FARMACOTÉCNICA
HOSPITALAR PARTE 8
i - ÓVULOS: SUPOSITÓRIOS
VAGINAIS (ÓVULOS)
São
formas farmacêuticas obtidas por compressão ou moldagem para aplicação vaginal,
onde devem se dissolver para exercerem uma ação local. O excipiente em geral é
a glicerina
TAMANHO
v
Adulto
3 – 5,0 g
v
Homem
- 4,0 g / 1 a 1,5 cm / 3 a 6 mm
v
Mulher
2,0 g / 0,6 a 0,75 cm / 3 a 6 mm
FORMATO
v
Forma
Globular
v
Forma
Ovoide
v
Forma
Cônica
v
Supositórios
Uretais (Velas)
v
Forma
de Lápis
CARACTERÍSTICAS DA MUCOSA DO COLON E
RETO
v
Plexo
Hemorroidal
v
Veias
Hemorroidais inferiores
v
Veias
Hemorroidais superiores
v
Vasos
linfáticos
v
Conteúdo
do colon
v
pH
v
Quantidade
e natureza
TEMPERATURA
v
36
a 38°C
FATORES FÍSICO-QUÍMICOS QUE INTERFEREM
NA ABSORÇÃO
v
Tamanho
da Partícula
v
Concentração
do Fármaco
v
Absorção
colônica
v
Liberação
da base
v
Adição
de Tensoativos
v
Coeficiente
de Partilha Óleo/Água
v
Grau
de Ionização
FATORES FÍSICO-QUÍMICOS QUE INTERFEREM
NA ABSORÇÃO
v
Intervalo
de Fusão
v
Fatores
Reológicos (Viscosidade)
v
Índice
de água
PREPARAÇÕES TÓPICAS
SEMI-SÓLIDAS:
Segundo
a Farmacopéia Brasileira IV, preparações tópicas semi-sólidas são aquelas
previstas para aplicação na pele ou em certas mucosas para ação local ou
penetração percutânea de medicamentos, ou ainda por sua ação emoliente ou protetora.
As preparações destinadas ao uso oftálmico, ao tratamento de feridas ou à
aplicação sobre lesões extensas da pele devem satisfazer às exigências do teste
de esterilidade.
Distinguem-se
4 categorias de preparações semi-sólidas:
II - GÉIS
Géis
são preparações farmacêuticas constituídas por uma dispersão bicoerente e fase
sólida em fase líquida. Géis hidrofílicos são preparações obtidas pela
incorporação de agentes gelificantes - tragacanta, amido, derivados de
celulose, polímeros carboxivinílicos e silicatos duplos de magnésio e alumínio
- a água, glicerol ou propilenoglicol. Dependendo do tipo e concentração de
gelificante temos géis para diversos usos como: lubrificantes de catéter e
instrumentos cirúrgicos, em oftalmologia, como base dermatológica, etc.
Os
géis têm sido muito usados como bases dermatológicas pois possuem bom
espalhamento, são não gordurosos e podem veicular vários princípios ativos
hidrossolúveis e lipossomas. São mais usados para as peles mistas ou oleosas.
O
gel-creme são emulsões contendo alta porcentagem de fase aquosa e baixíssimo
conteúdo óleos, estabilizadas pôr colóide hidrófílico. São também chamados de
cremes oil-free. Trata-se de uma preparação que tem sido largamente utilizada,
pois em um gel-creme é possível veicular substancias lipossolúveis, tais como
filtros solares, princípios ativos oleosos, sem que o produto final deixe na
pele uma sensação gordurosa. Podem ser usados em todos os tipos de pele.
Existem
várias substâncias que podem formar géis sendo que as mais empregadas como
bases em cosmiatria são: o polímero carboxivinílico (Carbopol 940) fornecido na
forma ácida e neutralizado durante a preparação com uma base, gerando géis com
maior viscosidade e pH entre 6,5 e 7,5; e a hidroxi-etil-celulose (gel de
Natrosol) que em concentração adequada intumesce com a água formando géis de
consistência média e de característica não- iônica.
Gel
hidrofílico é uma preparação semi-sólida composta de partículas coloidais que
não se sedimentam(ficam dispersas). Geralmente, as substancias formadoras de
géis são polímeros que, quando dispersos em meio aquoso assumem conformação
doadora de viscosidade à preparação.
O
gel não iônico é compatível com a maior parte dos ativos hidrossolúveis usados
em cosmiatria, como o ácido glicólico, que devido ao seu pH muito ácido é
incompatível com o gel de Carbopol.
III - POMADAS:
São
preparações farmacêuticas de consistência pastosa, destinadas ao uso externo,
contendo uma ou mais substâncias terapeuticamente ativas incorporadas a
excipientes adequados. Os excipientes podem ser de 4 classes: oleaginosos
(vaselina), absorventes
(lanolina),
emulsivos (cremes) ou hidrossolúveis (polietilenoglicóis). Podem ser
adicionados a agentes conservantes, estabilizantes, corantes e aromatizantes
inócuos.
