sendo que a dose eficaz pode ser acuradamente selecionada. Nas
emergências esta via é muito útil. Em pacientes inconscientes, incapacitados de
reter qualquer coisa na boca ou naqueles que não cooperam esta via é uma
necessidade. As desvantagens apresentadas por esta via são inúmeras também. Para
evitar infecções devemos manter assepsia estrita; injeções extravasculares não
intencionais podem ocorrer; o paciente pode apresentar dor; há dificuldade de
automedicação. A terapia parenteral é também mais cara e menos segura que a
v.o.
As drogas em solução aquosa, que não precipitam ou hemolisam
eritrócitos podem ser administradas diretamente na circulação por esta via. A
absorção por esta via é evitada e a concentração sanguínea desejada é obtida
rápida e precisamente, de forma que a ação da droga manifesta-se em seguida. Se
a infusão for contínua é possível manter níveis estáveis constantes. Soluções
irritantes e hipertônicas só podem ser aplicadas por esta via, já que as
paredes dos vasos são relativamente insensíveis e o medicamento dilui-se no sangue,
se lentamente injetado. Os perigos apresentados por esta via são reações
desfavoráveis, mais propensas de ocorrer do que quando qualquer outra via é
usada. Depois de injetado, não há maneiras de retirar-se o medicamento; quando
usamos a via subcutânea a absorção pode ser interrompida pela oclusão do
retorno venoso a partir do ponto de injeção.
As injeções repetidas dependem de veias potentes. Há riscos da
própria técnica, por isso, a agulha deve ter bisel afiado e curto e devemos
evitar a transfixação da veia. A introdução da agulha deve ser por uma extensão
mínima de 1 cm e, em infusões demoradas a agulha deve ser mantida firme com
esparadrapo. Sendo assim, as aplicações intravenosas têm indicações
específicas. Não é apropriada para medicamentos oleosos e de depósito.
Existem veias superficiais e profundas e nesses vasos sempre
o sangue sempre circula em direção ao coração. As veias apresentam inervação em
toda sua estrutura e internamente apresentam válvulas semi lunares que impedem
o refluxo sanguíneo. As veias preferenciais estão localizadas:
v Dobra do Cotovelo: Basílica, Mediana e
Cefálica;
v Antebraço;
v Dorso das mãos.
A medicação
poderá ser administrada ainda em veias profundas, por meio de cateteres
endovenosos introduzidos por punção ou flebotomia (HORTA et al, 1973).
Esta via é
utilizada em casos de emergência na qual o paciente se encontra inconsciente,
como por exemplo, nos casos de Crise Hipoglicêmica, onde a conduta seria a
administração de Glicose 50% por via intravenosa (MENDES et al, 1988).
Modo de aplicação:
Ø Posicionar o braço do
paciente sobre o suporte ou sobre a cama e escolher o melhor acesso. Começar a
puncionar sempre pela parte distal e se for manter soroterapia evitar punções
em articulações;
Ø Nunca dar tapinhas
sobre as veias, isso pode causar lesões nos vasos e se paciente tiver de
ateromas aderidos na parede vascular, pode sofrer uma embolia, pois isso
estimula o deslocamento de trombos;
Ø Se o paciente tiver
acesso venoso difícil, pedir para ele colocar o braço abaixo do nível do
coração e abrir e fechar a mão em movimentos repetitivos. Isso melhora a
visualização do acesso venoso;
Ø Evitar punções nos
MMII já que o retorno venoso e mais difícil pela ação da forca da gravidade.
