PROTOZOOSES : - LEISHIMANIOSE VISCERAL - CALAZAR
É uma zoonose(doença de animais)
características de canídeos e roedores, típica das áreas tropicais. A doença é
transmitida ao homem pelas fêmeas dos mosquitos do g6enero Phlobotomus. É uma
doença própria da zona rural, que se não for tratada pode evoluir e chegar ao
óbito. O nome da doença Leishmaniose visceral deve-se ao quadro clínico ser da
pele e mucosas. As transformações e agressão ao meio ambiente, condições
precárias de habitação e do saneamento, estão contribuindo para a expansão da
doença.
Agente etiológico:
Protozoário da
família Trypanosomatidae; do gênero leishmania; espécie donovani. As
leishmaniose são parasitas intracelulares obrigatórios, que se reproduz dentro
do sistema fagocítico dos mamíferos.
Fisiopatologia
Após a picada do
flebótomo infectado, as leishmanias penetram na derme sob a forma promastigota,
depois invadem a corrente sangüínea transformando-se em amastigota no interior
da célula do sistema fagocítico monocitário (SFM) – macrófagos e monócitos –
onde deveriam ser destruídos, mas por um processo ainda não conhecido por
amastigota invade e multiplica-se no macrófago que deveria elimina-lo
parasitando-o. As células parasitadas se rompem liberando os protozoários que
são fagocitados pelos macrófagos, fechando assim o ciclo.
Incidência
Ø Tem maior incidência
nos meses de julho a setembro após as chuvas.
Ø Ocorre mais na
população adulta masculina, mas no brasil está ocorrendo mais na população
infantil.
Ø Ocorre mias em
caráter endêmico.
Ø 90% dos casos são
encontrados na zona rural.
Ø No Brasil ocorre mais
em áreas de várzeas ao lado dos leitos dos rios.
Fonte de infecção
Homem e o cão são os
mais comuns no Brasil, e em alguns casos os carrapatos também são fontes de
infecção. Os insetos contamina-se sugando o sangue ou ingerindo parasitas
presentes na pele de pessoas ou animais infectados
Reservatórios
Cão, o gato e o
próprio homem infectado. O cão é o principal reservatório no Brasil e a raposa
é o único reservatório silvestre conhecido no Brasil.
Período de Incubação
Em média de dois a
quatro meses, mas foram contatados períodos mais longos (30 meses) ou períodos
mais curtos como 10 dias podem ocorrer.
Transmissão
Através da picada de
lebótomos fêmeas.
O homem contaminado
também pode transmitir a doença para os mosquitos não infectados quando é
picado.
É possível também a
transmissão congênita, por contato sexual ou por transfusão de sangue.
Tipos
Indiano ou clássico
calazar.
Mediterrâneo ou
calazar infantil.
Neotropical ou
calazar americano.
Sul da URSS.
Sudanês ou calazar
Sudanês.
Sinais Sintomas
Os sintomas aparecem
subitamente ou gradualmente, Conforme a evolução da doença, fazendo com que o
paciente procure o médico quando a doença já esta numa fase mais adiantada e
mais complicada:
Ø Período prodrômico: Febre regular, tosse seca, diarréia,
sudorese, sonolência, perda de peso, palidez, prostração e aumento do volume do
fígado e baço. Obs: em alguns casos esses sintomas persistem em media de 3 a 6 meses, sem necessidade de
tratamento específico esses processo chamados de infecções subclínicas ou
oligossintomáticos.
Ø Período Clássico: Micropoliadenia, alopecia, adinamia,
epistaxe, gengivorragias, mialgia, palidez, taquicardia, edema, aumento do
volume do fígado e baço, pele ressecada, apatia ou agitação, anemia, tosse e
alterações do aparelho digestivo.
Ø Casos Graves: edema no MMSS e MMII, palidez acentuada
cílios alongados, deambulação vagarosa, diarréia, alopecia, ascite, anemia
grave, emagrecimento e abdome protuso e volumoso por causa do acentuado quadro
da hepatoesplenomegalia.
