VIROSES
GRIPE
OU INFLUENZA
INTRODUÇÃO
É uma doença infecciosa aguda de origem
viral, extremamente contagiosa e que todo mundo, pelo menos uma vez, já teve. O
vírus da gripe mais comum possui o nome de Influenza, termo que designa
academicamente a doença. O vírus Influenza atinge anualmente cerca de 900
milhões de pessoas no mundo, alcançando todas as comunidades e acometendo com frequência,
a mesma pessoa duas ou três vezes por ano.
Nas crianças menores estes números podem até
duplicar. Isto porque o vírus da gripe sofre mutações com grande facilidade, e
as defesas que o organismo cria no início do primeiro ataque podem não ser
eficazes contra os ataques posteriores.
Pode-se dizer que a gripe é uma doença
benigna, embora não se deva esquecer dos casos que apresentam complicações.
Destas, a mais frequente é a pneumonia, consequência a que são propensas tanto
as pessoas de idade avançada como os lactentes.
A taxa de mortalidade em decorrência da gripe
varia entre 2% e 5% da população, segundo a virulência da epidemia. Uma
epidemia de gripe geralmente alcança sua intensidade máxima em dois ou três
meses e depois regride paulatinamente. Com epidemias relatadas desde 1510, a
expansão epidemiológica da gripe a todo o planeta é uma característica de nosso
século.
A primeira grande epidemia que se generalizou
(pandemia) com repercussões mundiais de que se tem conhecimento se deu em 1918
e foi chamada de Gripe Espanhola, que provocou muitas internações, pânico e
levou à morte mais de 21 milhões de pessoas (LINK P/ NOTÍCIAS DA ÉPOCA).
Outras pandemias seguiram-se em 1957 e em
1968. Recentemente tivemos a Gripe Asiática e a Gripe Europeia.
Tais pandemias ocorreram após uma mudança genética
drástica no vírus da influenza do tipo A levando à emergência de um novo tipo
vírus. Essas mudanças que ocorrem nas características do vírus da influenza, em
geral são imprevisíveis com os meios atualmente disponíveis.
Hoje se sabe que as grandes epidemias de
gripe que afetaram a humanidade nas últimas centenas de anos provieram da
China. Isso se deve à predileção dos chineses pela carne de aves, o pato em
particular. E as mais graves epidemias de gripe estão associadas a cepas de
vírus que ultrapassaram a barreira da espécie. Isto significa dizer que
passaram para o homem vindas, por vezes, do porco, mas mais frequentemente das
aves.
E é aí que aparece a China, apenas por ser a
região do mundo onde esses animais são criados em condições de maior
promiscuidade e de falta de higiene. Condições que se repetem para jusante da
criação, ou seja, nos processos de abate, manuseamento, transporte e
conservação até ao consumo. E acabam por facilitar os esforços do vírus para
passar a barreira da espécie.
A gripe por Influenza se caracteriza por uma
afecção catarral das vias respiratórias superiores. Sua transmissão se dá
através das pequenas gotículas de saliva que se projetam ao tossir ou espirrar,
o que fazem com frequência as pessoas gripadas. Se alguém estiver no mesmo
ambiente de alguém gripado pode se contaminar pelos vírus suspensos no ar. Um
espirro é capaz de soltar centenas de milhares de vírus de uma só vez.
Os vírus invadem as células do aparelho
respiratório, multiplicam-se e determinam as alterações responsáveis pelo
quadro clínico gripal. Os primeiros sintomas costumam se manifestar 24 horas
após o contato infectante. Aproximadamente 24 horas após o contato infectante,
surgem sintomas como cefaleia, febre, calafrios, fraqueza, dor muscular, tosse,
espirros, secreção nasal.
O paciente percebe logo a necessidade de
recolher-se ao leito. Com muita frequência, dias de trabalho e atividades
escolares são perdidos em função destes infortúnios. Fato este que se torna
ainda mais relevante em países como é o caso do Brasil.
No Hemisfério Norte o vírus da influenza
causa doença principalmente no período do inverno, correspondendo aos meses de
dezembro, janeiro e fevereiro, quando a maior permanência das pessoas em
lugares fechados favorece a rápida disseminação viral. No Hemisfério Sul, os
meses de maior circulação do vírus corresponde aos meses de junho a agosto,
principalmente naquelas regiões que possuem o inverno mais frio. As cepas que
circulam nos dois hemisférios não são exatamente as mesmas, o que implica em
vacinas específicas contendo, para cada hemisfério, as cepas mais prevalentes.
