TECNOLOGIA FARMACÊUTICA HOSPITALAR
FORMAS FARMACÊUTICAS COSMÉTICAS
EXEMPLOS
DE PRODUTOS EM COSMÉTICA
v Creme de
barbear
v Creme
dental
v Cremes e
loções hidratantes, nutritivas, esfoliantes.
v Desodorantes
e antiperspirante
v Géis não
alcoólicos
v Géis para
banho
v Loções de
higiene
v Loções de
limpeza e higiene
v Perfumes e
colônias
v Sabões
líquidos
v Xampus
TENSIOATIVOS OU TENSOATIVOS OU SURFACTANTES
São substâncias que diminuem a tensão
superficial ou
influenciam a superfície de contato entre doislíquidos.
Quando utilizados na tecnologia
doméstica são geralmente chamados de emulsionantes ou emulgentes, ou seja,
substâncias que permitem conseguir ou manter aemulsão.
São feitos de moléculas na qual uma
das metades é solúvel em água e a outra não.
TENSIOATIVOS PODEM SER CLASSIFICADOS COMO
Catiônicos: são agentes tensioativos que possuem
um ou mais grupamentos funcionais que, ao se ionizar em solução aquosa, fornece
íons orgânicos carregados positivamente.Exemplos típicos são os quaternários
de amônio.
Aniônicos: são agentes tensioativos que possuem
um ou mais grupamentos funcionais e ao se ionizar em solução aquosa, fornece
íons orgânicos carregados negativamente e que são responsáveis pela tenso
atividade. Um exemplo é o dodecanoato de sódio.
Não-iônicos: são agentes tensioativos que possuem
grupos hidrofílicos sem carga ligado a cadeia graxa.[1]
Anfóteros: são agentes tensioativos que contem em
sua estrutura tanto o radical ácido inflamável como o básico. Esses compostos
quando em solução aquosa exibem características aniônicas ou catiônicas
dependendo das condições de pH da solução. Os tensioativos anfóteros mais
comuns incluem N-alquil e C-alquil betaina e sultaina como também álcool amino
fosfatidil e ácidos.
Entre os tensioativos encontram-se
substâncias sintéticas que são utilizadas regularmente, como detergentes e produtos para máquina
de lavar louça.
O tensioativo é um produto que pode se
misturar a qualquer produto inflámavel e não detectável
TENSOATIVO ANIÔNICO
1. Sabões
de ácidos graxos
2. Lauril
sulfato de sódio (ou TEA ou amônio)
3. Lauril
éter sulfato de sódio (ou TEA ou amônio)
4. Lauril
éter sulfussuccinato de sódio
5. Alquil
éter fosfatos
6. Alcano
sulfonatos
7.
Sarcosinatos
8. Coco
isetionatos
TENSOATIVO CATIÔNICO
1. Cloreto
de cetiltrimetil amônio (CETAC) ou brometo (CETAB)
2. Cloreto
de diestearil dimetil amônio
3. Cloreto
de dialquil dimetil amônio
4. Cloreto
de benzalcônio (cloreto de alquil benzil dimetil amônio).
5. Éster
quartenários
TENSOATIVO NÃO IÔNICO
1. Mono e
diestearato de etilenoglicol
2.
Estearato de polietilenoglicol 6000
3. Mono e
diestearato de gliceríla
4. Mono e
dietanolamina de ácido graxo
5. Álcoois
graxos etoxilados
6.
Monoglicerídeo de ácido graxo etoxilado
7.
Lanolina etoxilada
8.
Alquilpoliglicosídeos
9. Ésteres
de sacarose
10.
Ésteres de sorbitan
11.
Ésteres de sorbitan etoxilados
12. Óxidos
de amina graxa
TENSOATIVO ANFÓTERO
1. Betaína
de coco
2.
Cocoamidopropil betaína
3.
Cococarboxianfoglicinato de sódio
PERMEABILIDADE CUTÂNEA
Permeabilidade
cutânea é a capacidade que a pele tem de deixar passar, seletivamente, certas
substâncias em função de sua natureza química ou de determinados fatores.
Sabe-se que a epiderme é praticamente impermeável a todas as substâncias
não-gasosas.
É esta uma
característica de sua função protetora. Se não fosse assim seria possível
provocar fenômenos de sensibilização pela aplicação de algumas ou seria fácil à
penetração de microorganismos através dessa barreira que é a pele.
NESTE SENTIDO, A PELE PODE SER:
a) Permeável, deixando passar os gases e
derivados de petróleo;
b) Semi-premeável, deixando passar
substâncias lipossolúveis, como hormônios esteróides, vitamina D e A,
hidroquinona, etc.
c) Praticamente impermeável a eletrólitos,
proteínas e carboidratos. Muito relacionado ao tamanho das partículas e a pouca
solubilidade.
NESTE SENTIDO, A PELE PODE FUNCIONAR
v Proteção
contra a entrada de substâncias;
v Permeável,
de modo geral, aos gases verdadeiros e a substâncias voláteis.
v Dividida
em 3 camadas – epiderme, derme, e hipoderme.
v Na
epiderme existe a camada córnea: descamativa, composta por queratina, situada
logo abaixo da mistura de sebo e suor.
v É a
principal barreira
v Possui 40%
de proteínas, 40% de água e 20% de lipídios c.
v Comporta-se
como uma barreira semipermeável: o mecanismo pelo qual a pele permite esse
fenômeno é o da difusão passiva
v Os
fármacos podem apenas penetrar na pele ou serem absorvidos para camadas mais
internas.
