NORMAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS NA ENFERMAGEM
1. INTRODUÇÃO
A
administração de medicamentos é um processo que envolve uma seqüência de ações
a serem desenvolvidas pelo profissional de enfermagem, a fim de obter os
melhores resultados junto ao paciente, sem desperdício de recursos. Durante a
fase de preparo o profissional de enfermagem deve ter muita atenção para evitar
erros, assegurando ao máximo que o paciente receba a medicação corretamente.
1. 1. RECOMENDAÇÕES GERAIS:
v Lavar sempre as mãos antes
do preparo, administração e logo após o procedimento;
v Preparar o medicamento em
ambiente com boa iluminação;
v Concentrar a atenção no
trabalho, evitando atividades paralelas, distrações e interrupções, que podem
aumentar a chance de cometer erros;
v Ler e conferir o rótulo da
medicação três vezes – quando pegar o medicamento, antes de colocar o
medicamento no recipiente próprio para administração, e ao colocar o recipiente
na prateleira ou desprezar o invólucro;
v Fazer desinfecção das
ampolas e ou dos frascos antes de quebrar e ou aspirar à medicação;
v Preparar somente quando
tiver certeza do medicamento prescrito, dosagem e via de administração;
v As medicações devem ser
administradas sob prescrição médica, sendo, em casos de emergência, aceitável
faze-lo baseado apenas em orientação verbal. Nesse caso, todas as medicações
usadas devem ser prescritas pelo médico posteriormente, quando a situação
estiver sob controle;
v Identificar o medicamento
preparado com o nome do paciente, número do leito, nome da medicação, via de
administração e horário;
v Proteger a seringa ou
frasco com medicamento para evitar contaminação, podendo ser usado o próprio
invólucro se não contaminado;
v Observar o aspecto e as
características da medicação antes de prepará-la; e antes de administrá-la;
v Utilizar bandeja
devidamente limpa;
v Deixar o local de preparo
de medicação sempre em ordem e limpo, utilizando álcool a 70% para desinfetar a
bancada;
v Devolver no final do
plantão os medicamentos não utilizados e em hipótese alguma acumular “sobras”;
v Manter a bandeja sempre a
vista durante a administração, nunca deixando-a sozinha junto ao paciente;
v Antes de administrar o
medicamento, conferir cuidadosamente a identidade do paciente;
v Permanecer junto ao
paciente até que tome o medicamento;
v A administração do
medicamento deve ser feita pelo profissional que o preparou;
v Não se deve nunca esquecer
de registrar o medicamento que o paciente tenha recebido (checar a medicação);
v Em caso de recusa do
medicamento, o profissional de enfermagem deve relatar imediatamente o fato ao
(a) enfermeiro (a) e/ou médico e anotá-la no prontuário. Convencionalmente em
nosso meio, quando o medicamento não foi administrado por algum motivo, o
horário correspondente é circundado, “bolado” à caneta e a justificativa
anotada no prontuário do paciente;
v Utilizar luvas de
procedimentos para medicações via sonda gástrica ou nasogástrica, via retal e
parenteral;
v Nunca reencapar agulhas ou
concitá-las da seringa para desprezar;
v As luvas de procedimentos
e o algodão devem ser desprezados na lixeira com saco branco leitoso, para lixo
infectante, dentro da enfermaria do paciente, conforme Programa de
Gerenciamento de Resíduos da CCIH;
2 - VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS
2.1.ORAL
2.1.1 - MATERIAL:
Ø 01 bandeja;
Ø 01 copinho;
Ø Medicamento prescrito;
2.1.2 PROCEDIMENTO:
v Conferir a prescrição
médica e medicação a ser administrada;
v Identificar os copinhos
com o nome do paciente, nome da medicação, horário e número do leito;
v Lavar as mãos;
v Diluir o medicamento se
necessário;
v Conferir novamente a
medicação e prescrição médica verificando data, paciente, hora, via de
administração e dose;
v Levar a bandeja de
medicação junto ao leito do paciente;
v Perguntar o nome do
paciente sem sugestionar;
v Oferecer o medicamento;
v Observar se o paciente
ingeriu a medicação;
v Lavar as mãos;
Checar
na prescrição médica;
2.1. 3. CUIDADOS IMPORTANTES:
Ø Agitar o frasco de
medicamento líquido antes de entorná-lo pelo lado oposto ao do rótulo, evitando
assim, que o líquido escorra sobre ele, tornando difícil a leitura;
Ø O frascos multi-doses
deverão ser diluídos quando abertos:
Ø Frascos multi-doses que
ficam “estocados” no posto, verificar sempre a data de validade e condições de
armazenamento antes de administrálo ao paciente. Se necessário trocar o frasco
na farmácia;
Ø Segurar o recipiente
graduado (copinho) e vidro ao nível dos olhos para despejar o líquido até a
altura correspondente à dose, facilitando desse modo a colocação precisa do
medicamento;
Ø Colocar comprimidos,
drágeas ou cápsulas no recipiente sem tocá-las diretamente com a mão;
Ø Se houver dificuldade na
identificação do medicamento, não administrá-lo. Devolva-o à farmácia e
solicite outro medicamento com identificação legível;
Ø Se um paciente recebe
vários medicamentos simultaneamente, a prática mais segura é a de usar
recipientes separados, possibilitando a identificação segura dos medicamentos
que efetivamente o paciente recebeu. Em casos de aceitação parcial ou perdas
acidentais de uma parte deles, será possível registrar adequadamente o ocorrido
e ou repor a medicação perdida;
Ø Observar se o paciente não
está com indicação de jejum, controle hídrico, além de fatores que influenciam
a administração, como sonda nasogástrica, condições relativas à deglutição,
náuseas, vômitos, entre outros;
Ø No caso de administração
de medicação sublingual, observar a colocação do medicamento sob a língua do
paciente e orientá-lo para que deixe ali, sem mastigá-lo ou engoli-lo, até ser
totalmente dissolvido, não se devem oferecer líquidos com a medicação sublingual;
Ø No uso de medicação via SNE
ou SNGLavar(10 a 20ml de água pela seringa sob pressão) logo após a
administração da medicação, a fim de evitar obstrução da mesma.
