ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS
1 - INTRODUÇÃO
Todos
os materiais sofrem alterações, com o tempo, sob a ação do ambiente: Tanto materiais
extraídos da natureza como materiais sintéticos. O meio ambiente contribui com fatores ambientais como por exemplo:
v Físicos: luz (radiação UV, IV) , Umidade
v Calor
v Microrganismos
Com
os fármacos ocorre o mesmo. Fármacos puros são mais estáveis que em misturas, as
chances de interação de fármacos em mistura com outros materiais aumentam.
Medicamentos
são misturas de fármacos e veículos ou excipientes. .Fármacos em formas sólidas
são mais estáveis que em formas líquidas pois as reações químicas ocorrem
melhor em meio líquido
Fármacos
sujeitos a algum processamento são também mais facilmente decompostos, tais
como a granulação úmida, secagem, aquecimento para facilitar a solubilização,
etc.
A
maior exposição aos agentes ambientais: oxigênio, luz, aquecimento,
microrganismos facilitam a decomposição.
A
decomposição dos fármacos, puros ou nos medicamentos, obriga aos fabricantes
estipular a sua data de validade, baseados em experimentos que permitem estimar
o tempo em que os fármacos permanecem em condições de exercer seu efeito sem
alterar sua toxicidade
No
desenvolvimento de formulações são feitos exaustivos estudos para compreender o
mecanismo de degradação dos fármacos e a velocidade com que os processos
ocorrem, sob vários aspectos: químico, físico e microbiológico . Por esse
motivo há um tempo considerável entre a elaboração de uma nova formulação e o
seu aparecimento no mercado
Na realidade
é a capacidade do fármaco de manter-se dentro das especificações estabelecidas
tendo asseguradas sua identidade, potência, qualidade e pureza.
2 - TIPOS DE ESTABILIDADE
v Estabilidade
química
v Estabilidade
física e físico-química
v Estabilidade
microbiológica
v Estabilidade
Terapêutica
v Estabilidade
toxicológica
2.1 - Estabilidade química
É a
capacidade da forma farmacêutica em manter a identidade molecular do
Fármaco.
Mecanismos principais de degradação
química:
v
Hidrólise
v
Oxidação
v
Fotólise
v
Outros
(racemização, dimerização, etc.)
A estabilidade química
depende de:
v Umidade: em meio líquido as reações de
decomposição aumentam pois as moléculas estão mais sujeitas a colisões estando
em solução
v Temperatura: a temperatura catalisa a
maioria das reações
v Luz
v pH
Efeito da temperatura:
v Em geral, o aumento de 10 graus na
temperatura, acelera em 2 a 5 vezes a velocidade de uma reação
v Importante lembrar que, em nosso país,
a temperatura ambiente varia muito, ultrapassando os 30º C
v A temperatura é um importante
catalisador das reações de hidrólise e oxidação
Hidrólise
v
Ocorre
quebra da molécula de fármaco pela ação da água – a água é um reagente
v
Há
grupos funcionais que favorecem a hidrólise:
ü
Lactonas
(ésteres cíclicos)
ü
Lactamas
(amidas cíclicas)
ü
Ésteres
ü
Amidas
Hidrólise e pH
v
O
pH é um importante catalisador da hidrólise
v
Em
pH baixo aumenta a eletrofilicidade da carbonila com a protonização do Oxigênio
v
Em
pH alto aumentam hidroxilas nucleófilas para ataque
v
Existe
um pH ótimo, no qual a hidrólise é mínima
Hidrólise e metais
v
Os
metais também influem na velocidade de hidrólise
v
Cátions
divalentes funcionam como H+, em baixos pHs
Como evitar ou diminuir a hidrólise:
v Remover a água: substituir por solventes
como glicerina, sorbitol. Nem sempre é possível.
v Proteger da umidade, usar dessecantes
– formas sólidas
v Preparar suspensões em vez de soluções
v Acondicionamento impermeável
v Remover traços de metais que podem
catalisar a hidrólise:
v Uso de quelantes: EDTA, ác. tartárico,
ác. cítrico, polifosfatos, ác. glucônico
v Ajustar o pH e propiciar sua
manutenção:
v Soluções tampões de fosfato, de ácido
bórico, acetato, entre outras
v
Manter
boas condições de temperatura e umidade
Oxidação
v Reação que ocorre na presença de
oxigênio, com o ganho de oxigênio ou perda de hidrogênio
v É iniciada tanto pela luz como pela
presença de metais.
