terça-feira, 20 de novembro de 2012

CONCEITOS BÁSICOS SOBRE MEDICAMENTOS FEBRAFAR PARTE 3

CONCEITOS BÁSICOS SOBRE MEDICAMENTOS  
FEBRAFAR PARTE 3



Antiparkinsoniano

Conceito – são medicamentos utilizados para tratar os sintomas do mal de Parkinson.

Comentários: A doença de Parkinson deve-se à deficiência de uma substância existente no cérebro chamada DOPAMINA, que é responsável pela coordenação dos movimentos juntamente com a ACETILCOLINA (é preciso que ocorra o equilíbrio entre elas). A LEVODOPA, no sistema central, é convertida em DOPAMINA. O CLOR. DE BIPERIDENO promove a diminuição de ACETILCOLINA, restabelecendo assim o equilíbrio entre a mesma e a DOPAMINA.

Hipnóticos e Sedativos
Conceito – são usados para o tratamento de diversos tipos de insônia, tensão emocional, pois reduz a inquietação e induz o sono e a sedação. Agem deprimindo o SNC de maneira não seletiva ou geral. Em doses elevadas, são usados como hipnóticos e em doses menores como sedativos. Ex. Dormonid e Sonebon.

Neurolépticos
Conceito – são usados para o tratamento de pacientes com desorganização mental de pensamento e comportamento, como por exemplo: obsessão, mania de perseguição e no alívio de tensão emocional grave. Não curam, mas diminuem os sintomas da doença. Portanto, não são curativos, sua ação é primariamente e paliativa. Ex. Carbonato de lítio, baloperidona e risperidona.

Comentários: Neurose – distúrbio da pessoa com ela mesma.
                     Ex. mania de limpeza
                     Psicose – distúrbio da pessoa com a realidade.
                     Ex. ouvir vozes

Analgésicos Narcóticos
Conceito – são medicamentos utilizados para deprimir o SNC, ou seja, diminuem o ritmo cerebral que está acelerado. Ex: Fenobarbital e Fenitoína.

Comentários: A epilepsia caracteriza-se por crises de convulsão que são decorrentes de uma disritmia cerebral, levando a um equilíbrio das cargas elétricas, podendo ocorrer em intensidade e freqüências variadas.

Anorexígenos
Conceito – são medicamentos usados para reduzir o apetite e também agir corrigindo o fator emocional que leva à ingestão excessiva de alimentos.
Ex. Femproporex e Anfepramona.

Comentários: A obesidade é o excesso de gordura que fica armazenada no organismo proveniente de uma alimentação excessiva ou de distúrbios hormonais.

Interação Medicamentosa


Interação é uma reação química resultante da mistura entre dois ou mais medicamentos, formando uma terceira substância, com características indesejáveis ao organismo por causarem modificações na absorção, distribuição, biotransformação, excreção e até mesmo na ação de alguns fármacos, comprometendo a eficácia dos mesmos.
A Interação também se dá com a mistura de medicamentos e alimentos.
  
Classificação das Interações Medicamentosas

Didaticamente, costuma-se classificar as interações medicamentosas em dois grandes grupos:

a)     INTERAÇÕES FARMACOCINÉTICAS – são as que ocorrem na absorção, distribuição, biotransformação ou excreção dos fármacos.

-          Interações na Absorção dos Fármacos – quando fármacos interagem no organismo, um ou mais deles podem ficar insolúveis no estômago, impossibilitando a absorção. Também podem ocorrer alterações na motilidade intestinal ou um fármaco alterar o Ph gástrico ou entérico, comprometendo a absorção do outro fármaco.

-          Interações na Distribuição dos Fármacos – alguns fármacos são distribuídos no organismo pela ligação a proteínas plasmáticas. Muitas vezes um fármaco pode comprometer a ligação de outro a essas proteínas, prejudicando a sua distribuição.