2.2. VIA RETAL
As
formulações destinadas para uso retal podem ser sólidas ou líquidas.
2.2,1 - FORMULAÇÕES SÓLIDAS – denominada supositório – possuem formato e consistência
que facilita sua aplicação, não devendo ser partido. Dissolve-se em contato com
a temperatura corporal e é indicado principalmente para a estimulação da
peristal se para facilitar a defecação. Quando efetivo, os resultados
manifestam-se dentro de 15 a 30 minutos, mas podem tardar até uma hora.
2.2.2 - FORMULAÇÃO LÍQUIDA – pode ser em grande quantidade, denominada lavagem
intestinal (de 1000 a 2000ml) ou em pequena quantidade, chamada de clister (150
a 500ml). Geralmente são usadas na lavagem intestinal para a remoção das fezes
em caso de fecaloma, preparo para procedimentos cirúrgicos ou exames (ex:
colonoscopia);
2.2.3 - MATERIAL:
1
frasco de Clister ou Fleet Enema (conforme prescrição médica)
Papel
higiênico;
01
comadre;
01
par de luvas de procedimento;
01
sonda retal;
2.2.3 - PROCEDIMENTO:
Explicar
ao paciente o procedimento;
Ø Preparar o material;
Ø Mornar quando for solução
glicerinada ou soro fisiológico;
Ø Lavar as mãos, calçar
luvas de procedimentos;
Ø Colocar biombo, para não
expor o paciente;
Ø Colocar o paciente em
posição de Sims, (decúbito lateral esquerdo e perna direita fletida);
Ø Afastar a prega
interglútea e instilar o líquido;
Ø Introduzir a sonda retal
lubrificada (ex: xilocaína gel ou óleo mineral) no ânus do paciente;
Ø Colocar o paciente na
comadre, deixando o papel higiênico à mão, nos casos de pacientes dependentes,
ou encaminha-lo ao banheiro;
Ø Fazer a higiene intima;
Ø Retirar o material usado;
Ø Limpar e organizar o
material;
Ø Retirar as luvas de
procedimentos;
Ø Lavar as mãos;
Ø Fazer anotação de
enfermagem no prontuário;
Observação:
No
caso de irrigação gota a gota acrescentar um equipo ao material, procedendo a
mesma forma de instalação, deixando o sistema instalado até o final da solução.
2.3.VIA PARENTERAL
A
via parenteral é utilizada quando se deseja uma ação imediata da droga, quando
não há possibilidade de administração por via oral, ou quando há interferência
na assimilação da droga pelo trato gastrointestinal. A enfermagem utiliza
comumente as seguintes formas de administração parenteral: intradérmica,
subcutânea, intramuscular e endovenosa.
Observação: Observar recomendações de rotina de controle de infecção
decorrente
sanguínea de CCIH.
2.3.1.PREPARO DA MEDICAÇÃO:
Ø
Observar o prazo de validade, o aspecto da solução, bem como a integridade
do frasco;
Ø
Certificar que todo o medicamento está contido no corpo da ampola,
pois o estreitamento do gargalo faz com que uma parte do medicamento muitas
vezes , fique na sua parte superior;
Ø
O mesmo cuidado deve ser observado com o pó liofilizado no frasco ampola;
Lavar
as mãos com água e sabão;
Ø
Observar a integridade dos invólucros que protegem a seringa e a agulha;
Ø
Monte a seringa com a agulha respeitando a técnica asséptica;
Ø
Desinfetar toda a ampola com algodão embebido em álcool a 70% destacando
o gargalo, no caso do frasco ampola, levantar a tampa metálica e desinfetar a
borracha;
Ø
Proteger o gargalo da ampola com algodão na hora de quebrá-lo;
Ø
Aspirar ao diluente (no caso de frasco ampola) introduzi-lo dentro
do frasco e deixe que a força da pressão interna do frasco, desloque o ar para
o interior da seringa;
Ø
Homogeneizar o diluente com o pó liofilizado sem sacudir;
Ø
Introduzir o ar da seringa para o interior do frasco. Este procedimento
visa aumentar a pressão dentro do frasco, facilitando a retirada do
medicamento, visto que os líquidos movem-se de uma área de maior pressão para a
de menor pressão;
Ø
Manter o frasco invertido para baixo, enquanto aspira ao medicamento;
Ø
Proteger a agulha com o protetor e o êmbolo da seringa com o próprio
invólucro;
Ø
Identificar o material com fita adesiva com o nome do paciente, número
do leito, medicamento, horário, dose e via de administração;
2.4.INTRADÉRMICA
É
a introdução do medicamento na derme. É raramente usada para tratamento, porém
incide na disseminação de vacinas.
