DROGAS : INFORMAÇÕES GERAIS
1. INTRODUÇÃO
As drogas são produtos químicos que se usam no tratamento ou prevenção
de doenças ou deficiências dos seres vivos. Os remédios são feitos com drogas.
Podem ser administradas por via oral, pela respiração, por meio de injeções
intradérmicas, intramusculares ou venosas, por absorção através da pele ou das
mucosas, por enemas.
O estudo científico da ação das drogas começou há muitos anos; chama-se
Farmacologia. Cada droga deve ser bem conhecida e experimentada, antes de ser
usada com propósitos medicinais.
Algumas drogas agem sobre certo órgãos do corpo, enquanto outras agem
sobre organismos causadores de doenças.
Se uma pessoa adicionasse bicarbonato de sódio a uma solução de ácido
clorídrico, contida num copo, obteria uma solução neutra. Esta é a mesma reação
que provoca o bicarbonato de sódio, em presença do ácido clorídrico que existe
no estômago.
A ação de algumas drogas é o resultado de efeitos físicos ou químicos.
Esta ação depende da absorção das drogas e sua passagem para a corrente
sanguínea.
O sangue as transporta para os diferentes tecidos do corpo, onde se
produz a reação. É difícil determinar a ação de algumas destas drogas.
O médico e o cientista devem saber de quanto tempo a droga precisa para
agir, qual a quantidade necessária para produzir o resultado desejado.
Também, deve saber como o corpo elimina a droga. Há drogas que mudam a
cor das fezes ou da urina.
São poucas as que se eliminam pela saliva, através
da pele, ou por meio do aparelho respiratório.
As drogas se obtêm das plantas, dos microrganismos, de outros animais e
de produtos químicos naturais ou artificialmente fabricados.
A digitalina, droga usada no tratamento da insuficiência cardíaca, é
retirada da folha seca da dedaleira (Digitalis
purpurea). A vacina para a varíola é obtida do vitelo inoculado com
o vírus vacínico, ou a partir do cultivo do vírus em ovo embrionado de galinha.
As drogas que se obtêm de processo metabólico dos microrganismo e que
são eficientes na destruição de outros organismo, chamam-se antibióticos. Os antibióticos
podem classificar-se como de espectro amplo ou espectro estreito.
As drogas de espectro amplo são eficazes contra grande número de
organismo, como as tetraciclinas. A penicilina é uma droga de espectro estreito,
já que só atua sobre os agentes causadores de algumas doenças.
As drogas podem agir localmente ou em forma generalizada. Quando
aplicamos creme para suavizar a pele das mãos irritadas, a ação se processa
localmente. A aspirina é uma droga que tem ação geral. Algumas drogas, como a
cafeína e a adrenalina, aceleram o funcionamento dos órgãos.
Estas se chamam estimulantes.
Drogas como a morfina e o fenobarbital tornam mais lento o funcionamento dos
órgãos; chama-se depressores.
As pílulas para dormir são depressoras e uma dose exagerada pode provocar
estado de coma.
Nenhuma droga deve ser usada sem prescrição médica.
Certas pessoas se acostumam a tomar drogas. O corpo das pessoas,
normalmente, não depende de drogas e é possível então quebrar esse hábito sem
muito esforço. Algumas, porém, chegam a depender tanto delas, que é muito
difícil abandonar o costume de tomá-las. As doenças provocadas pelas drogas
chamam-se farmacogênicas ou farmacoses.
2. CONCEITO DE DROGA E TÓXICO SEGUNDO A OMS
Segundo a OMS, em grego, tókson quer dizer 'arco', 'flecha', 'arco e
flecha'; e a forma adjetiva toksikós,
'relativo a arco, flecha, arco e flecha'. Assim, toksikón phármacon é 'veneno para flecha'.
Curiosamente, o significado de phármacon estendeu-se a toksikón; e quando Ovídio fala em
toxicum, quer dizer
'veneno para flecha'. Em Horácio e Columela a palavra já tem sentido mais
amplo: quer dizer veneno em geral.