As
pomadas são preparações de consistência semissólidas destinadas a serem
aplicadas sobre a pele ou sobre certas mucosas, a fim de exercer uma ação local
ou de realizar a penetração percutânea de princípios ativos; apresentam aspecto
homogêneo, são constituídas por excipientes (simples ou composto), nos quais
são dispersos um ou mais princípios ativos.
Os
excipientes das pomadas podem ser de origem natural ou sintética; a pomada pode
ser constituída de uma ou mais fases, de acordo com a natureza do excipiente; a
preparação pode apresentar propriedades hidrófilas ou hidrófobas. As
preparações podem apresentar aditivos apropriados como: agentes
antimicrobianos, antioxidantes, estabilizantes, emulsificantes ou espessantes.
As
pomadas consistem basicamente em um excipiente, com uma única fase onde são
dispersas as substâncias líquidas ou sólidas. Pomadas hidrófobas (lipófilas)
não absorvem, normalmente, pequenas quantidades de água. As substâncias mais
comuns empregadas na formulação desta categoria são vaselina, parafina líquida,
óleos vegetais ou animais, glicerídeos sintéticos e ceras.
Já
as pomadas absorventes de água são aquelas que absorvem quantidades importantes
de água; as substâncias utilizadas são as mesmas da p.p.d (hidrófobas),
acrescidas de emulsificantes tipo água em óleo, como alcoóis graxos, ésteres,
monoglicerídeos etc. Pomadas hidrófilas são as preparações em que os
excipientes são miscíveis na água.
São
constituídas, habitualmente, de misturas de polietilenoglicóis (PEG) e retêm
quantidades apropriadas de água. Nos dias de hoje a variedade dos excipientes
que se podem utilizar na preparação das pomadas é inúmera. Podemos classificar
as pomadas de acordo com a finalidade terapêutica do seu emprego. Assim, as
pomadas são classificadas pela relação dos seus excipientes e o tipo de ação
pretendida.
Desta
forma, o poder de penetração exerce uma relação direta com a ação terapêutica.
Podemos classificar os tipos de pomadas de acordo com sua penetrabilidade:
Pomadas epidérmicas: fraco ou nenhum poder de penetração; Pomadas endodérmicas:
penetram na epiderme, atuando nas camadas tissulares mais profundas, sem,
contudo, que a penetração dos fármacos atinja a corrente sanguínea; Pomadas
diadérmicas: penetram tão profundamente que são capazes de atingir a corrente
sanguínea.
são
preparações farmacêuticas de consistência pastosa, destinadas ao uso externo,
contendo uma ou mais substâncias terapeuticamente ativas incorporadas a
excipientes adequados. Os excipientes podem ser de 4 classes: oleaginosos
(vaselina), absorventes
(lanolina),
emulsivos (cremes) ou hidrossolúveis (polietilenoglicóis). Podem ser
adicionados a agentes conservantes, estabilizantes, corantes e aromatizantes
inócuos.
IV - CREMES E EMULSÕES
Desde
os primórdios da cultura humana são utilizados óleos e cremes em rituais
sagrados e para o tratamento do corpo. Sabe-se pôr meio das descobertas em
pirâmides, passagens da bíblia e posteriormente dos gregos e romanos que o uso
de produtos cosméticos era muito difundido.
Até
a década de 30 o número de matérias-primas assim, como o de produtos eram
bastante restritos. Com o desenvolvimento da química dos tensoativos no período
pré e pós segunda guerra mundial, possibilitou um crescimento excepcional da
indústria cosmética.
Com
o emprego de tensoativos tornou-se possível e facilitou bastante a fabricação
de cremes reunindo em sua composição ingredientes aquosos e oleosos. Como em
todas a áreas os avanços da pesquisa técnico-científica têm levado à renovação
rápida e constante não de só de tecnologia bem como ao lançamento de novos
produtos.
Atualmente
para cada caso procura-se formular produtos específicos.
Um
creme ou emulsão deverá ser formulado e ser adaptado às condições da epiderme.
CLASSIFICAÇÃO DOS
TENSOATIVOS QUANTO SUA APLICAÇÃO
v Emulsionantes,
v Detergentes,
v Umectantes,
v Dispersantes e
v Solubilizantes.
EMULSIONANTES:
Como
o nome indica, são aqueles promotores de emulsões.
Emulsões
são misturas, relativamente estáveis, de líquidos não miscíveis entre si.
Toda
emulsão é constituída de, pelo menos, três componentes:o líquido a ser
emulsionado(fase interna);o líquido "fase externa"; emulsionante ou
emulgador.
A
infinita diversidade de características que podem ter os 2 líquidos
constituintes da emulsão, faz com que seja impossível a existência de um
"emulgador universal". Para cada tipo de emulsão será necessário
estabelecer, através de testes práticos, qual o emulgador ou sistema de
emulgadores mais indicado.
A
evidente dificuldade em se testar um grande número de emulsionantes, toda vez
que se deseja preparar uma emulsão, gerou a necessidade da criação de sistemas
que permitissem o estabelecimento "a priori" do emulgador mais
indicado para uma determinada emulsão.