2.4.1 VOLUMES MÁXIMOS ADMINISTRADOS – 0,1 a 1,0ml.
2.4.2. LOCAIS DE APLICAÇÃO :
v
Face interna ou ventral do antebraço;
v
Região escapular (parte superior das costas);
v
Parte inferior do deltóide direito (exclusivamente para a vacina BCG);
2.4.3 - MATERIAL:
v 01 bandeja;
v 01 seringa de 3ml ou 5ml;
v 01 agulha para injeção
03X07;
v 01 bola de algodão;
v 05ml de álcool;
v Luvas de Procedimentos;
v Medicamento prescrito;
2.4.4 - PROCEDIMENTO:
v Lavar as mãos;
v Preparar a medicação
fazendo a desinfecção da ampola e, após a aspiração do medicamento, colocar o
protetor na agulha;
v Orientar o paciente quanto
ao procedimento;
v Calçar luvas de
procedimentos
v Posicionar a agulha em
ângulo de 15º em relação à superfície da pele;
v Introduzir a agulha com o
bisel para cima para formar uma pápula;
v Checar na prescrição
médica;
OBS.: Não fazer a antissepsia
da região, o que causaria o desenvolvimento de reações falso-positivas em
testes de hipersensibilidade e a redução da atividade das vacinas
administradas.
2.5. VIA SUBCUTÂNEA
É
a introdução do medicamento na região subcutânea. É utilizada para drogas que
não necessitem de absorção imediata e sim quando se deseja uma absorção
continua. Podem ocorrer lesões inflamatórias locais, sendo de grande
importância
o
rodízio da aplicação como um método profilático.
2.5.1. VOLUME MÁXIMO ADMINISTRÁVEL – 3 ml.
2.5.2.LOCAIS DE APLICAÇÃO:
v Parte superior externa dos
braços;
v Face lateral externa e
frontal das coxas;
v Regiões glúteas, direita e
esquerda;
v Região abdominal –
hipocôndrios direito e esquerdo, exceto a região periumbilical;
v Regiões supra-escapular e
infra-escapular;
v Faces externas, anterior e
posterior dos braços;
v Região intermediária
lateral das costas (próxima ao quadril direito e esquerdo).
2.5.3. - material:
v 01 bandeja;
v 01 seringa de 1ml;
v 01 agulha 13X25;
v Luvas de procedimentos;
v 02 bolas de algodão;
v 05ml do álcool a 70%;
v Medicamento prescrito.
2.5.4 - .PROCEDIMENTO:
v Lavar as mãos;
v Preparar a medicação
fazendo a desinfecção da ampola e, após a aspiração do medicamento, colocar o
protetor na agulha;
v Orientar o paciente quanto
ao procedimento;
v Calçar luvas de
procedimentos;
v Fazer anti-sepsia da pele
de cima para baixo;
v Posicionar a agulha em
ângulo de 90º em relação à superfície da pele;
v Introduzir a agulha com
bisel para baixo;
v Não friccionar o local
após a aplicação;
v Retirar luvas e lavar
mãos;
v Checar na prescrição
medica.
2.6.VIA INTRAMUSCULAR
É
aplicada no tecido muscular através da pele,tendo a desvantagem de ser dolorosa
pela introdução da agulha e absorção do medicamento. O desconforto da aplicação
desse medicamento pode ser minimizado com os seguintes cuidados:
v Manter a técnica asséptica
durante todo o procedimento;
v Ao escolher o local de
aplicação, observe a condição do músculo;
v Assegure a privacidade do
paciente, sem expô-lo desnecessariamente;
v Não hesitar em aplicar a
injeção;
v Injetar lentamente as
soluções;
v Fazer uma pressão no local
administrado com a extremidade dos dedos, para auxiliar na absorção da droga;
v Checar na prescrição
médica.
2.6.1.VOLUME MÁXIMO ADMINISTRÁVEL – 3 ml.
2.6.2.LOCAIS PARA APLICAÇÃO :
v Regiões deltoideanas;
v Região dorsoglútea;
v Região ventroglútea;
v Região anterolateral da
coxa (músculo vastolateral).
2.6.3.RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES:
v Não administrar
medicamentos por via intramuscular na região dorsoglútea em crianças de 0 a 2
anos, adultos excessivamente magros ou com mais de 60 anos;
v Priorizar a região
vastolateral da coxa em crianças menores de 1 ano.
v Não administrar
diclofenaco de sódio e penicilina benzatina na região deltóide, em qualquer
idade. Nessas medicações só usar agulhas 30x8;
v Rodiziar o local de
aplicação.
2.6.4 MATERIAL :
v 01 bandeja;
v 01 seringa de 3ml ou 5ml;
v 01 agulha 30X06, 30X07 ou
30X08;
v 02 bolas de algodão;
v 05ml do álcool a 70%;
v Luvas de procedimentos;
v Medicamento prescrito.