O sentido ficou nas línguas modernas, em que a intoxicação quer dizer
envenenamento. Finalmente, tóxico passou a ser o sinônimo de droga, natural ou
sintética.
A toxicomania é um estado de intoxicação periódica ou crônica, causado
pelo uso exagerado e repetido de drogas.
E droga é qualquer substância que, introduzida no organismo, modifica
alguma função. Além de acarretar dependência, provoca desvios da conduta, e é
usada tanto pelo seu efeito como para neutralizar os fenômenos desagradáveis da
abstinência.
Várias são as causas da toxicomania: congênita, viciamento iatrógeno,
espírito de imitação, exibicionismo, dor moral.
São características da toxicomania: impulso irresistível para o uso;
tendência a aumentar as doses, devido ao fenômeno de imunização progressiva
conhecido como mitridatismo (Mitridates VI Eupátor, rei do Ponto de 123 a 63
a.C., conseguiu-se imunizar-se contra venenos vegetais consumindo-os
habitualmente em doses cada vez mais fortes); dependência psíquica
(psicológica) e, às vezes, física, mais aguda no período de abstinência.
A suspensão da droga dá lugar ao que se chama em medicina síndrome de
abstinência (tremores, vômitos, diarreia, dores várias, excitação, delírio,
colapso).
Na intensidade desses fenômenos e no fato de nem todas as drogas
implicarem na necessidade do aumento crescente das doses reside à diferença
entre o uso dos opiáceos de um lado e do álcool e barbitúricos de outro.
Além dos estupefacientes mais conhecidos e capazes de causar dependência
- ópio, heroína, os alucinógenos, as anfetaminas - mais de duzentos produtos
farmacêuticos correntes são utilizados com fins idênticos, o que dificulta uma
conceituação exata do que seja droga.
3. HISTÓRICO DAS DROGAS
Ø
A ação
das drogas sobre o organismo é estudada pela Farmacologia, ciência bastante
antiga, que entre os primitivos se misturava com a magia. Conhecia-se a ação
curativa ou anestésica de certos extratos vegetais e os alteradores da
consciência tinham as vezes funções mágico-religiosas.
Ø
Há mais
de 4000 anos a.C. os Sumerianos (atual Irã), utilizavam a papoula de ópio como
a "planta da alegria", que traduzia o contato com os Deuses.
Ø
Há 500
anos a.C. o povo Cita (habitantes do Rio Danúbio / Rio Volga - Europa
Oriental), queimavam a maconha (cânhamo) em pedras aquecidas e inalavam os
vapores dentro de suas barracas ou tendas.
Ø
Na
Antiguidade, o álcool ou mais comumente o vinho, era conhecido como a dádiva de
todos os deuses, sendo Baco
o Deus do Vinho.
Ø
Aproximadamente
no ano de 1500, o Cactus Peyoteera
utilizado em cerimônias religiosas (no descobrimento da América). O ópio foi
por muito tempo cultivado livremente por camponeses, por volta do século XVI,
como fonte de alívio de sua triste realidade sofredora. Na mesma época, os
espanhóis utilizavam as drogas alucinógenas como uma forme de auto - castigo,
pois para este povo, Droga significa
"Demônios".
Ø
Ainda
no século XVI, junto com drogas realmente eficazes, como digitalina e beladona,
os médicos receitavam pó de asa de morcego, ou pedras preciosas trituradas, que
feriam a mucosa do intestino e devem ter matado muitos pacientes.
Ø
Nos
séculos XVIII e XIX, a Farmacologia tornou-se mais científica, comprovando o
efeito de várias drogas tradicionais como a cânfora, quina ou coca, e
descartando as ineficazes. A descoberta de medicamentos naturais prosseguiu com
os antibióticos, extraídos de fungos, e os tranquilizantes, extraídos de plantas.
Ø
O ópio
(morfina / anestésico) incentivado na guerra civil americana (1776) era
utilizado para fornecer alívio à dolorosa vida dos soldados.
