ANTI- INFECTANTES ANTIBIÓTICOS
- FLUORQUINOLONAS
SILVIO
BARBERATO FILHO E SIMONE SENA FARINA
CIPROFLOXACINO
Fluoroquinolonas sao ativas contra bacilos e cocos gram-negativos aeróbios, incluindo Enterobacteriaceae, Haemophilus influenzae, Moraxella catarrhalis (Branhamella catarrhalis), Neisseria gonorrhoeae e Pseudomonas aeruginosa.
Apresentam
atividade também contra micobactérias, micoplasmas e Rickettsia.
Sao
menos ativas contra microrganismos gram-positivos (Staphylococcus aureus, Streptococcus
pneumoniae e Enterococcus faecalis).
Não
ha atividade contra a maioria das cepas de Acinetobacter e são pouco ativas
contra anaeróbios.
Em
bacilos gram-negativos, podem induzir resistência a antimicrobianos de outras
classes, como cefalosporinas, aminoglicosideos e carbapenemicos.
Apresentam
efeito pos- antibiotico prolongado e meias-vidas relativamente longas, permitindo
intervalos de dose de 12 a 24 horas e favorecendo a adesão ao tratamento.
Essas
vantagens farmacocinéticas não devem apoiar o emprego frequente e sem critério
de fluorquinolonas, mesmo porque o alto custo e a emergência crescente de resistência
limitam seu uso.
Infecções
por microrganismos sensíveis a outros antimicrobianos não devem ser a priori
tratadas com fluorquinolonas, cujo uso deve ser preservado para situações
em que ocorram bactérias multirresistentes ou contraindicações clinicas aos
agentes de primeira linha, como penicilinas, penicilinas associadas a
inibidores de betalactamases, macrolídeos e tetraciclinas.
Geralmente
não são recomendadas para crianças, adolescentes, grávidas e lactantes e devem
ser usados com muita cautela por causa de efeitos adversos sobre as articulações.
CIPROFLOXACINO: Tem amplo espectro, boa biodisponibilidade, boa penetração tecidual,
meia vida longa e relativa segurança.
Deve
ser reservado ao tratamento de infecções causadas por bactérias gram-negativas aeróbias,
incluindo Salmonella, Shigella, Campylobacter, Neisseria e Pseudomonas
aeruginosa (infecções urinarias complicadas, geniturinárias, respiratórias,
infecções cutâneas e de tecidos moles, ósseas e articulares, intra-abdominais –
junto de metronidazol).
Não
deve ser empregado em pneumonia pneumococica4.
O
uso abusivo determina emergência crescente de resistência microbiana.
REFERÊNCIA
Secretaria
de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Ministério da Saúde, Formulário Terapêutico Nacional (FTN)
BIBLIOGRAFIA
1.
SWEETMAN, S. (Ed.). Martindale:
the complete drug reference. [Database on the Internet]. Greenwood Village:
Thomson Reuters (Healthcare) Inc. Updated periodically.
2. ORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO Model
Formulary, 2008.
3.
MACHADO, A. R. L. Fluorquinolonas. In: FUCHS, F. D.;
WANNMACHER, L.;
FERREIRA,
M. B. C.; (Ed.). Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica
racional.
3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 382-391.
4. BRITISH MEDICAL ASSOCIATION AND ROYAL
PHARMACEUTICAL SOCIETY OF GREAT BRITAIN. British national formulary. 57.
ed. London: BMJ Publishing Group and APS Publishing, 2009.
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