-          Interações na Biotransformação dos Fármacos – a biotransformação  dos fármacos no interior do organismo ocorre principalmente no fígado, através de reações bioquímicas catalisadas por enzimas. Determinados fármacos têm a capacidade de estimular a ação dessas enzimas (indutores enzimáticos) e outros de inibi-las (inibidores enzimáticos). Portanto, sua administração em conjunto com outros agentes pode provocar a indução ou inibição enzimática, levando à perda ou redução de ação do segundo fármaco ou, em alguns casos, acelerando sua excreção.

-          Interações na excreção dos Fármacos – os fármacos são eliminados do organismo principalmente por via retal, através de mecanismos específicos. Quando ocorrem interações medicamentosas, alterações nesses mecanismos podem levar ao retardo ou aceleração da excreção dos fármacos, ocasionando modificações nas suas concentrações e possibilitando o prolongamento ou redução de sua ação.

b)     INTERAÇÕES FARMACODINÃMICAS – são as que interferem na ação dos fármacos envolvidos, o que pode resultar na potencialização dos efeitos (Sinergismo) ou na exacerbação de um ou mais efeitos colaterais. Algumas interações podem gerar efeitos antagônicos (resultados opostos). Assim, quando dois fármacos atuam em um mesmo receptor no organismo e são administrados simultaneamente, pode ocorrer competição pelo receptor, comprometendo a ação terapêutica.

 Comentários:

Substâncias que devem ser tomadas com estômago vazio e muita água:

-          Cefalexina
-          Tetraciclina
-          Penicilina
-          Eritromicina
-          Pantomicina
-          Compostos de Diazepam com Ergotamina e propantelina
  
Substâncias que não devem ser tomadas com leite:

-          Sais de Ferro
-          Bisacodil
-          Antibióticos

Os antibióticos nunca devem ser misturados com Vitamina C ou qualquer substância que a contenha (sucos cítricos), pois a mesma inibe a ação dos antibióticos. O cálcio contido no leite reduz a absorção dos antibióticos.
  
Medicamentos que devem ser tomados junto com alimentos:

-          Ácido Acetilsalicílico
-          Fenitoína
-          Metoclopramida
-          Carisoprodol
-          Amiodarona
-          Reserpina
-          Teofilina
-          Cinarizina
-          Prednisona
-          Analgésicos
-          Antiinflamatórios
  
Nunca misturar com outros medicamentos:

-          Prometazina
-          Diazepan
-          Digoxina
-          Dexametazona
-          Cloreto de Potássio

Tais medicamentos quando associados formam precipitados e compostos indesejáveis ao organismo.

Nunca usar fazendo uso de bebidas alcoólicas:

-          Analgésicos fortes
-          Tranqüilizadores
-          Anticonvulsivantes
-          Neurolépticos
-          Hipnóticos
-          Anti–histamínicos
-          Barbitúricos
-          Antibióticos

Nunca misturar os seguintes medicamentos injetáveis:

AMPICILINA COM:

-          Lincomicina
-          Gentamicina
-          Cloranfenicol
-          Tetraciclina
-          Liquemine
-          Amicacina
-          Hidrocortisona
-          Oxitetraciclina

 CEFALOTINA COM:

-          Anti-histamínico
-          Gentamicina
-          Eritromicina
-          Cálcio
-          Amicacina
-          Aminofilina
-          Fenobarbital
-          Liquemine
-          Oxitetraciclina
-          Penicilina G Potássica
-          Pentobarbital

GENTAMICINA COM:

-          Anfoterecina B
-          Liquemine
-          Cefalotina
-          Ampicilina
-          Penicilina G Potássica
-          Oxacilina
-          Carbenicilina

CLORANFENICOL/TETRACICLINA COM:

-          Anfoterecina B
-          Aminofilina
-          Ampicilina
-          Carbenicilina
-          Cálcio
-          Riboflavina
-          Oxacilina
-          Cefalotina
-          Prometazina
-          Hidrocortisona

OXACILINA COM :

-          Complexo B
-          Tetraciclina
-          Gentamicina
-          Tianfenicol

 Observações importantes: Evite misturar um medicamento com outro na mesma seringa. Observe somente as associações recomendadas pelo médico.

