VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
PARTE 2
2.1.3 - INJEÇÃO SUBCUTÂNEA OU HIPODERMICA:
Esta via consiste na administração de medicamento na
hipoderme, conhecido também como tela subcutânea.
Os medicamentos são administrados na pele entre a derme e a
epiderme. O volume injetado é sempre muito pequeno, na ordem dos 0,06 a 0,18
ml, sendo geralmente escolhida a zona do antebraço.
E indicada para administração de hormônios (insulina,
adrenalina), vacinas e anticoagulantes. Isto porque e uma via onde a absorção e
lenta continua insegura.
O volume máximo administrável e de 3 mL. Volumes
maiores causam dor e irritação local proveniente de uma dilatação tecidual.
Os locais mais indicados para a aplicação destas soluções,
que podem estar em veiculo aquoso ou oleoso, são as regiões que possuem bom
desenvolvimento do tecido subcutâneo. Para uma terapia e eficaz e segura,
deve-se revezar o local de aplicação e guardar distancia de 3,5 cm entre as
aplicações.
Os
locais mais indicados são:
Ø Parte superior externa
dos braços;
Ø Face lateral e
frontal das coxas;
Ø Região glútea direita
e esquerda;
Ø Região supra e
infraumbilical;
Ø Região intermediaria
lateral das costas;
Ø Região supra escapular.
Cuidados
na Administração de Insulina
Existem vários tipos de insulina
industrializadas no mercado, sendo todas elas injetáveis, pois o hormônio não e
assimilado pelos sucos digestivos. Alguns tipos:
a) Suínas extraída do pâncreas do porco;
b)
Lispro (Humalog) de ação ultrarrápida;
c) Ultra-lenta.
Existe a insulina NPH de ação lenta e a simples (regular de
ação rápida mais curta)
Locais
de Aplicação
Ø Deve-se fazer o
revezamento de locais de aplicação da insulina conforme o citado em
administração subcutânea.
Ø Realizando o rodízio,
evita-se a presença de abscessos, lipodistrofias e o endurecimento de tecidos
na área da injeção.
Ø Abscessos normalmente
são causados por falhas na antissepsia no processo de preparo e aplicação da
insulina;
Ø Lipodistrofias são
lesões que formam no tecido adiposo subcutâneo.
Ø A lipoatrofia e a
redução ou desaparecimento da gordura do tecido adiposo e a lipo hipertrofia e
o acumulo de gordura nas áreas onde a insulina foi injetada.
Ø Esses tipos de lesões
são causadas por trauma mecânica (aplicação da agulha repetidas vezes no mesmo
local), excesso de álcool na assepsia local, insulina gelada ou com impurezas.
Ø Por fim, a
hipoglicemia e uma reação importante e comum em quem se faz uso de insulinoterapia.
Ø Pode levar ao coma e
a morte se não houver uma rápida intervenção.
Ø Níveis glicêmicos
abaixo de 30mg/dl ja levam ao coma.
Para
evitar esse tipo de reação, devem-se observar alguns cuidados:
v Certificar-se da
dosagem e tipo da insulina a ser administrada;
v Não aplicar insulina
muito antes das refeições;
v Não pular refeições e
nem atrasar;
v
Evitar erros nas dosagens de hipoglicemiantes orais;
v Observar a presença
de vômitos e diarreias.
Usada apenas para drogas não irritantes dos tecidos, do
contrário pode ocorre formação de escaras. A velocidade de absorção após
injeção subcutânea de uma substância é com frequência uniforme e lenta, de modo
a prover efeito razoavelmente constante. A velocidade de absorção pode ser
variada por diferentes técnicas. A injeção subcutânea de uma substância em um
veículo no qual ela é insolúvel; a adição de um agente vasoconstritor e
substâncias sob a forma de cápsulas (sólidos implantados sob a pele) provocam
absorção mais lenta do fármaco. Bombas mecânicas programáveis também podem
utilizar esta via.
Uma
medicação injetada nos tecidos adiposos (gordura), abaixo da pele, se move mais
rapidamente para a corrente sangüínea do que por via oral. A injeção subcutânea
permite uma administração medicamentosa mais lenta e gradual que a injeção
intramuscular, ela também provoca um mínimo traumatismo tecidual e comporta um
pequeno risco de atingir vasos sanguíneos de grande calibre e nervos. Absorvida
principalmente através dos capilares, as medicações recomendadas para injeção
subcutânea incluem soluções aquosas e suspensões não irritantes contidas em 0,5
a 2,0 ml de líquido.
A heparina
e a insulina, por exemplo, são geralmente administradas via subcutânea. Para os
casos emergências de reação anafilática, pode-se administrar adrenalina 1:1000
pm via subcutânea. Os locais mais comuns de injeção subcutânea são a face
externa da porção superior do braço, face anterior da coxa, tecido frouxo do
abdômen inferior, região glútea e dorso superior. A injeção é realizada através
de uma agulha relativamente curta. Ela é contraindicada em locais inflamados,
edemaciados, cicatrizados ou cobertos por uma mancha, marca de nascença ou
outra lesão. Elas também podem ser contraindicadas em pacientes com alteração
nos mecanismos de coagulação (HORTA et al, 1973).
Modo de Aplicação:
v Selecione um local de injeção apropriado;
v Limpe o local da injeção com um
chumaço de algodão com álcool, iniciando pelo centro do local e movendo para
fora em movimento circular. Permita que a pele seque sempre antes de injetar a
medicação para evitar uma sensação de picada pela introdução de álcool nos
tecidos subcutâneos;
v Com a sua mão não dominante, agarre a
pele ao redor do ponto de injeção firmemente para elevar o tecido subcutâneo,
formando uma dobra de gordura de 2,5cm;
v Segurando a seringa com a sua mão
dominante , insira a bainha da agulha entre os dedos anular e mínimo da sua
outra mão enquanto agarra a pele ao redor do ponto de injeção. Puxe para trás a
seringa com a sua mão dominante para descobrir a agulha agarrando a seringa
como um lápis. Não toque a agulha;
v Posicione a agulha com o bisel para
cima;
v Insira a agulha rapidamente em um
único movimento. Libere a pele do paciente para evitar a injeção da medicação
em um tecido comprimido e irritar as fibras nervosas;
v Após a injeção, remova a agulha
delicadamente (mas de forma rápida) na mesma angulação utilizada para a
inserção;
v Cubra o local com um chumaço de
algodão com álcool e massageie delicadamente (a menos que você tenha injetado
uma medicação que contra indique a massagem, como a heparina e a insulina) para
distribuir a medicação e facilitar a absorção.
v Agulhas indicadas :10 x 6 / 7 ; 20 x
6; 20 x 7.
v
Insira a agulha em ângulo de 45 ou 90 graus em
relação a superfície epidérmica. Dependendo do comprimento da agulha e da
quantidade de tecido subcutâneo no local.