As infecções respiratórias agudas, desde as
mais leves até as mais graves, podem ter como causa mais de 300 tipos
diferentes de vírus. O vírus da influenza é apenas um destes e causa uma
doença, em geral auto-limitada e contagiosa, que se propaga com bastante
rapidez. A doença pode apresentar complicações em idosos, pessoas com doenças
crônicas do coração, pulmões, rins, indivíduos com diabetes, anemias severas e
imunodeprimidos.
A patogênese da infecção envolve transmissão
respiratória do vírus, replicação no epitélio pulmonar com subsequente
destruição de células, não se demonstra viremia e permanece nas secreções
respiratórias por 5 a 10 dias.
O VÍRUS
INFLUENZA
O vírus da Influenza pertence à família dos
ortomixovírus e se apresenta em 3 tipos: A, B e C. O tipo A promove doença
moderada a severa em todas as faixas etárias e pode causar epidemias, afetando
até animais;
O tipo B afeta somente humanos, principalmente
crianças e causa epidemias leves;
O tipo C não é epidêmico.
Os vírus A e B são os mais comuns. Cada um
dos tipos apresenta populações diversas, denominadas cepas. Os vírus da
Influenza podem sofrer de forma permanente, pequenas alterações na sua
superfície, caracterizadas como mudanças antigênicas leves. É por isso que a
cada ano a composição da vacina contra o vírus da Influenza precisa ser
alterada.
Há no mundo uma rede de mais de cem
laboratórios credenciados pela Organização Mundial Saúde, que são
responsáveis por captar os vírus circulantes na população e caracterizá-los.
No ano passado, as cepas de vírus da Influenza circulantes no país foram:
Influenza A/Sydney/05/97 Like (H3N2);
Influenza A/Bayern/07/97 Like (H1N1);
Influenza B/Beijing/184/93;
Influenza B/Beijing/243/97.
Em todo o mundo, o vírus da Influenza é
bastante disseminado, produzindo epidemias anuais, com grau variado de
gravidade.
Os vírus multiplicam-se invadindo células
hospedeiras e ordenando-lhes que produzam muitas cópias do seu próprio DNA -
uma tarefa que o vírus é incapaz de desempenhar. Ligam-se ao exterior da
célula e injetam-lhe o seu DNA.
A célula não distingue entre o DNA
oferecido pelo vírus e o seu próprio. Apenas segue as instruções genéticas
inscritas no interior das suas paredes para fazer cópias de qualquer DNA que
lhe apareça. Assim, em lugar de produzir novo material celular, a célula
invadida transforma-se numa fábrica de vírus.
Estes abandonam a célula que os gerou e
partem em busca de outras células para multiplicar-se. E quando isto acontece
em nosso corpo e o sistema imunitário não reconhece o vírus invasor ficamos
doentes.
Em geral, somos imunes a esses vírus não
porque o nosso sistema imunitário já tenha tido oportunidade de os conhecer e
de se apetrechar para os enfrentar, mas sobretudo porque tais vírus nunca se
aventuraram nesse novo território que é o corpo humano.
Ora, é quando lhes propiciamos essa
aventura - quer invadindo uma floresta virgem onde, por exemplo, o vírus
Ebola levava uma vida pacata num hospedeiro qualquer (talvez um roedor ou um
inseto), quer criando aves em condições de grande promiscuidade - que os
vírus procuram alargar o seu domínio às células humanas que, totalmente
desprevenidas, ficam à mercê de legiões de microrganismos.
É que essa é uma característica intrínseca
dos vírus: a necessidade de novos locais para infestação, "conquistar
novos territórios". É o instinto natural de muitas espécies.
Desenvolve-se então aquilo a que os médicos
chamam um surto de nova cepa. E pouco há a fazer a não ser tentar
circunscrever o surto. Como a cepa é nova, desconhecida, não existe qualquer
forma de tratar a doença, nem nenhuma vacina que impeça o contágio.
Todos se recordam das terríveis consequências
do mais recente surto de Ebola na África Central; estamos familiarizados com
as baixas que as novas estirpes de vírus da gripe costumam provocar, em
especial nas pessoas menos resistentes - idosos e doentes do aparelho
respiratório -, e também sabemos que certos vírus, como o da Aids, apesar de
conhecidos há muitos anos, insistem em não dar tréguas à humanidade.