O
mais difundido destes sistemas é o denominado H.L.B (Hydrophil-Lypophil-Balance).
Este
sistema se baseia na determinação do balanceamento entre os grupos polares e não
polares de um determinado tensoativo, bem como do balanceamento entre as
polaridades dos líquidos a serem emulsionados.
Assim,
para emulsionar e um sistema óleo-água com um H.L.B., os emulgadores teriam de
estar na mesma faixa de H.L.B. Sistemas do tipo H.L.B. devem ser encarados como
uma ferramenta útil, porém apenas orientativa, ou seja, o processo de
tentativa-e-erro não poderá ser abolido, mas o número de emulgadores a ser
testados será consideravelmente menor.
Em
alguns trabalhos técnicos, em língua portuguesa já se encontra a sigla E.H.L. (Equilíbrio
Hidrófilo-Lipófilo) em lugar de H.L.B.
Ainda
quanto ao H.L.B. devemos lembrar 2 aspectos práticos, onde, com alguma frequência,
se observam erros quanto a sua interpretação:o conceito de H.L.B. se aplica,
única e tão somente, para a seleção de emulgadores adequados a um sistema.
O
H.L.B. não constitui especificação de produto para fins de Controle de
Qualidade. É uma característica de cada emulgador. Outrossim e na grande
maioria dos casos, determinado pôr fórmulas matemáticas. A sua determinação
prática é extremamente complexa.
EMULSÕES ÓLEO/ÁGUA E
ÁGUA/ÓLEO:
Quando
a fase externa de uma emulsão é aquosa, e a dispersa é oleosa, temos uma
emulsão óleo/água(o/w). É o tipo mais comum de emulsões.Quando a a fase interna
é aquosa e a externa oleosa, temos uma emulsão água/óleo(w/o), ou emulsão
inversa.
Em
termos de H.L.B., pode-se dizer de forma genérica que emulgadores com HLB`s
entre 3 a 6 favorecem a formação de emulsões água/óleo. Emulgadores de HLB
entre 8-15 favorecem a formação de emulsão óleo/água.Isto é, contudo, uma regra
meramemte orientativa, havendo inúmeras exceções à mesma.
Em
se tratando de emulsões, vale sempre ter em mente a regra clássica: "dois
emulgadores são mais eficientes que um só".
No
nosso dia-a-dia temos contato com ambos os tipos de emulsões:emulsão óleo-em
água: leite: cerca de 4% de gordura emulsionada em água.emulsão água-em-óleo: manteiga:
cerca de 15% de água emulsionada em gordura.Inúmeros outros exemplos de
emulsões com que nos deparamos diariamente são: cosméticos, pomadas e cremes,
produtos de limpeza, maionese, etc..
Para
se identificar uma emulsão quanto a sua natureza, basta verificar sua
dispersibilidade em água:se for facilmente dispersável é óleo/água.se não for,
é uma emulsão inversa.
OS
Cremes e emulsões são dispersões de duas fases não miscíveis entre si os quais
com a ajuda de um emulsionante formam um sistema homogêneo. Estes produtos são
constituídos no geral por vários componente, sendo os básicos e
principais:agentes doadores de consistência, agentes engordurantes,
emulsionantes, princípios ativos ou aditivos especiais, água, conservantes,
perfume, corantes ou pigmentos.
Do
ponto de vista técnico da química dos tensoativos, uma emulsão, e um creme são
um só produto, na pratica porém o creme corresponde a uma "emulsão"
consistente, não fluida enquanto que a emulsão apresenta a característica
fluida.
No
desenvolvimento ou elaboração de um creme ou emulsão deverá ser considerado a
finalidade a que se destina e característica da epiderme, deverá ser facilmente
adsorvida, não deverá ser irritante, isto é, não deverá ocasionar problemas
para o indivíduo que a utiliza, por exemplo, alergias.
Do
ponto de vista médico-cosmético deverá ser: não irritante, ser estável(não
deverá separa-se em seus componentes), não degradar(MO), compatível com
princípios ativos e aditivos especiais, facilmente adsorvido pela epiderme.
Durante
a escolha dos componentes deverão ser levados em conta os questões acima
descritas.
Tipos
de emulsões:
Óleo
em água(O/A):
No
sistema O/A a água engloba a partícula de óleo, assim a fase externa sendo água
não atuam como engordurante mas sim apresentam antes um efeito evanescente.
Estas
emulsões e cremes são utilizados para produtos que não deixam um efeito
engordurante, usados principalmente como cremes para o uso durante o dia e
cremes evanescentes.
São
facilmente laváveis com água, podendo durante a a aplicação ocorre um
esbranquiçamento o qual desaparece após completamente adsorvido. Como a fase
externa é água, estes produtos tendem a secar superficialmente formando uma
crosta. As embalagens mais adequada são vidro, porcelana p plástico,
evitando-se o uso de embalagens metálicas, pois podem ocorrer oxidação e
corrosão.