        Nesta parte são focalizadas algumas interações medicamentosas. Dado o seu grande número foram selecionadas aquelas mais importantes do ponto-de-vista clínico, relacionadas às drogas habitualmente usadas.


DROGA
 ASSOCIADA COM   
EFEITO
Antiinflamatórios não esteróides (em geral)
Ácido Fólico
Diminuição do efeito terapêutico dos antiinflamatórios

Anticoagulantes orais
Aumento no risco de hemorragias
Anti-hipertensivos (bloqueadores beta e diuréticos)
Redução do efeito
anti-hipertensivo
Diuréticos
Insuficiência renal  aguda em pacientes desidratados
Glicocorticóides (corticosteróides)
Maior possibilidade de surgimento de efeitos colaterais indesejáveis
Heparina
(via parentera)
Aumento no risco de hemorragias
Sais de Lítio
A indometacina, cetoprofeno, ácido mefenâmico, clometacina, fenilbutazona, diclofenaco, piroxican  e ibuprofeno aumentam as concentrações séricas de lítio em 30 a 60%
Anticonvulsivantes indutores enzimáticos (carbamazepina, fenobarbital, fenitoína e primidona) em geral
Anticoncepcionais orais (Associações estrógeno/ progestágenos)
Diminuição da eficácia do anticoncepcional

Corticóides
Diminuição da eficácia dos corticosteróides
Teofilina e derivados
Diminuição das taxas plasmáticas e da atividade da teofilina



DROGA
 ASSOCIADA COM   
EFEITO
Antidepressivos tricíclicos (em geral)
Anticonvulsivantes
Os antidepressivos tricíclicos favorecem o aparecimento de convulsões

Benzodiazepínicos (em geral)
Cimetidina
A administração de cimetidina e alguns benzodiazepínicos (alprazolam, clordiazepóxido, clorazepato, diazepam e triazolam) resulta em diminuição do clearence plasmático e aumento da meia vida plasmática e concentração destes benzodiazepínicos. Além disso, foi observado um aumento do efeito sedativo em alguns pacientes  tomando cimetidina e benzodiazepínicos.


Digoxina
O diazepam pode reduzir a excreção renal da digoxina, com aumento da meia vida plasmática e risco de toxicidade. Este efeito foi também relatado com o alprazolam.
Glicorticóides
(Corticosteróides/ Corticóides) em geral
Anticoagulantes Orais
Aumento no risco de hemorragia conseqüente à terapia corticosteróide (mucosa digestiva, fragilidade vascular).
Anticoncepcionais Orais
Reforço da ação antiinflamatória da hidrocortisona. Diminuição do metabolismo da predinisolona. Provavelmente, vale para todos os corticosteróides.


  
DROGA
 ASSOCIADA COM   
EFEITO
Glicocorticóides                (Corticosteróides/ corticóides) em geral
Digitálicos
Predisposição para toxicidade digitálica
Diuréticos depletores de potássio (ácido etacrínico, furosemida, tiazídicos) e outras drogas depletoras de potássio (anfoterecina B)
Podem aumentar a depleção de potássio, que é um dos efeitos dos corticosteróides.
Antidiabéticos orais       (em geral)
Derivados pirazolônicos
A administração de fenilbutazona e outros derivados pirazolônicos concomitantemente aos antidiabéticos orais pode potencializar a atividade hipoglicêmica.
Isoniazida
Redução da eficácia dos antidiabéticos orais. Pode, entretanto, aparecer o inverso, ou seja, uma potencialização da hipoglicemia.
Anticoncepcionais orais  (em geral)
Anti-hipertensivos
Os anticoncepcionais podem elevar a pressão arterial, anulando a ação dos hipotensores.
Antiinfecciosos             ( Ampicilina, Cloranfenicol, Neomicina, Nitrofurantopina, Penicilina V, Sulfonamidas, Tetraciclinas)
Diminuição do efeito anticoncepcional  causado por todos os antiinfecciosos que atuam sobre a flora intestinal.
Betabloqueadores
Acúmulo do betabloqueador.
Risco de intoxicação.
Corticosteróides
Reforço da ação antiinflamatória da hidrocortisona. Diminuição do metabolismo da prednisolona. Provavelmente, válido para todos os corticosteróides.