Isso e mais complicado ainda em pacientes com insuficiência vascular
periférica;
Ø Colocar o garrote
próximo ao local de punção para provocar a êxtase sanguíneo;
Ø Fazer uma antissepsia
ampla e no sentido contrario dos pelos para uma limpeza mais eficiente;
Ø Se for puncionar com
scalp, retirar o ar do circuito. E se for instalar soroterapia, conecta-lo no
equipo de soro;
Ø Manter o bisel
voltado para cima;
Ø Após o preparo da medicação, pedir ao
paciente para abrir e fechar a mão diversas vezes, com o braço voltado para
baixo (para melhorar a visualização das veias);
Ø Distender a pele no
local de punção;
Ø Usar angulo de
aproximadamente 15 graus;
Ø Escolher a veia, garrotear sem
compressão exagerada, acima do local escolhido;
Ø Pedir ao paciente para fechar a mão e
manter o braço imóvel;
Ø Expelir todo o ar da seringa; com a
mão esquerda, esticar a pele, fixar a veia e segurar o algodão embebido em
álcool;
Ø Para ver se esta
corretamente na veia verificar o retorno sanguíneo;
indicador da mão direita, e a seringa com os demais dedos;
Ø Introduzir a agulha e após o refluxo
de sangue na seringa, pedir para o paciente abrir a mão, e com a mão esquerda
retirar o garrote;
Ø Soltar o garote e
iniciar a infusão lentamente e observar possíveis reações do paciente;
Ø Se for instalar
soroterapia fazer o controle do gotejamento. Isso e de extrema importância,
pois influencia na reposição de eletrólitos que o paciente esta recebendo ou em
volume mínimo que o paciente talvez tenha que receber;
Ø Ao retirar o acesso
venoso, comprimir firmemente o local e pedir para o paciente não dobrar o braço
se for na articulação, pois isso proporciona o aparecimento de hematomas;
Ø Administrar a medicação, retirar a
agulha e comprimir com algodão embebido no álcool, sem massagear;
Ø Colocar um curativo
no local da punção.
Observações importantes:
A solução deve ser cristalina, não
oleosa e não conter flocos em suspensão;
Retirar todo ar da seringa, para não
deixar entrar ar na circulação;
Aplicar lentamente, observando as
reações do paciente;
Verificar se a agulha permanece na
veia durante a aplicação;
Retirar a agulha na presença de
hematoma, infiltração ou dor.
A nova picada deverá ser em outro
local, de preferência em outro membro.
2.1.2 - INJEÇÃO INTRAMUSCULAR:
Este tipo de administração consiste na introdução de
medicamentos e/ou drogas no interior do corpo muscular.
Esta via e utilizada
para administração de substancias irritantes, de difícil absorção, para um
maior volume de soluções (ate 5 ml) e para administração de drogas que precisam
ser absorvidas mais rapidamente que pelas vias subcutâneas ou intradérmica.
Administração
direta do injetável na massa muscular. Habitualmente são escolhidos os músculos
da nádega, da coxa e da espádua. O músculo estriado é dotado de elevada
vascularização, sendo em contrapartida, pouco inervado por fibras sensitivas.
Estas duas características conferem-lhe facilidade de absorção medicamentosa e
simultaneamente a possibilidade de uma administração menos dolorosa.
Habitualmente, o volume de líquidos administrado não ultrapassa os 10 ml, sendo
na maioria dos casos bastante menor (1 a 5 ml). Algumas injeções
intramusculares são dolorosas, pelo que é frequente incluir na sua fórmula
anestésicos locais que, simultaneamente tenham conservantes, como o álcool
benzílico ou o clorobutanol.
As preparações para administração I.M. podem apresentar-se sob a forma
de:
v Soluções
aquosas
Soluções cuja tonicidade é
semelhante ao soro sanguíneo. São permitidos pequenos desvios no sentido da
hipotonia e, em alguns casos, é até aconselhável uma ligeira hipertonicidade,
uma vez que provoca um leve derrame local dos fluídos dos tecidos (exosmose), o
que pode originar uma absorção uniforme.
O pH é outro fator a
considerar. Na prática corrente, considera-se aceitável a utilização de
injetáveis cujo pH varie entre 4,5 e 8,5. Quando o pH é demasiado baixo ou
elevado, podem ocasionar-se reações que vão da simples dor, com congestão e
inflamação subsequentes, até à destruição por necrose dos elementos celulares.
A dor concomitante ou
subsequente à injeção, não depende exclusivamente das características
físico-químicas da fórmula, mas pode estar ligada à acho do próprio fármaco. A
penicilina é dolorosa, ao contrário da estreptomicina, embora o pH e tonicidade
da solução sejam muito próximos dos valores ideais.
v Soluções
oleosas
São soluções em que a
viscosidade é uma característica a ter em conta, uma vez que a tolerância local
e a velocidade de absorção do fármaco são favorecidas pela fluidez da
preparação.
Soluções cujo veículo não é
a água ou o óleo - exemplo de alguns alcoóis como os glicóis, que de um modo
geral, apresentam elevada viscosidade e são dolorosas.