Água
em óleo(A/O);
No
sistema A/O, a fase oleosa engloba a fase aquosa, assim a fase externa sendo
óleo apresenta efeito engordurante deixando a epiderme com aspecto brilhante.
Estas emulsões são usados principalmente como cremes para noite, creme de
massagem, creme emoliente, etc..
Preparo
das emulsões:Sistema O/A:
Agentes
engordurantes, doadores de consistência, emulsionantes e aditivos lipoduráveis
são fundidos em banho-maria a 70-80'C. Aquecimento com fogo direto ou similar
não é indicado, pois pode ocorrer um superaquecimento e ocorrer degradação
térmica dos componentes.
Á
água e componentes hidrossolúveis são homogeneizados e aquecidos a 75-85'C e adicionados
lenta e continuamente à fase oleosa sob constante agitação. Mantêm-se a
agitação até esfriar à temperatura ambiente evitando a incorporação de ar.
No
caso de aditivos que não apresentam estabilidade térmica, deverão ser
adicionados ao creme já frio. No caso de pigmentos, o creme deverá ser
preparado em um homogeneizador adequado (Tipo Sigma). As essências são
adicionadas ao creme frio ou no máximo à 40'C.
Sistema
A/0: o método de preparo é similar ao sistema O/A sendo que a água deverá ser
adicionada parceladamente e após a formação de creme, ele deverá passar por um
moinho de rolos(Calandra). Essências à frio ou até 40'C.
Estabilidade
das emulsões:
O
melhor e mais seguro teste é observar o produto na embalagem pré determinada
durante um longo tempo de estocagem em condições climáticas variadas. Deve-se
levar em consideração a alcalinidade do vidro assim como o efeito da luz e
temperatura. Este teste de estocagem (Shelf-Test) dificilmente poderá ser
substituídos pôr testes acelerados(teste com centrífuga, teste com variação de
temperatura, teste com vibração).
Como
são formas farmacêuticas constituídas por duas fases, uma oleosa e outra
aquosa, têm consistência cremosa e fluxo newtoniano ou pseudoplástico, devido
ao seu alto teor do componente aquoso.
As
preparações farmacêuticas designadas por cremes são emulsões semi-sólidas
contendo fármacos medicamentosas dissolvidos ou suspensos nas suas fases
aquosas ou oleosas.
No
processo de emulsificação ocorre a divisão de um dos líquidos em pequenos
glóbulos com consequente aumento da área superficial desta fase e sua dispersão
na outra. Para provocar a subdivisão dos líquidos, torna-se necessário
despender determinada quantidade de energia (térmica e de agitação) sob a forma
de trabalho. Os agentes emulsionantes diminuem o trabalho necessário para a
emulsificação. Embora para a preparação da emulsão sejam disponíveis várias
técnicas, vamos nos ater àquelas que utilizam tensoativos como agentes
emulsionantes, caso específico das emulsões cosméticas.
Uma
diferença entre o creme e a pomada é que a pomada flui com dificuldade e o
creme flui facilmente, sendo que as pomadas são sempre monofásicas. A maioria
dos cremes são emulsões de óleo em água, embora se preparem numerosos cremes
A/O (água em óleo). Algumas das preparações assim denominadas não constituem
verdadeiras emulsões, comportando-se como pseudo-emulsões.
É
o que sucede em algumas fórmulas contendo excipientes absorventes, como
lanolina, e muito pequena quantidade de água.
Os
cremes de O/A (óleo em água), apresentam elevado poder de penetração na pele,
em especial se contiverem emulgentes de anion ativo. De fato, este cremes tem
propriedades molhantes, que lhes permitem atravessar a barreira lipídica
cutânea que emulsionam. Esta propriedade favorece o contato com a superfície do
tecido epitelial e permite, ainda, a mistura, por emulsificação, com o conteúdo
dos sacos pilo-sebáceos.
Sendo
fortemente hidrófilos, os cremes de O/A (óleo em água) de aniôn ativo favorecem
a migração iônica, por fenômenos de osmose.
A
fase externa é de natureza aquosa devido à presença em sua composição de
emulgentes tipo O/A (óleo em agua), sabões sódicos ou de álcool graxos
sulfatados e polisorbatos, às vezes combinados em proporções convenientes com
emulgentes tipo A/O (água em óleo).
Quanto
mais fina for a divisão das partículas emulsionadas, mais fácil se torna a sua
passagem entre as células do tecidos cutâneo. Estes cremes combinam-se com as
proteínas celulares sendo mais intensa a fixação quando os emulgentes sejam
catiônicos. As emulsões preparadas com tensoativos não-iônico apresentam uma
penetração mais difícil, tendo um fraco poder molhante.
Os
cremes O/A (óleo em água) são geralmente bem tolerados nas epidermes sãs,
podendo ser irritantes, em especial de anião ativo (aniões sulfúricos liberados
por hidrólise dos sulfonados; vestígios de catiões alcalinos provenientes da
hidrólise dos sabões), quando a pele apresenta soluções de continuidade, nestes
casos, tem-se procurado reduzir a irritação provocada adicionando sais tampões
ao creme.