A
ESTRUTURA DO VÍRUS INFLUENZA
O RNA (Ácido Ribonucléico) é uma espécie de
"livro de receitas" de como deve funcionar o micro-organismo.
A combinação de ingredientes é que faz a
diferença de um vírus da gripe para outro. Depois que o vírus entra na
célula, o RNA guia a fabricação de novos micro-organismos.
O RNA do Influenza tem alta capacidade de
mutação. Por isso, cada gripe se apresenta de forma diferente.
Espículas - Pequenas pontas que facilitam a
fixação do vírus nas mucosas e nas membranas das células.
Cápside - Tipo de capa para proteger o RNA,
núcleo do vírus.
Envelope - Estrutura que envolve a cápside,
formada por proteínas e gorduras.
COMO
O VÍRUS AGE
v
O vírus penetra no organismo, principalmente através
das mucosas, pele que serve de revestimento para o nariz, a boca e os olhos.
v
Pela mucosa do nariz, o Influenza atinge a corrente
sanguínea. A passagem do vírus pela mucosa nasal aumenta a produção de
secreção e provoca o primeiro sintoma da gripe: a coriza.
v
Na corrente sanguínea, os vírus atacam as células.
v
O vírus, quando penetra na célula, libera o RNA, que é
transformado em DNA (outro tipo de livro de receitas) graças à ação de uma
enzima, a transcriptase reversa.
v
Quando o RNA se transforma em DNA, a célula é enganada,
pois não interpreta o vírus como corpo estranho.
v
O DNA do vírus se funde com o da célula, impedindo
assim seu funcionamento normal e obrigando-a a produzir cópias do vírus.
|
PREVENÇÃO
E TRATAMENTO
Não existe um medicamento eficaz para o
tratamento da gripe. Os remédios servem apenas para diminuir os sintomas.
Considera-se o tratamento da gripe como um "tratamento sintomático".
Quando não ocorrem complicações na evolução
da doença, ocorre melhora e resolução completa em um período médio de cinco a
dez dias. Outrossim, não devemos confundir as gripes com os resfriados comuns.
Na maioria das vezes, repouso, a ingestão
abundante de líquidos e medicamentos sintomáticos são suficientes para o
auxílio à recuperação total. Entretanto, os cuidados com os pacientes
acometidos pela gripe não devem ser negligenciados. Podemos afirmar seguramente
que as complicações ocorrem com certa frequência na casuística dos consultórios
médicos.
Quando perceber que o estado gripal não está
evoluindo com a melhora previsível, orientar-se com o seu médico é o melhor
caminho a seguir. Complicações como as sinusites, otites e pneumonias são
alguns dos problemas que podem surgir no decorrer do processo gripal.
Ressalta-se que as pessoas com idade acima de 60 anos, os portadores de doenças
crônicas, os imunodeprimidos e as crianças menores são as mais atingidas nestes
casos.
Com a chegada das estações mais frias do ano,
as pessoas reúnem-se em recintos fechados e ficam mais próximas umas das
outras, havendo desta forma possibilidades maiores de contaminação pelo vírus da
gripe.
Listamos a seguir algumas medidas de ordem
profilática ou preventivas:
v
Cultive
hábitos alimentares saudáveis, ingerindo alimentos ricos em proteínas, fibras,
vitaminas...
v
Beba
bastante líquido (água pura, suco de frutas ou chás). Os líquidos ajudam a
manter o corpo hidratado, além de ajudar a eliminar as toxinas que fazem mal ao
nosso organismo. Evite bebidas geladas;
v
Durma
pelo menos oito horas por dia;
v
Faça
exercícios regularmente. Pratique esportes.
v
Diminua
o stress em sua vida. Estudos mostram que pessoas mais estressadas adoecem
mais, porque diminuem as defesas do organismo;
v
Evite
aglomerações e ambientes fechados. Mantenha sempre o ar circulando para que os
vírus não se concentrem no local;
v
Evite
choques térmicos, como tomar banho quente e sair no frio;
v
Não
fume e evite a poluição;
v
Lave
sempre as mãos;
v
Respire
pelo nariz, nunca pela boca. A mucosa do nariz foi feita para aquecer e
umedecer o ar que respiramos, evitando que o ar chegue frio nos pulmões;
Mais recentemente, foi introduzida no mercado
brasileiro a vacina contra a gripe. Ela vem apresentando bons resultados,
devendo ser utilizada sempre sob prescrição médica, durante o outono e repetida
anualmente, uma vez que o vírus possui a capacidade de alterar sua estrutura
periodicamente.