2.1.4 - INJEÇÃO INTRADÉRMICA:
E a administração de medicação na derme ou corio.
Esta
via e indicada para:
Ø Reações de
hipersensibilidade (PPD e Shick Difteria);
Ø Avaliar sensibilidade
alérgica;
Ø Autovacina;
Ø Imunização BCG
(Bacilo de Calmette Guerin).
O volume máximo administrado por esta via e de 1 mL., sendo
características destas soluções serem cristalinas e isotônicas. O principal local de aplicação e a
face inter e ventral do antebraço. A
área deve ser pobre em pelos e de pouca vascularização, exceto a vacina BCG que
e padronizada a aplicação na inserção inferior do deltoide direito.
Usada
principalmente com fins de diagnóstico como em testes para alergia ou
tuberculina, as injeções intradérmicas indicam quantidades pequenas, geralmente
0,5ml ou menos, dentro das camadas mais externas da pele. Por haver baixa
absorção sistêmica dos agentes injetada via intradérmica, este tipo de injeção
é usado principalmente para produzir um efeito local. A face ventral do
antebraço é o local mais comumente utilizado por ser facilmente acessível e
ausentes de pêlos (CASTRO & COSTA, 1999).
Modo de Aplicação:
ü Limpe a superfície ventral do
antebraço, com algodão embebido em álcool, e espere a pele secar;
ü Enquanto segura o antebraço do
paciente em sua mão, puxe a pele esticando com seu polegar; (Distender a pele da região, utilizando os dedos
polegar e indicador da mão esquerda)
ü Com a sua mão livre, segure a agulha
em um ângulo de 15 graus em relação ao antebraço do paciente, com a bisel da
agulha virado para cima;
ü Insira a agulha aproximadamente 0,3
abaixo da epiderme em locais a 5 cm de intervalo. Interrompa quando o bisel da
agulha estiver sob a pele e injete o antígeno lentamente. Você deve encontrar
alguma resistência a ao fazer isso e deve ocorrer a formação de um vergão
enquanto você injeta o antígeno;
ü
Certificar-se de que nenhum vaso foi atingido puxando o
embolo;
Ao injetar a solução observar a formação de uma
papula;
ü Retire a agulha na mesma angulação em
que tenha sido inserida.
ü Ao retirar a agulha,
não massagear o local. Se houver sangramento comprimir suavemente com uma bola
de algodão seca.
ü Nesta via de
administração, não e realizada antissepsia do local escolhido, já que esta pode
causar resultados falso positivo em testes de hipersensibilidade e / ou redução
das atividades das vacinas. Utilizar apenas bola de algodão seca para maior
conforto do paciente.
2.1.5 - VIA DÉRMICA/TRANSDÉRMICA
Como a pele é coberta por queratina torna-se difícil à
penetração da droga através da pele intacta. Para que ocorra absorção são
necessários procedimentos que facilitem a penetração, como fricção e o uso de
substâncias queratolíticas ou oclusão. Para o fornecimento contínuo de
medicamentos, em baixas concentrações plasmáticas, são utilizados adesivos
(emplastros). A velocidade de absorção varia com as características físicas de
pele. A via é cômoda, mas, eventualmente, a estética do procedimento é
discutida.
2.1.6 - INJEÇÃO INTRAÓSSEA:
Quando for
difícil ou impossível à infusão venosa rápida, a infusão intraóssea permite a
disposição de líquidos, medicações ou sangue total na medula óssea. Executada
em neonatos e crianças, esta técnica é utilizada em emergências como parada
cardiopulmonar ou colapso circulatório, hipopotassemia, provocada por lesão
traumática ou desidratação, estado epilético, estado asmático, queimaduras,
pseudo-afogamento e septicemia opressiva (KAWAMOTO & FORTES, 1997)
2.1.7 - INJEÇÃO INTRA-ARTICULAR:
Uma injeção
intra-articular deposita as medicações diretamente na cavidade articular para
aliviar a dor, ajudar a preservar a função, prevenir contraturas e retardar a
atrofia muscular. As medicações geralmente administradas via intra-articular
incluem corticosteróide, anestésicos e lubrificantes. É contra-indicada em
pacientes com infecção articular, fratura ou instabilidade articular ou
infecção fúngica sistêmica ( KAWAMOTO & FORTES, 1997)
2.1.8 - VIA INTRA-ARTERIAL:
Algumas
vezes o fármaco é injetado diretamente em uma artéria a fim de localizar seu
efeito em um local ou órgão em particular. Agentes antineoplásicos são
aplicados dessa maneira às vezes para tratar tumores localizados. Esta
aplicação requer grande cuidado e deve ficar sob a responsabilidade de
especialistas. É raramente empregada, por dificuldades técnicas e riscos que
oferece.
A
justificativa de uso tem sido obter altas concentrações locais de fármacos,
antes de ocorrer sua diluição por toda circulação. Uma variante dessa é a via
intracardíaca, hoje em desuso, desde que foi substituída pela punção de grandes
vasos venosos para administrar fármacos em reanimação cardiorrespiratória (CASTRO
& COSTA 1999).
2.1.9 - VIA INTRACARDÍACA
Não é usada para se obter níveis sistêmicos. Não absorve muito
porque a área de absorção é muito pequena. Geralmente são usados colírios, unguentos
e vasoconstritores. Há riscos de irritação, contaminação, ulceração de córnea
por vasoconstrição ou pela perda de reflexos.
2.1.10 - VIA INTRA-TECAL
Quando se desejam efeitos locais rápidos de drogas na região
das meninges ou no eixo cérebro-espinhal, como nas infecções agudas do SNC, os
medicamentos são injetados diretamente no espaço subaracnoideo. Nos bloqueios
centroneuroaxiais (anestesia raquidiana) o anestésico pode ser injetado tanto
pela via subaracnoidea como no peridural, dependendo da necessidade, resultando
em bloqueio simpático e motor e analgesia sensitiva no plano desejado.
A anestesia peridural necessita de volume maior de anestésico,
que produz efeitos sistêmicos. A anestesia subaracnoidea requer volume pequeno
de anestesia local, sem efeito sistêmico, mas pode ocasionar cefaleia
pós-punção.
2.1.11 - VIA INTRAPERITONEAL
A cavidade peritoneal oferece grande superfície de absorção a
partir da qual as substâncias entram rapidamente na circulação. A absorção se
faz melhor através do peritônio visceral; parte da droga passa pelo fígado e
sofre metabolização antes de atingir a circulação sistêmica. A injeção i.p. é
comumente utilizada em experimentação animal, mas raramente usada na clínica.
Há perigos de infecção e formação de aderências. Esta via pode ser usada em
pacientes com insuficiência renal que necessitam de diálise.