v Caracteriza-se por uma série de
reações em cadeia mediadas por radicais livres
Compostos sujeitos à oxidação
v
Alcenos
v
Aldeídos
v
Heteroátomos
adjacentes a anel benzênico (hidroquinonas)
v
Tióis
e compostos de enxofre não totalmente oxidados
v
Reação
de degradação da vitamina C
Como evitar ou reduzir a oxidação:
v
Remover
traços de metais
v
Evitar
a luz
v
Reduzir
o contato com oxigênio
v
Manter
a temperatura
v
Usar
anti-oxidantes
v
Quelantes
v
EDTA
(edetato de sódio, ác. edético)
Fotólise
A luz UV
afeta as ligações químicas fornecendo energia para a separação dos
elétrons
compartilhados entre os dois átomos dessa ligação. Pode resultar em:
v
Formação
de radicais livres no processo de oxidação
v
Lise
da molécula formando dois radicais
v
A
quebra da molécula pode causar isomerização
Fármacos sujeitos à fotólise:
v
Vitaminas
(A, B1, B12, D, E)
v
Ácido
fólico
v
Corantes
v
Dipirona
v
Ácido
meclofenâmico
v
Metotrexato
v
Fenotiazinas
v
Corticóides:hidrocortisona,
Metilprednisolona
Como prevenir os efeitos da ação da
luz:
v
Fármacos
oxidáveis: uso de anti-oxidantes e quelantes, proteção contra O2, temperatura
de armazenagem adequada, material de acondicionamento opaco ou âmbar.
v
Fármacos
sujeitos à fotólise: proteção da luz
Racemização
v
É
a conversão de um isômero em outro, resultando em mistura de ambos, geralmente,
acompanhada de perda de atividade
v
Ocorre
com compostos que possuem C assimétricos
v
Seus
isômeros são denominados de enantiômeros
v
Pode
ocorrer pela ação: Luz , pH , tipo de solvente e presença de grupos aromáticos
na molécula
Como prevenir a racemização:
v
Escolha
adequada de solvente e pH
v
Proteção
da luz
v
Controle
de temperatura
Consiste na
manutenção do medicamento em relação a sua integridade e teor declarado dentro
dos limites especificados por um determinado período de tempo.
2.2 - Estabilidade físico - química
A
estabilidade físico-química significa que o medicamento não sofreu alterações,
durante seu armazenamento, que impliquem em mudança das características
físicas, tais como:
v
Aspecto,
cor, odor, sabor
v
Aparecimento
de cristais em soluções
v
Dureza
ou friabilidade em comprimidos
v
Separação
de fases em emulsões
Outros exemplos:
v
Supositórios:
fusão fora da faixa ideal
v
Comprimidos
e cápsulas: alteração do tempo de dissolução do fármaco
v
Suspensões:
formação de sedimento compactado; alteração do tamanho de partícula
v
Todas
as formas: aparecimento de polimorfismo
Consiste na
manutenção de suas propriedades físicas originais, incluindo aparência, sabor,
uniformidade, dissolução e suspendabilidade inalteradas.
2.3 - Estabilidade microbiológica
A
contaminação microbiana acarreta em perda de estabilidade química e física.
Pode
apresentar odor, cor e cheiro desagradável pela presença de patogênicos. Os
agentes são: algas, bactérias e fungos. As formas particularmente susceptíveis
são as preparações líquidas e semi-sólidas.
Principais causas
v
Contaminação
ambiental
v
Contaminação
pessoal
v
Contaminação
matérias-primas: água, produtos de origem natural, insumos em geral
v
Concentração
ou tipo de conservante inadequado
v
Inativação
de conservantes
Como evitar a perda de estabilidade
microbiológica:
v
Uso
de matérias-primas dentro dos limites microbianos especificados
v
Boa
qualidade microbiológica da água
v
Produção
dentro das GMPs – qualidade ambiental adequada, higiene pessoal,
v
etc.
v
Uso
de conservantes para não estéreis
v
Controle
e validação de processos de esterilização
Conservantes:
São
adjuvantes que mantém, dentro dos limites preconizados, a carga microbiana
presente nas formas não estéreis durante o armazenamento e a qualidade
microbiana nas estéreis multidose durante o uso
v
Uso
externo:álcool benzílico, parabenos, imidazolidiluréia, cloreto de benalcônio,
cloroxilenol
v
Uso
interno: Benzoato de sódio ( até 0,5%), ácido benzóico (0,01%), parabenos –
metil, propil, hidroxietil (0,05 a 0,4%)
A
esterilidade ou resistência ao crescimento de micro organismos deverá permanecer
dentro dos limites estabelecidos.
