MANUAL DE ESTRUTURAÇÃO DE ALMOXARIFADOS DE MEDICAMENTOS E
PRODUTOS PARA A SAÚDE, E DE BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO E DISTRIBUIÇÃO
PARTE 2
PARTE II - MANUAL DE
BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAMENTO E
DISTRIBUIÇÃO:
RECEBIMENTO, ESTOCAGEM E TRANSPORTE DE
MEDICAMENTOS
Os
medicamentos somente são eficazes se houver garantia de que, desde sua
fabricação
até a sua dispensação, sejam armazenados, transportados e manuseados em
condições adequadas. Desta forma estarão preservadas a sua qualidade, eficácia
e segurança.
As
diretrizes de Boas Práticas de Armazenamento e Distribuição aplicam-se a
todas
as atividades relacionadas à distribuição e armazenamento de produtos
farmacêuticos nos almoxarifados da Prefeitura Municipal de São Paulo, visando à
proteção da saúde da população.
Para
melhor entendimento deste manual são adotadas as seguintes definições:
Armazenamento:
Conjunto de procedimentos técnicos e administrativos que envolvem as atividades
de recebimento, estocagem e guarda, conservação, segurança e controle de
estoque.
Estocagem e guarda: estocar consiste em ordenar
adequadamente os produtos em áreas apropriadas, de acordo com suas
características e condições de conservação exigidas (termolábeis,
psicofármacos, etc).
Embalagem: envoltório, recipiente ou qualquer forma de
acondicionamento, removível ou não, destinado a cobrir, embalar, envasar, proteger
ou manter os produtos farmacêuticos.
Produto farmacêutico: preparado que contém princípio(s)
ativo(s) e os excipientes, formulados em uma forma farmacêutica e que passou
por todas as fases de produção, acondicionamento, embalagem e rotulagem.
Lote: quantidade definida de um produto
fabricado num ciclo de fabricação e cuja característica essencial é a
homogeneidade.
Número do lote: qualquer combinação de números ou
letras através da qual se pode rastrear a história completa da fabricação desse
lote e de distribuição no mercado.
Área de ambiente controlado: sala onde a temperatura é
mantida entre 15 e 30ºC para estocagem de produtos cujo acondicionamento
primário não os protege da umidade.
v A umidade deve ser mantida entre 40 e
70%.
v Quente: qualquer temperatura entre 30
e 40ºC.
v Calor excessivo: qualquer temperatura
acima de 40ºC.
v Resfriado: qualquer temperatura entre
8 e 15ºC.
v Frio: qualquer temperatura que não
exceda a 8ºC.
v Refrigeração: lugar/espaço frio no
qual a temperatura é mantida, através de termostato, entre 2 a 8ºC.
v Congelador: temperatura mantida,
através de termostato, entre -20 a -10ºC.
Distribuição:
Atividade
que consiste no suprimento de medicamentos às unidades de saúde,
em
quantidade, qualidade e tempo oportuno, para posterior dispensação à população
usuária.
1 – Recursos Humanos
Deve
ter número suficiente de pessoal, com as qualificações e atribuições definidas
de cada trabalhador.
Considerando-se
que os processos de aquisição serão desencadeados pelo almoxarifado e que estes
processos pressupõem especificações técnicas precisas, recomenda-se equipe
técnica constituída de farmacêutico, cirurgião-dentista, enfermeiro, técnico de
farmácia, auxiliar técnico administrativo, armazenador, motorista e outros.
A
responsabilidade técnica do almoxarifado de medicamentos deve ser assumida por
um farmacêutico, que supervisionará e orientará as atividades da equipe de
trabalho.
Todo
pessoal deve ser capacitado em Boas Práticas de Armazenamento e Distribuição.
2 – Recebimento
Receber
é ato que implica em conferência. No recebimento verificamos se os medicamentos
que foram entregues estão em conformidade com os requisitos estabelecidos,
quanto à especificação, quantidade e qualidade.