2.2 -
VIAS INDIRETAS:
2.2.1 - VIA CUTÂNEA:
A pele apresenta efetiva barreira à
passagem de substâncias. No entanto medicamentos podem ser administrados por
via cutânea para obtenção fundamentalmente de efeitos tópicos. Sob certas
circunstâncias produzem efeitos sistêmicos, terapêuticos ou tóxicos. A absorção
depende da área de exposição, difusão do fármaco na derme (alta
lipossolubilidade), temperatura e estado de hidratação da pele. As formas
farmacêuticas comumente empregadas são soluções, cremes, pomadas, óleos,
loções, ungüentos, geléias e adesivos sólidos, esses destinados à absorção
transcutânea para obtenção de efeitos sistêmicos. As mucosas ricamente vascularizadas
permitem fácil absorção de princípios ativos. Fármacos administrados
diretamente sobre a mucosa tem ação local ou, se captadas pela circulação
sanguínea, sistêmica (CASTRO & COSTA 1999).
2.1.2
- VIA RESPIRATÓRIA:
Gases e drogas voláteis podem ser inalados e absorvidos
através do epitélio pulmonar ou pela membrana mucosa do trato respiratório e
assim atingem a circulação rapidamente. Pós são eventualmente aspirados para
que se depositem na mucosa nasal de onde são rapidamente absorvidos (via
intranasal). Soluções de drogas podem ser atomizadas e pequenas gotas inaladas
no ar (aerossol); as partículas da névoa para chegarem ao pulmão devem ter
tamanho menor do que 5 micra. As vantagens do método são a quase instantânea
absorção de uma substância e quando presente uma doença pulmonar, aplicação
local da droga no sítio patológico. As desvantagens são a pouca capacidade de
regulação da dose, métodos de aplicação incômodos e o fato de que muitas
substâncias gasosas e voláteis provocam irritação do epitélio pulmonar.
Estendendo-se
desde a mucosa nasal até os alvéolos, pode ser usada para obtenção de efeitos
locais ou sistêmicos. Os medicamentos são administrados por inalação, estando
sob a forma de gás ou contidas em pequenas partículas líquidas ou sólidas, geradas
por nebulização ou aerossóis. As maiores vantagens desta via consistem em
administração de pequenas doses para rápida ação e minimização de efeitos
adversos sistêmicos. A Crise Asmática, quadro que acomete pacientes com Sistema
Respiratório comprometido, requer a administração do Bromidrato de Fenoterol,
nome comercial Berotec R diluídos em Soro Fisiológico ou água,
feitos através de inalação com oxigênio, como conduta emergencial (MENDES &
NOGUEIRA, 1988)
2.2.3 - VIA CONJUNTIVAL E
GENITURINÁRIA:
Não é usada para se obter níveis sistêmicos. Não absorve muito
porque a área de absorção é muito pequena. Geralmente são usados colírios, unguentos
e vasoconstritores. Há riscos de irritação, contaminação, ulceração de córnea
por vasoconstrição ou pela perda de reflexos
São
usualmente empregadas para obtenção de efeitos locais. As formas farmacêuticas
incluem soluções, comprimidos ou óvulos vaginais, geléias, cremes e pomadas (WANNMACHER
& FUCHS, 1998)
2.2.4
- VIA INTRACANAL:
Via de uso
odontológico exclusivo para obtenção de efeito local de fármacos junto ao canal
radicular e zona pulpar. Apesar dos dentes estarem incluídos na cavidade oral,
considera-se a via intracanal como parenteral pelo fato do fármaco estar sendo
administrado em área pulpar, não mais considerada como pertencente ao trato
digestivo. A cavidade pulpar recebe irrigação de vasos sanguíneos e linfáticos
possuindo também terminações nervosas. Dependendo do estado da doença dentária,
tamanho molecular do fármaco e extensão da preparação biomecânica, os
medicamentos podem alcançar a corrente sanguínea ( CASTRO & COSTA,1999 ).
2.3 – TÓPICAS
INDIRETAS
2.3.1 - DÉRMICA
2.3.2 - CONJUNTIVAL
3 - APLICAÇÃO DE
INJETÁVEIS
3.1 - TODA MEDICAÇÃO
INJETÁVEL SERÁ ADMINISTRADA MEDIANTE PRESCRIÇÃO MÉDICA.
Observar os seguintes
itens da receita médica: nome e número do CRM do médico, nome do paciente,
data, nome do medicamento, dosagem, via de administração e concentração. Siga
rigorosamente as orientações contidas na receita e na bula. Não misture medicamentos
em uma mesma seringa sem conhecimento ou sem que a receita solicite.
3.2 - LIVRO DE
REGISTRO DO RECEITUÁRIO DE APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS
ü Data
ü Nome do paciente
ü Endereço
ü Nome do medicamento administrado,
concentração, via de administração, lote, data de validade e fabricante
ü Nome do médico prescritor e respectivo
CRM
ü Nome ou assinatura do profissional
responsável pela aplicação
3.3 - VOCABULÁRIO
TÉCNICO DO PROFISSIONAL
ANTI-SEPSIA = redução do número de micro-organismo
e eliminação de sujeiras da pele, através do uso de água e sabão, povidine,
álcool iodado, álcool 70 %, água oxigenada e etc..
CONTAMINAÇÃO
= qualquer material:
poeira, sujeiras, bactérias, vírus, fungos, que de alguma forma cheguem a
entrar em contato com o medicamento, a sala de aplicação ou o próprio paciente,
podendo causar uma infecção.
DESINFECÇÃO = processo pelo qual reduzimos o
número de micro-organismo do ambiente e materiais através de soluções
específicas para este fim, como por exemplo, o uso do álcool 70% para
desinfecção de bancadas, tesouras, pinças e etc..
ESTERILIZAÇÃO
= processo pelo qual
são mortos todos os fungos, vírus e bactérias do material que foi submetido a
este processo (ex: medicamentos injetáveis, seringas e agulhas descartáveis).
MEDICAMENTO
= Toda preparação
farmacêutica contendo uma ou mais substâncias, destinada ao diagnóstico,
prevenção ou tratamento das doenças e seus sintomas, quer no homem, quer nos
outros seres vivos.