Os
cremes de água no óleo podem conter emulgentes aniônicos (sabões
alcalino-terrosos ou terrosos) ou mesmos sabões sódicos, desde que contenham
outros emulgentes A/O (água em óleo), que baixem o EHL (equilíbrio
hidrofílico-lipofílico) daqueles.
A
fase contínua ou externa é a fase oleosa devido à presença em sua composição de
emulgentes tipo A/O (água em óleo). São, porém, geralmente obtidos com
emulsivos não iônicos.
Menos
penetrantes do que os anteriores tem ação endodérmica ou epidérmica, sendo,
especialmente neste último caso, utilizados com protetores cutâneos (cremes
protetores ou de barreira) e, graças ao seu elevado teor de água, são
desidratantes e espalham-se facilmente na pele.
Em
geral são bem tolerados pela epiderme, são emolientes, e não tem qualquer ação
nevasta nas lesões eritematosas ou pruriginosas. Os cremes de água no óleo são
muito utilizados como veículos fármaco anti-sépticos e parasiticidas (óleos
essenciais, bálsamos, derivados mercuriais, enxofre, bálsamo do peru, etc.).
As
diaderminas ou cremes evanescentes constituem creme de óleo em água, altamente
penetrantes.
A
tendência atual é evitar produtos pesados e oleosos para hidratação da pele,
principalmente se for de uso facial. As inovações tecnológicas já permitem a
elaboração de fórmulas consideradas leves, de toque seco, e que tenham um
grande poder de hidratação cutânea. Na formulação de um novo produto de
aplicação tópica para uso cosmético ou terapêutico, torna-se importante
determinar o tipo de pele do consumidor.
Apesar
dos avanços na química fina e do progresso nas pesquisas, a prática de
fabricação de emulsões ainda permanece muito mais como arte do que como
ciência. A indústria cosmética busca constantemente direcionamentos para o
desenvolvimento de emulsões.
Um
conceito de emulsão que fornecesse redução significativa no tempo de
desenvolvimento através da seleção apropriada da fase oleosa, dos emulsionantes
e do processo de emulsificação, juntamente com o uso econômico desses materiais
e equipamentos, ainda continuará sendo de grande interesse.
No
processo de emulsificação ocorre a divisão de um dos líquidos em pequenos
glóbulos com consequente aumento da área superficial desta fase e sua dispersão
na outra. Para provocar a subdivisão dos líquidos, torna-se necessário
despender determinada quantidade de energia (térmica e de agitação) sob a forma
de trabalho.
Os
agentes emulsionantes diminuem o trabalho necessário para a emulsificação.
Embora para a preparação da emulsão sejam disponíveis várias técnicas, vamos
nos acompanhar as que utilizam tensoativos como agentes emulsionantes.
Os
seguintes conceitos estão envolvidos para o devido esclarecimento sobre o
processo de emulsificação:
Equilíbrio
hidrofílico-lipofílico (EHL): este processo consiste no aquecimento de todos os
componentes solúveis na fase aquosa e dos componentes da fase oleosa em
temperaturas entre 75 a 85º C.
Após
a mistura das duas fases e seguido por um período de homogeneização, é iniciado
o resfriamento da emulsão e adicionado os demais componentes da formulação que,
por motivo de oxidação ou degradação, não toleram alta temperatura. Neste
processo é gasta uma considerável quantidade de energia (térmica e mecânica) e
tempo, que proporcionam alta estabilidade à emulsão.
A
quantidade de energia térmica pode atingir 95% do consumo total de energia no
processo. A maior desvantagem do método de EHL, além do consumo de energia e
tempo, é que ele descreve as moléculas de emulsionantes apenas em função de
suas modificações estruturais, sem considerar o seu comportamento na interface
O/A (óleo em água) durante a emulsificação, não prevendo as mudanças de EHL com
as alterações nas condições para emulsificação tais como temperatura, natureza
das fases oleosa e aquosa, presença de aditivos (eletrólitos, solventes).
Por
exemplo: com o aumento da temperatura, a força de hidratação entre a água e o
tensoativo não iônico etoxilado diminui e o emulsionante torna-se menos
hidrófilo (mais solúvel na fase oleosa) e conseqüentemente, seu EHL também
diminui até ocorrer a inversão da emulsão.
Emulsificação
de baixa energia (EBE): a energia térmica é usada para as operações que
realmente necessitam de aquecimento, tais como fusão dos componentes,
dissolução, formação de sabão in situ, inversão de fase e esterilização.
Quantidade
significativa de água pode ser adicionada a frio. O uso de bases auto-emulsionantes mostra-se
muito adequado a este processo. O método consiste na divisão da fase contínua,
no caso aquosa, em duas porções.
Uma
porção é utilizada a quente para formação da emulsão concentrada e em seguida é
adicionada lentamente a outra porção a frio para diluição e resfriamento do
sistema, o que proporciona uma economia de energia térmica, de tempo de
processo e de mão de obra.