A
área de recebimento deve ser separada da área de armazenamento. O pessoal deve
ser treinado para esta finalidade:
No
ato do recebimento, cada entrada deve ser examinada quanto à documentação:
v Conferir a Nota Fiscal, Ordem de
Fornecimento/Empenho ou Nota de Transferência;
v Carimbar e assinar o verso da Nota
Fiscal;
v A apresentação, o número do lote e a
quantidade devem estar de acordo com edital de especificação;
v Não escrever ou rasurar o documento
original;
v Caso o medicamento tenha sido
adquirido pela Subprefeitura, o laudo de
v qualidade deverá ser conferido;
v Os medicamentos deverão ter a
inscrição “PROIBIDA A VENDA PELO
v COMÉRCIO”;
v O medicamento deverá ser entregue com
prazo mínimo de 2/3 (dois terços) da expiração da validade;
v Os medicamentos em desacordo com as
especificações solicitadas no edital (forma farmacêutica, apresentação,
concentração, rótulo, embalagem, condições de conservação, lote, validade) não
devem ser recebidos.
v A Nota Fiscal deverá ser bloqueada até
a resolução do problema;
v No caso de se constatar danos na embalagem
ou alteração do produto, o mesmo deve ser identificado, separado e devolvido ao
remetente com comunicação por escrito;
v Embalagens violadas ou suspeitas de
qualquer contaminação devem ser rejeitadas e registradas.
v Inspecionar visualmente os produtos farmacêuticos
para verificar sua integridade;
v Assinar o canhoto da Nota Fiscal e
devolvê-la ao entregador;
v Encaminhar a Nota Fiscal, conforme
orientação, no prazo máximo de 3 dias úteis;
v Registrar qualquer irregularidade e
comunicá-la ao superior imediato, conforme as orientações;
v Assinar e datar todas as notificações;
v Arquivar os formulários de recebimento
e cópia de notificações;
v Não receber nenhum produto sem
documentação;
v Efetuar os procedimentos no sistema
SUPRI.
3 – Estocagem
O
espaço deve ser planejado antes do recebimento. Os medicamentos serão
armazenados somente após o recebimento oficial, de acordo com as instruções
contidas neste manual. A estocagem também deve observar as orientações
fornecidas pelo fabricante.
3.1-Condições gerais
•
Devem ser estocados sobre estrados, prateleiras , em local que não receba a luz
direta do sol. Os medicamentos sujeitos a Controle Especial devem seguir a
legislação
e devem ser estocados em locais próprios. E os produtos termolábeis devem ser
estocados no refrigerador, com controle de temperatura;
v Ordenar os produtos conforme nome
genérico, lote e validade;
v Afixar em local visível o nome do
produto, nº do lote, prazo de validade. Se houver recebimento de dois lotes
diferentes do mesmo produto, identificar e estocar separadamente;
v Não estocar medicamentos diferentes no
mesmo estrado ou prateleira, assim, evitam-se possíveis trocas na hora da
expedição;
v Materiais passíveis de quebra
(frascos, ampolas) devem ser guardados em local menos exposto a acidentes;
v Estocar rigorosamente por lote e por
prazo de validade. Os medicamentos com datas de validade mais próximas deverão
ficar à frente, para que sejam distribuídos primeiramente;
v Manter distância entre os produtos,
paredes, tetos e empilhamentos para facilitar a circulação do ar;
v Conservar os medicamentos nas
embalagens originais e proteger da luminosidade;
v Não colocar diretamente sobre o chão;
v Não misturar com produtos de outra
natureza (por exemplo, material de limpeza);
v Manter próximos da área de expedição
aqueles com maior rotatividade;
v Evitar colocar peso ou empilhar
demasiadamente, não arremessar as caixas, manusear adequadamente para manter as
características originais.