A absorção do fármaco é mais
rápida se o solvente escolhido for miscível com a água. É com base neste
princípio que se fundamenta o emprego de formas medicamentosas de ação
prolongada destinada à via I.M.. Com efeito, se um fármaco insolúvel em
água, se dissolver num veículo hidromiscível, mas anidro, ao proceder-se à
injeção I.M. precipitará no seio do músculo: a água do tecido muscular
mistura-se com o solvente injetado diminuindo o coeficiente de solubilidade do
fármaco que precipita "in situ". Este tipo de ejetáveis
proporcionará a obtenção de um verdadeiro depósito do fármaco no seio da massa
muscular, de onde irá ser absorvido muito lentamente. Exemplo característico
são os hormônios sexuais, fármacos insolúveis na água, mas miscíveis com o
trietilenoglicol (hidrossolúvel).
v Suspensões
A absorção do fármaco
processa-se lentamente, conseguindo-se sob esta forma, verdadeiros injetáveis
de ação prolongada.
A penicilina procaínica é
solúvel na proporção de 800 U/ml de água, enquanto que a penicilina benzatínica
dissolve-se no mesmo volume, mas apenas numa quantidade correspondente a 200 U.
O coeficiente de solubilidade dos dois antibióticos ocasiona o diferente
comportamento dos dois injetáveis. Embora se aplicando ambos em suspensão
intramuscular aquosa, a penicilina procaínica apenas é mensurável no sangue até
cerca de 20 horas após a injeção, enquanto que a penicilina benzatínica ainda é
evidenciável mesmo decorridos 10 a 15 dias. Vê-se, pois, que a velocidade de
absorção do fármaco suspenso, depende fundamentalmente das suas características
de solubilidade na água.
As
soluções são isotônicas de aspecto coloidal ou cristalino. O volume.administrado não deve ser
superior a 5 mL. Se houver necessidade de aplicar um volume maior, deve-se
fracionar a injeção e realiza-las em locais diferentes.
As
regiões de aplicação são:
1 - Região dorso glúteo (músculo glúteo Maximo)
2 - Região vento glútea (músculo glúteo, médio e
mínimo).
3 - Região antero lateral da coxa (músculo vasto
lateral)
4 - Região deltoideana (músculo deltoide - só em
ultimo caso)
Região
dorso glútea
Identificada como região da nádega, e nela que
se encontra o músculo glúteo máximo. Este local de aplicação e contra indicado
em:
1 - Crianças menores que dois anos;
2 - Crianças maiores que dois anos com reduzido
desenvolvimento muscular;
3 - Pessoas com atrofia dos músculos da região;
4 - Idosos com flacidez e atrofia senil;
5 - Pessoas com insuficiência e complicações
vasculares dos MMII.
Os decúbitos utilizados são aqueles que proporcionam maior
conforto e segurança.
Para administrar neste local, deve-se dividir a região dorso
glútea em quatro quadrantes, delimitando o quadrante superior externo com um
triangulo ou sub dividindo em quadrante para possibilitar um adequado
distanciamento do nervo ciático.
A
Técnica de aplicação consiste:
1 - Fazer uma ampla antissepsia;
2 - Com os dedos indicador e polegar da mão
esquerda, esticar a pele afastando o tecido subcutâneo ou fazer uma prega mais
profunda;
3 - Introduzir toda a agulha em angulo de 90
graus de uma só vez;
4 - Soltar o músculo e puxar o embolo;
5 - Se houver retorno de sangue, retirar a
seringa, comprimir o local e realizar nova punção;
6 - Após injetar lentamente a solução, retirar a
agulha e massagear suavemente o local ou comprimir se houver sangramento.
Região
ventro glútea ou rochstter
Técnica muito utilizada em países desenvolvidos,
porem aqui não e muito utilizada basicamente por receio e desconhecimento.
Formada pelos músculos glúteos médio e mínimo, sabe-se que o
glúteo médio se origina da asa do ílio, e suas fibras se inserem no trocanter
maior; o glúteo mínimo origina-se do ílio e se insere a frente do glúteo médio.
Ambos são em forma de leque.
Para a grande maioria dos autores esta técnica não tem contra
indicações, já que a irrigação e a inervação localizam-se a uma boa
profundidade e dificilmente seriam atingidos.
Os decúbitos mais utilizados são o ventral, dorsal, lateral,
de pé ou sentado.