Alguns recomendam as vitaminas ou os tônicos
reconstituintes para combater os efeitos da gripe. Mas não têm qualquer
eficácia. O cansaço deriva da persistência dos efeitos tóxicos da infecção e
eles só cedem, progressivamente, de maneira espontânea.
Os antibióticos não são adequados para
combater a gripe, já que ela, como se disse, é provocada por vírus e os
antibióticos combatem apenas as infecções produzidas por bactérias. Contudo,
quando existe perigo de uma complicação bronco pulmonar por sobreinfecção
bacteriana, os antibióticos são eficazes para prevenir esta última.
A vacina antigripal é eficaz unicamente se o
vírus, a partir do qual ela foi elaborada, coincidir como o da infecção a se
prevenir. As dificuldades para que se produza tal coincidência são enormes, já
que as características do vírus mudam de um ano para outro. Somente depois de
se manifestar uma nova modalidade de gripe, dispõe-se dos elementos necessários
para se adequar a vacina à epidemia concreta.
A Organização Mundial de Saúde criou uma
série de centros dedicados a isolar e identificar os vírus gripais modificados,
para distribuí-los a todas as nações a fim de que sejam produzidas as vacinas.
Mas em muitas ocasiões não é possível obter a tempo as doses suficientes para se
deter uma epidemia.
Medidas devem ser tomadas para o combate à
gripe. A tosse e as dores atenuam-se com remédios indicados especificamente
para seu tratamento, independentemente de que sejam ou não resultado da gripe.
Ao contrário do que diz a crença popular, é inútil o doente transpirar.
Quando você quiser dar adeus à gripe:
v
Siga
a orientação médica no que se refere a medicação;
v
Fique
em casa. Descansando e relaxando, você vai ativar o seu sistema imunológico,
fazendo seu resfriado sarar mais rápido. Além disso, você evita passar a doença
para os outros.
v
Use
roupas claras e largas, que facilitem a respiração da pele. O
"suador" é um mito;
v
Use
lenços de papel ao invés de lenços de pano. Os lenços de pano acumulam grande
quantidade de germes, espalhando no ar os vírus e reinfectando as pessoas.
Sempre lave as mãos após assoar o nariz;
v
Beba
muito líquido para amenizar a tosse e o ressecamento das mucosas;
v
Use
compressas frias, que ajudam a reduzir a febre muito alta e diminui o
mal-estar;
v
Gargareje
com água morna e uma pitada de sal. Isso alivia a dor de garganta;
VACINA
Existe vacina contra a gripe e sua eficácia é
comprovada. A cada ano, mais de 250 milhões de pessoas no mundo todo recebem a
vacina contra gripe. Ela é utilizada em muitos países como Estados Unidos,
Inglaterra, França, Uruguai, Chile, Argentina e Brasil.
O princípio de ação da vacina da gripe é
engenhoso. Ela é composta por vírus inativado. Como são fracos, esses vírus
provenientes da vacina não têm forças para desencadear um processo de infecção.
Mas uma vez injetados no corpo, eles disparam
o sistema de defesa do organismo, que ativa a produção dos macrógrafos, células
que engolem e despedaçam o vírus enfraquecido. Os restos dos invasores servem
de sinal para que os anticorpos - soldados naturais de defesa - comecem a ser
produzidos.
Durante a duração da vacina e seu efeito, os
vírus que entram em contato com o corpo já são destruídos antes de começarem a
atuar, pelo Exército estimulado pela vacina.
A vacina é administrada em dose única, e
confere níveis de anticorpos protetores em 70 a 95%, com eficácia clínica de
89%, o início da proteção ocorre em 2 semanas.
Devido à grande capacidade de mutação viral
do Influenza, a vacina necessita ser atualizada a cada ano, de acordo com
estudos de vigilância epidemiológica da Organização Mundial da Saúde.
O Brasil participa do BGROG (Grupo Regional
de Observação da Gripe) que tem a finalidade de sistematizar a coleta de
informações do vírus Influenza em nosso meio.
Possuímos três centros de referência para o
diagnóstico laboratorial do vírus, que informam ao Centro Nacional de
Epidemiologia da Fundação Nacional de Saúde/ FUNASA as cepas do vírus que estão
circulando a partir da análise de amostras colhidas de pacientes.