3.2 - Armazenamento de
medicamentos termolábeis
Os
almoxarifados devem dispor de câmaras frias, refrigeradores com temperatura
controlada entre 2 e 8ºC, com registro diário.
A
estocagem deve ser feita separadamente, por lote e prazo de validade, com
registro de todas as retiradas.
As
retiradas devem ser programadas visando diminuir as variações internas de
temperatura.
Os
refrigeradores devem ser mantidos limpos e arrumados, e devem ser utilizados
somente para medicamentos. Não devem ser acondicionados alimentos e nem
bebidas.
3.3 - Estocagem de
medicamentos sob controle especial
A
área de estocagem deve ser considerada de segurança máxima, com acesso
apenas
a pessoas autorizadas.
As
entradas e saídas dos medicamentos devem ser registradas em livros próprios, de
acordo com a legislação específica, sob controle e responsabilidade do
farmacêutico.
3.4 - Estabilidade dos
medicamentos
Os
medicamentos são constituídos de fármacos com ação no organismo e para que se
obtenha o máximo de benefícios desejados e o mínimo de efeitos adversos, o
medicamento deve manter as características para o uso preservadas.
A
estabilidade pode ser classificada em:
v Física - propriedades físicas
originais, incluem: aparência, sabor, uniformidade e dissolução.
v Química - cada componente deverá reter
sua integridade e potência.
v Microbiológica - esterilidade e
ausência de contaminação por bactérias e fungos.
ALTERAÇÕES VISÍVEIS DE
FORMAS FARMACÊUTICAS
Formas
farmacêuticas Alterações
COMPRIMIDOS
v Quantidade excessiva de pó;
v Quebras, lascas, rachaduras na
superfície;
v Manchas, descoloração, aderência entre
os comprimidos ou formação de depósitos;
DRÁGEAS
v Fissuras, rachaduras, manchas na
superfície;
CÁPSULAS
v Mudança na consistência ou
amolecimento ou endurecimento;
PÓS EFERVESCENTES
v Crescimento da massa e pressão gasosa;
CREMES E POMADAS
v Diminuição do volume por perda de
água;
v Mudança na consistência;
v Presença de líquido ao apertar a
bisnaga;
v Endurecimento;
v Separação de fases;
SOLUÇÕES E XAROPES
v Precipitação;
v Formação de gases;
INJETÁVEIS
v Turbidez, presença de partículas,
vazamento, formação de cristais, mudança na coloração;
EMULSÕES
v Quebra na emulsão; mudança na
coloração e no odor;
SUSPENSÕES
v Precipitações, presença de partículas,
grumos, cheiro forte, mudança na coloração, liberação de gases;
Vários
fatores podem alterar o produto, desde aqueles relacionados à fabricação a
fatores ambientais relacionados às condições de transporte e estocagem
(temperatura, luz, vapor d’água e umidade), que são controláveis.
4 -Devolução
Registrar
todas as devoluções, quantidade, lote, prazo de validade, procedência e
motivos. Verificar os aspectos da embalagem originais que devem estar em boas
condições.
Quando
se tratar de termolábil ou psicotrópico, os cuidados devem ser especiais para a
reintegração ao estoque.
4.1- Reclamações
Em
caso de queixas técnicas ou observação de reações adversas a medicamentos, os
produtos devem ser separados imediatamente. Deve ser feito registro e
comunicação imediata, por escrito, para todas as unidades que receberam o lote.
Os
órgãos responsáveis devem ser informados através de Ficha de Notificação de Queixa
Técnica e de Ficha de Notificação de Reações Adversas a Medicamentos.
4.2 - Produtos
adulterados e falsificados
Caso
sejam identificados produtos farmacêuticos adulterados, falsificados ou
suspeitos,
estes devem ser imediatamente separados dos demais produtos. As ocorrências
devem ser registradas e notificadas, informando o nº do lote, sendo
encaminhadas à autoridade competente e às unidades que receberam o produto.