A
técnica de aplicação consiste:
v Posicionar o paciente
de maneira confortável;
v Delimitar a região de
aplicação colocando a mão esquerda sobre o quadril direito ou esquerdo
acompanhando o trocanter, localizando com o dedo indicador a espinha ilíaca
antero superior.
v Com os dedos
indicador e médio formar um triangulo, definindo desta forma o local de
aplicação. Manter o dedo médio sobre a crista ilíaca;
v Fazer a antissepsia
do local;
v Delimitar novamente o
local e realizar a punção em angulo de 90 graus, posicionando a agulha
ligeiramente na direção da crista ilíaca;
v Puxar o embolo e se
houver retorno de sangue retirar a agulha, comprimir o local e fazer nova
punção;
v Injetar lentamente a
medicação, retirar a agulha no mesmo sentido de introdução e massagear
suavemente o local.
v Região antero lateral da coxa
E a administração de medicação no músculo vasto
lateral. E um músculo desprovido de grandes vasos e por isso oferece maior
segurança que a dorso glútea e a deltoideana para a aplicação de injeções
intramusculares.
Tem
como contra indicações:
v Pacientes com
fibroses locais decorrentes de inúmeras aplicações;
v Pacientes com
contratura do quadriceps femoral ( atrofias ).
v O decúbito utilizado
pode ser o dorsal ou sentado, sendo neste ultimo que a perna do paciente deve
estar fletida.
v Esta ultima posição
favorece a auto aplicação quando necessária.
A
técnica de aplicação consiste :
v Posicionar o paciente
no decúbito recomendado;
v Medir a região
lateral da coxa em três partes. O local utilizado e o terço médio;
v Fazer a antissepsia
em sentido contrario dos pelos;
v Em angulo de 90
graus, aplicar a medicação, se houver retorno de sangue, retirar a agulha,
massagear o local e fazer nova punção;
v
Retirar a agulha no mesmo angulo de introdução e massagear
suavemente o local.
Região deltoideana
Constituição
anatômica
Essa região e formada por um músculo muito
pequeno (o deltoide) de espessura
reduzida, tecido denso e estriado. esse músculo encontra-se separado do grande
peitoral pelo sulco deltopeitoral, por onde passa a veia cefálica em sua parte
mais profunda, o deltoide atinge o terço superior do úmero e articulação
escapulo - umeral. e revestido pela pele, por tecido conjuntivo subdérmico e
por aponeurose superficial sua vascularização e feita pelas artérias principal,
circunflexa posterior e umeral.
A inervação se da
pelo plexo cervical e braquial, que tem como ramo importante o nervo
circunflexo. Este ultimo se origina junto com o nervo radial, formando o tronco
radiocircunflexo. O nervo circunflexo apresenta um trajeto horizontal, 6 cm
abaixo do processo acromio-clavicular, sob a parte superior do úmero.
Contraindicação
do deltoide
Este músculo e contraindicado para pessoas:
v Menores de 10 anos e
idosas;
v Com complicações
vasculares dos membros superiores;
v Acometidas por
acidente vascular cerebral com parestesia ou paralisia dos braços;
v Que sofreram
mastectomia e/ou esvaziamento cervical;
v
Caquéticas ou muito emagrecidas.
Observação: Já existem países que
proíbem aplicação no músculo deltoide devido a complicações.
Material Necessário
Uma
bandeja com:
1 - Ampola ou frasco-ampola com medicamento;
2 - Recipiente provido de tampa com bolas de algodão secas;
3 - Almotolia com álcool a 70%;
4 -Serrinha caso ampola não seja pré-serrada;
Seringa de 3 ml, 5 ml ou 10ml;
5 - Agulha para aspiração de calibre 25x8, 25x9,
25x10, 30x9, 30x10, 40x12'ou 40x16;
6 - Agulha para aplicação com calibre 25x7,
25x8, 30x7 ou 30x8;
7 - Cuba-rim para lixo.