2.4 - Estabilidade terapêutica
A atividade
terapêutica deve permanecer inalterada.
2.5 - Estabilidade toxicológica
Não deverá
haver aumento significativo da toxidade.
3 - ESTUDO GERAL DOS FATORES QUE
MODIFICAM A ESTABILIDADE DOS MEDICAMENTOS:
Quando se realiza uma Mistura
Intravenosa (MIV), alteram-se de
forma significativa as características dos seus componentes, e por isso é
necessário conhecer as consequências relativas à perda de atividade ou ao
aparecimento de toxicidade.
Por outro lado, nem sempre que se
prepara uma mistura, a mesma se administra de forma imediata ao doente, pelo
que é necessário conhecer os fatores que podem afetar a sua estabilidade.
Fatores
Intrínsecos
v
São aqueles ligados a tecnologia de
fabricação;
v
São aqueles ligados a interação entre os fármacos e solvente ou adjuvantes;
v
São
aqueles ligados ao pH do meio;
v
São aqueles ligados ao tamanho das partículas;
v
São aqueles ligados a qualidade do recipiente;
v
São aqueles ligados a pequenas quantidades de
impurezas;
Exemplos
de fatores intrínsecos
Ø
Hidrolise
Ø
Oxidação
Ø
Fotólise
Ø
pH
Ø
Tamanho
da partícula
Ø
Incompatibilidade
Fatores
Extrínsecos
São os fatores ambientais e estão
ligados as condições de estocagem e transporte, e são representados pela
temperatura, luminosidade, ar (oxigênio, gás carbônico e vapor d água umidade).
Exemplos
dos fatores extrínsecos
Ø
Temperatura
Ø
Umidade
Ø
Gases
atmosféricos
Ø
Radiações
4
- FORMAS DE ESTABILIZAÇÂO DOS MEDICAMENTOS
v
Limitação
do contato com a água;
v
Ajuste
de pH;
v
Exclusão
de oxigênio;
v
Proteção
da luz;
v
Utilização
de agentes quelantes e antioxidantes;
5 - NATUREZA E CONCENTRAÇÃO DO
MEDICAMENTO
A concentração de um medicamento em uma solução vai condicionar, por um lado o tipo de degradação (hidrólise, oxidação, fotólise) e por outro, a velocidade desta reação. Na maioria dos processos de degradação dos medicamentos em solução, a velocidade da reação é diretamente proporcional à concentração do princípio ativo.
A estabilidade do trimetropim / sulfametoxazol varia com a concentração final após diluição num veículo determinado. Se a diluição for numa proporção de fármaco:veículo de 1:10 v/v é preferível diluir em glicose a 5%. Contudo, se a diluição for numa proporção de 1:25 v/v pode ser usado como diluente quer a glicose a 5%, quer o cloreto de sódio a 0,9%.
6 - COMPOSIÇÃO E pH DO SOLVENTE, PERFIS DE PH E VELOCIDADE DE DEGRADAÇÃO
A maioria dos fármacos são suficientemente estáveis para valores de pH compreendidos entre 4 e 8, quando administrados no período de tempo conveniente. Contudo, não devemos esquecer que fármacos formulados a valores de pH mais extremos podem conduzir a uma rápida decomposição de outros fármacos, se administrados na mesma solução.Com vista à diminuição reações de degradação, adiciona-se à formulação um tampão para manter um pH apropriado.Os valores de pH da solução de glicose a 5% variam entre os 3,5 e os 6,5, dependendo dos ácidos de açúcar presentes, formados durante o processo de esterilização e armazenamento do produto. Para evitar incompatibilidades após a adição de fármacos, este valor baixo de pH deve ser considerado. Na Tabela 1, apresentam-se "guidelines" gerais que relacionam as propriedades ácido/base e o valor aproximado de pH.