4.3-Recolhimento
Quando
houver orientação para recolhimento, efetuar imediatamente e encaminhar para o
órgão solicitante, devidamente identificado, com nome, lote e quantidades.
5 - Descarte
A
perda por vencimento de prazo de validade deve ser evitada por se tratar de
recursos
públicos. O descarte, por outros motivos justificados, deve seguir as
orientações do fabricante e dos órgãos públicos responsáveis por estas
questões, considerando a proteção ambiental.
Os
produtos farmacêuticos (medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou
não utilizados) são resíduos que apresentam risco potencial à saúde pública e
ao meio ambiente devido às suas características químicas.
Recentemente,
em publicação no D.O.U. de 05/03/2003, a Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), estabeleceu através da R.D.C. 33/03 o regulamento técnico
para o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde.
Pela
proposta da ANVISA, os resíduos químicos são classificados em 8 subgrupos.
Os
medicamentos estão enquadrados nos três primeiros grupos: B1) resíduos de
medicamentos e insumos farmacêuticos quando vencidos, contaminados, apreendidos
para descarte, parcialmente utilizados e demais medicamentos impróprios para
consumo que oferecem risco; B2) mesma referência anterior, mas para
medicamentos ou insumos farmacêuticos que, em função de seu princípio ativo e
forma farmacêutica, não oferecem risco e B3) resíduos ou insumos farmacêuticos
dos medicamentos controlados pela portaria MS 344/98 e suas atualizações.
Toda
instituição de saúde deve estabelecer um sistema de gerenciamento de resíduos
para, entre outros, submeter os resíduos do tipo B da instrução do CONAMA ao
tratamento e à disposição final específica, segundo exigências do órgão
ambiental competente.
Para
tanto deve ser consultada a norma da ABNT NBR 12.808/93 que trata dos
resíduos
de serviços de saúde.
Um
sistema de gerenciamento de resíduos deve abordar, no mínimo, os seguintes
itens:
1.
Identificação dos resíduos produzidos e seus efeitos na saúde e no ambiente;
2.
Levantamento sobre o sistema e disposição final para os resíduos;
3.
Estabelecimento de uma classificação dos resíduos segundo uma tipologia clara,
que seja conhecida por todos;
4.
Estabelecimento de normas e responsabilidades na gestão e eliminação dos
resíduos;
5.
Estudo de formas de redução dos resíduos produzidos;
6.
Utilização, de forma efetiva, dos meios de tratamento disponíveis.
6 - Controle de estoque
A
atividade tem por objetivo manter informação confiável sobre níveis e
movimentação física e financeira de estoques necessários ao atendimento da
demanda, evitando-se a superposição de estoques ou desabastecimento do sistema.
A
informação em rede entre as unidades de saúde e o almoxarifado é essencial para
o bom controle de estoque. O controle de estoque é fundamental para a garantia
da qualidade do ciclo logístico da Assistência Farmacêutica:
v Subsidiar as atividades da Assistência
Farmacêutica na programação, aquisição e distribuição;
v Assegurar o suprimento, garantindo a
regularidade do abastecimento;
v Estabelecer quantidades necessárias e
evitar perdas;
v Ter procedimentos operacionais da
rotina (procedimentos operacionais padrão) por escrito;
v Ter registros de movimentação de
estoque;
v Fornecer informações precisas, claras
e a contento, com rapidez, quando solicitadas;
•
Manter controle e arquivo dos dados organizados e atualizados.