DROGA
 ASSOCIADA COM   
EFEITO
Anticoncepcionais orais  (em geral)
Indutores de enzimas microssônicas (Rifampicina, barbitúricos, carbamazepina, fnitoína, primidona, griseofulvina )
Diminuição do efeito anticoncepcional. Em relação à fenitoína: possibilidade de aparecimento de convulsões. (entretanto, é duvidosa esta interação).
Anticoagulantes orais    (em geral)
Anticoncepcionais orais
Diminuição dos efeitos dos anticoagulantes.
Cimetidina
Aumento dos efeitos dos anticoagulantes.
Clorafenicol
Aumento dos efeitos dos anticoagulantes e no risco hemorrágico.
Clortalidona (e outros diuréticos tiazídicos)
Diminuição dos efeitos dos anticoagulantes.
Diuréticos depletores de potássio ou hipocalemiantes (Tiazídicos e similares, como a clortalidona, incluindo ácido tienílico e indapamida, e diuréticos de alça como ácido etacrínico, bumetanida e furosemida) em geral.
Alguns antiarrítmicos (Bepridil, antiarrítmicos do tipo quinidínico, sotalol, amiodarona).
Aumento dos efeitos dos antiarrítmicos, com possibilidade de intoxicação.
Bloqueadores neuromusculares não desporizantes
Prolongamento do bloqueio neuromuscular.
Digitálicos
Aumento dos efeitos tóxicos dos digitálicos.

 Imunização

É a característica que o organismo adquire ao se tornar resistente contra determinada doença. Essa resistência decorre da produção de anticorpos específicos para cada tipo de antígeno.

Mas, afinal o que são anticorpos e antígenos?

Resumidamente, podemos dizer que antígeno é toda a substância estranha ao organismo que, por qualquer motivo, penetra ou tenta nele penetrar. Já os anticorpos são substâncias próprias do organismo, isto é, produzidas por ele, que destróem ou tentam destruir os antígenos que invadiram o corpo.

 Tipos de Imunização:

             Existem dois tipos de imunidade: a ativa e a passiva. A imunidade ativa desenvolve-se quando o próprio organismo produz os anticorpos (vacina). A passiva não é uma imunidade definitiva e desenvolve-se quando o indivíduo recebe anticorpos já formados em outro organismo (soro).

 Noções Básicas Sobre Injetáveis

Vias de aplicação de injetáves

Intradérmica (I.D) – Também chamada intracutânea ou cutânea, é utilizada para testes alérgicos e algumas vacinas. É aplicada na camada mais profunda da pele, chamada derme. Sua característica é a formação de uma bolinha (pápula na pele).

Local de aplicação: geralmente é feita na parte interna do antebraço, por ser de fácil acesso, pouco pigmentado e com poucos pelos.

Posição: geralmente sentado com o antebraço apoiado em suporte específico.

Quantidade: geralmente não ultrapassa 0,1ml. Quantidades superiores devem ser divididas em duas partes, ou mais aplicações.