Tabela 1 - "Guidelines"
gerais relativas a valores de pH
Solução de um sal de:
|
Tem um valor aproximado de pH:
|
Ácido
forte e base fraca
|
3,0
- 5,5
|
Ácido
forte e base forte
|
7,0
|
Ácido
fraco e base forte
|
8,5
- 11
|
Ácido
fraco e base fraca
|
4,5
- 9,5
|
7 - NATUREZA DO RECIPIENTE E DA SOLUÇÃO
Os materiais de plástico mais usado na constituição dos recipientes de soluções injetáveis de grande volume são estruturas moleculares, de natureza orgânica e de alto peso molecular obtidos por polimerização. Existem 4 tipos: polietileno (PE), polipropileno (PP), cloreto de polivinilo (PVC), etilenvinilacetato (EVA). Como não são produtos inertes, podem interagir com os medicamentos.
Quando são postos em contato com os medicamentos podem originar processos relacionados com a permeabilidade, remoção, absorção e/ou adsorção e reações químicas. A passagem dos constituintes voláteis de determinadas moléculas de fármaco para o exterior, faz com que ocorram perdas de fármaco.
Também pode suceder o inverso, com o oxigênio e outras moléculas que podem passar para o interior do recipiente e causar degradação oxidativa ou de outros tipos com os constituintes susceptíveis. O PVC permite a passagem de moléculas sob a forma de vapor de N2, O2, CO2 e H2O, sendo recomendado os recipientes Viaflex® comercializados com bolsas protetoras de PE, impermeáveis à água, a fim de evitar a concentração dos componentes durante o processo de armazenamento.
Alguns fármacos removem o Dietilhexilftalato e outras partículas materiais dos plásticos podendo posteriormente precipitar. É o que acontece com o Cremophor EL, surfactante usado no Paclitaxel, na Ciclosporina e no Tacrolimus. A quantidade de plastificante extraído, aumenta com o tempo de contacto e com a concentração do medicamento.
Do ponto de vista de reatividade química os atuais produtos plásticos podem, em geral, considerar-se inertes.
8 - TEMPERATURA
Efeito da temperatura
A temperatura é outra variável primária que afeta a velocidade de degradação. De uma maneira geral, podemos dizer que a cada incremento de 10ºC, corresponde um aumento na velocidade da reação de 2 a 5 vezes. Embora esta relação seja passível de ser aplicada para muitos fármacos, não deve ser aplicada de forma indiscriminada. A Tabela 2 mostra a percentagem de degradação de Ampicilina Sódica a várias temperaturas, decorridas 4 horas e em solventes distintos.
Tabela
2 - Percentagem de degradação da Ampicilina sódica a várias temperaturas após
4 horas.
|
Diluente
|
||
Temperatura ºC
|
Glicose a
5%
|
Cloreto de
sódio a 0,9%
|
-20
|
13,6
|
1,2
|
0
|
6,2
|
0,4
|
5
|
10,1
|
1,0
|
27
|
21,3
|
1,8
|
9 - LUZ NATURAL E OUTRAS RADIAÇÕES.
Exposição
à luz
A
fotólise ou fotodegradação é uma reação catalisada pela luz. Umas variedades de
mecanismos de decomposição podem ocorrer desde a absorção da radiação
energética, sendo mais prejudicial quando a energia concentrada nas ligações
químicas é suficiente para decompor ou rearranjar uma entidade química nova.
Entre
os fármacos mais susceptíveis de sofrerem fotodegradação incluem-se a
Anfotericina B, a Furosemida, a Dacarbazina, o Cloridrato de Doxorrubicina, o
Nitroprussiato de Sódio, a Vitamina A, a Vitamina K, as Vitaminas do Complexo
B, a Adriamicina, a Cisplatina ou a Daunomicina.
A
radiação de maior comprimento de onda é a mais deletéria, consequentemente a
luz ultravioleta é mais deletéria que a visível e a luz direta é mais
prejudicial que a luz fluorescente. O melhor método para evitar este problema,
será o uso de papel de alumínio, plástico âmbar ou outro invólucro opaco,
revestindo o contentor por forma a impedir a penetração de luz.
10)
RECOMENDAÇÔESAÇÕES GERAIS
·
Seguir
rigorosamente as instruções e informações do fabricante em relação a
temperatura, luminosidade , etc.
·
Lembrar
que o mesmo principio ativo poderá apresentar condições diferentes de
armazenagem dependendo do fabricante.
