FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR PARTE 3
UTILIZAÇÃO DE
INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS
A
escolha do equipamento necessário depende do espaço físico disponível, das
características da unidade hospitalar e das especialidades médicas (como por
exemplo, oncologia/hematologia clínicas, unidades de tratamento intensivo,
hospital pediátrico, emergência em hospital geral) que influenciam no tipo de
manipulação necessária.
As
áreas controladas devem ter acesso limitado e estar dispostas suficientemente
distantes do local de operações da farmácia, para minimizar a contaminação de
fluxo de materiais e pessoas dentro e fora da área.
Os
processos de digitação, confecção de rótulos e registros devem ser feitos fora
da área controlada. As cabines de fluxo laminar, destinadas ao preparo de
produtos de risco III devem obrigatoriamente possuir antessala grau C.
Os
equipamentos devem ser instalados de forma a permitir fácil operação /
manutenção, devem ser também calibrados periodicamente com registro das
calibrações no equipamento (etiqueta afixada) e em livro próprio para este fim.
As
manutenções preventivas, preditivas e corretivas devem ser anotadas em livro
próprio.
Devem
estar instalados de forma que, periodicamente, possam ser fácil e totalmente
limpos. Devem ser escolhidos, se possível, de modo a permitir esterilização,
por vapor, aquecimento a seco ou outro método.
A
utilização de qualquer equipamento como auxiliar só é permitida se o mesmo
estiver em funcionamento quando for feita a validação da sala controlada.
Para
verificação da total eficiência e uniformidade de trabalho em um equipamento,
deve estar sempre disponível um manual descrevendo os métodos seguros e
eficazes para operação de cada peça do equipamento.
O
equipamento usado em todas as fases do serviço deve ser calibrado, ter
manutenção prevista e ser monitorado de acordo com esquemas que garantem a
segurança de sua função.
Os
procedimentos, os reagentes, o pessoal e os dispositivos de monitoramento devem
estar disponíveis para conduzir as atividades acima.
Os
resultados devem ser documentados para incluir os testes realizados e as ações
corretivas tomadas, caso estes estudos revelem variação dentro dos limites
definidos.
USO DA BALANÇA EM
FARMACOTÉCNICA
v Verificar se os pratos estão limpos.
v Ligar a balança e verificar o zero.
v Usar papel (pesa-filtro, vidro de
relógio ou cápsula) de tamanho suficiente para conter todo o material a pesar.
v Dobrar o papel segundo as diagonais ou
dobrar os cantos, de modo a reter convenientemente o material a pesar.
v Segurar o recipiente com a mão
esquerda (o contrário para os canhotos) e com a espátula transferir o material
do recipiente para o papel na balança.
v Remover os papéis da balança.
ATENÇÃO
v Repetir a operação a cada substância a
pesar.
v Nunca pesar várias substâncias no
mesmo papel.
v Utilizar uma espátula para cada
substância.
v Limpar imediatamente a balança ou mesa
se qualquer porção da substância pesada cair sobre as mesmas. Nesse caso a
substância deve ser desprezada.
v Verificar os rótulos da substância
pesada antes e depois da operação
USO DO MATERIAL GRADUADO
EM FARMACOTÉCNICA
v Escolher o menor tamanho disponível
que contenha o volume a medir.
v Examinar o material (copo, cálice ou
proveta) para verificar se está limpo e seco. Serão considerados sujos: os
utensílios aferidos ou graduados quando, ao escoar o líquido, ficarem aderidas
gotas às suas paredes ou se o menisco se formar de maneira irregular.
v Segurar o material próximo à base, com
a mão esquerda.
v Com o dedo mínimo da mão direita,
retirar a tampa do frasco que contém o líquido a medir.
v Com a mão direita, ainda sustentando a
tampa, segurar o frasco com o rótulo voltado para o côncavo da mão.
v Trazer o copo, cálice ou proveta, ao
nível dos olhos e derramar cuidadosamente o líquido, até a marca desejada.
v Recolocar o frasco na mesa, repor a
tampa e reler o rótulo do frasco para maior segurança. Nunca deixar frascos
destampados e tampas abandonadas sobre a mesa.
v Reler o volume.
v Derramar o conteúdo do material
graduado no recipiente definitivo.
v Limpar o material graduado logo após
usá-lo.
APRESENTAÇÃO DAS
PREPARAÇÕES
A
apresentação final das preparações farmacêuticas é de fundamental importância,
tanto do ponto de vista técnico, quanto estético, abrangendo:
ACONDICIONAMENTO:
Cabe
ao profissional farmacêutico a escolha adequada do material de
acondicionamento, levando em consideração os aspectos técnico e econômico.
Deve-se
lembrar que o mesmo deve proteger o medicamento dos agentes externos, não
modificando sua composição, quer retirando ou cedendo elementos ao seu
conteúdo.