Ø
A
primeira droga sintética utilizada pela medicina foi o hidrato de cloral, em
1869. A partir daí os remédios, antes extraídos de ervas pelo boticário,
começaram a ser fabricados por grandes indústrias.
Ø
Em
1890, iniciou-se a livre comercialização de vinho, elaborado com extratos de
coca e xaropes, com as mesmas composições.
Ø
Em
1914, deu-se a proibição da livre negociação, com isto iniciou-se o Mercado
Negro ilícito (EUA faturou cerca de 100
a 200 bilhões de dólares).
Ø
Por
volta de 1920, os EUA instauraram a "LEI SECA" - Proibição do
comércio de álcool lei esta que
prorrogou-se por 13 anos.
Ø
Durante
a 2a Grande Guerra, receitas de anfetaminas (estimulantes) eram utilizadas para
combater a fadiga.
Ø
Barbitúricos
/ Hipnóticos teve seu auge em 1950 "VIVA MELHOR COM A QUÍMICA" (Lema
utilizado pelos laboratórios).
Ø
1960
foi o auge do LSD (a era dos ácidos), muitos psiquiatras receitavam
impiedosamente o consumo deste tipo de droga.
Ø
Em 1970
proliferação da cocaína e seus derivados, entre eles o "crack", e
mais recentemente aparecendo o ecstasy, mais popular entre as classes média e
alta.
A atuação desses medicamentos no organismo varia conforme o indivíduo e
a dose aplicada. Uma substância capaz de livrar o homem de uma doença mortal
pode tornar-se extremamente perigosa se o seu emprego for incorreto.
4. AS DROGAS NA SOCIEDADE ATUAL
As pessoas que usam drogas são discriminadas por outras, pois estas não
se encontram em seu estado normal, não acompanham um diálogo, comportam-se
inadequada e inconvenientemente e, às vezes, até de modo perigoso. Se for uma
ou outra vez que se drogam, podemos até aguentar, mas se é toda hora, não há
"santo" que aguente.
Além disso o critério de valores de um drogado passa a ser vem diferente
do nosso. Caso não tenha dinheiro para comprar a droga, ele não se incomodará
em roubar, seja da própria família, seja de amigos.
As mulheres podem se prostituir quando pressionadas por essas situações.
As conversas, as atitudes, os interesse dos drogados também não
interessam àqueles que querem viver saudavelmente.
Além disso, como são pouco motivados a trabalhar (ou estudar) porque já
que não têm mais a mesma capacidade, num ambiente de trabalho (ou estudo) só
atrapalham.
Os drogados têm, ainda, dificuldade de enfrentar as frustrações
decorrentes das atividade do dia-a-dia, reagindo a elas de modo agressivo ou
impulsivo, o que os torna inadequados ao ambiente familiar, profissional ou
social.
As pessoas que trabalham com drogas (traficantes) são obviamente
discriminadas por serem marginais, já que o tráfico de drogas é, pela lei
brasileira, um crime hediondo e inafiançável (Lei Antitóxico nº 6368 de
21/10/76).
E, como os drogados são obrigados a adquirir drogas nesse mundo da
ilegalidade, onde estão os traficantes, mais um motivo para as pessoas se
afastarem deles.
5. AS DROGAS MAIS USADAS
Há dois tipos de drogas: As lícitas e as Ilícitas.
Ø
Lícitas:
São aquelas legalmente produzidas e comercializadas (álcool, tabaco,
medicamentos, inalantes, solventes), sendo que a comercialização de alguns
medicamentos é controlada, pois há risco de causar dependência física /
psíquica.
Ø
Ilícitas:
São aquelas substância cuja comercialização é proibida por provocar altíssimo
risco de causar dependência física e / ou psíquica (cocaína, maconha, crack,
etc.).