Técnica de Aplicação

1-     Estique a pele e introduza a agulha em ângulo d5 a 15° com o bisel voltado para cima. Aproximadamente da agulha é introduzido. Puxe o êmbolo levemente para trás.
2-     Não refluindo sangue, injete o líquido delicadamente e observe a pele se distender, tomando o aspecto de uma bolha chamada pápula. Já que a injeção é feita de modo muito superficial (entre a derme e a epiderme).
3-     Terminada a aplicação, retire cuidadosamente a agulha. Não massageie o local. Esta injeção dispensa a anti-sepsia. A presença do álcool pode comprometer os resultados dos testes e o efeito das vacinas fabricadas com microorganismos vivos inativos. Se necessário, lave a área com água e sabão ou soro fisiológico, secando em seguida com algodão seco.
4-     Descarte adequadamente as seringas e o material usado.

 -          Subcutânea: Feita no tecido subcutâneo, que fica entre a pele e o músculo, é usada para a aplicação de vacinas, insulinas, anticoagulantes e outros medicamentos que devam ser absorvidos lentamente. É um tipo de aplicação  geralmente indolor, feito com seringas específicas e agulhas curtas, chamadas agulhas de insulina. Volume máximo recomendado é de 1,5ml.

Locais de Aplicação: parte posterior dos braços, parte anterior e lateral externa das coxas e abdôme e nádegas.

Material necessário: algodão com álcool, seringa agulhada de vacina ou insulina.

Execução da Técnica: Após limpar o local da aplicação, faça uma prega na pele com o dedo indicador e polegar e, em seguida, introduza profunda e rapidamente a agulha, em ângulo reto (90°) para que a absorção se faça de forma eficaz através dos capilares existentes na camada profunda do tecido. Aspire, faça a aplicação  e retire a agulha com auxílio do algodão. Não massageie o local. Em pessoas magras, faça a aplicação com a seringa inclinada para evitar a aplicação no músculo e proceda conforme as orientações anteriores. Para as vacinas são utilizadas seringas específicas com escalas em décimo de ml.
  
Material necessário para a aplicação da insulina:
-          Algodão com álcool
-          Frasco de insulina U-100 tipo R, N ou L (trazida pelo cliente)
-          Seringa de insulina de 30,50 ou 100 unidades

-          Endovenosa (E.V.) ou Intravenosa (I.V.): é aplicada na veia e o efeito é imediato. Deve ser aplicada lentamente para se evitar mal estar, hipotensão, formigamento e ondas de calor, fenômenos de origem nervosa que acometem pessoas ansiosas. Com este cuidado, evita-se também a elevação do volume circulatório, prejudicial aos cardíacos. A injeção é geralmente indolor e deve ser aplicada somente por pessoa realmente habilitada, podendo causar sérios problemas se for mal aplicada.

Locais de Aplicação:
-          Veias do Braço
-          Veias do dorso da mão
-          Veia do Pé

Material Necessário:
-          Algodão Seco e embebido em álcool
-          Seringa de bico lateral e agulha 20x5,5 ou 25x7
-          Garrote
  
-          Intramuscular (I.M.): é feita no músculo, parte do corpo responsável pelos movimentos, rica em vaso sangüíneos que facilitam a absorção de grande número  de medicamentos. Possui também grande número de nervos que comandam a atividade muscular, sendo, por isso, muito importante que se identifique com exatidão as áreas apropriadas para a aplicação, afim de evitar possíveis complicações. Este é o tipo de injeção mais utilizado em farmácias. As injeções intramusculares devem ser sempre profundas, isto é, aplicadas com agulhas de tamanho apropriado e com ângulo reto (90°), salvo exceções, para favorecer a absorção e não haver retorno do medicamento para a camada subcutânea. Os medicamentos mais doloridos e irritantes são aplicados por esta via. 

Material Necessário:
Algodão com álcool a 70°
Seringas com 3,5 ou 10ml
Agulhas do tamanho apropriado:
-          Adultos magros – 25x7
-          Adultos com ossos bem desenvolvidos ou obesos– 30x7 ou 30x8
-          Crianças bem desenvolvidas – 25x7 ou 25x8
-          Crianças e adolescentes obesos – 30x7
-          Crianças muito pequenas – 20x5,55  (exceto para aplicação de suspensões de penicilina)

 As agulhas com calibre 25x7 ou 30x7 são usadas para soluções aquosas. As de calibre 25x8 ou 30x8 são reservadas para soluções oleosas e para suspensões de penicilina, para facilitar a aplicação e não entupir a agulha.