2.6.5 PROCEDIMENTO:
v Lavar as mãos;
v Escolher a seringa de
acordo com o volume a ser injetado;
v Preparar a medicação
fazendo a desinfecção da ampola e, após a aspiração do medicamento, colocar o
protetor na agulha;
v Orientar o paciente quanto
ao procedimento;
v Calçar luvas de
procedimentos;
v Fazer antissepsia da pele
de cima para baixo;
v Posicionar a agulha em
ângulo de 90º em relação à superfície da pele;
v Introduzir a agulha com
bisel para baixo;
v Aspirar antes de injetar o
medicamento, verificando se algum vaso foi atingido;
v Injetar lentamente o
líquido;
v Fazer uma leve compressão
no local após a administração;
v Retirar luvas e lavar as
mãos;
v Checar na prescrição
médica;
2.7. VIA ENDOVENOSA:
A
via endovenosa é usada quando se deseja uma ação rápida do medicamento ou porque
outras vias não são propícias. Sua administração deve ser feita com muito
cuidado, considerando-se que a medicação entra direto na corrente sanguínea,
podendo ocasionar sérias complicações ao paciente, caso as recomendações
preconizadas não sejam observadas. As soluções administradas por essa via devem
ser cristalinas, não oleosas e sem flocos em suspensão.
Alguns
acidentes podem acorrer na administração de medicamentos endovenosos:
Ø Esclerose da veia – aplicação sucessiva no
mesmo local;
Ø Abscessos- administração de
medicamentos fora da veia, antissepsia inadequada no local da punção e material
contaminado;
Ø Hematoma- extravasamento de sangue
da veia no espaço intersticial por transfixação da veia;
Ø Flebite- longa permanência de
dispositivos endovenosos ou drogas irritantes;
Ø Êmbolos – deslocamento de resíduos
de medicamentos mal diluídos ou coágulos de sangue podem agir como êmbolos;
Ø Infiltração- passagem do líquido para o
tecido subcutâneo. Ocorre por deslocamento da agulha ou pela sua penetração na
parede do vaso.
Ø Choque - quando se aplica
determinado medicamento, pode ocorrer o estado de choque, vasodilatação geral,
palidez, vertigem, agitação, cianose, ansiedade, tremores. Pode se tratar do choque
pirogênico que ocorre quando existe pirogênio no medicamento, ou seja,
substância produzida por bactéria, produzindo reações como febre e alergias;
Ø Choque anafilático devido à
hipersensibilidade do paciente ao medicamento.
2.7.1.VOLUME MÁXIMO ADMINISTRÁVEL – não há limite, exceto
nos casos em que a patologia contraindique volumes elevados.
2.7.2.LOCAIS DE APLICAÇÃO:
Ø Região cefálica
(crianças);
Ø Região temporossuperficial
e regiões epicranianas;
Ø Região dos membros
superiores: braço (cefálica e basílica), antebraço (intermediária cefálica,
intermediária basílica, mediana e radial);
Ø Ulnar
Ø Mão: rede do dorso da mão.
Ø Região dos membros
inferiores: perna (face posterior do joelho), safena magna e tibial anterior;
pé (rede do dorso do pé).
Obs: Observar orientações
adicionais na Rotina de Prevenção de Infecção de Corrente Sanguínea da CCIH.
2.7.3 MATERIAL:
Mesmo
da injeção intramuscular, acrescentando em caso de grande volume de medicação:
Ø 01 bandeja
Ø 01 Equipo;
Ø 01 cateter intravenoso
(abocath ou jelco);
Ø 01 pacote de gaze;
Ø 30 cm de esparadrapo ou
micropore;
Ø Medicamento;
Ø Luvas de Procedimentos;
2.7.4 PROCEDIMENTO:
v Lavar as mãos;
v Preparar a medicação
fazendo a desinfecção da ampola e, após a aspiração do medicamento, colocar o
protetor na agulha;
v Posicionar o paciente
deitado ou sentado;
v Orientar o paciente quanto
ao procedimento;
v Calçar luvas de
procedimentos;
v Inspecionar as condições
da veia e selecionar a mais apropriada;
v Garrotear o braço
aproximadamente 10 cm acima da veia escolhida.
v Para facilitar a
visualização d veia na mão e braço, convém o paciente cerrar o punho durante a
inspeção e a punção venosa;
v Fazer antissepsia da pele
de cima para baixo;
v Fixar a veia e fazer a
punção;
v Inserir o cateter ou
agulha em um ângulo de 15º a 30º graus mantendo a pele esticada com o bisel
voltado para cima, facilitando a introdução;
v Retirar o garrote;
v Administrar lentamente o
medicamento, evitando assim reações adversas, já que muitos medicamentos podem
produzir efeitos indesejáveis de imediato. Nesses casos, interrompa a aplicação
e comunique o fato o(a) enfermeiro(a) ou médico;
v Retirar o cateter ou
agulha e comprimir o local;
v Retirar luvas e lavar as
mãos;
v Checar na prescrição
médica.
2.7.5. RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES:
v Seguir Rotina de Controle
de Infecção para acesso vascular para a manutenção da punção;
v Evitar punção venosa de
membros inferiores em pacientes adultos;
v O local escolhido deve ser
seguro, de fácil acesso, confortável ao paciente;
v O seguimento escolhido
deve ser mais longo que a agulha.
v Evitar “tapinha” sobre o
local a ser puncionado, pois permitem o rompimento da veia no momento da
punção;
v Não puncionar membros com
fístula arteriovenosa para hemodiálise, paresia, paralisia ou membro do mesmo
lado em que foi feita uma mastectomia.