5.1. DROGAS PSICOTRÓPICAS
Medicamentos que agem sobre o psiquismo. Agrupam quatro categorias:
Ø
tranquilizantes
(diminuem a ansiedade e a tensão nervosa),
Ø
antidepressivos
(evitam ou atenuam a depressão),
Ø
neurolépticos
(produzem estado de indiferença psicomotora e suprimem surtos psicóticos) e
Ø
soníferos
(provocam sono). Todos têm propriedade diferentes e podem causar dependência.
No seu conjunto, os psicotrópicos formam a psicofarmacologia, campo de
rápido desenvolvimento e que tem trazido importantes contribuições ao
conhecimento dos processos psicóticos e do funcionamento do sistema nervoso
central em geral.
Substâncias psicotrópicas são conhecidas e usadas desde a mais remota
antiguidade na forma de sedativos e tranquilizantes.
5.2. DROGAS PSICOLÉPTICAS
Também chamados de Sedativos,
são as drogas que diminuem a dor e combatem a insônia, os estados de ansiedade
e de agitação psicomotora.
Muitos deles possuem efeito hipnótico, induzindo ao sono. Classificados
também como hipnosedativos, são apropriados para os diversos tipos de agitação
e ansiedade, mesmo nos casos de convulsão psicótica, embora não possuam efeitos
antipsicóticos específicos.
Os hipnosedativos, utilizados para produzir sonolência, constituíram,
juntamente com o álcool, os opináceos e a beladona, os únicos medicamentos
conhecidos com propriedades de sedação, isto é, de acalmar pacientes ansiosos e
agitados.
Seu papel como sedativo ainda é importante, apesar do arsenal
terapêutico contar com grande número de agentes tranquilizantes, que se
distinguem pôr produzirem menos sonolência. entretanto, alguns desses
medicamentos, preponderamente ansiolíticos na ação (sedativos), são utilizados
também como hipnóticos.
A maioria dos hipnosedativos constitui-se de depressores gerias,
atacando o sistema nervoso central e uma série de atividades celulares vitais.
Pôr isso é indispensável um profundo conhecimento da ação e dos riscos
propiciados pôr esses medicamentos, para que sua utilização reverta em
benefício e não em prejuízo do paciente.
Estes tipos de drogas podem atuar sobre o estado de vigília
(neurolépticos), onde ficam incluídos os hipnóticos (soníferos), barbitúricos
ou não; ou sobre o humor (timolépticos), subgrupo em que se incluem os
neurolépticos (fenotiazina, reserpínicos e butirofenonas) e os tranquilizantes
(meprobamato, diazepínicos).São:
v
Álcool
v
Hipnóticos:
combatem a insônia
- barbitúricos (Ex: Gardenal)
- não-barbitúricos (Ex: Mogadon,
Dalmadorm, Dormonid, Sonebon)
v
Ansiolíticos:
calmantes que diminuem a ansiedade
v
Narcóticos
ou hipnoanalgésicos: apresentam três propriedades farmacológicas fundamentais,
como aliviar a dor, produzir hipnose e induzir à dependência.
- opiáceos naturais (Ex: morfina e
codeína)
- opiáceos semi-sintéticos (Ex; heroína)
- opiáceos sintéticos (Ex: Metadona)
- Solventes (cola de sapateiro, benzina,
acetona)
5.2.1. Benzodiazepínicos
São medicamentos usados para controlar a ansiedade e o nervosismo das
pessoas, causando dependência física e psicológica.
Efeitos psíquicos: Tranquilidade, relaxamento, indução ao
sono, redução do estado de alerta.
Efeitos Físicos: Hipotonia muscular (a pessoa fica
"mole"), dificuldade para andar, diminuição da pressão sanguínea e
dos reflexos psicomotores.
5.2.2. Barbitúricos
O grupo mais importante de sedativos e hipnóticos deriva do ácido
barbitúrico, cujos medicamentos são pôr isso, reunidos sob o nome genérico de Barbitúricos. O ácido barbitúrico
(maloniluréia) resulta da combinação do éter dietético do ácido malônico com a
uréia e foi obtido pela primeira vez pôr Adolph von Bayer, em 1864.