Músculos Utilizados:
-          Braço ou região deltoideana (volume de líquido máximo de 3ml)
-          Nádega ou região dorsoglútea (volume de líquido no máximo de 5ml, se ultrapassar devem ser aplicados em dois locais diferentes)
-          Quadril ou região ventroglútea (volume de líquido no máximo de 5ml)
-          Coxa (volume de líquido no máximo de 4ml)

 Técnica em Z ou trilha em Z - técnica ideal para evitar o refluxo do medicamento para a camada subcutânea, evitando o aparecimento de nódulos doloridos por reação inflamatória, principalmente no caso de aplicações feitas com soluções oleosas (como Perlutan) e à base de ferro como Noripurum, este podendo deixar manchas escuras na pele.
Pode ser usada em qualquer um dos locais descritos previamente sendo, entretanto, mais utilizada na região glútea.

1-   Após fazer a anti-sepsia da pele, puxe-a firmemente para o lado ou para baixo com a parte lateral da mão esquerda (se for canhoto faça com a mão oposta)
2-   Introduza a agulha. Sempre mantendo a pele puxada, segure a seringa com o polegar e o dedo indicador da mão esquerda.
3-   Puxe o êmbolo discretamente para trás e observe se há refluxo de sangue. Caso isso não ocorra, faça a aplicação.
4-  Aguarde aproximadamente 10 segundos antes de retirar a agulha e só então solte a pele.

Outra alternativa é usar a lateral da mão ao puxar a pele para o  lado ou para baixo. Nesse caso, os dedos indicador e polegar ficarão livres para segurar a seringa. Voltando a posição relaxada, a pele vedará a saída do líquido injetado para fora do músculo.
  
Formas de Apresentação da Medicação Injetável

-          Aquosa (ex. Voltaren)
-          Oleosa (ex. Perlutan)
-          Líquida com pó em suspensão (ex. Benzetacil)
-          Pó (ex. Despacilina e Tilatil)
  
Sala de Aplicação

Deve possuir área física bem iluminada, bem ventilada e deve conter:

-          Pia
-          Sabão líquido ou em barra
-          Papel Toalha
-          Álcool 70° ou álcool swabs
-          Algodão
-          Bancada para preparar as injeções
-          Lixeira
-          Cadeira
-          Garrote
-          Seringas e agulhas descartáveis
  
Cuidados Gerais na Administração de Injetáveis

Para maior segurança, tanto para o aplicador quanto para o cliente, peça a receita médica na hora de aplicar injeções. Observe os seguintes itens: nome e n° do CRM do médico, nome do cliente, data, nome do medicamento, dosagem, via de aplicação e concentração, se houver.

 Termos Técnicos em Aplicações de Injeções

Anti-Sepsia – é a redução de germes e eliminação de partículas de sujeira da pele através do uso de anti-sépticos como álcool, água oxigenada e outros.

Contaminação – significa levar para um material, medicamento, ambiente ou organismo vivo partículas de sujeira, pó, micróbios etc.

Desinfecção – é o processo pelo qual reduzem-se os micróbios do ambiente e dos materiais através do uso da fervura ou soluções desinfetantes, como álcool e outras.

Esterilização – é um processo radical onde todos os germes presentes no material são eliminados, assim como qualquer partícula de sujeira. Tanto a medicação injetável quanto as seringas e agulhas são esterilizadas.

 Germes ou Micróbios – estão presentes na pele, no ar, nos objetos e gotículas de saliva. Sem os devidos cuidados de higiene, eles podem ser introduzidos no organismo através da injeção, causando infecção em pessoas predispostas. São os chamados abscessos por contaminação, com presença de pus.