2.8.VENÓCLISE:
Venóclise
é a administração endovenosa de regular quantidade de líquido através de
gotejamento controlado, para ser infundido num período de tempo
pré-determinado. É indicada principalmente para repor perdas de líquidos do
organismo e administrar medicamentos. As soluções mais utilizadas são a
glicosada 5%, fisiológica 0,9% e ringer simples.
2.8.1. RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES:
v Atentar para a
identificação, registrando no rótulo: o nome do paciente, a solução a ser
injetada, os medicamentos e seus complementos do soro, caso houver, tempo em
que a solução deverá ser infundida, número de gotas por minuto, início e
término,
v Atentar para data e
assinatura;
v Estabelecer a punção
venosa em local longe de articulações e de fácil acesso, para facilitar
manutenção da via e oferecer conforto ao paciente;
v Não puncionar veias
esclerosadas (são veias com paredes espessas e endurecidas), devido a
deficiência circulatória;
v Realizar a punção com
técnica asséptica, mantendo todo o conjunto de punção limpo, inclusive sua
fixação, prevenindo infecção;
v Manter as conexões do
sistema bem adaptadas evitando extravasamento de solução, contaminação, refluxo
sanguíneo e entrada de ar;
v Manter a observação
constante no local, a fim de detectar precocemente a infiltração nos tecidos
adjacentes;
v Retirar o dispositivo da
punção e providenciar outra via de acesso venoso, na presença de sinais de
flebite (edema e hiperemia local). Comunicar o caso o(a) enfermeiro(a);
v Garantir a infusão do
volume e dosagem dentro do tempo estabelecido. Para isto, deve-se controlar
constantemente o gotejamento, que não deve ser alterado em casos de atraso,
para evitar a sobrecarga cardíaca;
v Orientar aos pacientes que
deambulam manterem o frasco elevado para promover gotejamento contínuo,
evitando refluxo, coagulação sanguínea e obstrução do cateter;
v Orientar o paciente não
abrir ou fechar o gotejamento.
v Registrar no local da
punção data, hora e assinatura do profissional responsável.
v Administração de
medicações de horário pela “borrachinha” do equipo: fazer desinfecção do local
antes da introdução da agulha;
v Não injetar medicamentos
perfurando o frasco de soro ou deixar agulhar tipo “suspiro” para evitar
contaminação do sistema;
v Evitar excesso de polifix
ou tree-wall.
3 - TÉCNICA PARA
MENSURAÇÃO DE GLICEMIA CAPILAR
É a verificação, por meio
de amostra de sangue capilar, da quantidade de glicose presente na corrente sanguínea.
3.1 - MATERIAL;
v
01 unidade de fita de glicoteste;
v
Aparelho de HGT;
v
01 bola de algodão;
v
01 pacote de gaze;
v
01 unidade de agulha 13x4,5(agulha de insulina)
v
Luvas de procedimentos;
3.2 - PROCEDIMENTO:
v
Preparar o material;
v
Orientar o paciente quanto ao procedimento;
v
Lavar as mãos;
v
Calçar luvas de procedimentos;
v
Posicionar um dos dedos em que será realizado o teste, de maneira que
a gota de sangue pingue na fita reagente conectada ao aparelho;
v
Comprimir o dedo acima do local a ser puncionado;
v
Realizar antissepsia do dedo com álcool 70%;
v
Fazer um pequeno furo com agulha de insulina no dedo;
v
Esperar a gota de sangue pingar sobre a fita – não esfregar o dedo
na fita ;
v
Aguardar por 30 segundos aproximadamente;
v
Fazer a leitura;
v
Limpar o dedo do paciente;
v
Organizar o material;
v
Retirar as luvas;
v
Lavar as mãos;
v
Anotar o resultado no prontuário;
Observação: Qualquer alteração,
comunicar a enfermeira ou medico do paciente e
medicar conforme
prescrição médica e de acordo com o resultado do HGT.
4 - ADMINISTRAÇÃO DE
SANGUE OU HEMODERIVADOS
4.1 PROCEDIMENTOS
v
Avisar ao banco de sangue sobre a prescrição e anotar no pedido o horário
e o nome do funcionário que o atendeu.
v
Encaminhar o pedido de administração de sangue ou hemoderivados
para o setor
v
Manter o gotejamento de acordo com a prescrição médica.
v
Observar o posicionamento da agulha, evitando a infiltração nos tecidos.
v
Caso haja Intercorrências durante a transfusão, solicitar o responsável
técnico do banco de sangue e avisar ao médico.
v
Observar anormalidades.
4.2 OBSERVAÇÕES.:
v A instalação e a troca das
bolsas de sangue ou hemoderivados é de Responsabilidade do Banco de Sangue.
v O técnico do Banco de
Sangue deverá instalar punção venosa exclusiva para administração do sangue ou
hemoderivados, não sendo permitido usar a mesma via do soro e medicações.
v Pacientes com difícil
acesso venoso deverão ser avaliados pelo enfermeiro responsável e suspender as
medicações, se for o caso.
v Seguir orientações da
Rotina de Controle de Infecção de Corrente Sanguínea da CCIH.
4.3 REAÇÕES PIROGÊNICAS:
4.3.1.SINTOMAS
v
Calafrios súbitos e febre.
v Cefaleia.
v
Vermelhidão e taquicardia.
