quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR PARTE 3

FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR PARTE 3



UTILIZAÇÃO DE INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTOS

A escolha do equipamento necessário depende do espaço físico disponível, das características da unidade hospitalar e das especialidades médicas (como por exemplo, oncologia/hematologia clínicas, unidades de tratamento intensivo, hospital pediátrico, emergência em hospital geral) que influenciam no tipo de manipulação necessária.

As áreas controladas devem ter acesso limitado e estar dispostas suficientemente distantes do local de operações da farmácia, para minimizar a contaminação de fluxo de materiais e pessoas dentro e fora da área.

Os processos de digitação, confecção de rótulos e registros devem ser feitos fora da área controlada. As cabines de fluxo laminar, destinadas ao preparo de produtos de risco III devem obrigatoriamente possuir antessala grau C.

Os equipamentos devem ser instalados de forma a permitir fácil operação / manutenção, devem ser também calibrados periodicamente com registro das calibrações no equipamento (etiqueta afixada) e em livro próprio para este fim.

As manutenções preventivas, preditivas e corretivas devem ser anotadas em livro próprio.

Devem estar instalados de forma que, periodicamente, possam ser fácil e totalmente limpos. Devem ser escolhidos, se possível, de modo a permitir esterilização, por vapor, aquecimento a seco ou outro método.

A utilização de qualquer equipamento como auxiliar só é permitida se o mesmo estiver em funcionamento quando for feita a validação da sala controlada.

Para verificação da total eficiência e uniformidade de trabalho em um equipamento, deve estar sempre disponível um manual descrevendo os métodos seguros e eficazes para operação de cada peça do equipamento.

O equipamento usado em todas as fases do serviço deve ser calibrado, ter manutenção prevista e ser monitorado de acordo com esquemas que garantem a segurança de sua função.

Os procedimentos, os reagentes, o pessoal e os dispositivos de monitoramento devem estar disponíveis para conduzir as atividades acima.

Os resultados devem ser documentados para incluir os testes realizados e as ações corretivas tomadas, caso estes estudos revelem variação dentro dos limites definidos.

USO DA BALANÇA EM FARMACOTÉCNICA

v  Verificar se os pratos estão limpos.
v  Ligar a balança e verificar o zero.
v  Usar papel (pesa-filtro, vidro de relógio ou cápsula) de tamanho suficiente para conter todo o material a pesar.
v  Dobrar o papel segundo as diagonais ou dobrar os cantos, de modo a reter convenientemente o material a pesar.
v  Segurar o recipiente com a mão esquerda (o contrário para os canhotos) e com a espátula transferir o material do recipiente para o papel na balança.
v  Remover os papéis da balança.

ATENÇÃO

v  Repetir a operação a cada substância a pesar.
v  Nunca pesar várias substâncias no mesmo papel.
v  Utilizar uma espátula para cada substância.
v  Limpar imediatamente a balança ou mesa se qualquer porção da substância pesada cair sobre as mesmas. Nesse caso a substância deve ser desprezada.
v  Verificar os rótulos da substância pesada antes e depois da operação

USO DO MATERIAL GRADUADO EM FARMACOTÉCNICA

v  Escolher o menor tamanho disponível que contenha o volume a medir.
v  Examinar o material (copo, cálice ou proveta) para verificar se está limpo e seco. Serão considerados sujos: os utensílios aferidos ou graduados quando, ao escoar o líquido, ficarem aderidas gotas às suas paredes ou se o menisco se formar de maneira irregular.
v  Segurar o material próximo à base, com a mão esquerda.
v  Com o dedo mínimo da mão direita, retirar a tampa do frasco que contém o líquido a medir.
v  Com a mão direita, ainda sustentando a tampa, segurar o frasco com o rótulo voltado para o côncavo da mão.
v  Trazer o copo, cálice ou proveta, ao nível dos olhos e derramar cuidadosamente o líquido, até a marca desejada.
v  Recolocar o frasco na mesa, repor a tampa e reler o rótulo do frasco para maior segurança. Nunca deixar frascos destampados e tampas abandonadas sobre a mesa.
v  Reler o volume.
v  Derramar o conteúdo do material graduado no recipiente definitivo.
v  Limpar o material graduado logo após usá-lo.

APRESENTAÇÃO DAS PREPARAÇÕES

A apresentação final das preparações farmacêuticas é de fundamental importância, tanto do ponto de vista técnico, quanto estético, abrangendo:

ACONDICIONAMENTO:

Cabe ao profissional farmacêutico a escolha adequada do material de acondicionamento, levando em consideração os aspectos técnico e econômico.

Deve-se lembrar que o mesmo deve proteger o medicamento dos agentes externos, não modificando sua composição, quer retirando ou cedendo elementos ao seu conteúdo.