Entretanto, a propriedade de depressor do sistema nervoso central não se
relaciona com o próprio ácido barbitúrico, mas sim com a substituição de dois
átomos de hidrogênio do carbono em posição 5, pôr grupos alcoíla ou arila.
O primeiro barbitúrico hipnótico, o barbital foi suplantado pôr inúmeros
barbitúricos de ação mais curta. Assim, em 1912, surgiu o fenobarbital
(comercialmente, Luminal) que, além de bom hipnótico, possui propriedades que o
tornam útil como anticonvulsivo e sedativo.
Posteriormente, foram sintetizados mais de 2500 barbitúricos, dos quais
cerca de cinquenta chegaram a ser comercializados.
Os barbitúricos são depressores gerais, que atuam sobre as atividades
dos nervos, músculos esqueléticos lisos e músculos cardíacos, diminuindo o
consumo de oxigênio em vários tecidos de mamíferos.
Devido à grande suscetibilidade do sistema nervoso central aos
barbitúricos, ele pode ser deprimido pôr um pequena dose do medicamento, sem
que outros sistemas sejam afetados.
Embora a ação dos barbitúricos na condução e transmissão dos impulsos
nos nervos periféricos seja conhecida ainda há controvérsia em atribuir-se a
esse mecanismo a ação hipnótica do medicamento.
O grau de depressão produzido pelos barbitúricos no sistema nervoso
central varia da leve depressão ao estado de coma. Tal variação depende não só
da dose e do tipo de barbitúricos empregados, como também na suscetibilidade do
sistema nervosos central no momento da administração. Essa suscetibilidade pode
esta diminuída devido à tolerância decorrente de repetidas administrações do
medicamento, com a consequente resistência do indivíduo.
Em muitos aspectos, o sono induzido pelos barbitúricos é semelhante ao
sono normal (fisiológico). A diferença principal está na diminuição da fase
fundamental do sono fisiológico, conhecida pôr sono paradoxal, cuja privação
acarreta a vários efeitos nocivos.
Nessa fase, há aumento da atividade eletroencefalográfica, acompanhada
de movimentos oculares rápidos, movimentos das extremidades e diminuição da
tensão muscular. Com o uso contínuo de barbitúricos, diminui a ação do
medicamento sobre a fase paradoxal e, com a retirada do mesmo, há um aumento
ressaltado dessa fase, com irregularidades do ciclo do sono, ocorrendo
pesadelos e sensação de ter dormido mal.
Os barbitúricos acarretam uma série de efeitos secundários, que vão
desde alterações sutis do humor e da capacidade de julgamento e coordenação
motora até depressão do centro respiratório. Podem causar também dependência,
da mesma forma que diversos outros hipnosedativos não barbitúricos.
Efeitos psíquicos: Sonolência, sensação de calma e
relaxamento, sensação de embriaguez.
Efeitos físicos: Afeta a respiração, o coração e a pressão
do sangue, causando dificuldade para se movimentar e sono pesado.
5.3. Drogas psicoanalépticas
Psicoanalépticas ou psicoestimulantes, ou estimulantes centrais, são
drogas que provocam o aumento da atividade motora ou psíquica.
Já algo comum entre o estudante que toma café para ficar acordado e ler,
o índio boliviano que masca tranquilamente sua folha de coca à beira da
estrada, o suicida que ingere grande dose de estricnina e o artista que
experimenta LSD para ter visões: todos eles estão usando substância
psicoanalépticas.
O uso de drogas que altera o humor e o comportamento do homem é
conhecido desde a Antiguidade e difundiu-se pôr todo o mundo.
Os estimulantes do sistema nervoso central podem ser divididos em três
classes principais, segundo a região afetada pôr sua dosagem mínima efetiva:
Psicomotores: Em pílulas são encontradas as anfetaminas,
que também podem aumentar a capacidade de concentração e de realização de
trabalho mecânico, especialmente a metanfetamina.
