ALOPURINOL
ALINE LINS CAMARGO
•
Comprimidos de 100 mg e 300 mg
Indicações
•
Profilaxia da gota.
•
Profilaxia de hiperuricemia associada a neoplasia.
Contraindicações
• Gota
aguda.
•
Hipersensibilidade ao alopurinol ou a qualquer componente da formulação.
Precauções
• Usar com
cuidado nos casos de:
––
hiperuricêmia assintomática (uso não indicado).
–– ocorrência
de exantema (interromper tratamento).
–– lactação.
–– insuficiência
renal e hepática
• Assegurar
ingestão adequada de líquidos, de 2 a 3 litros/dia.
• Categoria
de risco na gravidez (FDA): C.
Esquemas
de administração
Crianças
Profilaxia
da hiperuricemia associada a neoplasia
• 10 a 20
mg/kg/dia, dividido a cada 8 a 12 horas. Dose máxima diária: 400 mg.
Adultos
Profilaxia da gota
• Dose
inicial 2 a 3 semanas após controle da crise (ou ataque) aguda de 100
mg, por via
oral, a cada 24 horas, preferentemente após alimentos, ajustada de acordo com a
concentração sérica ou urinaria de acido úrico, durante tempo indeterminado.
• Dose de manutenção
100 a 200 mg, por via oral, a cada 8 a 12 horas ou 300
mg, por via
oral, a cada 24 horas. Gota leve: 100 a 300 mg, por via oral, ao dia.
Gota
moderada: 300 a 600 mg, por via oral, ao dia. Gota grave: 700 a 900 mg,
por via
oral, ao dia. Doses superiores a 300 mg, devem ser divididas a cada 8
a 12 horas.
Dose máxima: 900 mg/dia.
Profilaxia
da hiperuricemia associada a neoplasia
• 600 a 800
mg, por via oral, a cada 24 horas; iniciar de 12 horas a 3 dias antes
do
tratamento para o câncer e continuar por 2 a 10 dias após.
Aspectos
farmacocinéticos clinicamente relevantes
• Inicio de
efeito: 2 a 3 dias.
• Pico do
efeito: 7 a 10 dias.
• Pico de concentração
plasmática: 0,5 a 2 horas.
• Duração
de efeito: os efeitos persistem por aproximadamente 6 dias após suspensão da
terapia.
•
Metabolismo: hepático (metabolito ativo: oxipurinol).
• Meia-vida
de eliminação: função renal normal: alopurinol: 1 a 3 horas, oxipurinol: 12 -30
horas. Doença renal em estagio final: prolongada.
• Excreção:
renal (76% como oxipurinol, 12% em forma inalterada) e fecal.
•
Alopurinol e oxipurinol são dualizáveis.
Efeitos
adversos
•
Prurido(<1 alopecia.="" de="" exantema="" frequente="" menos="" ndrome="" o:p="" s="" stevens-johnson="">1>
• Náusea
(1,3%), vômitos (1,2%), alteração ou perda do paladar.
• Insuficiência
renal (1,2%).
•
Vasculite.
• Cefaleia.
• Sonolência.
•
Agranulocitose (menos frequentes), anemia (menos frequentes), anemia aplásica
(menos frequentes), trombocitopenia (menos frequentes).
•
Mielossupressão (menos frequentes).
•
Hepatotoxicidade (menos frequentes).
Interações
de medicamentos
•
Anticoagulantes orais (varfarina, femprocumona): uso concomitante ao alopurinol
aumenta o risco de sangramento. Com uso concomitante, monitorar tempo de
protrombina ao introduzir ou retirar alopurinol e periodicamente durante uso
combinado. Ajuste de dose do anticoagulante oral pode ser necessário.
•
Ciclofosfamida: pode ter sua toxicidade aumentada (supressão da medula óssea, náusea,
vomito). Evitar a administração concomitante, se possivel. Quando administrados
juntos, monitorar para aumento de efeitos adversos da ciclofosfamida,
especialmente mielossupressão.
•
Ciclosporina: pode ter sua toxicidade aumentada pelo alopurinol (insuficiência renal,
colestase, parestesias). Monitorar sinais de toxicidade e niveis plasmaticos de
ciclosporina e ajustar sua dose, se necessário.
•
Didanosina: alopurinol pode aumentar as concentrações séricas de didanosina. Pacientes
devem ser monitorados para efeitos adversos relacionados a didanosina.
• Hidróxido
de alumínio: pode reduzir a efetividade do alopurinol. O hidróxido de alumínio
deve ser tomado pelo menos três horas ou após a administração de alopurinol.
•
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), como enalapril e captopril:
o uso concomitante ao alopurinol pode resultar em reações de hipersensibilidade
(síndrome de Stevens-Johnson, erupções na pele, espasmo coronariano anafilático).
Monitorar para sinais de hipersensibilidade; se tais manifestacoes ocorrerem,
suspender os dois medicamentos.
•
Penicilinas (ampicilina, amoxicilina): uso concomitante ao alopurinol pode aumentar
o risco de exantema. Se ocorrer exantema, considerar a redução da dose de
alopurinol ou terapia farmacológica alternativa.
•
Tiopurinas (azatioprina, mercaptopurina): alopurinol pode aumentar o efeito e a
toxicidade das tiopurinas (náuseas, vômitos, leucopenia, anemia). Se possível,
evitar o uso combinado. As doses das tiopurinas devem ser reduzidas para 1/3 a
1/4 da dose usual quando usado concomitantemente. Monitorar paciente
hematologicamente.
•
Vidarabina: uso concomitante com alopurinol pode resultar em neurotoxicidade, tremores
e redução da função cognitiva. Se terapia concomitante e requerida, monitorar
para sinais de neurotoxicidade. Ajuste da dose de vidarabina pode ser necessário.
Orientações
aos pacientes
• Evitar ingestão
de bebidas alcoólicas e de alimentos ricos em purina como anchovas, sardinhas, fígado,
rim e lentilha.
• Orientar
para tomar o medicamento após as refeições para evitar desconforto estomacal.
• Reforçar
a necessidade da ingestão hídrica abundante, cerca de 10 a 12 copos de líquidos
por dia.
• Pode
afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora
como operar maquina e dirigir.
• Orientar
para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito adverso.
• Orientar
para suspender o uso do alopurinol e comunicar imediatamente ao medico se
ocorrer exantema na pele, dor ao urinar, sangue na urina, irritação dos olhos
ou inchaço dos lábios ou boca.
Aspectos
farmacêuticos • Os
comprimidos devem ser armazenados em frascos bem fechados, a temperatura entre
15 a 30 °C, em locais secos e protegidos da luz.
• Preparação
extemporânea: triturar comprimidos para fazer uma suspensão na concentração de
5 mg/mL em xarope simples; estável por 14 dias sob refrigeração.
Fonte : BRASIL, Ministério da Saúde,
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Formulário
Terapêutico Nacional
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