ANTI- INFECTANTES ANTIBIÓTICOS
- GLICOPEPTÍDEOS
MARIA INÊS
DE TOLEDO E SILVIO BARBERATO FILHO
VANCOMICINA
É
utilizada para enterococo resistente e constitui primeira escolha para
tratamento de infecções causadas por Staphylococcus aureus e Staphylococcus
epidermidis resistentes a meticilina.
Embora
os glicopeptídeos sejam ativos contra diversos microrganismos, deve - se restringir seu uso para evitar o
aparecimento de resistência, especialmente enterococos resistentes a
vancomicina.
Dados
recentes mostram que S. aureus com resistência intermediaria a
vancomicina tem sido identificados em todo mundo e em muitos casos estão
associados à falha no tratamento.
Os
glicopeptídeos não tem atividade contra anaeróbios e microrganismos
gram-negativos.
TEICOPLANINA
Teicoplanina,
outro representante dos glicopetídeos, tem em essência a mesma eficácia que a
vancomicina, porem é mais cara.
Os
efeitos da vancomicina sobre a função renal têm sido contestados, uma vez que
outros fármacos nefrotóxicos podem estar envolvidos.
Também,
a ocorrência de efeitos adversos sobre o rim e menor com as preparações
purificadas.
Em
revisão recente, são reforçadas as recomendações de monitoria da concentração sérica
de vancomicina como estratégia para diminuir a ocorrência de nefrotoxicidade.
Outros
efeitos adversos incluem risco de tromboflebíte e reação sistêmica,
caracterizada por prurido, rubor, taquicardia e hipotensão, acometendo face, pescoço
e tronco (síndrome do homem do pescoço vermelho), provavelmente intermediada
por liberação de histamina.
Estes
efeitos adversos são mais frequentes quando se utiliza infusão rápida, razão
pela qual se deve prolongar a infusão por pelo menos uma hora, evitando-se
infundir mais de 500 mg em 30.
REFERÊNCIA
Secretaria
de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Ministério da Saúde, Formulário Terapêutico Nacional (FTN)
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