Ø Casos Gravíssimos: Anemia intensa, dispnéia, sopro cistólico e
insuficiência cardíaca, pneumonia intersticial, hipoalbuminemia, emagrecimento
caquético, hepatoesplenomegalia, gigante e indolor, linfadenomegalia
generalizada e hemorragias intensas que pode levar o paciente ao óbito.
Diagnostico
Ø Anamnese
Ø Exame físico, clinico
e laboratoriais
Ø Teste de Montenegro e
Elisa
Ø Reação de Napier ou
formol gel
Ø Função da medula
óssea para aspiração do lcr
Tratamento
Ø A base de derivados
de antinomias pentavalentes.
Ø Medicamentos
antifúngicos orais também estão sendo testados atualmente.
Ø Hospitalização
imediata, depois da alta hospitalar o paciente deve ser aconchando pelo menos
por 12 meses para não haver recaídas. Obs: As causas de óbito de mais
freqüência são broncopneumonia, septicemia, gastroenterite, caquexia,
hemorragias agudas e coagulopatias pós-transfusionais.
Profilaxia
Ø Medidas sanitárias
Ø Notificação
compulsória as autoridades sanitárias
Ø Eliminação dos cães
doentes e dos roedores.
Ø Pesquisas de cães
infectados por leishmania donovani.
Ø Pulverizar com inseticidas
DDT as zona endêmicas.
Ø Controle de vetores e
cães vadios.
Ø Vacinas
anti-leishmaniose estão em fase de desenvolvimento.
Ø É campanha de
prevenção e educação sanitária.
Medidas Gerais: Colocar tela nas janelas, portas, uso de
repelente e mosquiteiros em regiões endêmicas
É uma zoonose(doença de animais) não
contagiosa características de roedores silvestres e desdentados que pode ser
transmitida ao homem pela picada dos mosquitos. É uma doença de evolução
crônica caracterizada por uma duração muito longa com lesões ulcerativas de
pele, cartilagem e mucosa. Atinge principalmente homens que entram em contato
com áreas devastadas de matas e florestas para a construção de estradas,
hidrelétricas, desmatamentos para plantações em fazendas, caçadores em áreas
florestais, garimpeiros, seringueiros etc.
É uma doença conhecida pelos seguintes nomes:
Ø
Leishimaniose
cutâneo-mucosa
Ø
Espúndia
Ø
Ferida
brava
Ø
Úlcera
de Bauru
Ø
Leish
Ø
Nariz
de tapir
Agente etiológico:
Protozoário do gênero leishimania, que no
Brasil encontra-se as seguintes espécies:
Ø Leishimania brasiliensis- é a forma mais grave
da moléstia que acontece com maior freqüência as mucosas.
Ø Leishimania guyanesis- causa lesões cutâneas múltiplas em
pessoas que tem contato com florestas.
Incidência:
Ø É mais freqüente em
adulto do sexo masculino.
Ø A incidência da
doença esta relacionada a quantidade de vetores.
Ø Ocorre mais durante
as estações quentes após as chuvas de verão.
Ø Ocorre mais em zonas
florestais devido ao desmatamento
Ø As populações rurais
das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste são as que tem mais casos da doença.
Fonte de infecção:
Animais domésticos
infectados pelas leishmania.
Reservatórios:
Ø
Primário- animais silvestres
que têm as leishimanias no corpo e convivem com os mosquitos. Ex: roedores
selvagens, raposas, gambá etc.
Ø
Secundário- são animais
domésticos. Ex: cão, ratos domésticos, eqüino, muares.
Hospedeiro:
Ø Definitivos- os
mamíferos silvestres.
Ø Intermediários- os
insetos hematófagos da subfamília Phlebotominae.
Ø Acidental-
considerado o homem.
Período de incubação:
Em média de 10 dias a
3 meses.
Evolução:
O mosquito ao picar
um animal infectado com o protozoário que transmite a doença, fornece em seu
intestino um ambiente para o desenvolvimento da leishimania. Quando pica o
homem ou outro animal, o mosquito inocula o parasita, e esses se multiplicam no
local da picada originando uma lesão cutânea com um aspecto pápuloeritematoso,
ulcerado, consistente, elevada e aumentando gradualmente chegando a atingir
10cm de diâmetro com as bordas bem elevadas e uma base granulosa que sangra
facilmente. Em alguns casos ocorre uma
regressão espontânea, mas na maioria dos casos ocorre um período de latência de
vários meses de duração até surgir as lesões cutâneas e mucosas características
das doenças.
