quinta-feira, 30 de junho de 2016

TECNOLOGIA FARMACÊUTICA HOSPITALAR - FORMAS FARMACÊUTICAS

TECNOLOGIA FARMACÊUTICA HOSPITALAR
FORMAS FARMACÊUTICAS


Medicamentos

Dispostos para o uso imediato, resultante da mistura de substâncias adequadas para determinadas finalidades terapêutica. Maneira como as drogas se apresentam para o uso.
De acordo com a forma farmacêutica, têm Componentes de uma forma farmacêutica

Substância Ativa
Representa o componente da formulação responsável farmacológicas. No caso de haver mais de uma substância ativa, teremos:
Base:

É a substância ativa com maior atividade farmacológ quer pelo seu volume.

Adjuvante:
Outra (s) subs. Ativa que complementam a ação da base.

Veículo:

Parte da forma farmacêutica que lhe confere forma e volume, gerando maior estabilidade, ação tem ação farmacológica.

Excipiente:

É o veículo que tem ação passiva.

Intermediário: Confere estabilidade física e homogeneidade

Corretivo:

Todo ingrediente encontrado numa formulação que visa corrigir o produto final em suas propriedades organolépticas e visuais.

Edulcorantes:

Conferem sabor agradável à preparação.

Corantes:

Conferem cor as formas farmacêuticas

FORMA FARMACÊUTICA

Dispostos para o uso imediato, resultante da mistura de substâncias adequadas para determinadas finalidades terapêutica. Maneira como as drogas se apresentam para o uso.
De acordo com a forma farmacêutica, têm-se a via de administração.

A base representa o componente da formulação responsável pelas ações farmacológicas. Há entretanto formulações com mais de uma substância ativa, e nesses casos teremos, a substância ativa com maior atividade farmacológica, quer pelo seu potencial de ação, com outra (s) subs ativa que complementem a ação da base.

O volume é parte da forma farmacêutica que lhe confere forma e, que gera maior estabilidade, favorecendo a ação farmacológica. É justamente o veículo que tem ação passiva e destina-se a dar forma, aumentar o volume; :

A estabilidade física e homogeneidade de todos ingredientes encontrados numa formulação visa corrigir o produto final em suas propriedades organolépticas e visuais e conferem sabor agradável à preparação além de conferir as formas farmacêuticas

CLASSIFICAÇÃO DE UMA FORMA FARMACÊUTICA

QUANTO À FORMA FÍSICA

SÓLIDAS

v  Cápsulas
v  Comprimidos (orais e vaginais)
v  Drágeas
v  Hóstias
v  Implantações Óvulos
v  Papéis
v  Pérolas
v  Pílulas
v  Pós
v  Supositórios

PASTOSAS

v  Cataplasma
v  Pastas
v  Pomadas
v  Ungüentos

LÍQUIDAS

v  Alcoolatos
v  Alcoolaturas
v  Colutório
v  Enemas
v  Linimentos
v  Óleos medicinais
v  Poções
v  Soluções
v  Tinturas
v  Xaropes

ESPECIAIS

v  Aerossóis
v  Ampolas
v  Colírios
v  Gasosa
v  Vaporização
v  Emulsões
v  Loções

CREMOSAS

v  Cremes

1 - Comprimidos

São Formas Farmacêuticas cilíndricas ou lenticulares, que resultam da compressão de um pó cristalino ou de um granulado. Podem ser administrados via oral, subcutâneos aplicados no local.

2 - Cápsulas

São pequenos invólucros destinados a conter, um pó ou um líquido. Tem forma cilíndrica e são formados por duas partes que se encaixam. Gastro-resistentes revestimento de acetoftalato de celulose

3 - Drágeas

São comprimidos revestidos por uma substância de modo a evitar a sua fácil desagregação, para: Proteger a substância ativa da umidade e luz, Ocultar características organolépticas indesejáveis; Facilitar a ingestão; Proteger o paciente da destruição estomacal.


4 - Pós


São substâncias medicamentosas separada por dose individual/divididas para facilitar a administração, podem ser: Simples pulverização de substâncias dessecadas a baixa temperatura.