A
adição de água fria deve ser feita abaixo de 70°C e, preferencialmente, abaixo
de 50°C, de modo lento e contínuo para evitar choque térmico, que provoca a
formação de emulsão com gotas grandes, influenciando na aparência da emulsão e
podendo até provocar separação de fases.
O
processo EBE é aplicado tanto para emulsões O/ A como para A/O e independe do
tipo de emulsionante. No entanto é mais comum para o processo O/A, já que é
mais simples diluir este tipo de emulsão do que a A/O e mais fácil manusear
água do que óleo.
Em
ambos os casos, a fase fria não deve ultrapassar 60% da quantidade de fase
externa total, pois pode formar grandes glóbulos emulsionados distribuídos de
forma não homogênea e causar a separação de fases da emulsão.
Assim,
pelo menos 40% da fase externa deve ser aquecida para preparação da emulsão
concentrada. Quanto aos emulsionantes, podem ser usados os não iônicos,
aniônicos e bases auto-emulsionáveis. Controlando-se variáveis como temperatura
do primeiro estágio da emulsificação, intensidade de agitação, proporção da
fase externa adicionada no primeiro estágio da emulsificação (no caso, água) é
possível a obtenção de melhores emulsões por este método que pelo convencional.
Temperatura
de inversão de fases (TIF): cuja vantagem é o uso da energia térmica para
redução do tamanho de gotas da emulsão para maior estabilidade dos produtos
finais. Uma emulsão O/ A quando estabilizada com tensoativo não iônico
etoxilado, pode inverter para A/ O com o aumento da temperatura acima de
determinado do tensoativo.
A
temperatura em que ocorre inversão da emulsão é chamada “temperatura de
inversão de fases”.
Em
temperaturas acima da TIF , o tensoativo torna-se ainda mais lipófilo,
ocorrendo separação de água e, consequentemente, da emulsão. Desta forma a TIF
está relacionada a uma dada temperatura em que o EHL do tensoativo, tensão
interfacial O/ A e a distribuição do tamanho de partículas são mínimos.
O
método da TIF consiste na preparação da emulsão numa temperatura de 2 a 4° C
abaixo da TIF, visando obter uma fina dispersão, na qual a tensão interfacial é
muito baixa. Com o resfriamento rápido da emulsão são formados pequenos
glóbulos emulsionados, conferindo estabilidade para a emulsão.
O
efeito de aditivos tais como eletrólitos sobre a fase externa da emulsão e de
misturas de emulsionantes ou de óleos são refletidos na TIF e automaticamente
ajustados de modo a mudar o EHL do emulsionante na interface. Emulsões O/A
(óleo em água) contendo tensoativos não iônicos etoxilados apresentam TIF
constante dentro de uma ampla faixa de conteúdo de água (30 a 70%), mantendo
constante a relação óleo/ emulsionante.
Entretanto,
a TIF desaparece nas emulsões com alto conteúdo de água (acima de 80%) e com
extremamente baixo conteúdo de água (abaixo de 20%). Em suficientemente baixo
conteúdo de água, aparece uma fase de microemulsão, com tamanho de gotas muito
pequeno que é utilizado para a emulsificação seguindo o processo da TIF.
A
TIF é diretamente proporcional ao EHL. Quanto maior o EHL, maior é a TIF, ou
seja, a TIF aumenta com a hidrofilidade do emulsionante.
Descrição
sucinta e características de alguns excipientes ou produtos químicos utilizados
na preparação de cremes e produtos similares: monoestearato de sorbitano e
monoestearato de sorbitano etoxilado (Polawax®); álcool estearílico (Lorol
18®); álcool estearílico etoxilado 2.OE (Brij 72®); álcool estearílico
etoxilado 21.OE (Brij 721®); estearato de octila (Cetiol 868®); monooleato de
sorbitano 20.OE (Tween 80®, EHL 15,0); monoestearato de sorbitano (Span 60®,
EHL 4,7); cetomacrogol 1000 (polietilenoglicol 1000 monocetileter); macrogol
(polietilenoglicol ou polioxietilenoglicol);
Ácido
esteárico: insolúvel em água, solúvel em álcool, clorofórmio, acetona, éter.
Seu uso dermatológico é na preparação de cremes evanescentes. É usado como
agente de consistência.
Pode
ser utilizado em sabões, detergentes, velas, e em cosméticos (cremes).
Ácido
graxo etoxilado: emulsionante não iônico; excipiente adequado para a preparação
de cremes, emulsões, preparados cátion ativos e detergente (Emulgin®).
Álcool
cetílico: é utilizado em preparações para uso tópico como emoliente e
emulsionante, devido à propriedade de absorção da água. Usado na elaboração de
cremes e sabões. É um álcool graxo que pode ser obtido do esperma de baleia.
Utilizado como agente de consistência e sobre engorduramento para cremes,
loções e condicionadores.
Álcool
cetoestearilico: é uma mistura de álcool cetilico e estearilico, empregado como
excipiente para o preparo de cremes e loções, habitualmente incorporado a
outros produtos excipientes. Uso tópico.