Posição
do braço
O braço deve ser mantido fletido sobre a linha media do
abdome
Técnicas
de aplicação
1- Com o material previamente preparado, colocar
a bandeja sobre a mesa de
cabeceira;
2 - Orientar o paciente sobre o que será feito, preparando-o
psicologicamente
3- Colocar o braço do paciente em posição
confortável, orientando-o, a mantê-lo fletido sobre o abdome;
4 - Fazer antissepsia de cima para baixo, em uma
área ampla, virando a bola de algodão a cada movimento;
5- Segurando a bola de algodão entre os dedos da mão
esquerda, retirar o protetor da agulha;
6- Com o polegar e o indicador da mão esquerda, esticar a
pele e fixar o músculo, aprisionando a maior parte possível do músculo a quatro
dedos da articulação escapulo-umeral ou inicio do ombro. No caso de pessoas
obesas apenas esticar a pele a fim de afastar o tecido adiposo assegurando a
introdução da agulha no interior do músculo;
7 - Com
um angulo de 90 graus (perpendicular ao músculo), puncionar toda a agulha na
parte central do músculo;
8 - Soltar o músculo e com a mão esquerda,
segurar o corpo da seringa, puxando o embolo em seguida;
9- Caso haja sangue, retirar a seringa, fazer
compressão no local, trocar a agulha, seringa e medicação e puncionar o outro
braço;
10- Caso não haja sangue, injetar o medicamento lentamente;
11- Retirar a seringa,
fixando a região com a bola de algodão;
12- Observar reações no paciente antes e depois da aplicação;
13 - Levar todo o material a sala de serviço e desprezar
agulha e seringa
sem desconcertar ou reencapar a agulha, em
recipiente próprio para material perfuro cortante;
14 - Limpar e
desinfetar a bandeja, deixando, o ambiente em ordem; checar no prontuário o
medicamento administrado e anotar possíveis reações observadas.
Complicações
durante e após a aplicação
v Dor - as aplicações costumam ser muito doloridas quando
feitas rapidamente, quando o volume de medicamento for inadequado para tamanho
do músculo, quando o local for impróprio para aplicação ou quando o músculo
estiver contraído.
v
Embolias - são ocorrências
extremamente perigosas causadas pela injeção de substâncias indevidas (oleosas,
suspensões, ar, pedaços de coágulos entre outras) em veias ou artérias,
causando a obstrução de pequenos vasos sanguíneos, levando a necrose (morte) da
área atingida. Cuidado! Não esqueça de puxar o embolo para verificar se não foi
atingido nenhum vaso acidentalmente antes da aplicação.
v
Hematomas - são manchas
arroxeadas que aparecem no local da aplicação, causadas pelo extravasamento de
sangue dos vasos sanguíneos para os tecidos (pele), devido a um traumatismo.
Normalmente quando isto ocorre alguns dias são necessários para seu
desaparecimento total.
v
Lesões Nervosas - causadas quando as
aplicações são feitas próximas de nervos motores, podendo causar sérios
problemas desde dores intensas até comprometimento de movimentos. O
conhecimento da anatomia dos locais exatos de aplicação evita este tipo de
acidente. (Lesão dos nervos radial, ulnar, escapular ou axilar); Lesão tissular de ramos do feixe vasculonervoso
(artérias e veias circunflexas, ventral e dorsal) Castellanos (1987:25) apud
Horta & Teixeira;
v
Nódulos - são causados quando aplicação é
realizada com agulha menor que a indicada, introduzida parcialmente, ou grande
inclinação, tomando a injeção muito superficial. Para evitar este tipo de
problema verificar o tamanho ideal de agulha e tomar cuidado principalmente com
medicamentos oleosos. Nódulos e fibroses por
aplicações repetidas no mesmo local. (Endurações
- são causadas pela aplicação repetida no mesmo local, deixando a região
"empedrada". Nestes casos é aconselhável a mudança do local pois o
medicamento reflui tomando sua absorção muito difícil. Massagens e compressas
quentes são indicadas).
v
Reações alérgicas ou
Choque Anafilático
- são causadas pela injeção de medicamento ao qual o paciente é alérgico,
podendo ir desde reações que provocam vermelhidão e prurido (coceira) pelo
corpo, até reações complexas e graves como o choque anafilático, que quando
ocorre necessita urgência de atendimento hospitalar. A reação pode começar
durante ou após aplicação, podendo o paciente apresentar: boca seca,
formigamento da língua, respiração ofegante, pressão baixa, pele úmida e fria.
v
Paralisia dos músculos do membro superior; Lesão da arterial umeral; Lesão do nervo circunflexo com
provocação do chamado sinal de Anger (parestesia da parte posterior do
deltoide); Atrofia do deltoide; Abscessos sépticos - causados pela falta de
antissepsia. O local é contaminado apresentando pus e inflamação.
v
Gangrena por lesão de vasos sanguíneos; Ulceração ou necrose tecidual por
administração de medicamentos contra indicados para esta via; Reações orgânicas
por intolerância a solução injetada; Tétano
e/ou hepatite, em decorrência da contaminação do material durante o manuseio; Inflamações provocadas por
medicamentos irritantes aplicados em grande volume;
Observação : Higiene e
antissepsia antes e depois da aplicação são procedimentos importantíssimos.