5 - Supositórios

São formas farmacêuticas de consistência firme, de forma cônica ou ogival, destinadas a serem inseridas no reto, onde devem desintegrar-se ou fundir-se a temperatura do organismo, liberando o fármaco e exercendo efeito local ou sistêmico.

6 -Cataplasmas

São preparações geralmente magistrais, de aplicação tópica na pele. Farinha linhaça, amido, fécula etc e água, misturados são levados ao fogo até obter a consistência desejada. Efeito de vasodilatação local

7 - Ceratos

São um tipo de pomada, em que o excipiente é constituído por uma mistura de cera e óleo.

8 - Pastas

São pomadas espessas devido à grande quantidade de pó insolúvel que veiculam. Podem ser dérmicas ou orais

9 - Pomadas

São preparações de consistência mole, destinadas a serem aplicadas externamente. Preparações semi-sólidas numa base gorda como a lanolina ou a vaselina Completa ou moderadamente absorvidas pela pele Conservam a umidade pelo que aumentam a absorção do fármaco É o veículo mais eficaz para a absorção de fármacos pela pele.

10 - Géis

Géis são preparações farmacêuticas constituídas por uma dispersão bicoerente e fase sólida em fase líquida.

11 -Alcoolatos

São preparações farmacêuticas que se obtém pela maceração alcoólica de plantas frescas, seguidas de destilação
12 - Alcoolaturas

São preparações que resultam da ação disssolvente do álcool a frio nas graduações de 75, 80 ou 95°, sobre plantas frescas, com o objetivo de lhes retirar a substância ativa.

13 - Colutórios

São preparações magistrais destinadas a serem depostas na mucosa bocal ou orofaríngea. São soluções viscosas devido à presença de mel ou glicerina. As substâncias ativas empregadas são anti-sépticos.

14 - Elixires

São preparações de fármaco num solvente alcoólico. Utilizados para fármacos não solúveis em água

15 - Enemas ou Clister

São FF destinadas a serem introduzidas na porção terminal do intestino. pode ser líquidos (chás de plantas apropriadas, geralmente camomila, hortelã, goiabeira). Essa prática ajuda a limpeza intestinal, o que favorece o bem-estar do doente febril ou com doenças agudas.

16 - Linimentos

São preparações Oficinais ou magistrais, destinadas exclusivamente a uso externo, em unção ou fricção sobre a pele Efeito vasodilatador por ação do movimento mecânico de massagem

17 - Óleos Medicinais

Podem ser preparados por dissolução simples da tintura medicamentosa em um óleo fixo (azeite, soja, girassol, algodão, dentre outros) ou por extração dos princípios ativos de plantas secas.

18 - Tinturas

São preparações oficinais que resultam da ação do álcool por maceração, sobre produtos secos de origem animal, vegetal ou mineral. São, portanto soluções alcoólicas a 10 ou 20% Pode ser utilizada por via tópica, poções ou xaropes.

19 - Soluções

São misturas de duas ou mais substâncias e do ponto de vista químico e físico, homogêneas. As soluções farmacêuticas são sempre líquidas e obtidas a partir da dissolução de um sólido ou líquido em outro líquido.
Quando a dissolução é total, originando um sistema homogêneo com partículas de diâmetro menor ou igual a 0,001, temos uma solução verdadeira.
Quando a dissolução é parcial e a porção insolúvel pode ser desprezada, sem prejuízo para a preparação, diz-se que a solução originada é extrativa.

Há diversos fatores que influem na dissolução:

v  -ph: dependendo do caráter ácido ou básico do soluto, há maior ou menor dissolução do mesmo em função do ph do solvente.
v  -agitação: em geral, quanto maior a agitação, melhor a dissolução.
v  -tamanho do soluto: quanto menor a partícula de soluto a ser dissolvido, melhor sua dissolução.
v  -temperatura: em geral, o aumento da temperatura facilita a dissolução.
v  -constante dielétrica do solvente: para solutos polares, quanto maior a constante dielétrica do solvente, melhor a dissolução.
v  -uso de co-solventes e substâncias hidrotrópicas: facilitam a dissolução. Exemplos: álcool como co-solvente do metilparabeno em água; iodeto de sódio e iodeto de potássio facilitam a dissolução do iodo em água.

