ANTI - INFECTANTES
MEDICAMENTOS PARA O TRATAMENTO DA LEISHMANÍASE
A
leishmaniase é doença endêmica em varias regiões brasileiras, causada por
protozoários
do gênero Leishmania. Os vetores são os mosquitos flebotomineos e os reservatórios
naturais outros mamíferos que não o homem, como roedores e cães.
A
possibilidade de infecção de animais domésticos torna a ocorrência de surtos
comum em algumas áreas do pais.
As
formas clinicas da doença tem variedade configurando diferente gravidade:
visceral (“kala-azar” adaptado como “Calazar”), cutânea, cutânea difusa,
mucocutânea e lesões nodulares iniciais.
A
forma cutânea com frequência se cura espontaneamente, mas lesões mais extensas requerem
tratamento. O diagnostico precoce favorece a cura e evita a
progressão
para formas mais graves da doença.
O
tratamento tradicionalmente envolve compostos de antimônio.
No
entanto, outras possibilidades de tratamento são propostas, uma vez que os
antimoniais são tóxicos, o tratamento e doloroso e ha indícios de emergência de
resistência.
Como
fator complicador, os ensaios clínicos ate agora tem baixa qualidade metodológica.
Revisão
Cochrane de 38 ensaios com total de 2728 participantes mostrou que a maioria
dos estudos não permite prova conclusiva sobre as diferentes opções terapêuticas.
Todos
os medicamentos usados na leishmaníase apresentam efeitos adversos
discretos
a graves. O tratamento deve ser cuidadosamente monitorado.
ANTIMONIATO DE MEGLUMINA
É composto de antimônio pentavalente disponível no Brasil e
constitui a escolha em todas as formas de leishmaniase.
A
forma mucocutânea não responde tão bem ao antimonial e ha frequente recorrência.
Pentamidina
ou anfotericina B podem ser empregadas nestes casos. De outro lado, o
tratamento bem-sucedido pode induzir grave inflamação ao redor das lesões, ate
fatal se comprometer laringe ou traqueia, devendo ser tratada simultaneamente
com corticosteroides.
ANFOTERICINA B
É e a segunda linha de tratamento para leishmanÍase dos tipos mucocutânea
e visceral, quando houver falha do antimonial. Pode também ser associada ao
antimonial nesta situação.
PENTAMIDINA
É utilizada no caso de insucesso com antimônio nas formas visceral,
mucocutânea e cutânea difusa e para tratamento da leishmaníase cutânea causada
por L. guyanensis.
Embora
a resposta inicial seja boa, o índice de recidiva e muito alto.
REFERÊNCIAS
1. WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO model
formulary 2008. Geneva:
WHO,
2008.
2. GONZALEZ, U. Interventions for American
cutaneous and mucocutaneous leishmaniasis. Cochrane Database of Systematic
Reviews. In: The Cochrane Library, Issue 9, 2010. Art. No. CD004834.
DOI: 10.1002/14651858. CD004834.pub2
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