3.4 - TIPOS DE
MEDICAMENTOS INJETÁVEIS
Ø Veículos aquosos
Ø Veículos oleosos
Ø Veículos com pó em suspensão
Ø Pó para resuspender / reconstituição
3.5 - TIPOS SERINGAS E
AGULHAS
SERINGAS
Ø Seringa 1ml Insulina
Ø Seringa 1 ml Tuberculina ou Vacina
Ø Seringa 3 ml
Ø Seringa 5 ml
Ø Seringa 10 ml
Ø Seringa 20 ml
Ø Seringa 60 ml
CALIBRE
Ø 25 x 8 e 30 x 8 Intramuscular Endovenosa
/ Soluções aquosas e oleosas
Ø 25 x 7 e 30 x 7 Intramuscular
Endovenosa / Soluções aquosas
Ø 40 x 12 Endovenosa / Soluções aquosas
e oleosas
Ø 13 x 3,8 Subcutânea Intradérmica /
Insulinas Vacinas
Ø 13 x 4,0 Subcutânea Intradérmica /
Insulinas Vacinas
Ø 13 x 4,5 Subcutânea Intradérmica /
Insulinas Vacinas
Ø 20 x 5,5 Subcutânea Endovenosa /
Vacinas Soluções Aquosas
Ø 20 x 6,0 Subcutânea Endovenosa /
Vacinas Soluções Aquosas
NOTA: Normalmente as agulhas 25X7 ou 30X7
são usadas para soluções oleosas e suspensões (penicilinas) para facilitar a
aplicação e evitar entupimentos.
3.6 - TÉCNICA DE
LAVAGEM DAS MÃOS
Sem tocar a pia, as mão
são umedecidas e ensaboadas com cerca de 2 ml de sabão líquido,
preferencialmente, por aproximadamente 15 segundos ou 5 vezes cada posição a seguir.
1 - Palma com Palma.
2 - Palma direita sobre o
dorso da mão esquerda e vice versa.
3 - Palma com palma,
entrelaçando-se os dedos.
4 - Parte posterior dos
dedos em palma da mão oposta; polpas digitais direitas em contato com as da mão
esquerda.
5 - Fricção rotativa do
polegar direito com a palma esquerda e vice-versa.
6 - Fricção rotativa em
sentido horário e anti-horário com os dedos da mão direita unidos sobre a palma
esquerda e vice-versa.
Os pulsos também podem
receber fricção rotativa. As mão são secas com papel toalha descartável de boa
qualidade (contra-indica-se o uso de toalhas coletivas de tecidos ou em rolo,
assim como os secadores elétricos). Fechar a torneira usando papel toalha
descartável.
3.7 - PREPARO DA
INJEÇÃO
1. Identifique o material
a ser utilizado durante a aplicação confrontando com a receita;
2. Lave bem as mãos e
antebraço quando possível antes de preparar a injeção (conforme descrito
anteriormente);
3. Seque as mãos com
toalha de papel;
4. Aplique um antisséptico
nas mãos (ex.: álcool 70 %);
5. Abra a embalagem da
seringa utilizando o local correio de abertura, sempre pelo lado do êmbolo da
seringa, para diminuir o risco de contaminação. Certifique-se de que o
invólucro não esteja molhado, úmido ou danificado;
6. Conecte a agulha
aplicando uma força e rotacionando-a para que ela fique travada. Se houver
alguma demora na preparação mantenha a seringa dentro da embalagem;
7. Não toque na agulha,
bico da seringa ou na haste (parte que fica dentro do cilindro) durante o
manuseio da seringa;
8. Retire o protetor da
agulha e aspire o medicamento;
9. Reencape a agulha
tomando o cuidado para não tocar a ponta contaminando-a ou se ferindo.
10. Retire o ar da
seringa;
11. Troque a agulha;
13. Realize antissepsia
do local da aplicação com algodão e álcool 70%.
NOTA: Um procedimento correio é usar uma
agulha para aspirar o medicamento da ampola ou frasco ampola, e outra para
realizar a aplicação, desta maneira diminui o risco de contaminação e de
agulhas rombudas, melhorando a eficiência e segurança durante a aplicação.
3.8 - AMPOLA
1. Realize a desinfecção
do gargalo da ampola com algodão e álcool 70 %;
2. Utilize uma proteção
(algodão seco) para abrir a ampola;
3. Aspire o conteúdo da
ampola para a seringa;
4. Retire as eventuais
bolhas da seringa, expulsando o ar e deixando somente o líquido;
5. Troque a agulha para
evitar contaminações ou agulhas rombuda;
6. Despreze a ampola
vazia no descarte apropriado.
3.9 - FRASCO AMPOLA
Existem hoje medicamentos
que já se apresentam em suspensão e outros que estão na forma de pó ou
liofílizados tendo que ser realizado sua suspensão colocando um diluente;
1. Retire o lacre do
frasco ampola e faça a desinfecção da tampa de borracha com algodão e álcool
70%;
2. Realize a desinfecção
do gargalo da ampola do diluente com algodão e álcool 70%, abra a ampola,
aspire o conteúdo e injete-o pela parede interna do frasco ampola;
3. Homogenize bem o pó
com o diluente colocando o frasco ampola entre as mãos e realizando movimentos
rotacionais;
4. Aspire o conteúdo e
retire as eventuais bolhas da seringa, expulsando o ar e deixando somente a
suspensão;
5. Troque a agulha;
6. Despreze o frasco
ampola no descarte apropriado.
3.10 - VIAS DE
ADMINISTRAÇÃO
v Subcutânea (S.C.)
v Intradérmica ou Intracutânea (I.D.)
v Intramuscular (I.M.)
v Endovenosa (E.V.) ou Intravenosa
(I.V.)
A administração de
medicamentos e um dos procedimentos mais cruciais para a Enfermagem. Tão
importante como ter conhecimento sobre os efeitos e reações que o medicamento
pode causar, e necessário ter competência e habilidade para administrar tais medicações,
passando assim para o paciente confiança e segurança, minimizando a ansiedade e aumentando assim a eficácia da medicação.
Para que sejam evitados erros ao administra medicações,
deve-se conferir sempre os cinco passos certos para administração
medicamentosa:
1 - Paciente certo;
2- Medicação certa;
3 - Dosagem certa;
4 - Via de administração certa;
5 - Horário certo.
Também e de extrema importância observar a data de validade, já
que medicamentos vencidos podem ser nocivos e/ou não atingirem seu real efeito.
No preparo de medicações parenterais e importante observar a presença
de reações medicamentosas e ainda observar os locais corretos e de volume suportável.
Por ultimo, vale a pena comentar a necessidade de manter uma técnica
asséptica no preparo, levando em conta a importância das lavagens das mãos.
E também a importância da anotação de enfermagem de reacoes
adversas e recusa de medicações, alem da checagem com identificação das medicações
administradas.
3.11 -
INTERAÇÃO E INCOMPATIBILIDADE
As interações
medicamentosas tem importância considerável, uma vez que estas exercem
influencia direta sobre o efeito farmacológico desejado.
Essas interações em uma conduta terapêutica podem ser benéficas,
quando a somatória dos efeitos favorecem a cura ou a supressão dos sintomas
indesejados; ou maléficas quando a somatória exacerba ou anula por mecanismos
competitivos entre os medicamentos, causando reações indesejadas ou
imprevistas.