Infecção – é a penetração e proliferação de germes no organismo. As pessoas mais sensíveis são as crianças, idosos, portadores de câncer, aidéticos e pessoas muito estressadas.
  
A falta dos devidos cuidados higiênicos no preparo ou na aplicação da injeção pode causar infecção.
  
Descarte do Material Utilizado
  
-          Após a aplicação, descarte a seringa e a agulha em coletores feitos especialmente para este fim, de paredes rígidas.



 -          Nunca jogue agulhas descobertas em sacos plásticos.


 -          A agulha também não deve ser desconectada da seringa para evitar riscos de acidente com o aplicador.


 -          Os protetores das agulhas não devem ser nelas recolocados.



-          Descarte materiais somente até o limite recomendado no DESCARTEX.


-          Para o descarte final do coletor, transporte o DESCARTEX fechado, segurando somente pela a alça e afastado do corpo.

Noções Básicas Sobre Portaria 344

3.1.1 – Notificação de Receita A

-          De cor amarela.
-          Confeccionada e fornecida pela autoridade sanitária.
-          Prescrição dos medicamentos à base das substâncias das listas:
A1, A2 e A3.
-          Válida em todo o território nacional desde que acompanhado de justificativa.
-          Deve ser preenchida de forma legível, sendo a quantidade dos medicamentos prescritos em algarismos arábicos  e por extenso.
-          A farmácia ou drogaria só pode aviar ou dispensar quando todos os itens da receita e da notificação de receita estiverem devidamente preenchidas e assinadas pelo profissional prescritor.
-          A notificação será retida na farmácia/drogaria e a receita devolvida ao paciente com carimbo (anexo 1 – modelo de carimbo).
-          Vale por 30 dias após a sua emissão.
-          Podem conter, no máximo, 5 (cinco) ampolas e para as demais formas farmacêuticas de  apresentação, a quantidade correspondente a 30 (trinta) dias de tratamento.
-          Pode ser prescrito acima das quantidades previstas, devendo o prescritor anexar justificativa indicando com CID da doença ou diagnóstico, posologia, data e assinatura.
-          No caso de formulações magistrais, as formas farmacêuticas deverão conter, no máximo, as concentrações que constam na literatura nacional internacional oficialmente reconhecidas.

O profissional prescritor, para receber o talonário, deve se dirigir à autoridade sanitária para o preenchimento da ficha cadastral, munido de carteira de identidade expedido pelo conselho profissional e comprovante de residência. O cadastramento pode ser feito por pessoa devidamente autorizada. Após o cadastramento, o profissional pode requerer o talonário.

No ato do recebimento do talonário, o profissional, ou portador, deve levar o carimbo que será aposto na presença da autoridade sanitária, em todas as folhas do talonário no campo “Identificador do Emitente”.
  