Por
outro lado, deve ser de baixo custo e facilitar o transporte e armazenamento. O
material de acondicionamento deve ser previamente lavado com água potável e, em
seguida, destilada, apresentando-se seco no momento do uso.
RÓTULO:
Após
o envase, o medicamento deve ser rotulado. Há basicamente quatro tipos de
rótulo:
Uso externo: para preparações administradas por
via tópica, oftálmica, retal, vaginal, injetáveis etc. Esse tipo de rótulo pode
ser identificado por uma tarja vermelha.
Uso interno: para preparações de uso oral que se
destinam a atravessar o tubo digestivo: xaropes, comprimidos, drágeas.
Os comprimidos sublinguais não se enquadram nesse item e sim em
uso externo.
Esse
tipo de rótulo pode se apresentar com tarja verde.
Matérias-primas e para
identificar o medicamento quando ainda em preparação.
Em
geral, essas preparações são identificadas com rótulo de tarja preta ou preta e
vermelha.
Tarja branca ou sem
tarja: uso interno ou
externo.
ATENÇÃO
No
conteúdo do rótulo devem estar discriminados:
v Fórmula da preparação, caso seja
magistral, ou a indicação bibliográfica quando se tratar de fórmula oficinal;
v Nome do paciente;
v Data do preparo e validade;
v Posologia;
v Modo de usar (quando não acompanhado
de bula);
v Nome do farmacêutico responsável pela
preparação.
FORMA FARMACÊUTICA:
É
a forma final de como um medicamento se apresenta: comprimidos, cápsulas,
injetáveis, etc. Normalmente as drogas não são administradas aos pacientes, no
seu estado puro ou natural mas sim como parte de uma formulação, ao lado de uma
ou mais substâncias não medicinais que desempenham várias funções
farmacêuticas.
Esses
adjuvantes farmacêuticos têm por finalidade, solubilizar, suspender, espessar,
diluir, emulsionar, estabilizar, preservar, colorir e melhorar o sabor da
mistura final. Com a finalidade de deixar o fármaco agradável ao paladar e
eficiente.
FÓRMULA OU FORMULAÇÃO
É
o conjunto de componentes prescritos ou composição de uma especialidade
farmacêutica.
EXCIPIENTES
Qualquer
material além dos ativos que existem numa formulação farmacêutica. As Suas
funções são: ajuste do volume e massa da
formulação, coerência física de partículas com drogas ativas, controle de
desintegração de comprimidos, proporcionar camada protetora, eliminar gosto,
colorir (para identificação visual), controlar liberação dos princípios ativos.
Ex:
conservantes, agente tampão, flavorizantes, umectantes, solvente, corante,
agente acidulante ou alcalinizante, adsorvente, propulsor de aerossol,
edulcorante.
MEDICAMENTO OFICIAL:
É
aquele que faz parte da Farmacopéia
MEDICAMENTO OFICINAL:
É
aquele que é preparado na própria farmácia, de acordo com as normas e doses
estabelecidas por Farmacopéias ou formulários e com uma designação uniforme.
Exemplos: tintura de iodo, ácido ascórbico, etc.
MEDICAMENTO MAGISTRAL:
É
aquele que é prescrito pelo médico e preparado para cada caso, com indicação de
composição qualitativa e quantitativa da forma farmacêutica e da maneira de
administração.
CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS
FARMACÊUTICAS:
QUANTO AO ESTADO FÍSICO
v -Sólido
v Semissólido
v -Líquido
QUANTO AO USO
v Interno
v Externo
FORMAS PARA USO INTERNO
VIA ORAL
Sólidos
v Pós ,
v Aglomerados,
v Pastilhas ,
v Comprimidos;
v Cápsulas,
v Drágeas ,
v Granulados
Líquidos
v Soluções: simples, compostas,
v Xaropes,
v Elixires
v Dispersões ,
v Emulsões,
v Suspensões
FORMAS PARA USO EXTERNO
Cutâneo (tópico)
v Pomadas
v Cremes
v Cataplasmas
v Loções
Retal (supositórios)
Vaginal
v óvulos,
v comprimidos,
v geleias
Oftalmológico
Otorrinolaringológico
FORMAS PARA USO
PARENTERAL
v Grandes volumes (nutrição parenteral
prolongada)
v Pequenos volumes (ampolas, injeções)
a) Intramuscular
b) Intravenoso
c) Intraraquidiano
d) Intradérmico (pellets) implantes
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FONTE
APOSTILA
TEÓRICA DE FARMACOTÉCNICA I Prof. Herbert Cristian de Souza 2012-02 - Blog do curso de Farmácia da UNIPAC
Araguari www.farmaciaunipac.com.br
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