PENETRAÇÃO CUTÂNEA
Os ativos
podem penetrar na pele após a aplicação tópica utilizando 3 vias, promovendo
assim um efeito local ou sistêmico. Penetram na pele por 3 vias:
v Via
transcelular
v Via
transfolicular ou transanexal
v Via
intracelular
A. VIA TRANSCELULAR
Esta via
de penetração é muito lenta, mas atendendo à superfície, tem uma importância
considerável;
B. VIA TRANSFOLICULAR OU TRANSANEXAL
A passagem
se dá pelos apêndices epidérmicos. Às glândulas sudoríparas, parecem ter um
papel mínimo na penetração percutânea.
Os
aparelhos pilo-sebáceos (folículos pilosos e glândulas sebáceas) são
considerados como as zonas de maior facilidade de penetração, pois a camada
epidérmica fica mais fina constituída, às vezes, por uma simples camada de
células vivas.
Se o
princípio específico for emulsionável, ele poderá ser transportado para
regiões, onde a absorção será virtualmente mais intensa;
C. VIA INTRACELULAR
Por esta
via a passagem ocorre pelos espaços entre as células, em comparação com a via
transepidérmica é mais rápida, porém é mais lenta em comparação com a via
transfolicular.
Qual a via
de penetração mais eficiente dentre as três acima citados?
ABSORÇÃO PERCUTÂNEA
Após serem
penetrados eles são agora absorvidos pela corrente sanguínea, podendo ou não
promover uma absorção sistêmica.
As etapas
da absorção envolvem:
1.
Liberação do fármaco à partir do sistema
2. Difusão
através do extrato córneo
3.
Partição do extrato córneo para a epiderme
4. Difusão
através da derme e epiderme
5.
Passagem para a corrente sanguínea;
FATORES QUE AFETAM A PERMEAÇÃO DA PELE
1) BIOLÓGICOS E FISIOLÓGICOS
Espessura da epiderme:
na pele
hiperqueratósica, por exemplo, a permeabilidade é dificultada;
Idade:
Devido ao
espessamento da camada córnea e à falta de hidratação, em indivíduos idosos a
penetração de ativos é mais difícil;
Fluxo sanguíneo:
Quando
hiperêmica, a pele se torna mais permeável. Por exemplo, certos ativos podem
ser estimulados pelo aumento da circulação; Hidratação: quanto mais hidratada a
pele, melhor é a permeabilidade.
Região da pele:
Mucosas e
regiões com grande numero de orifícios pilossebáceos ou muito vascularizados
são mais permeáveis; Capacidade de associação a outras substâncias da pele;
pH da pele:
O pH da
pele varia de acordo com a região. Por exemplo, uma região com pH 5 é ácido. Se
aumentar o pH, a permeabilidade é aumentada.
2) VEÍCULOS
Lipossomas:
São
constituídos por fosfolipídios, como o colesterol, ceramidas e poliglicerol.
Penetram facilmente devido à afinidade com a estrutura da pele que possuem a
mesma estrutura. Muito usado para enzimas, vitaminas, extratos vegetais,
filtros solares, etc.;
Nanosferas:
Polímeros
elaborados de poliestireno, cuja estrutura permite a liberação gradual de P.A;
Ciclodextrinas Thalasphere:
Utilizadas
no processo de encapsulação de princípios ativos que devem ser transportandos
para o interior da epiderme. Trata-se de macroesferas de colágeno marinho. Além
disso, melhora a absorção pois retira a barreira lipídica.
FATORES QUE AUMENTAM A ABSORÇÃO PERCUTÂNEA
Pode ser
de 2 tipos:
Interativos:
Promotores
de absorção:
São
substâncias que interagem com a pele permitindo a entrada do fármaco. Ex: DMSO
(dimetilsulfóxido), DMF (dimetilformamida), DMA (dimetilacetamida), uréia,
propilenoglicol, tensoativos, etc.
Uso de
substâncias altamente higroscópicas tendem a aumentar o conteúdo de água na
pele, facilitando a absorção de fármacos hidrofílicos
Uso de
bases contendo óleos de origem animal (lanolina, espermacete) apresentam maior
afinidade com a emulsão epidérmica e viabilizam a absorção.
Não Interativos:
Alterações
das propriedades físico-quimicas do fármaco:
v Peso
molecular baixo;
v Grau de
ionização do produto:
v Concentração
do ativo;
v pH
alcalino;
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
1.
ALLEN JR,L.V; POPOVICH, N.G.;ANSEL,H.C.
Formas Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos. 8 ed. Porto Alegre,
Artmed, 2007.
2.
BATISTUZZO, JOSE ANTONIO. Formulário
médico-farmacêutico . Ed. 3. Editora Tecnopress. 2006 VILELA, M. A. P;
AMARAL,M. P; H Controle de qualidade na farmácia de manipulação. Editora Omega,
2009
3.
FERREIRA, A.O. Guia Prático da Farmácia
Magistral. 3. ed. São Paulo: PharmaBooks, 2008. v.1 e v.2
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VILLANOVA, J.C.O.; SA, V.R. Excipientes: guia
prático para padronização.1 ed. Editora Pharmabooks. 2009
5.
ANSEL. H.C., PRINCE,S.J.. Manual de cálculos
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AULTON, M.E. Delineamento de Formas
Farmacêuticas. Trad. De George Gonzalez Ortega et. all. 2ª. Ed., Porto Alegre,
Artmed, 2005.
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