Este é
um dos motivos em não realizar aplicações sem receituário médico. A prevenção
também pode ser feita realizando-se o teste alérgico (preferencialmente em
Hospitais e Clínicas Especializadas) que seguem padrões recomendados, sendo por
este motivo proibidos de serem feitos em farmácias.
Tonturas
e desmaios - podem ocorrer em qualquer tipo de aplicação devido à ansiedade,
falta de alimentação ou medo com a expectativa da dor, antes ou após aplicação.
Normalmente
não tem maiores consequências, mas ocorrendo deve-se colocar a pessoa sentada
em lugar ventilado para recuperá-la do mal-estar.
Se os
sintomas não desaparecem rapidamente ou ocorrer desmaio acionar rapidamente
assistência médica.
Injeta-se a
droga profundamente no tecido muscular. As drogas em solução aquosa são
rapidamente absorvidas. Podemos dissolver ou suspender substâncias em óleos o
que faz sua velocidade de absorção ser mais lenta e uniforme. Substâncias de
baixa solubilidade são também lentamente absorvidas a partir desta via. As
substâncias levemente irritantes que não podem ser aplicadas pela via
subcutânea podem ser injetadas no músculo.
Injeções
Intramusculares depositam a medicação profundamente no tecido muscular, o qual
é bastante vascularizado podendo absorver rapidamente. Esta via de
administração fornece uma ação sistêmica rápida e absorção de doses relativamente
grandes (até 5ml em locais adequados). Pelo fato de possuir uma ação rápida,
esta via é utilizada em quadros de Reação Anafilática, através da administração
Intramuscular de Betametazona ou Dexametasona (Disprospan R ou
Decadron R), como conduta emergencial (MENDES et al, 1988).
As injeções
intramusculares são recomendadas para os pacientes não cooperativos ou aqueles
que não podem tomar a medicação via oral e para as medicações que são alteradas
pelo suco digestivo. Os tecidos musculares possuem poucos nervos sensoriais,
permitindo na injeção uma administração menos dolorosa de medicações
irritantes. O local de uma injeção intramuscular deve ser escolhido
cuidadosamente, levando em consideração o estado físico geral do paciente e a
proposta da injeção. As injeções intramusculares são contraindicadas em
pacientes com mecanismo de coagulação prejudicados, em pacientes com doença
vascular periférica oclusiva, edema e choque, porque estas moléstias prejudicam
a absorção periférica. Além de não serem administrado em locais inflamado,
edemaciado ou irritado ou ainda em locais com manchas de nascença, tecido
cicatrizado ou outras lesões.
FONTE;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS E TÉCNICAS DE INJEÇÕES AO ALCANCE DO
CIRURGIÃO-DENTISTA.
Drug administration lines and injection techniques in the reach of
dental surgeon Francisco Octávio Teixeira PACCA,
Carlos Eduardo Xavier dos Santos RIBEIRO DA SILVA, Artur CERRI, Rosiene de Freitas LIMA
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BASILE,
A.C., PAULO, L.G.P. Farmacologia Aplicada.1994 p.13-21.
CASTRO,
M.S.; COSTA,T.D.Vias e métodos de
administração e formas farmacêuticas.
In: Farmacologia Clínica
para Cirurgiões-Dentistas. 1999 p. 29-35.
Enfermagem
Básica- Teoria e Prática.
1999. Editora Reedel Ltda.
HORTA,WANDA
AGUIAR. TEIXEIRA,MILTON DE SOUZA. Injeções Parenterais. Ver. Esc.
Enfermagem USP 7(1):46-79.marc.1973.
KAWAMOTO,
E.E. FORTES, J.I. Fundamentos de Enfermagem. 1997. Editora Pedagógica e
Universitária Ltda.
MENDES,
ISABEL AMÉLIA COSTA. NOGUEIRA, MARIA SUELY et al. Rev.Bras. Enfermagem.
41(2):93-6.abr-jun. 1988.
WANNMACHER,L.;
FUCHS,F.D. Farmacologia Clínica. Fundamentos da terapêutica racional.
1998 p.29-37. Guanabara Koogan.
*
Após injetada uma droga na corrente sanguinea, a sua distribuição é mais lenta em qual tecido?
ResponderExcluirComo é a aplicação em leque?
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