6.1 – Elementos de
previsão de estoque
Para
manter um dimensionamento correto dos estoques que atendam às necessidades, com
regularidade no abastecimento, recomenda-se a utilização dos seguintes
instrumentos:
v Consumo médio mensal (CMM) – é a soma
do consumo de medicamentos utilizados em determinado período de tempo dividida
pelo número de meses da sua utilização. Quanto maior o período de coleta de
dados, maior a segurança nos resultados. Saídas por empréstimo devem ser
desconsideradas;
v Estoque mínimo (EMI) – é a quantidade
mínima a ser mantida em estoque para atender o CMM, em determinado período de
tempo, enquanto se processa o pedido de compra, considerando-se o tempo de
reposição de cada produto;
v Estoque máximo (EMX) – é a quantidade
máxima que deverá ser mantida em estoque, que corresponde ao estoque de
reserva, mas a quantidade de reposição;
v Tempo de reposição (TR) – é o tempo
decorrido entre a solicitação da compra e a entrega do produto, considerando a
disponibilidade para a dispensação do medicamento. Os novos pedidos são feitos
quando se atinge o Ponto de Requisição. A unidade de cálculo do TR ( Tempo de
Reposição) é o mês. Se determinado medicamento demora 15 dias entre o pedido da
compra e a entrega pelo fornecedor, o TR será igual a 1/2 ( meio mês). Se
demorar uma semana , TR será 1/4. Se demorar um mês, TR será igual a 1. Se
levar 2 meses, TR será 2.
v Ponto de reposição (PR) – é a
quantidade existente no estoque, que determina a emissão de um novo pedido;
v Quantidade de reposição (QR) – é a
quantidade de reposição de medicamentos que depende da periodicidade da
aquisição.
QR
= (CMM x TR + EMI) – EA
EA
= estoque atual
6.2 - Inventário
É
a contagem de todos os itens em estoque para verificar se a quantidade
encontrada nas prateleiras coincide com os valores informados nas fichas de
controle.
Deve
ser realizado, periodicamente, recomenda-se semanalmente, com amostras
seletivas de 10 a 20% dos produtos em estoque e dos itens de maior rotatividade
e registro das irregularidades encontradas.
É
imprescindível a realização de inventário de todos os itens a cada seis meses.
7 -Distribuição
A
distribuição deve suprir as necessidades das unidades de saúde, seguir um
cronograma,
evitar atrasos e desabastecimentos:
v Estabelecer e divulgar o fluxo e
cronograma da distribuição;
v Distribuir em quantidades corretas com
qualidade;
v Transportar adequadamente;
v Controlar a distribuição e manter a
situação físico-financeira atualizada e de forma eficiente;
v A periodicidade da distribuição deve
considerar a capacidade e condições de armazenamento das unidades, bem como seu
potencial de consumo;
v A distribuição deve obedecer à regra
“primeiro que vence, primeiro que sai “ (sistema PEPS).
7.1- Distribuição:
v Elaborar cadernos de abastecimento de
medicamentos para cada unidade de saúde, conforme a complexidade dos serviços
oferecidos e o perfil epidemiológico da população atendida, sempre de acordo
com os Pontos de Atenção da REMUME. Exemplos:
Ø C09AA01 captopril 25 mg comp. = para
unidades ambulatoriais
Ø (E) N03AE01 clonazepam 2,0 mg comp. =
para unidades especializadas ( Saúde Mental)
Ø (E/P) N02AA59 fosfato de codeína 30 mg
comp. = para unidades especializadas com aplicação do Protocolo de Tratamento.
v Estabelecer cronograma de
abastecimento para as unidades;
v Definir prazos de preenchimento e
recebimento dos cadernos; analisar as solicitações do pedido; verificar a
quantidade solicitada, estoque existente e consumo, e estoque disponível no
Almoxarifado de forma a atender a todas as unidades;
v Após a conferência do caderno das
unidades, processar a distribuição;
v Conferir os pedidos, emitir Nota de
Distribuição;
v Separar os medicamentos de acordo com
as entregas. Não reaproveitar embalagens, nem misturar os lotes. Sempre
identificá-los, utilizando cestos com tampa e lacre para as entregas nas
unidades;
v Os produtos devem seguir com Termo de
Não Conformidade no Recebimento (em duas vias);
v Transportar adequadamente e ter
recursos humanos treinados para esta finalidade;
v Retornar com as vias de recebimento
devidamente assinadas, carimbadas e datadas e uma via do Termo de Não
Conformidade no Recebimento preenchido.