Álcool
cetoestearílico etoxilado: emulsionante universal para cremes e loções O/A;
este emulsionante é de natureza química não-iônica (Emulgin B2®).
Álcool
estearílico: excipiente utilizado como agente de consistência e
sobreengorduramento para cremes, loções e condicionadores., também utilizado
como agente tensoativo e emulsionante.
Álcool
oleílico: emoliente para cremes, e outros produtos. É um solubilizante para
componentes oleosos, auxiliando na dispersão dos pigmentos.
Alcoóis
graxos associado ao cetilestearil sulfato de sódio e emulsionante não-iônico:
(Emulgade F®)
Bases
de absorção de lanolina: extrato de esteróis tensoativos da lanolina associada
a álcoois, complexos livres, de alto peso molecular. Apresenta-se na forma
anidra, e é miscível em óleo e dispersivel em água. Apresenta atividades
emoliente, penetrante e umectante.
Bases
siliconizadas: bases contendo silicone volátil, substância que evapora sem
deixar resíduos na pele, o que possibilita um fácil espalhamento, distribuindo
os princípios ativos em um filme uniforme e com capacidade de repelir a água.
Caprilato
de côco: emoliente, com boa ação de deslizamento e penetrabilidade, untosidade
leve. A sua compatibilidade com a pele e mucosas o torna adequado para a
substituição de óleos vegetais em fórmulas anidras ou em emulsões (Cetiol LC®).
Cera
de abelha despolimerizada: é uma cera purificada muito usada e muito apreciada
por formar emulsões finas e estáveis.
Cera
branca: é obtida dos favos das colméias e contém cerca de 72% de ésteres, com
partes de ácidos graxos livres e hidrocarbonetos. Torna-se emulsificante quando
é adicionada a um excipiente alcalino como a soda ou borato de sódio. Tem ação
emoliente, suavizando e lubrificando a pele.
Ceramidas
sintéticas: são idênticas às ceramidas naturais encontradas em nossa pele, atua
como hidratante protetor que recupera peles danificadas. Utilizadas na
preparação de cremes e loções hidratantes (Ceramida IIIB®).
Creme
lanette: dispersão coloidal de álcoois graxos e cetilestearil sulfato, é usado
como base autoemulsionante para fabricação de cremes, pomadas e emulsões
(Lanette N®); mistura de álcoois graxos saturados, utilizados em preparações
capilares (Lanette O®); dispersão coloidal de álcool cetoestearílico e
alquilsulfato de sódio (Lanette WB®).
Diadermina:
estearato de amônio glicerinado; creme evanescente.
Diestearato
de glicerila: agente de consistência para pomadas, cremes e emulsões líquidas
(Cutina MD®).
Diestearato
de polietilenoglicol 6000: agente de consistência para pomadas, cremes e emulsões
líquidas (Cutina DSP6B®).
Emulsionante
não-iônico associado a alcoóis graxos associado ao cetilestearil sulfato de
sódio: (Emulgade F®).
Espermacete:
substância que provém da purificação de partes sólidas do óleo contido nos
receptáculos pericraneanos e dorsal de cachalotes. Tem propriedades emolientes.
Seu componente fundamental é a cetina; contendo ainda ésteres do ácido láurico,
esteárico, palmitato de cetila, álcool cetilico e estearilico.
Esqualeno:
é um óleo encontrado no fígado de tubarão gigante, que também está presente na
secreção sebácea human. Forma emulsões com outros componentes da secreção
sebácea, restaurando a suavidade e maciez da pele, prevenindo o ressecamento.
Tem sido utilizado como veiculo, e favorece a absorção percutânea de alguns
princípios ativos.
Estearato
de butila: é um éster utilizado como solvente e agente de espalhamento de
cremes a loções cremosas, substituindo parcialmente, em alguns casos, o óleo
mineral. Apresenta propriedades emolientes, tendo a vantagem de não deixar sensação
gorduraosa na pele.
Estearato
de octila: emoliente não comedogênico, com amplo espectro de aplicação. É uma
alternativa ao miristato de isopropila , pelo perfil de atividade (Cetiol
868®).
Éster
de ácido graxo com poliol: excipiente sobreengordurante hidrossolúvel indicado
para preparações transparentes, funcionam como solubilizante para substâncias
lipossolúveis, empregado em cremes nutritivos, protetores solares. (Cetiol
HE®).
Glicerina:
é um álcool trivalente, límpido e denso, de reação neutra e muito higroscópio.
É usado como dissolvente para diversas substâncias , e também por sua ação
umectante e protetora para a pele.
Isonoato
de cetoestearila: agente de espalhamento, não oleoso, utilizado pela formação
de filme hidrofóbico protetor às formulações hidratantes e fopotprotetores
resistentes à água (Cetiol SN®).
Lanolina
acetilada: produto re-engordurante indicado para produtos hipoalergênicos, como
cosméticos de uso infantil e produtos para maquiagem.
Lanolina
anidra: gordura animal, originária de sebo de carneiro, refinada e
desodorizada; é um emulsionante, emoliente, condicionador e lubrificante
utilizado em cremes, produtos labiais, etc. Em sua composição existem a
presença de ésteres de álcoois esteroidais e alifáticos com ácidos graxos superiores.
É empregada com o objetivo de contribuir para a restituição da secreção sebácea
da pele.
Lanolina
etoxilada líquida: obtida pela reação da lanolina com óxido de etileno, esta
lanolina é ideal para aplicação em sabonetes sólidos, promovendo cremosidade,
com atividades de um emoliente especial.
Manteiga
de Karité: agente emoliente natural com alto teor de insaponificáveis; ao
produto confere a sensação aveludada e suavizante sobre a pele e com um
espectro fotoprotetor adicional na faixa de UV, pode ser associado a outros
óleos líquidos em formulações faciais (Cetiol SB45®).
Miristato
de isopropila: emoliente primário ou auxiliar nas emulsões O/A ou A/O,
aumentando o espalhamento e reduzindo a oleosidade das emulsões com óleo
mineral ou vegetais, perfil interessante para a solubilização de produtos
lipossolúveis (Cetiol IPM®).
Mistura
de álcoois graxos insaturados: tem o mesmo uso que o Cetiol®, e apresentam
diversos nomes comerciais (Eutanol®).
Monoestearato
de etilenoglicol: agente de consistência para pomadas, cremes e emulsões
líquidas (Cutina AGS®).
Monoestearato
de glicerila associado ao monoestearato de polietilenoglicol 400: a mistura em
partes iguais destes produtos são utilizados como base emulsionantes (Cetax
DR®).
Monoestearato
de glicerila: agente de consistência para pomadas, cremes e emulsões líquidas
(Cutina MD®).
Miristato
de isopropila: é um emoliente, amplamente utilizado na área cosmética, que se
apresenta como um líquido leve, claro, incolor ou inodoro, solúvel em acetona,
óleo de rícino, clorofórmio, álcool e óleos minerais. É insolúvel em água,
glicerina e propilenoglicol. Utilizados nas formulações de cremes, loções e
xampus nas proporções e com as mesmas finalidades similares à do óleo mineral.
Monoestearato
de glicerila: é o mais simples dos compostos não-iônicos utilizados como
emulsionantes auxiliares. É o mais empregado tanto em emulsões do tipo O/A
(óleo em água), quanto as emulsões A/O (água em óleo) para uso interno e
externo. Usado externamente tem propriedades emolientes e, se associado a um
tensoativo aniônico, estearato de sódio ou potássio, tem a capacidade de
produzir auto-emulsões (monoestearato de glicerila auto-emulsionável), sendo
utilizado com bons resultados em emulsões do tipo O/A (Lipal GMS®).
Monoestearato
de polietilenoglicol 400: é um emulsionante não iônico, com EHL (equilíbrio
hidrofílico-lipofílico) mais alto que os outros monoestearatos. Atua como
emulsionante primário em emulsões do tipo O/A (óleo em água) como cremes e
loções, e como emulsionante auxiliar em emulsões do tipo A/O (Lipal 400S®)
Oleato
de decila: boa capacidade de veicular ativos lipossolúveis, boa propriedade de
deslizamento, componente de alta polaridade, re-engordurante e agente de brilho
às emulsões. É um emoliente penetrante de boa capacidade de espalhamento sobre
a pele (Cetiol V®).
Óleo
de jojoba: óleo em cuja composição estão os ésteres dos ácidos graxos com
álcoois graxos., sendo recomendado como “cera líquida”. Tem aplicação em
cosméticos como matéria-prima substituta do espermacete, com ação emoliente
para a pele.
Palmitato
de isopropila: Miristato de isopropila: emoliente primário ou auxiliar nas
emulsões O/A ou A/O, aumentando o espalhamento e reduzindo a oleosidade das
emulsões com óleo mineral ou vegetais, perfil adequado para a solubilização de
lipossolúveis (Cetiol IPP®).
Poliol
de éster de ácidos graxos: funcionam como solubilizante para substâncias
lipossolúveis, empregado em cremes nutritivos, protetores solares. (Cetiol®).
Polisorbato
80: tensoativo hidrofílico etoxilado, geralmente solúvel ou dispersível em
água. São utilizados para emulsões óleo em água, solubilização de óleo entre
outras funções (Tween 80®).
Propilenoglicol:
produto químico com atividades similares à glicerina, utilizado como umectante
e suavizante, com propriedades dissolventes de corantes, resina, óleos
essenciais, etc.
V - EMPLASTROS:
Forma
farmacêutica que se dissolve à temperatura do corpo, aderindo-se à pele. É
usado como esparadrapo.
Em
geral, as preparações semi-sólidas são obtidas em duas etapas: Inicialmente,
são preparadas as bases, conhecidas como excipientes, e, numa segunda fase, os
fármacos são incorporados. Os excipientes devem ter certas características,
como: não serem irritantes ou sensibilizantes, ser neutros ou próximo ao pH da
pele, compatíveis com os fármacos que lhe serão incorporados, ter plasticidade
e liberar, eficientemente, o fármaco na dose especificada.
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