Existem
três tipos de interações:
Ø Farmacocinéticas,
Ø Farmacodinâmicas
Ø Físico químicas.
A ) interações
Farmacocinéticas
É quando uma substancia interfere na absorção, distribuição,
biotransformação ou eliminação da outra quando administradas conjuntamente.
B) Interações
Farmacodinâmicas ou Farmacológicas
É quando a interação esta relacionada ao mecanismo de ação
dos fármacos, que podem ser aditivos ou antagônicos e interferem diretamente no
efeito farmacológico desejado.
C) Interações
Fisico-quimicas
É quando duas ou mais substancias reagem de forma direta,
inativando-se ou formando uma substancia toxica ao organismo. comum as
substancias reagirem dentro de uma seringa ou mesmo em um frasco de solução
parenteral e essas reações nem sempre são visíveis.Isto pode ser chamado também
de incompatibilidade físico-química.
As
incompatibilidades físico-químicas são relações que ocorrem, quando da mistura
de dois ou mais medicamentos, ou de um medicamento com um veículo, durante o
período de conservação e/ou administração, dando origem à alteração de cor,
escurecimento, turvação, precipitação, libertação de gás e formação de espuma.
Em geral, estas
reações são fáceis de detectar e em muitos casos podem ser previstas a partir
das características físico-químicas dos fármacos envolvidos. A precipitação é
sem dúvida, a incompatibilidade mais frequente e, possivelmente a mais
perigosa.
Para além de
ocorrer no recipiente da mistura pode ainda ter lugar no sistema de perfusão. A
solubilidade intrínseca e o pH são os fatores mais influentes na precipitação.
Já o efeito do
sal, a complexação, e as características dos excipientes são menos importantes.
Exemplos deste tipo de reações são: a precipitação dos ácidos livres resultante
da adição de sais de sódio a ácidos fracos de soluções injetáveis de grande
volume com pH ácido, a precipitação de sais de cálcio na presença de
bicarbonato de sódio, ou a precipitação de sais ácidos (cloridratos, sulfatos,
etc.) quando adicionados a um meio alcalino.
A solubilidade é
um fator importante especialmente para fármacos pouco solúveis em água, sendo
necessário recorrer muitas vezes ao uso de co -solventes solúveis como o
etanol, propilenoglicol, ou o polietilenoglicol para os poder incluir na
formulação. Como exemplo temos a digoxina, a fenitoina, o
trimetoprim-sulfametoxazol, o etoposido, o teniposido e o diazepam. Contudo,
quando são diluídos com água, o fármaco pode "sair" da solução.
A alteração de cor
numa MIV não implica
necessariamente incompatibilidade entre o fármaco e o solvente. Assim a
aminofilina ou a dopamina entre outros, adquirem diferentes colorações em
glicose a 5%, as quais não implicam degradação química do medicamento.
Em outros casos,
porém a alteração de cor, expressa perda de atividade terapêutica. A formação
de espuma é um processo físico pouco frequente durante a preparação. A sua
importância relativa à perda de segurança das MIV não tem sido discutida, já que em geral, o fenômeno desaparece
após um curto período de repouso.
A libertação de
gás resulta da reação química entre os carbonatos ou os bicarbonatos e fármacos
acídicos. Algumas cefalosporinas como a cefradina ou a ceftazidima, contêm
carbonato de sódio ou bicarbonato nas suas formulações e durante a
reconstituição forma-se dióxido de carbono podendo originar reações explosivas
na seringa.
Os fenômenos de
turvação, passageiros mas pouco perceptíveis para o preparador das MIV, podem ser indicativos de
condições inadequadas de misturas. O seu maior inconveniente é a possibilidade
de estarem na origem de processos de precipitação mediados pelo tempo e ser
fonte de partículas invisíveis (inferiores a 40 mícrons de diâmetro).
Os fenômenos de
absorção/adsorção são classificados como incompatibilidades físicas. Os
fármacos podem ser adsorvidos à superfície ou absorvidos pela matriz dos
recipientes e dos sistemas de perfusão, o que faz com que uma quantidade
significativa seja removida da solução. É o caso da nitroglicerina, do
diazepam, da varfarina, da vitamina A, da dactinomicina ou da insulina. Os
recipientes de plástico e os sistemas de perfusão, especialmente os
constituídos por cloreto de polivinilo (PVC), representam uma fonte de
diminuição de fármaco dissolvido, especialmente para moléculas lipossolúveis.
Nestes casos dever-se-á recorrer ao uso de plastificantes à base de polietileno
ou polipropileno, uma vez que não absorvem este tipo de fármacos.
A complexação é outro fenômeno físico, cujos
exemplos representativos são os complexos insolúveis resultantes da mistura das
tetraciclinas com iõns Al3+, Ca2+, Fe2+, Fe3+ e Mg2+ sob determinadas condições
de concentração e pH. A anfotericina B e a eritromicina (gluceptato) formam
complexos pouco solúveis com conservantes bacterianos, como por exemplo o
álcool benzílico utilizado como bacteriostático na água para preparação de
injetáveis.
3.12 - CUIDADOS
BÁSICOS ANTES DA APLICAÇÃO DE INJEÇÕES
1 - A sala para preparo de medicações de ser um
ambiente arejado, com boa iluminação e com tela para proteção contra insetos
nas janelas.
2 - Deve conter armários e bancadas com gavetas, pias e
coletores de material perfuro cortantes.
3
- De preferência não utilizar pias para preparo de
medicamentos para evitar respingos e contaminação das medicações em preparo.
4
- A sala e a bancada
utilizadas devem ser limpas sempre que necessário e ao termino de cada plantão.
5
As bolas de algodão devem ser guardadas secas e o álcool em
uma almotolia.
6 - Nunca manter as bolas de algodão embebidas em álcool,
pois isso favorece a contaminação.
7
- Também as bolas de algodão devem ser mantidas em recipiente
com tampa.
8
Deve-se observar na prescrição medica o nome do paciente,
data da prescrição, nome do medicamento, dosagem a ser administrada e horário.
9
Em relação ao medicamento, observar aspecto da substancia (se
não existe alteração de coloração, presença de depósitos ou turvação) e
validade das drogas.
10
Por fim cita-se a importância da lavagem das mãos a fim de
evitar infecções cruzadas. Lava-las sempre que for preparar medicação após a administração
e entre a manipulação de paciente
4 - BOAS PRÁTICAS DE PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DAS
SP
4.1. OBJETIVO
Este Regulamento Técnico tem como objetivo estabelecer normas para o preparo e a administração das SP de modo a manter suas características quanto à identidade, compatibilidade, estabilidade, esterilidade, segurança e rastreabilidade.