SIAP344 – Guia para Prescrição e Dispensação


3.1.2 – Notificação de Receita B

Para Uso Humano e Uso Veterinário
-  De cor azul.
-  Impressa às expensas do profissional ou instituição.
- Prescrição dos medicamentos à base das substâncias das Listas B1 e B2.
- Válida apenas na unidade federativa que concedeu a numeração.
- Nos campos UF, NÚMERO, IDENTIFICAÇÃO DO EMITENTE, DADOS DA GRÁFICA, NÚMERO DA AUTORIZAÇÃO e a NUMERAÇÃO CONCEDIDA devem estar impressas.
- Pode haver prescrição acima das quantidades previstas, devendo-se para tanto o prescritor anexar justificativa indicando o CID da doença ou diagnóstico, posologia, data, assinatura e carimbo.
- Pode conter apenas uma substância ou medicamento que a contenha.
- Devem vir acompanhada da receita comum.
- A receita comum deve receber os carimbos (Anexo 1 - Modelo de Carimbo).
- A notificação fica retida na farmácia e a receita devolvida ao paciente.
- Antes de confeccionar esta Notificação de Receita, deve o interessado solicitar à Autoridade Sanitária autorização e numeração (intervalo numérico) para confecção do talonário.
- O rodapé da notificação deve conter os dados da gráfica (razão social, CGC e endereço), o intervalo numérico concedido pela Vigilância Sanitária local e o número da autorização.
- Válida por 30 dias após sua emissão.
- Cada  notificação pode conter, no máximo, 05 ampolas ou o suficiente para 60 dias de tratamento nas demais formas farmacêuticas (comprimidos, solução e xaropes orais etc).
- É proibido fórmulas contendo associações medicamentosas das substâncias anorexígenas entre si ou com ansiolíticos, diuréticos, hormônios ou extratos hormonais e laxantes, bem como quaisquer outras substâncias medicamentosas.
- É proibido associações medicamentosas de substâncias ansiolíticas associadas a substâncias simpaticolíticas ou parasimpaticolíticas.
  
SIAP344 – Guia para Prescrição e Dispensação


 3.2.1- Receita Controle Especial

- Válida em todo o território nacional por trinta dias após a sua emissão.
- Deve ser preenchida em duas vias.
- Destina-se aos medicamentos à base das substâncias das Listas C1 e C5.
- Deve ser preenchida de forma legível, sem rasuras ou emendas, a quantidade em algarismos arábicos e por extenso.
- Só pode ser dispensada ou aviada quando todos os itens estiverem devidamente preenchidos.
- Em 72 horas, as farmácias ou drogarias devem apresentar as receitas de controle especial provenientes de outras Unidades Federativas à Autoridade Sanitária.
- A 2ª via deve ser devolvida ao paciente contendo carimbo do estabelecimento atestando o aviamento/dispensação.
- Os medicamentos das listas C4 (antiretrovirais) devem ser dispensados no âmbito do SUS por formulário próprio fornecido pelo Programa DST/AIDS ou na Receita de Controle Especial quando para aquisição em farmácia ou drogaria.
- Os antiretrovirais só podem ser prescritos por profissionais médicos.
- Cirurgiões dentistas e veterinários só podem prescrever para uso odontológico e veterinário, respectivamente.
- Cada receita poderá conter até 03 (três) substâncias ou medicamento das Listas C1 e C5.
- De cada uma das substâncias ou medicamentos poderão ser prescrito até 05 (cinco) ampolas ou o suficiente para 60 (sessenta) dias de tratamento, quando em outra forma farmacêutica.
- Para os antiretrovirais podem conter, cada receita, até 05 (cinco) medicamentos.
- antiparkinsonianos e anticonvulsivantes podem ser prescritos para até 06 meses de tratamento.
- Acima das quantidades previstas, o prescritor deve anexar justificativa com CID ou diagnóstico, posologia, datando e assinando as duas vias.
  
Procedimento do Balconista

 É de responsabilidade do balconista:

-          Abordagem do cliente no meio da loja.
-          Prestar um bom atendimento a todos os clientes.
-          As expressões: senhor (a), bom dia, como vai, até logo, muito obrigado, posso lhe ajudar, estamos às suas ordens, devem fazer parte constante do vocabulário.
-          Para evitar vendas erradas, toda a receita deverá ser lida por dois balconistas, mesmo que a  receita esteja legível. Em caso de dúvida, consultar o FARMACÊUTICO. Persistindo a dúvida, ligar para o médico.
-          Anotar as faltas e encomendas de produtos.
-          Não é permitida a aplicação de injeções sem a apresentação da receita. Antes da aplicação, o balconista deverá apresentar o medicamento e a receita para o FARMACÊUTICO confirmar.
-          Retirada dos produtos a vencer, com 90 dias de antecedência (a critério da loja).
-          Auxiliar na limpeza e organização da filial, principalmente prateleiras, gôndolas e sala de aplicação.

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