ANTI-INFECTANTES
ANTIBACTERIANOS - AMINOGLICOSÍDEOS
MARIA INÊS DE TOLEDO E SIMONE SENA FARINA
Aminoglicosídeos
são antimicrobianos usados principalmente no tratamento de pacientes com infecções
graves causadas por bactérias gram-negativas aeróbias. São ineficazes contra anaeróbios.
Os principais representantes de uso corrente são gentamicina, amicacina, estreptomicina
e tobramicina.
São bactericidas
e todos tem eficácia semelhante. Com o desenvolvimento de antimicrobianos menos
tóxicos, o uso de aminoglicosídeos tem sido contestado.
No entanto,
por terem comprovada eficácia, raro desenvolvimento de resistência bacteriana, pequeno
risco de alergias e baixo custo, continuam sendo largamente utilizados, especialmente
no tratamento de pacientes internados com infecções graves.
Em razão de
ototoxicidade e nefrotoxicidade, as doses desses antimicrobianos devem ser muito
bem definidas, e seus possíveis efeitos tóxicos em potencia devem ter monitoria
durante todo o tratamento.
AMICACINA
A amicacina é um fármaco antibiótico da classe dos aminoglicosídeos.
Tem maior atuação sobre bactérias gram-negativase
é bactericida.
Pode produzir oto e nefroxidade.
Quimicamente, é um derivado semissintético
da canamicina.
E mais resistente
as enzimas responsáveis pela inativação de aminoglicosídeos, tendo por isso atividade
contra cepas de enterobacteriaceas
e Pseudomonas
resistentes a outros membros do grupo.
Para preservar
a susceptibilidade bacteriana, o uso deve ser restrito para tratamento de infecções
por microrganismos resistentes a gentamicina.
ESTREPTOMICINA
A estreptomicina foi o primeiro agente específico efetivo no
tratamento da tuberculose.
Foi também uns dos primeiros aminoglicosídeos
descobertos.
É um antibiótico bactericida de pequeno
espectro.
Foi descoberta pela equipe liderada pelo
bioquímico norte-americano Selman Abraham
Waksman, 19 de outubro de 1943, a partir daactinobacteria Streptomyces griseus, revelando-se
um antibiótico relativamente inócuo para o homem, com excelentes
resultados na luta contra a tuberculose quando combinado com a quimioterapia.
A sua descoberta valeu a Waksman o Prêmio Nobel de Medicina, em 1952.
GENTAMICINA
A gentamicina é um antibiótico da classe dos aminoglicosídeos, produzido por um actinomiceto,
a Micromonospora purpurea.
Seu mecanismo de ação consiste na inibição
da síntese proteica.
30% do fármaco ligam-se a proteínas plasmáticas.
É excretada pelos rins, por meio de filtração glomerular, e encontra-se na urina em forma ativa.
Indicada para septicemia, meningite purulenta, pielonefrite, otite, infecções cutâneas, etc, causadas por Pseudomonas aeruginosa, Proteus, Escherichia coli, Klebsiella-Enterobacter, Serratia e Salmonella.
Juntamente com a benzilpenicilina é indicada
contra endocardite.
O fármaco sulfato de gentamicina não é administrado em casos de miastenia grave, Doença de Parkinson e alergias aos aminoglicosídeos.
E o protótipo
do grupo. E usada no tratamento de infecções graves, causadas por bacilos gram-negativos
aeróbios, incluindo Pseudomonas aeruginosa.
E empregada
em infecções sistêmicas graves, em associação com betalactâmicos e vancomicina,
pois estes fármacos aumentam a penetração intracelular da gentamicina, resultando
na ampliação do espectro contra bactérias gram-positivas aeróbias e bactérias anaeróbias,
e da eficácia do aminoglicosideo1
TOBRAMICINA.
Tobramicina é um
fármaco antibiótico aminoglicosídeo,
usado no tratamento de vários tipos de infecções bacterianas, sobretudo as causadas
por agentes gram-negativos. É muito utilizado em conjuntivites bacterianas.
A ação da tobramicina realiza-se contra
estes microorganismos: Staphylococcus,
inclusive S. aureus e S.
epidermidis(coagulase positivos e coagulase negativos), incluindo cepas resistentes
à penicilina.
Streptococci, inclusive algumas espécies do grupo A beta-hemolítico, algumas espécies
não hemolíticas e algumas cepas de Streptococcus
pneumoniae.Pseudomonas aeruginosa,
Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter aerogenes, Proteus
mirabilis, Morganella morganii, maioria das cepas de Proteus vulgaris, Haemophilus influenzae
e H. aegyptius, Moraxella lacunata, Acinetobacter calcoaceticus e algumas espécies de Neisseria.
REFERÊNCIAS
1. REESE, R. E.; BETTS, R. F. Antibiotic uses. In: BETTS,
R. F.; CHAPMAN, S. W.; PENN, R. L. (Eds.). Reese and Betts´a pratical approach
to infectious diseases. 5. ed. Philadelphia: Lippincott Williams &
Wilkins, 2003. p. 969-1153.
2. MACHADO,
A. R. L. Aminoglicosideos. In: FUCHS, F. D.; WANNMACHER, L.; FERREIRA,
M. B. C. (Eds.). Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional.
3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 377-381.
3. BRITISH MEDICAL ASSOCIATION AND ROYAL PHARMACEUTICAL
SOCIETY OF GREAT BRITAIN. British national formulary. 57. ed. London: BMJ
Publishing Group and APS Publishing, 2009.
4. BRASIL. Ministerio
da Saude. Secretaria de Ciencia, Tecnologia e Insumos Estrategicos.
Departamento de Assistencia Farmaceutica e Insumos Estrategicos.Relação nacional
de medicamentos essenciais: Rename. 7. ed. Brasilia: Ministerio da Saude, 2010.
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