O Ministério da Saúde introduziu, no ano
passado pela primeira vez, a vacinação contra a gripe para os indivíduos acima
de 65 anos de idade, seguindo as recomendações técnicas da Organização Mundial
de Saúde.
Obtivemos uma cobertura vacinal de 87,3 %
nesta faixa etária, percentual significativamente elevado, mesmo em relação aos
países europeus e da América do Norte que já utilizavam essa vacina
anteriormente.
No presente ano o Ministério da Saúde ampliou
a faixa etária alvo da campanha, para todos os indivíduos acima de 60 anos,
além dos portadores das doenças que predispõem ao desenvolvimento das
complicações.
A vacina, eficaz para reduzir a ocorrência
das complicações nos grupos mais suscetíveis, deve ser aplicada antes do
inverno para que haja alto grau de proteção quando ocorrer o período de maior
circulação viral.
No Brasil, o período indicado para a
vacinação é no mês de abril. Devem receber a vacina, por via intramuscular, as
seguintes pessoas:
v
Profissionais
da área da saúde;
v
Adultos
e crianças com doenças crônicas cardiovasculares e/ou pulmonares (asma etc.);
v
Indivíduos
com 65 anos ou mais;
v
Indivíduos
com internação hospitalar ou acompanhamento médico rotineiro no ano precedente,
em razão de doenças metabólicas crônicas como diabetes, doença renal ou
metabólica crônica e anemia falciforme;
v
Indivíduos
imunossuprimidos de qualquer natureza (pós-transplante);
v
Trabalhadores
de ambientes fechados (asilos, quartéis etc.);
v
Contactantes
domiciliares de indivíduos de alto risco;
v
Grávidas
de alto risco (após o primeiro trimestre);
v
Indivíduos
institucionalizados de qualquer idade com doenças crônicas de qualquer
natureza;
v
Pacientes
de 6 meses a 18 anos que fazem uso crônico de Ácido Acetil Salicílico (aspirina
etc.)
v
É
viável a imunização de indivíduos que não se enquadram nos grupos acima,
visando-se reduzir o risco de perda de dias de trabalho.
Reações
adversas:
A febre é pouco frequente, cerca de 6 a 24 horas
após a vacinação. Reações locais ocorrem em 10% dos indivíduos vacinados
maiores de 13 anos. Deve-se evitar a vacinação em indivíduos com doença febril
aguda ou em evolução.
A única contraindicação verdadeira está nas
pessoas com reações alérgicas graves (edema de glote, choque anafilático,
urticária generalizada) a proteínas de ovo, presentes na composição da vacina.
Como tratamento natural da gripe.pode-se
utilizar uma associação de óleos essenciais de origem vegetal, que apresentam
características antissépticas quando atuando sob o aparelho respiratório. Sua
composição também possuiu ação fluidificante do muco e das secreções
respiratórias.
Eucaliptol
É uma substância obtida pela destilação
fracionada do óleo de eucalipto. Com odor e aroma de característica forte e
refrescante. Apresenta ação germicida e estímulo à expectoração.
Mentol
É um álcool obtido da essência de hortelã
(Mentha arvensis). Apresenta odor agradável semelhante ao hortelã. O mentol
apresenta ação analgésica local, aliviando à sensação de desconforto decorrente
das infecções respiratórias.
Guaiacol
É uma resina obtida de guáiaco (Guajacum
officinale L ou Guajacum sactum L) de onde deriva seu nome. É um expectorante
clássico facilitando por fluidificação das secreções.
Gomenol
É um óleo volátil obtido das folhas da
Malaleuca viridiflora Brong. e Gris., árvore natural da Índia, ilhas do oceano
índico e norte da Austrália. Seu sabor e odor assemelham-se ao da cânfora e do
hortelã. Exerce ação anti-inflamatória sobre o tecido de revestimento do
aparelho respiratório (mucosas), facilitando a expectoração das secreções.
Cânfora
É uma substância oleaginosa obtida do
Cinnamomum camphora árvore nativa da China, Japão e Formosa. A Cânfora exerce
ação sobre o tônus cardíaco e estimula os centros respiratórios, compensando a
sobrecarga decorrente da congestão pulmonar nos processos inflamatórios dos
estados gripais.
FONTE
MINISTÉRIO
DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica,
DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS. GUIA DE BOLSO, 6ª edição revista Série B.
Textos Básicos de Saúde, Brasília / DF, 2006
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