4.2. CONDIÇÕES GERAIS
Para
a utilização das SP com segurança é indispensável, no preparo e na
administração, o atendimento a requisitos mínimos que garantam a ausência de
contaminação microbiológica, física e química, bem como interações e
incompatibilidades medicamentosas.
4. 3 - ORGANIZAÇÃO E
PESSOAL
4.3.1
- As atividades de preparo e administração das SP devem ser realizadas por
profissionais habilitados e em quantidade suficiente para seu desempenho.
4.3.2-
As atribuições e responsabilidades individuais devem estar formalmente
descritas e compreendidas por todos os envolvidos no processo.
4.3 .3 - Todo profissional envolvido deve
conhecer os princípios básicos de preparo e administração das SP.
4.3.4 - O profissional envolvido no preparo
e administração das SP deve receber treinamento inicial e continuado,
garantindo a sua capacitação e atualização.
4.3.5 - O treinamento deve seguir uma
programação estabelecida e adaptada às necessidades do serviço, com os devidos
registros.
4.3.6.
Os programas de treinamento devem incluir noções de qualidade, instruções sobre
higiene e saúde, transmissão de doenças aspectos operacionais e de segurança no
trabalho.
4.3.7 - O profissional deve ser orientado
quanto às práticas de higiene pessoal, em especial, higienização das mãos.
4.3.8 - O profissional deve estar
uniformizado e em condições de limpeza e higiene.
4.3.9 - Não é permitido, ao profissional:
fumar, beber ou manter plantas, alimentos, bebidas e medicamentos de uso
pessoal nas áreas de preparo e administração.
4.3.10 - A admissão de funcionários deve ser
precedida de exames médicos, sendo obrigatória, também, a realização de
avaliações periódicas, conforme estabelecido pela NR nº 7 do Ministério do
Trabalho - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO - MT.
4.4 - INFRAESTRUTURA
FÍSICA
4.4.1
- As áreas e instalações destinadas ao preparo e administração das SP devem ser
projetadas para se adequarem às operações desenvolvidas, de forma ordenada e
racional, objetivando evitar riscos de contaminação, mistura de componentes
estranhos à prescrição e garantir a sequencia das operações.
4.4.2
- Os ambientes de preparo das SP devem possuir superfícies internas (pisos,
paredes e teto) lisas, sem rachaduras, que não desprendam partículas, sejam
facilmente laváveis e resistentes aos saneantes.
4.4.3
- A iluminação e ventilação devem ser suficientes para que a temperatura e a
umidade do ar não deteriorem os medicamentos e os produtos para a saúde e
facilitem as atividades desenvolvidas. Os produtos devem estar protegidos da
incidência de raio solares.
4.4.4
- Os ambientes devem ser dotados de lavatórios/pias providos de torneiras com
fechamento sem o comando das mãos e em número suficiente com provisão de sabão,
antisséptico e recursos para secagem das mãos, de acordo com recomendações da
Comissão de Controle de Infecção em Serviços de Saúde.
4.4.5
- O acesso ao ambiente de preparo das SP deve ser restrito aos profissionais
diretamente envolvidos.
4,4,6
- Os ambientes de preparo devem ser protegidos contra a entrada de poeira ,
insetos, roedores e outros animais .
4.4.7
- Outros detalhes sobre infraestrutura física devem seguir as orientações da
legislação RDC nº 50, de 21/02/2002 ou outra que venha a substituí-la.
4.5 - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
4.5.1 - PREPARO
4.5.1.1
- A responsabilidade pelo preparo das SP pode ser uma atividade individual ou
conjunta do enfermeiro e do farmacêutico.
4.5.1.2
- Devem existir procedimentos escritos e disponíveis que orientem o preparo das
SP nos serviços de saúde.
4.5.1.3.
- É de responsabilidade do farmacêutico estabelecer os procedimentos escritos
para o preparo das SP quanto a fracionamento, diluições ou adições de outros
medicamentos.
4.5.1.4.
- O preparo das SP deve obedecer à
prescrição, precedida de criteriosa avaliação, pelo farmacêutico, da
compatibilidade físico-química e de interação medicamentosa que possam ocorrer
entre os seus componentes.
4.5.1.5.
- Em função da avaliação farmacêutica, sendo necessária qualquer modificação na
prescrição, esta deve ser discutida com o responsável para que este efetue sua
alteração.
4.5.1.6
- Quando se tratar das SPGV os rótulos devem ser corretamente identificados
com, no mínimo: nome completo do paciente, leito/registro, nome do produto,
descrição qualitativa e quantitativa dos componentes aditivados na solução,
volume e velocidade de infusão, via de administração, data e horário do preparo
e identificação de quem preparou.
4.5.1.7
- Quando se tratar de SPPV, os rótulos devem ser corretamente identificados
com, no mínimo: nome completo do paciente, quarto/leito, nome dos medicamentos,
dosagem, horário e via de administração e identificação de quem preparou.
4.5.1.8
- As agulhas, jelcos, escalpes, seringas, equipos e acessórios (filtros, tampas
e outros) utilizados no preparo das SP devem ser de uso único e descartados em
recipiente apropriado.
4.5.1.9
- Os produtos empregados no preparo das SP devem ser criteriosamente conferidos
com a prescrição médica, bem como inspecionados quanto à sua integridade
física, coloração, presença de partículas, corpos estranhos e prazo de
validade.
4.5.1.10
- Toda e qualquer alteração observada, como descrito no item anterior, impede a
utilização do produto, devendo o fato ser comunicado, por escrito, aos
responsáveis pelo setor e notificado à autoridade sanitária competente.
4.5.1.11
- No preparo e administração das SP, devem ser seguidas as recomendações da
Comissão de Controle de Infecção em Serviços de Saúde quanto a: desinfecção do
ambiente e de superfícies, higienização das mãos, uso de EPIs e desinfecção de
ampolas, frascos, pontos de adição dos medicamentos e conexões das linhas de
infusão.
4.5.1.12
- Pela complexidade e riscos inerentes aos procedimentos de preparo das SP,
principalmente quando adicionado(s) de outro(s) medicamento(s), o preparo deve
se dar em área de uso exclusivo para essa finalidade.
4.5.1.13.
Na ausência das condições descritas no item 3.1.12, devem ser elaborados e
seguidos procedimentos escritos, que assegurem a manutenção da esterilidade e a
compatibilidade físico-química do produto final.
4.5.1.14.
Na abertura e manuseio de ampolas e frascos de vidro devem ser seguidas as
recomendações desenvolvidas especificamente para evitar acidentes com estes
artigos.
4.5.1.15.
- Para garantir uma conexão perfeita, que evite o vazamento da solução ou a
entrada de ar, deve ser usado equipo com ponta perfurante, de acordo com a
norma técnica NBR 14.041.