4.3.3.CONDUTAS
v
Interromper a transfusão e avisar ao médico;
v
Administrar medicamento conforme prescrição;
v
Verificar a temperatura meia hora após o início dos calafrios;
v
Preencher notificação para Corisca;
5
- INFORMAÇÕES GERAIS
5.1
- EM RELAÇÃO AOS PROCEDIMENTOS
v
Todos
os procedimentos referentes à aplicação de injetáveis devem ser realizados
mediantes rotinas pré-estabelecidas, bem como, obedecer a prescrição médica.
v
Deve
existir procedimento que defina a utilização de materiais descartáveis e
garanta a sua utilização somente dentro do prazo de validade.
v
É
necessário que as instalações possuam condições higiênico-sanitárias
satisfatórias e estejam em bom estado de conservação.
v
É
necessário possuir pia, água corrente, sabão líquido e toalhas descartáveis.
v
É
recomendável existir lixeira com tampa, pedal e saco plástico.
v
É
necessário existir recipiente rígido adequado para o descarte de
perfuro-cortantes.
v
É
recomendável existir coleta seletiva dos resíduos resultantes da aplicação de
injeções.
v
É
necessário possuir rotinas escritas com as técnicas de antissepsia das mãos e
local de aplicação, bem como de cuidados na aplicação de injetáveis
5.2 - EM RELAÇÃO AOS CUIDADOS ANTES DA
APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS
1. Em relação à sala de preparo e
aplicação
2. Quanto: ao equipamento necessário
3. Em relação ao armazenamento de
seringas e agulhas
4. Em relação a prescrição
5. Em relação ao medicamento
6. Em relação a aparência do cliente
7. Em relação ao preparo psicológico.
5.3 - EM RELAÇÃO À SALA DE PREPARO E
APLICAÇÃO:
v
Deve
ser Ventilada
v
Deve ser bem Iluminada
v
Deve ter Higiene
v
Deve ser
equipada com pia com torneira de fácil abertura
v
Deve
ter bancada com gavetas
v
Deve
ter suporte para sabão líquido
v
Deve
ter lixeira de pé
v
Deve ter recipientes para bolas de algodão e
antisséptico
5.4 – EM RELAÇÃO AS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS INJETÁVEIS:
- Aspecto -
deve ser sempre límpido para soluções, com ausência de partículas visíveis
ou corpos estranhos;
- Esterilidade
- ausência de microrganismos viáveis, condição essencial;
- pH - o
ideal é que seja próximo dos valores do plasma, aproximadamente 7,4;
- Isotonicidade.
5.5 - EM RELAÇÃO AOS FATORES QUE PODEM
ALTERAR A SOLUBILIDADE DE FÁRMACOS
- pH –
composição e pH dos fármacos e solventes;
- Temperatura
– de acordo com a temperatura, podem ocorrer reações de degradação de
fármacos em diferentes velocidades;
- Exposição
à luz – a luz catalisa as reações de fotólise em fármacos susceptíveis.
6 -
OUTROS CONCEITOS IMPORTANTES
6.1 -
Água para preparação de injetáveis - É
a água destinada à preparação de medicamentos administrados por via parenteral
cujo veículo é aquoso (água para preparações injetáveis), É utilizada para à
dissolução ou à diluição de substâncias, ou preparações, para administração
parenteral no momento de seu emprego (água esterilizada para preparações
injetáveis). A água para preparações injetáveis é um liquido límpido, incolor,
inodoro, insípido, isento de pirogênios.
6.2
- Administração intravenosa direta
- Caracteriza-se pela administração direta dos medicamentos na veia, ou através
de um ponto de injeção no cateter.
6.3
- Administração Intravenosa lenta
– Administração Intravenosa direta com duração de 3 a 5 minutos.
6.4
- Administração Intravenosa em Bolus
– Administração Intravenosa direta com duração menor que 1 minuto.
6.5
- Diluição – é a
adição da solução injetável pronta ou reconstituída a um diluente, de modo a
obter uma solução de menor concentração de princípio ativo.
6.6
- Estabilidade – é a
resistência de uma dada formulação à alterações técnicas e estruturais do
produto, durante um determinado período de tempo.
6.7
- Extravasamento – é
a passagem de um líquido injetável para os tecidos circundantes no momento da
administração de determinado fármaco.
6.8
- Forma farmacêutica
– é a forma física de apresentação do medicamento. Pode ser classificada em
sólida (pó, comprimido, drágea, cápsula, supositório, etc), líquida (solução,
xarope, elixir, suspensão, emulsão, tintura, etc) semi-sólida (gel, loção,
ungüento, cremes, pomadas, etc) e gasosa (aerossol).
6.9
- Incompatibilidade físico-químicas
– são reações (precipitação, alteração da cor, turbação e formação de bolhas,
de complexos, de espuma, etc) que ocorrem quando se mistura dois ou mais
medicamentos, ou medicamento e diluente, sendo a administração destas soluções
perigosa para o paciente.
6.10
- Infusão – vide
perfusão.
6.11
- Perfusão intermitente
– administração de preparações diluídas através de sistema de perfusão; usa-se
para volumes entre 50-100mL, perfundidos à velocidade de 120-210 mL/h.
6.12
- Perfusão contínua –
administração de preparações diluídas através de sistema de perfusão regulados
por bombas perfusoras; é utilizada para grande volumes (maiores que 500mL) à
velocidade de 100-125 mL/h.
6.13
- Reconstituição – é
a adição de um solvente ao pó ou liofilizado, de modo a obter uma solução
injetável. Após a reconstituição, o medicamento pode ser injetado diretamente
ou diluído, conforme as especificações de cada produto.