De efeitos semelhantes, porém mais fracos existem o metilfenidato, o
pipadrole e o dianol.
Um dos problemas das anfetaminas é que, após o período de
estimulação, pode seguir-se uma depressão profunda.
Para esse tipo de problema
existem outras drogas, de efeito antidepressivo como a imipramina, que substitui o
emprego de choques elétricos.
Outras substâncias antidepressivas agem como inibidoras da
monoaminoxidase (MAO). O principal grupo delas é derivado da hidrazina que antagonizam a
depressão, produzem sensação de bem-estar e aumento da capacidade motora.
São,
entretanto, muito perigosas para o fígado, especialmente a ipronizida, que causa necroses
hepáticas fatais.
Os inibidores da MAO pode ter uma multiplicidade de efeitos: estimular o
apetite, agir como analgésico, aumentar as ações cardiovasculares das aminas,
reforçar a potência de outras drogas, como os barbitúricos.
Os estimulantes psicomotores estão presentes no café, chá e cacau, eles
estimulam a atividade mental e diminuem a fadiga, alteram o funcionamento
cardíaco e tem efeito diurético.
Consumidas em excesso, essas drogas originam dores de cabeça,
inquietação, insônia e confusão mental.
Analépticos:
Os estimulantes analépticos são indicados no
tratamento da depressão produzida pôr doses excessivas de barbitúricos ou morfina.
Quando são usados em
grandes doses, estimulam também as áreas motoras cerebrais, causando convulsões
acompanhadas de inconsciência.
Diferem entre si na maneira de dosar e na potência e duração de efeito.
O leptazol é
administrado em dose única, de ação rápida e efeito breve. Menos potentes, mas
efeitos mais prolongados, a niquetamida e a bemegrida são administradas em
doses fracionadas.
Medulares:
A estricnina é o mais importantes dos estimulantes medulares. Em grande
quantidade, ela pode causar a morte pôr depressão do centro respiratório, sem
produzir nem mesmo convulsões.
Em doses menores, aguça os sentidos da audição,
olfato e tato. os efeitos de sua intoxicação são semelhantes aos da toxina
tetânica. Nesse caso provoca convulsões que podem ser controladas pela menesina
ou pôr barbitúricos.
Também com ação sobre a medula espinhal, a brucina e tebaína,
alcalóides obtidos da Strychonos
nux vomica, são menos potentes do que a estricnina.
5.4. Drogas psicodislépticas
Também conhecida como alucinógenos, são drogas perturbadoras da
atividade do SNC. São os chamados despersonalizantes, porque desestruturam a
personalidade, também conhecidos por psicomiméticos, porque mimetizam uma
psicose.
Alucinógenos primários (principal
efeito: alucinação)
Ø
sintéticos
(Ex: LSD)
Ø
naturais
Ø
derivados
da maconha (haxixe, THC)
Ø
derivados
indólicos (de plantas e cogumelos)
Ø
derivados
do peiote
Ø
Alucinógenos
secundários (Alucinação: efeito secundário)
Ø
anticolinérgicos
Outras substância em doses elevadas
A nicotina foi incluída nas drogas
psicoestimulantes pelo Dr. Augusto Jorge Cury. Segundo o Prof. Dr. José
Rosemberg, ela pode afetar todos os órgão através da ação estimuladora, em
pequenas doses, e ser depressiva, em doses maiores, sobre todos os nervos que
são ativados pela acetilcolina.
FONTES
- - Enciclopédia Exitus
- - Enciclopédia Barsa
- - Enciclopédia do Estudante
- Compton's
Interactive Encyclopedia
- Drogas - Wilson
Paulino
- - Internet: ( Comem Jundiaí: www.jundiaí online.com.br
- ( Projeto Cara Limpa): www.caralimpa.com.br
- - Enciclopédia Abril. Volumes: I, VIII, X, XI, XII
- - Jornal: O Estado de S. Paulo (reportagem do Zap)
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