20 - Chá ou Infusão

São Formas Farmacêuticas magistrais, que resultam da ação da água sobre plantas secas, a fim de lhes retirar a substância ativa. Podem ser obtidas de várias maneiras:

Maceração: Ação prolongada da água a temperatura ambiente sobre a planta seca. Utilizada para substâncias termolábeis;

Digestão: Ação prolongada em água morna (40 a 50 °C) sobre a planta seca. Utilizada para substâncias ativas termolábeis;

Decocção: Ação da água desde a temperatura ambiente até a ebulição sobre a planta. Utiliza- se para substâncias termos resistentes.

Infusão: Ação instantâneas da água fervente sobre a planta
.
21 - Xaropes

São formas farmacêuticas aquosas, contendo cerca de dois terços de seu peso em sacarose ou outros açúcares.
Os xaropes apresentam duas vantagens: correção de sabor desagradável do fármaco e conservação do mesmo na forma farmacêutica de administração. Os xaropes podem ser medicinais e/ou edulcorantes.

22 -Emulsões

São sistemas dispersos constituídos de duas fases líquidas imiscíveis (oleosa e aquosa), onde a fase dispersa ou interna é finamente dividida e distribuída em outra fase contínua ou externa.
Temos emulsões do tipo óleo em água (O/A: fase externa aquosa) e água em óleo (A/O: fase externa oleosa). A estabilidade da emulsão é garantida com o uso de agentes emulsificantes, geralmente substâncias tensoativas.

23 - Cremes

É um tipo de emulsão do tipo água/óleo (creme) ou óleo/água (Cold-cream) de consistência pastosa.

24 - Loções Cremosas

É um tipo de emulsão do tipo água/óleo (creme) ou óleo/água de consistência liquida

25 - Vaporizações

É Forma Farmacêuticas magistrais resultantes da libertação de vapor de água por si só, ou contendo anti-sépticos, e que se destinam a ser inalados

26 - Fumigações

São gases resultantes da combustão de determinadas plantas, ou liberação de gases (p. ex. Formal) com fins desinfetantes de espaços ou dirigidos para as vias respiratórias com fins medicamentosos anti-sépticos - inalação

27 - Aerossóis

Se caracterizam por constituírem um “nevoeiro não molhante” formado por micro gotas (diâmetro compreendido entre 0,05 e 0,2 micrômetro).

28 - Ampolas

São tubos de vidro ou plástico, colorido ou incolor, estirados nos dois topos, ou pequenas “garrafas” seladas, podem conter líquidos ou pó.

29 - Sprays

São semelhantes aos aerossóis, mas o diâmetro da partícula é maior (0,5 micrômetro), podem ser considerados “nevoeiros molhantes”

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

1. ALLEN JR,L.V; POPOVICH, N.G.;ANSEL,H.C. Formas Farmacêuticas e Sistemas de Liberação de Fármacos. 8 ed. Porto Alegre, Artmed, 2007.

2. FERREIRA, A.O. Guia Prático da Farmácia Magistral. 3. ed. São Paulo: PharmaBooks, 2008. v.1 e v.2

3. AULTON, M.E. Delineamento de Formas Farmacêuticas. Trad. De George Gonzalez Ortega et. all. 2ª. Ed., Porto Alegre, Artmed, 2005.

4. VILLANOVA, J.C.O.; SA, V.R. Excipientes: guia prático para padronização.1 ed. Editora Pharmabooks. 2009

5. BATISTUZZO, JOSE ANTONIO. Formulário médico-farmacêutico . Ed. 3. Editora Tecnopress. 2006 VILELA, M. A. P; AMARAL,M. P; H Controle de qualidade na farmácia de manipulação. Editora Omega, 2009


6. ANSEL. H.C., PRINCE,S.J.. Manual de cálculos farmacêuticos. Editora Artmed. 2005 4. ERIC S. GIL. Controle físico-quimico de qualidade de medicamentos, 3° ed Ed. Pharmabooks. 2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário