FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR PARTE 6
DRÁGEAS:
São
formas farmacêuticas obtidas pelo revestimento de comprimidos. Para este fim se
utiliza diversas substâncias, como: queratina, ácido esteárico, gelatina
endurecida com formaldeído.
São
comprimidos revestidos com açúcar incolor ou colorido. As drágeas são
comprimidos revestidos onde o revestimento pode ser realizado com polímeros
e/ou açúcar. Se esse revestimento for à base de açúcar, denominamos drágeas.
As
drágeas têm aspecto liso, brilhante, são fáceis de deglutir (engolir) e
permitem misturar, entre o revestimento e o núcleo da drágea, substâncias que
não poderiam ser misturadas em um comprimido comum (substâncias incompatíveis).
Dependendo
do tipo de material utilizado, o revestimento pode ser útil para: mascarar
sabor, cor e aparência desagradáveis; proteger o princípio ativo (física e
quimicamente); permitir mistura de substâncias incompatíveis e controlar a
liberação do fármaco.
OBJETIVOS
1. Proteção do fármaco do meio;
2. Melhorar a aparência do comprimido;
3. Permite impressão sobre comprimido;
4. Barreira contra sabor e odor
desagradável.
DESVANTAGENS
1. Tempo requerido e necessidade de
experiência no processo;
2. Aumento do tamanho, peso e custo de
transporte (Até 50% mais peso e volume).
O
processo de produção é parecido com o comprimido, porém vem revestido por uma
substancia açucarada, com ou sem corante, de modo a evitar a sua fácil
desagregação precoce, para proteger a substância ativa da humidade e luz, para
ocultar odores e sabores indesejáveis, para facilitar a sua ingestão ou para
proteger a substância ativa da destruição estomacal; geralmente é indicado
quando se deseja uma absorção em nível intestinal.
DRAGEAMENTO
v Impermeabilização e selagem do núcleo
v Revestimento Primário
v Alisamento e arredondamento final
v Acabamento e coloração Impressão
PRINCÍPIO DO DRAGEAMENTO
v Série de turbinas de aço inoxidável,
parcialmente abertas na frente com tamanhos e capacidades diferentes.
v Operam em um ângulo de 40°.
v Durante operação é mecanicamente
girada em velocidade moderada enquanto a solução de revestimento é aspergida.
v Fluxo de ar quente auxilia na secagem.
IMPERMEABILIZAÇÃO E
SELAGEM DO NÚCLEO
Objetivos
v Evita penetração de umidade nos
núcleos.
v Necessário nos processos manuais.
v Processos por aspersão podem dispensar
a camada isolante por não ocorrer sobremolhagem localizada.
v Materiais de Isolamento – Geralmente
alcoólicos
v Shellac: Tempo de desintegração e
dissolução aumentam com o tempo devido a polimerização.
v Zeína: Obtida a partir do milho.
Solúvel em álcool.
REVESTIMENTO PRIMÁRIO
Objetivos
v Arredondar arestas e aumentar o
tamanho do comprimido. Princípio
v Aplicação alternada de um xarope com
aglutinante (Gelatina, Goma arábica, PVP) que adere aos comprimidos e de pós de
enchimento, seguido de secagem. (3 a 5 revestimentos)
v Prossegue-se até alcançar o
arredondamento e espessura aceitável.
v No processo de aspersão, as soluções e
suspensões são aspergidas intermitentemente. A secagem é uma etapa crítica.
ALISAMENTO E
ARREDONDAMENTO FINAL
Objetivo
v Cobrir e preencher todas as
imperfeições sobre a superfície do comprimido deixada pela camada anterior e
conferir à drágea a cor desejada.
Princípio – 5 a 10
revestimentos
1°Xarope:
Xarope de enchimento contendo pós suspensos. Podem ser adicionados corantes
diluídos para proporcionar base de cor. Comprimidos devem estar completamente
lisos.
2°
Xarope: Soluções de açúcar contendo um corante são aplicadas até tamanho e cor
final adequada.
3°
Xarope: Fase de acabamento, podem ser aplicadas algumas camadas de xarope
claro.
ACABAMENTO E COLORAÇÃO
FINAL
Objetivo
v Obter o brilho desejado.
Princípio
v Polimento dos comprimidos em bacias de
revestimento polidas ou em bacias de polimento revestidas com telas de lona por
aplicação de cera em pó (Cera de abelha ou carnaúba) ou de soluções aquecidas
dessas ceras em éter de petróleo ou outros solventes voláteis adequados.
IMPRESSÃO
v Máquina especial de impressão de FF
Sólidas.
Pode ser:
- – Baixo-relevo: Imprimir o
símbolo abaixo da superfície.
- – Alto-relevo: Símbolo fica acima
da superfície.