4.5.2. ADMINISTRAÇÃO
4.5.2.1. - Os serviços de saúde devem
possuir uma estrutura organizacional e de pessoal suficiente e competente para
garantir a qualidade na administração das SP, seguindo orientações
estabelecidas neste Regulamento.
4.5.2.2. - O enfermeiro é o responsável pela
administração das SP e prescrição dos cuidados de enfermagem em âmbito
hospitalar, ambulatorial e domiciliar.
4.5.2.3. - A equipe de enfermagem envolvida
na administração da SP é formada pelo enfermeiro, técnico e ou auxiliar de
enfermagem, tendo cada profissional suas atribuições específicas em
conformidade com a legislação vigente.
4.5.2.4. - O enfermeiro deve regularmente
desenvolver, rever e atualizar os procedimentos escritos relativos aos cuidados
com o paciente sob sua responsabilidade.
4.5.2.5. - O enfermeiro deve participar e
promover atividades de treinamento operacional e de educação continuada,
garantindo a atualização da equipe de enfermagem.
4.5.2.6. - O treinamento deve seguir uma
programação preestabelecida e adaptada às necessidades do serviço, com os
devidos registros.
4.5.2.7. - Todo procedimento pertinente à
administração das SP deve ser realizado de acordo com instruções operacionais
escritas e que atendam às diretrizes deste Regulamento.
4.5.2.8. - A utilização de bombas de
infusão, quando necessária, deve ser efetuada por profissional devidamente
treinado.
4.5.2.9. - Os serviços de saúde devem
garantir a disponibilidade de bombas de infusão, em número suficiente,
calibradas e com manutenções periódicas, realizadas por profissionais
qualificados.
4.5.2.10. - As bombas de infusão devem ter
registro no Ministério da Saúde.
4.5.2.11. - As bombas de infusão devem ser
periodicamente limpas e desinfetadas, conforme normas da Comissão de Controle
de Infecção em Serviços de Saúde.
4.5.2.12. Antes do início da sua utilização,
as bombas de infusão devem ser cuidadosamente verificadas quanto às suas
condições de limpeza e funcionamento.
4.5.2.13. - As operações de calibração e
manutenção das bombas de infusão devem ser registradas e a documentação mantida
em local de fácil acesso.
4.5.2.14.- As SPGV devem ser administradas em sistema
fechado.
4.5.2.15. - O paciente, sua família ou
responsável legal devem ser orientados quanto à terapia que será implementada,
objetivos, riscos, vias de administração e possíveis intercorrências que possam
advir.
4.5.2.16. - O enfermeiro deve participar da
escolha do acesso venoso central, em consonância com o médico responsável pelo
atendimento ao paciente, considerando as normas da Comissão de Controle de
Infecção em Serviços de Saúde.
4.5.2.17.- O acesso intravenoso central e a
inserção periférica, central ou não, devem ser realizados obedecendo aos
procedimentos estabelecidos em consonância com Comissão de Controle de Infecção
em Serviços de Saúde..
4.5.2.18. - A enfermagem deve assessorar o
médico na instalação do acesso intravenoso central, providenciando o material
necessário ao procedimento, inclusive para reanimação cardiorrespiratória.
4.5.2.19. - É responsabilidade do enfermeiro
estabelecer o acesso venoso periférico, incluindo o Cateter Central de Inserção
Periférica (PICC).
4.5.2.20. - O curativo no local de inserção
do cateter deve ser realizado em conformidade com as normas da Comissão de
Controle de Infecção em Serviços de Saúde.
4.5.2.21.- Todo cateter venoso central deve
ter a sua posição confirmada antes do uso.
4.5.2.22.- A SP deve ser inspecionada antes
de sua administração, quanto à identificação, integridade da embalagem,
coloração, presença de corpos estranhos e prazo de validade.
4.5.2.23. - A administração das SP, por via
endovenosa, só deve ser realizada depois de verificada a permeabilidade da via
de acesso, cumprindo rigorosamente o tempo estabelecido para a sua infusão.
4.5.2.24. - Antes da administração, o rótulo
da SP deve ser conferido para verificar o atendimento aos itens 3.1.7. e 3.1.8.
deste Anexo.
4.5.2.25. - Verificada alguma anormalidade,
deve ser interrompida a administração da SP e comunicada, imediatamente, ao
responsável pelo setor, para devidas providências, registrando a ocorrência em
livro próprio.
4.5.2.26. - O transporte das SP, prontas
para a administração, do local de preparo até o local onde se encontra o
paciente, deve ser feito com os cuidados necessários para manter sua
integridade físico-química e microbiológica.
4.5.2..27. - Quando houver perda da via de
acesso, a administração da SP só poderá ser retomada se ficar garantida a sua
integridade físico-química e microbiológica.
4.5.2.28. - O recipiente contendo as SP e o
equipo de infusão devem ser protegidos da incidência direta da luz solar e de
fontes de calor.
4.5.2.29.- Sinais e sintomas de complicações
devem ser comunicados ao médico responsável pelo paciente e registrados no
prontuário do mesmo e em livro de registro.
4.5.2.30.- É da responsabilidade do
enfermeiro assegurar que todas as ocorrências e dados referentes ao paciente e
seu tratamento sejam registrados de forma correta, garantindo a disponibilidade
de informações necessárias à avaliação do paciente, eficácia do tratamento e
rastreamento em caso de eventos adversos.
4.5.2..31. - Ao término da administração da
SP, o profissional deve descartar o material utilizado, conforme descrito no
plano de gerenciamento de resíduo de serviços de saúde e de acordo com as
normas da Comissão de Controle de Infecção em Serviços de Saúde.
5 - INVESTIGAÇÃO DE EVENTOS ADVERSOS
5.1 - OBJETIVO
Detectar
e esclarecer os desvios de qualidade inerentes ao processo de preparação e
administração das SP.
5.2. - DEFINIÇÕES
5.2.1. - Todo evento adverso ocorrido,
envolvendo paciente submetido à terapia das SP, deve ser devidamente
investigado com base em registros do problema em questão.
5.2.2. - A investigação de eventos
adversos, que envolve o uso das SP, exige sempre a participação irrestrita
do(s) médico(s), do(s) farmacêutico(s), do(s) enfermeiro(s) e da Comissão de
Controle de Infecção em Serviços de Saúde.
5.2.3. - Quando necessário, devem ser
envolvidos na investigação: fabricante de SP, farmácia, drogaria, laboratório
clínico, empresa prestadora de bens e serviços, distribuidora e transportadora,
num processo sincronizado de esforços para esclarecimento dos eventos adversos.
5.2.4. - Quando da suspeita de eventos
adversos, o serviço de saúde deve acionar a Autoridade Sanitária local para
orientar e apoiar as ações de investigação e a tomada das medidas cabíveis.