·
A
reconstituição dos injetáveis de preparação extemporânea deve ser feita com
água para preparação de injetáveis, cloreto de sódio a 0,9% ou outro solvente
compatível, de acordo com as instruções do fabricante.
·
A
temperatura ambiente deve ser de 22 a 25 graus C e deve ser monitorada
assiduamente.
·
A
mistura de medicamentos na mesma seringa ou na mesma solução de diluição deve
ser evitada devido a possíveis problemas de incompatibilidade.
·
A
manipulação dos medicamentos deve ser feita em condições assépticas de forma a
evitar os perigos de contaminação microbiológica a que está exposta.
·
Devem
ser utilizadas preparações recentes, sendo mais prudente a inutilização de
qualquer solução depois de decorridas 24 horas sobre a sua preparação, a menos
que haja indicações específicas em outro sentido.
·
Quando
conservadas no frigorífico, as soluções reconstituídas ou diluídas devem ser
deixadas atingir a temperatura ambiente antes da sua administração.
·
Entre
a administração de um primeiro medicamento e um segundo medicamento deve-se
administrar de 10 mL a 20 mL de água de injeção.
·
As
misturas intravenosas devem ser examinadas regularmente durante a sua perfusão.
Se ocorrer escurecimento, alteração de cor, cristalização ou qualquer outro
sinal de interação ou contaminação, a perfusão deve ser imediatamente
descontinuada.
·
Os
medicamentos não devem ser agitados de forma vigorosa, mas sim rodados, para
evitar a formação de espuma e de bolhas de ar que ficam no contentor,
diminuindo a quantidade de fármaco a administrar ao doente, salvo se existir
indicação contrária expressa pelo fabricante.
11 - OBSERVAÇÕES SOBRE A PERDA DE
ESTABILIDADE
v
Interações
entre fármaco e excipientes
v
Físicas:
formação de misturas eutéticas
v
Químicas:
interação química (lactose e metformina, lactose e ranitidina, conservantes e
tensoativos)
v
Outras:
alteração da dissolução de fármaco com o tempo
v
Interações
entre o fármaco e o recipiente
v
Interações
entre o fármaco e o recipiente:
v
Vidros:
tipos I, II. III e NP - dependendo do tipo pode ceder OH-, óxidos de sódio e
cálcio ou traços de metais (Fe, Mg) que catalisam reações de oxidação;
v
Metais
- cedem Fe, Cu, Pb, Al catalisando reações;
v
Plásticos
e borrachas - possuem na sua composição estabilizantes, anti-oxidantes,
lubrificantes, corantes, plastificantes e outros. Também adsorvem
Fármacos e conservantes
v
Estabilidade
de produtos manipulados
v
Data
ou prazo de validade: deve ser fixado pelo Controle de Qualidade
v
Deve
ser apoiado por informações da literatura
v
Orientações
da Farmacopéia Americana
Estabilidade de produtos manipulados
Conforme
USP/NF para formulações manipuladas extemporâneas e válidas para recipientes
bem vedados e armazenagem à temperatura controlada, o tempo de validade pode se
estender por:
Líquidos não aquosos e formulações
sólidas
v
Matérias-primas
USP/NF: não mais que 6 meses
v
Contendo
produtos industrializados: 25% do prazo de validade original e no máximo 6
meses
v
Fórmulas
contendo água: quando preparadas com matérias-primas
v
sólidas,
não mais que 14 dias
v
Outras:
30 dias ou o tempo da duração da terapia, podendo se estender caso
v
haja
informações sobre a estabilidade que possam justificar
Estabilidade de produtos
industrializados
v
Realizar
estudos de estabilidade:
v
Conhecer
os produtos de decomposição
v
Estabelecer
o acondicionamento
v
Estabelecer
o prazo de validade .Prazo de validade: .Período no qual os medicamentos mantém
seus atributos dentro de limites considerados aceitáveis, ex.: .Teor de fármaco
(95-105%)
v
Verificar
a carga microbiana
v
Vilificar
compostos de decomposição
FONTE :
Profa. Dra. Vladi Olga Consiglieri
: Disciplina
de Farmacotécnica
Professora Doutora, Departamento de Farmácia, Faculdade de
Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo. E-mail: siglieri@usp.br. Tel.: +55 (11)
3818-3623/ Fax: +55 (11) 815-4418
ESSE SITE AQUI TA UMA PORRA
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