8 - Transporte
O
transporte deve garantir que os produtos farmacêuticos cheguem ao destino
conforme
indicações especificadas.
O
pessoal de transporte deve ser treinado sobre os cuidados especiais para a
manutenção
da qualidade:
v Evitar exposição dos produtos ao calor
excessivo (acima de 30ºC);
v Usar veículo fechado;
v Nunca expor os produtos diretamente ao
sol ou à chuva;
v Não transportar os produtos com gelo
seco;
v Não deixar o veículo estacionado ao
sol;
v Descarregar primeiro os produtos
termolábeis, para estocá-los imediatamente no refrigerador.
9 -Avaliação
v Aplicar instrumentos para avaliar o
desempenho das atividades de armazenamento e distribuição. Como por exemplo,
indicador para medir o percentual de abastecimento em quantidade e itens, de
acordo com a REMUME.
10 - Organização de
Documentos
v Manter todos os registros de
movimentação e de irregularidades organizados, para rápida informação quando
solicitada.
v Manter sistema que permita a
rastreabilidade dos produtos, de modo a possibilitar a sua localização, com
vistas a um processo eficaz de intervenção, retirada ou devolução.
11 - Remanejamento
v Às vezes o empréstimo entre serviços
municipais é uma solução imediata para evitar o desabastecimento ou para evitar
perdas. Deve ser realizado somente após consulta e autorização da outra parte
envolvida. Deve-se informar o item, a quantidade, o lote e o prazo de validade
do medicamento em questão.
v Deve seguir os mesmos fluxos de
entrada e saída no controle de estoque, identificando a procedência. Os
documentos devem ser mantidos organizados, assinados, datados e arquivados,
identificando assim a movimentação efetuada.
12 - Auto-inspeção
v Manter procedimentos de auto-inspeção
periódicos e registros de monitoração conforme a legislação.
v Manter Procedimentos Operacionais da
Rotina por escrito e de fácil acesso.
13 - Limpeza e
conservação
v O local de trabalho e a área de
armazenamento devem ser mantidos limpos e isentos de pó e contaminação, insetos
e roedores.
v É proibido fumar, comer, beber (deve
ter local específico para este fim). O lixo deverá ser depositado em
recipientes especiais com tampa e deverão ser esvaziados e limpos fora da área
de armazenamento seguindo as especificações de reciclagem.
v Todos os trabalhadores deverão
utilizar uniformes e crachá de identificação.
14 - Segurança dos
trabalhadores e do patrimônio
v Medidas apropriadas devem ser tomadas
para a segurança dos almoxarifados. Recomenda-se a adoção de sistemas e de
serviço de segurança.
v Para o pessoal que trabalha no setor,
devem ser seguidas as normas da CIPA. É indispensável instalação adequada de
equipamentos contra o incêndio.
FONTE:
Prefeitura do Município
de São Paulo , Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Desenvolvimento da
Gestão Descentralizada – COGest Área Temática de Assistência Farmacêutica
ÁREA TEMÁTICA DE
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA – COGest/SMS.G:
Chizuru
Minami Yokaichiya , Dirce Cruz Marques, Fabiola Sulpino Vieira, Sandra
Aparecida Jeremias, Sueli Ilkiu, Vilberto Crispiniano de Oliveira
COLABORADORES Cristina Fujii de Castro, Sílvia
Regina Ansaldi da Silva, Sônia Maria A. Cintra Gonçalves, Vera Marta Takayama,
Shirley Araújo Oliveira
Maria
Cecília M. Greco, Ronaldo José de Oliveira, Eduardo Teixeira de Oliveira
APOIO LOGÍSTICO Milton Salas Augusto & equipe
IMPRESSÃO CEFOR - SMS São Paulo, 2003
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