5.2.5. - Na investigação de um evento
adverso, são consideradas fundamentais a colaboração e participação da
administração do serviço de saúde onde ocorreu o mesmo.
5.2.6. - Em função da suspeita e do
resultado da investigação, devem ser estabelecidas e implementadas ações corretivas
que eliminem a possibilidade de nova ocorrência do evento adverso.
5.2.7.- As conclusões da investigação e
as ações corretivas implementadas devem ser devidamente registradas, divulgadas
e arquivadas.
6 - INSTALAÇÕES FÍSICAS PARA
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS INJETÁVEIS:
6.1 - INSTALAÇÕES FÍSICAS:
v
As
instalações devem possuir superfícies (piso,paredes e teto) lisas e impermeáveis,
sem rachaduras,resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis.
v
Os
ambientes devem ser protegidos contra entrada de insetos e roedores.
v
As
condições de ventilação e iluminação devem ser compatíveis com as atividades
desenvolvidas.
v
As
instalações elétricas devem estar bem conservadas em boas condições de segurança
e uso.
v
O
sanitário deve ser de fácil acesso, mantido em boas condições de limpeza e possuir
pia com água corrente.
v
Todos
os procedimentos referentes a aplicação de injetáveis devem ser realizados
mediantes rotinas pré-estabelecidas, bem como, obedecer prescrição médica.
v
Deve
existir procedimento que defina a utilização de materiais descartáveis e garanta
a sua utilização somente dentro do prazo de validade.
v
É
necessário que as instalações possuam condições higiênico-sanitárias satisfatórias
e estejam em bom estado de conservação.
v
É
necessário possuir pia, água corrente, sabão líquido e toalhas descartáveis.
v
É
recomendável existir lixeira com tampa, pedal e saco plástico.
v
É
necessário existir recipiente rígido adequado para o descarte de perfuro
cortantes.
v
É
recomendável existir coleta seletiva dos resíduos resultantes da aplicação de injeções.
v
É
necessário possuir rotinas escritas com as técnicas de antissepsia das mãos e
local de aplicação, bem como de cuidados na aplicação de injetáveis
6.2 - CUIDADOS ANTES DA APLICAÇÃO DE
INJETÁVEIS
1. Em relação à sala de preparo e
aplicação
2. Quanto: ao equipamento necessário
3. ao armazenamento de seringas e
agulhas
4. a prescrição
5. ao medicamento
6. a aparência do cliente
7. ao preparo psicológico.
6.3 - EM RELAÇÃO À SALA DE PREPARO E
APLICAÇÃO
v
Deve
ser ventilada
v
Deve
ser iluminada
v
Deve
ter higiene
v
Deve
possuir área compatível com o atendimento
v
Deve
ser equipada
v
Deve
ter pia com torneira de fácil abertura
v
Deve
ter bancada com gavetas
v
Deve
ter suporte para sabão líquido
v
Deve
ter lixeira de pé
v
Deve
ter cadeira
v
Deve
ter recipientes para bolas de algodão e antisséptico
6.4 - NA SALA DE APLICAÇÃO É
NECESSÁRIO:
v
Cadeira
v
Apoio
para braço (para aplicações endovenosas)
v
Sabonete
líquido-Papel Toalha descartável-Álcool etílico 70 % ou álcool isopropílico 70%
*
v
Garrote
(para aplicações endovenosas)
v
Algodão
em pote transparente com tampa
v
Pia
com água corrente
v
Luvas
descartáveis (opcional)
v
Descarte
para perfuro cortantes
v
Quadro
de procedimentos: que deve ser colocado na parede da sala de aplicação com
todos os procedimentos básicos para uma aplicação de injeção.
6.5 - ARMAZENAMENTO DE SERINGAS E
AGULHAS
Local seco, protegido de pó e do risco
de rompimento de sua embalagem
6.6 - ESCOLHA DA SERINGA E AGULHA PARA
ADMINISTRAÇÃO DE INJETÁVEIS INTRAMUSCULARES:
Tamanho ideal da agulha:adultos
magros: 25x7adultos com músculos desenvolvidos ou obesos: 30x7 ou 30x8crianças bem desenvolvidas: 25x7 ou 25x8 crianças
e adolescentes obesos: 30x7crianças pequenas: 20x5,5 (exceto para a aplicação
de suspensões de penicilina)As agulhas com calibre 25x7 ou 30x7 são usadas para
soluções aquosas.
As de calibre25x8 ou 30x8 são
reservadas para soluções oleosas e para as suspensões (frasco ampola e
diluente), para facilitar a aplicação e não entupira agulha.As seringas são
constituídas por corpo ou cilindro e êmbolo. Em uma das extremidades do corpo,
encontra-se o bico onde encaixa-se a agulha.Tamanho de seringas com 3, 5, 10,
20 ml.
As agulhas possuem duas partes: uma
porção dilatada que se encaixa na seringa, o canhão, a parte afilada e a haste
que termina em bisel, que pode ser curto ou longo.
As agulhas apresentam duas informações
em relação ao calibre (tamanho):Por exemplo, a agulha 30x7: 30 significa que o
comprimento da agulha é de 3Omm ou3cm; 7 significa que o diâmetro interior da
agulha é de 0,7mm. 22 GL ¼ tem o mesmo significado, porém em polegadas
FONTE;
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS E TÉCNICAS DE INJEÇÕES AO ALCANCE DO
CIRURGIÃO-DENTISTA.
Drug administration lines and injection techniques in the reach of
dental surgeon Francisco Octávio Teixeira PACCA, Carlos Eduardo Xavier dos Santos RIBEIRO DA SILVA, Artur CERRI, Rosiene de Freitas LIMA
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BASILE,
A.C., PAULO, L.G.P. Farmacologia Aplicada.1994 p.13-21.
CASTRO,
M.S.; COSTA,T.D.Vias e métodos de
administração e formas farmacêuticas.
In: Farmacologia Clínica
para Cirurgiões-Dentistas. 1999 p. 29-35.
Enfermagem
Básica- Teoria e Prática.
1999. Editora Reedel Ltda.
HORTA,WANDA
AGUIAR. TEIXEIRA,MILTON DE SOUZA. Injeções Parenterais. Ver. Esc.
Enfermagem USP 7(1):46-79.marc.1973.
KAWAMOTO,
E.E. FORTES, J.I. Fundamentos de Enfermagem. 1997. Editora Pedagógica e
Universitária Ltda.
MENDES,
ISABEL AMÉLIA COSTA. NOGUEIRA, MARIA SUELY et al. Rev.Bras. Enfermagem.
41(2):93-6.abr-jun. 1988.
WANNMACHER,L.;
FUCHS,F.D. Farmacologia Clínica. Fundamentos da terapêutica racional.
1998 p.29-37. Guanabara Koogan.
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