- – Impressão gravada: Símbolo é
talhado na superfície durante a produção.
Equipamentos
Sistema
de Bacia Convencional Sistema com Bacias Perfuradas
ACONDICIONAMENTO
v Principais
funções:
- - Proteção, assegurando a
conservação até o momento da utilização;
- - Funcionalidade, sendo esta
direcionada para facilitar o uso do medicamento;
- - Identificação e informação, por
meio de rotulagem, bula, lote entre outros (LEHIR, 1997)
v Armazenamento em frascos fechados, em
locais de baixa umidade e protegidos de temperaturas extremas;
v Produtos propensos a decomposição por
umidade: frascos com dessecante
v Fármacos afetados pela luz: recipiente
resistente à luz
v Embalagem unitária: blíster em
alumínio ou papel revestido com polietileno
v Embalagem múltipla: em tubos, frascos
de vidro, polietileno ou PVC
v Podem conter gel de sílica para evitar
a umidade
CONTROLE DE QUALIDADE
v Vide Comprimidos Revestidos
v Peso médio
Pesa-se
individualmente 20 drágeas e determina-se o peso médio. Não mais que 2 unidades
fora dos limites tabelados, em relação ao peso médio. Nenhuma acima ou abaixo
do dobro do % de variação indicado. Drágeas e comprimidos revestidos Até 25,0
mg ± 15,0% Entre 25,0 e 150,0 mg ± 10,0% Entre 150,0 e 300,0 mg ± 7,5% Acima de
300,0 mg ± 5,0%
PASTILHAS:
São
formas farmacêuticas sólidas destinadas a se dissolverem lentamente na boca,
constituída por grande quantidade de açúcar e mucilagens associadas a
princípios medicamentosos. São “sacoróleos sólidos”(veículo H2O, contendo
grande quantidade de açúcar). Têm grande superfície de contato. Dissolução
maior que comprimidos e pílulas.
Tipos
v
Pastilhas
Macias e
v
Mastigáveis
Composição
v
Polietilenoglicois
v
PEG
400, PEG 1000, PEG 3350
v
Gomas
v
Acácia
(e Sacarose)
v
Gelatina-glicerina
Preparação
v
Aquecimento
e
v
Moldagem
Composição
Veículo
Pastilhas Duras
v
Sacarose
Pastilhas
Macias
v
PEG
Pastilhas Mastigáveis
v
Gelatina
Edulcorantes
v
Sacarose;
v
Sorbitol;
v
Dextrose;
v
Aspartame;
v
Estevosidio
(Stevia)
Aromatizante e Flavorizante
Mascarar o
sabor dos fármacos
v
Óleos
Essenciais :
v
Uso
de Glicerina
Acidulantes
v
Ácido
Cítrico, Tartárico, fumárico e málico -: pH 2,5 a 3
v
Carbonato
de cálcio, Bicarbonato de sódio, trissilicato de magnésio -: pH 7,5 a 8,5
Composição
Corantes
v
Solúveis
em água
v
Corante
FDC -: Alimentício
Conservante
Normalmente
auto-conserváveis
Tamanho e formas
Peso -:1 g
Formas
v
Circular;
v
Hexagonal,
v
Octogonal
PASTILHAS SUBLINGUAIS:
Forma
farmacêutica de fácil administração, que evita a primeira passagem hepática.
Confere otimização da absorção, assim como rápida e melhor biodisponibilidade.
Deve ser deixada embaixo da língua até sua completa dissolução.
PÍLULAS
São
Preparações farmacêuticas de consistência firme, sensivelmente esféricas, cujo
peso é de cerca de 200 mg, e destinam a serem deglutidas sem mastigar.
v
Diâmetro
6 a 8 mm
v
Peso
de 50 a 300 mg
Vantagens das Pílulas
v
Mascarar
sabor e odor
v
Fácil
administração
v
Podem
ser revestidas
v
Gastrossolúveis
v
Gastrorresistentes
v
Pouco
alteráveis
v
Deriva
do Termo Pila
v
Pequena
bola
v
Pílula
ou Pírola?
Preparação
Processo Clássico
v
Massa
Pilular Industrial
v
Rolo
Canelado (Processo Clássico)
v
Compressão
v
Gotejamento
Excipientes
v
Aglutinantes
v
Secos
ou absorventes
v
Líquidos
Ensaios
v
Variação
de peso
v
Velocidade
de desagregação
v
Acondicionamento
GRÂNULOS
São formas
farmacêuticas, esféricas, de princípios ativos muito potente, apresentando peso
inferior a 50 mg.
24 - BOLOS
São
preparações farmacêuticas de uso veterinário, sensivelmente esféricas, cujo
peso varia de 1 a 50 gramas
REFERÊNCIAS
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