Por outro lado, deve ser de baixo custo e facilitar o transporte e armazenamento. O material de acondicionamento deve ser previamente lavado com água potável e, em seguida, destilada, apresentando-se seco no momento do uso.

RÓTULO:

Após o envase, o medicamento deve ser rotulado. Há basicamente quatro tipos de rótulo:

Uso externo: para preparações administradas por via tópica, oftálmica, retal, vaginal, injetáveis etc. Esse tipo de rótulo pode ser identificado por uma tarja vermelha.

Uso interno: para preparações de uso oral que se destinam a atravessar o tubo digestivo: xaropes, comprimidos, drágeas.

Os comprimidos sublinguais não se enquadram nesse item e sim em uso externo.
Esse tipo de rótulo pode se apresentar com tarja verde.

Matérias-primas e para identificar o medicamento quando ainda em preparação.

Em geral, essas preparações são identificadas com rótulo de tarja preta ou preta e vermelha.

Tarja branca ou sem tarja: uso interno ou externo.

ATENÇÃO

No conteúdo do rótulo devem estar discriminados:

v  Fórmula da preparação, caso seja magistral, ou a indicação bibliográfica quando se tratar de fórmula oficinal;
v  Nome do paciente;
v  Data do preparo e validade;
v  Posologia;
v  Modo de usar (quando não acompanhado de bula);
v  Nome do farmacêutico responsável pela preparação.

FORMA FARMACÊUTICA:

É a forma final de como um medicamento se apresenta: comprimidos, cápsulas, injetáveis, etc. Normalmente as drogas não são administradas aos pacientes, no seu estado puro ou natural mas sim como parte de uma formulação, ao lado de uma ou mais substâncias não medicinais que desempenham várias funções farmacêuticas.

Esses adjuvantes farmacêuticos têm por finalidade, solubilizar, suspender, espessar, diluir, emulsionar, estabilizar, preservar, colorir e melhorar o sabor da mistura final. Com a finalidade de deixar o fármaco agradável ao paladar e eficiente.

FÓRMULA OU FORMULAÇÃO

É o conjunto de componentes prescritos ou composição de uma especialidade farmacêutica.

EXCIPIENTES

Qualquer material além dos ativos que existem numa formulação farmacêutica. As Suas funções são: ajuste  do volume e massa da formulação, coerência física de partículas com drogas ativas, controle de desintegração de comprimidos, proporcionar camada protetora, eliminar gosto, colorir (para identificação visual), controlar liberação dos princípios ativos.

Ex: conservantes, agente tampão, flavorizantes, umectantes, solvente, corante, agente acidulante ou alcalinizante, adsorvente, propulsor de aerossol, edulcorante.

MEDICAMENTO OFICIAL:

É aquele que faz parte da Farmacopéia

MEDICAMENTO OFICINAL:

É aquele que é preparado na própria farmácia, de acordo com as normas e doses estabelecidas por Farmacopéias ou formulários e com uma designação uniforme. Exemplos: tintura de iodo, ácido ascórbico, etc.

MEDICAMENTO MAGISTRAL:

É aquele que é prescrito pelo médico e preparado para cada caso, com indicação de composição qualitativa e quantitativa da forma farmacêutica e da maneira de administração.

CLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS FARMACÊUTICAS:

QUANTO AO ESTADO FÍSICO

v  -Sólido
v  Semissólido
v  -Líquido

QUANTO AO USO

v  Interno
v  Externo

FORMAS PARA USO INTERNO

VIA ORAL

Sólidos

v  Pós ,
v  Aglomerados,
v  Pastilhas ,
v  Comprimidos;
v  Cápsulas,
v  Drágeas ,
v  Granulados

Líquidos

v  Soluções: simples, compostas,
v  Xaropes,
v  Elixires
v  Dispersões ,
v  Emulsões,
v  Suspensões

FORMAS PARA USO EXTERNO

Cutâneo (tópico)

v  Pomadas
v  Cremes
v  Cataplasmas
v  Loções

Retal (supositórios)

Vaginal

v  óvulos,
v  comprimidos,
v  geleias

Oftalmológico

Otorrinolaringológico

FORMAS PARA USO PARENTERAL

v  Grandes volumes (nutrição parenteral prolongada)
v  Pequenos volumes (ampolas, injeções)

a)    Intramuscular
b)    Intravenoso
c)    Intraraquidiano
d)    Intradérmico (pellets) implantes

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FONTE

APOSTILA TEÓRICA DE FARMACOTÉCNICA I Prof. Herbert Cristian de Souza 2012-02 - Blog do curso de Farmácia da UNIPAC Araguari www.farmaciaunipac.com.br


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