6,14
- Temperatura – neste
manual, as temperaturas são determinadas sem indicação numérica, e os termos
gerais utilizados e os respectivos valores de temperatura são os seguintes:
Tipo de armazenamento
|
Temperatura (ºC)
|
Congelamento
|
-20
a 0
|
Fria
ou Refrigerada
|
2
a 8
|
Fresca
|
8
a 15
|
Ambiente
|
15
a 30
|
Quente
|
30
a 40
|
Calor
excessivo
|
Acima
de 40
|
Siglas
e Abreviaturas
|
IA –
intra-arterial
|
IM
– intramuscular
|
IP
– intra-peritonial
|
IT
– intratecal
|
IV
– Intravenosa
|
SC
– subcutânea
|
VO
– via oral
|
p.p.i.
– para preparação de injetáveis
|
PVC
– policloreto de vinila
|
ºC –
graus célcius
|
g
– grama
|
mcg -
micrograma
|
mL
– mililitro
|
h –
hora
|
min –
minuto
|
– maior
|
maior ou igual
|
–
menor
|
– menor ou igual
|
É
a adição da solução injetável pronta ou já reconstituída a um diluente, de modo
a obter uma solução injetável a administrar com uma menor concentração do
princípio ativo. Em regra o diluente a utilizar é uma solução injetável de
grande volume de glicose isotônica ou de cloreto de sódio isotônico, salvo
situações em que o produtor recomende outros solventes.
Durante
a preparação de medicamentos injetáveis, a utilização de diluente incompatível
pode levar à redução da solubilidade do fármaco, podendo culminar na
administração de substâncias químicas ionizadas, que, portanto, não irão realizar
sua ação farmacológica, ou compostos químicos insolúveis, que poderiam
precipitar nas paredes dos vasos.
Normalmente
a prescrição dos medicamentos injetáveis não traz especificações sobre qual o
diluente a ser utilizado, e os profissionais que irão realizar a reconstituição
ou a diluição não têm tempo disponível para consultar a literatura pertinente
ou mesmo as especificações dos fabricantes dos medicamentos. O mesmo ocorre
quanto à velocidade de administração de medicamentos injetáveis.
Uma
das informações contidas nesse manual de injetáveis é a classificação ATC
(Anatomical Therapeutic Chemical) e DDD (Dose Diária Definida). Esse sistema de
classificação é aceito e reconhecido como padrão internacional para estudos de
utilização de drogas. A finalidade principal do sistema ATC / DDD é tornar-se
uma ferramenta de apresentação estatística de utilização das medicações, com o
objetivo de melhorar o uso das medicações.
No
sistema ATC, as substâncias são divididas e classificadas em diferentes grupos
de acordo com o órgão ou sistema em que atuam e suas propriedades terapêuticas,
farmacológicas e químicas. A dose diária definida (DDD) se refere à dose de
manutenção média por dia para uma medicação utilizada em sua indicação
primordial em adultos. Trata-se de uma unidade de medida e não necessariamente
reflete a dose recomendada ou a dose prescrita diária. As doses para pacientes
individuais e grupos de pacientes, muitas vezes diferem do DDD e por isso é
necessário considerar as características individuais (por exemplo, idade e
peso) e considerações farmacocinéticas de cada medicação.
O
fornecimento dessas informações aos profissionais de saúde pode ser
considerado, nesse caso, intervenção preventiva a fim de evitar erros de
medicação, e essa função de ensinar e proporcionar informações sobre preparação
e administração de medicamentos injetáveis pode e deve ser assumida pelo
farmacêutico, dado que sua função social é assegurar o uso adequado e seguro
dos medicamentos.
6.16 - Dicas para
Diluições e Administração de Medicamentos
1
mL = 20 gotas = 60 microgotas
1
microgota /minuto = 1 mL / hora
1
mg = 1000 mcg = 1000 µg
6.17
- Extravasão
Passagem
de um líquido orgânico (sangue, urina, etc.) para os tecidos, após lesão ou
ruptura dos vasos ou do órgão que o contém. Passagem de um líquido injetável
(no manuseamento da seringa) para os tecidos circundantes, no ato de
administração de determinado fármaco ao doente, muitas vezes ocorrida pela
falta de cuidado no ato.
6.18
- Gauge
Unidade
de Medida Internacional (G), definidora do calibre/diâmetro interno do canal de
uma agulha para administração de injetável.
6.19
- Indicações gerais da temperatura
Quando
se faz menção nos conteúdos deste manual, ou nos Folhetos Informativos
integrantes de cada embalagem comercial a referência ao acondicionamento a
determinada temperatura sem indicação numérica, os termos gerais utilizados têm
o seguinte significado, de acordo com a Farmacopeia Portuguesa:
·
Congelado ou No congelador: Inferior a -15ºC;
·
Refrigerado ou No frigorífico: 2 a 8ºC;
·
Frio: 8 a 15ºC;
·
Temperatura Ambiente: 15 a 25ºC.
6.20
- Parenteral
Parenteral
(do grego: "para"
= ao lado + "enteron"
= intestinal), também chamada injetável. Que se efetua por uma via que não a
digestiva.
6.21
- Reconstituição
É
a adição de um solvente ao pó ou liofilizado, de modo a obter o medicamento
injetável de preparação extemporânea. Em regra, o solvente utilizado é a água
para preparação de injetáveis ou o cloreto de sódio isotônico, salvo situações
em que o produtor recomende outros solventes.
Quando
necessária, a reconstituição dos medicamentos injetáveis pode apresentar
diferenças entre os diversos medicamentos. Na maioria dos casos, está é
realizada com água estéril para injeção, porém em alguns casos deve-se utilizar
outro diluente, como soro fisiológico ou glicosado 5%, dependendo das
características e compatibilidades.
Tipos de Alterações dos
Injetáveis após Reconstituição
v
Insolubilidade
v
Precipitação
v
Formação
de bolhas
v
Alteração
de cor
v
Incompatibilidades
6.22
- Resumo das Características do Medicamento (RCM)
Documento
elaborado pela Indústria Farmacêutica produtora / importadora / distribuidora,
sendo parte integrante do pedido processual de atribuição de autorização de
introdução no mercado de um medicamento, devidamente aprovado pela entidade
regulamentar competente de muitos países, com a finalidade do seu licenciamento
comercial. Deve -se salientar que muitos desses documentos se encontram
disponíveis para consulta e para download público, livre e gratuito na
Comunidade Europeia, através da EMEA - The European Agency for the Evaluation
of Medicinal Products, bastando para isso aceder ao seguinte endereço
eletrônico: http://www.eudra.org/humandocs/humans/epar.htm.
Em
alguns países, o seu acesso é restrito a profissionais de saúde, sendo o mesmo
justificado em função da linguagem essencialmente técnica. As suas normas de
elaboração, estão comummente definidas nos seguintes elementos, que a seguir se
transcrevem:
1.
Denominação da especialidade farmacêutica.
2.
Composição qualitativa e quantitativa.
3. Forma
Farmacêutica.
4.
Informações clínicas:
4.1. Indicações terapêuticas;
4.2. Posologia e modo de
administração;
4.3. Contra -indicações;
4.4. Advertências e precauções
especiais de utilização;
4.5. Internações medicamentosas e
outras;
4.6. Utilização em caso de gravidez e
de lactação;
4.7. Efeitos sobre a capacidade de
condução e utilização de máquinas;
4.8. Efeitos indesejáveis;
4.9. Sobredosagem.
5.
Propriedades farmacológicas:
5.1. Propriedades farmacodinâmicas;
5.2. Propriedades farmacocinéticas;
5.3. Dados de segurança pré-clínica.
6. -
Informações farmacêuticas
6.1. Lista de excipientes;
6.2. Incompatibilidades
6.3. Prazo de validade;
6.4. Precauções particulares de
conservação;
6.5. Natureza e conteúdo do
recipiente;
6.6. Instruções de utilização e de
manipulação.
7. - Nome ou
firma e domicílio ou sede social do titular de autorização de introdução no
mercado.
8. - Número
de autorização de introdução no mercado [número(s) de registro do medicamento].
9. - Data da
primeira autorização ou renovação da autorização de introdução no mercado.
10. - Data
da revisão (parcial) do texto.
6.23
- Shunt
Em
cardiologia, curto-circuito congênito ou adquirido na circulação do sangue, que
se efetua por um orifício ou um canal anormal ou pela derivação anormal de um
vaso, entre o coração arterial (ou o sistema vascular arterial) e o coração
venoso (ou o sistema vascular venoso). Assim, uma parte ou a totalidade da
corrente sanguínea sofre um desvio do seu trajeto normal, daí resultando uma
mistura dos sangue arterial e venoso.
BIBLIOGRAFIA
1) CIANCIARULLO, T.I.; GUALDA, D.M.R.; MELLEIRO, M.M.; ANABUKI M.H. Sistema de assistência de enfermagem: evolução e Tendências. 2ed. São Paulo: Ícone, 2001.
2) CRAVEN,R.F.; HIRNLE, C.J. Fundamentos
de enfermagem. Saúde e função humanas. 4.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
3) DOENGES, M.E.; MOORHOUSE, M.F.;
GEISSLER, A.C. Planos de cuidados de
enfermagem. Orientações para o cuidado individualizado do paciente. 5.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2003. 970p.
4) HORTA, W.A. Processo de enfermagem.
São Paulo: EPU, 1979.
5) JOHNSON, M. Diagnósticos, resultados e intervenções de enfermagem; ligações entre NANDA, NOC e NIC. Porto Alegre:
Artmed, 2005.
6) KEENNER, C. Enfermagem neonatal. 2.ed.
Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso
Editores, 2000.
7) KURCGANT, P. Administração em enfermagem. São Paulo: EPU, 1991.
8) KURCGANT, P. ET al. Gerenciamento em enfermagem.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2005.
9) MUSCARI, M. E.. Enfermagem pediátrica. 2.ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 1998.
10) NORTH AMERICAN
NURSIN GASSOCIATION. Diagnósticos de enfermagem
da NANDA. Definições e classificação2005– 2006. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2006.
11) SCHMITZ, E.M. e Cols. A enfermagem em pediatria
e puericultura. São Paulo, Atheneu, 2000.
12) SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Programa de
reanimação neonatal. Manual para auxiliares
da reanimação neonatal. Rio de
Janeiro: SBP, 2002.
13) WHALEY, L. ; WONG, D. L. Enfermagem
pediátrica. Elementos essenciais à intervenção
efetiva. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999.
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