Transmissão:
É transmitida pela
picada de um inseto flobotomineo(mosquito) infectado.
Formas clínicas:
Forma cutânea,
mucosa, cutânea-mucosa, difusa ou hansenóide(rara).
Sinais e sintomas:
Febre irregular por
longo período, palidez e emagrecimento.
Diagnóstico:
Exame físico, clínico
e laboratoriais, biópsia, testes de Montenegro, Elisa, sorológicos.
Tratamento:
A base de sulfas e
fungicidas e drogas derivadas de antimonias pentavalentes.
Nas lesões extensas
da orofaringe e faringe é indicado os corticósteroides injetáveis.
Cirurgias plásticas
reparadora nas lesões faciais.
É uma doença que
ainda não tem documento casos com cura completa clinicamente e biológicamente,
na maioria ocorrendo recidivas alguns meses ou anos depois do tratamento.
Profilaxia:
Medidas sanitárias:
Ø No rompimento da
cadeia epidemiológica
Ø Controle de vetores
Ø Eliminação de animais
infectados
Ø vacina em fase de
teste, mas a imunidade ainda parece ser transitória.
Medidas gerais:
Ø Proteção individual
Ø Usar inseticidas e
repelentes
Ø Usar telas
Ø Observar cães
Reservatórios:
Ø Primário- animais silvestres que têm as leishimanias
no corpo e convivem com os mosquitos. Ex: roedores selvagens, raposas, gambá
etc.
Ø Secundário- são animais domésticos. Ex: cão, ratos
domésticos, eqüino, muares.
Hospedeiro:
Ø Definitivos- os
mamíferos silvestres.
Ø Intermediários- os
insetos hematófagos da subfamília Phlebotominae.
Ø Acidental-
considerado o homem.
Período de incubação:
Em média de 10 dias a
3 meses.
Evolução:
O mosquito ao picar
um animal infectado com o protozoário que transmite a doença, fornece em seu
intestino um ambiente para o desenvolvimento da leishimania. Quando pica o
homem ou outro animal, o mosquito inocula o parasita, e esses se multiplicam no
local da picada originando uma lesão cutânea com um aspecto pápuloeritematoso,
ulcerado, consistente, elevada e aumentando gradualmente chegando a atingir
10cm de diâmetro com as bordas bem elevadas e uma base granulosa que sangra facilmente.
Em alguns casos ocorre uma regressão
espontânea, mas na maioria dos casos ocorre um período de latência de vários
meses de duração até surgir as lesões cutâneas e mucosas características das
doenças.
Transmissão:
É transmitida pela
picada de um inseto flobotomineo(mosquito) infectado.
Formas clínicas:
Forma cutânea,
mucosa, cutânea-mucosa, difusa ou hansenóide(rara).
Sinais e sintomas:
Febre irregular por longo período, palidez e
emagrecimento.
Diagnóstico:
Exame físico, clínico
e laboratoriais, biópsia, testes de Montenegro, Elisa, sorológicos.
Tratamento:
A base de sulfas e
fungicidas e drogas derivadas de antimonias pentavalentes.
Nas lesões extensas da orofaringe e faringe é
indicado os corticósteroides injetáveis.
Cirurgias plásticas
reparadora nas lesões faciais.
É uma doença que
ainda não tem documento casos com cura completa clinicamente e biológicamente,
na maioria ocorrendo recidivas alguns meses ou anos depois do tratamento.
Profilaxia:
Medidas sanitárias:
Ø No rompimento da
cadeia epidemiológica
Ø Controle de vetores
Ø Eliminação de animais
infectados
Ø vacina em fase de
teste, mas a imunidade ainda parece ser transitória.
Medidas gerais:
Ø Proteção individual
Ø Usar inseticidas e
repelentes
Ø Usar telas
Ø Observar cães
domésticos
Ø
FONTE
MINISTÉRIO DA SAÚDE, Secretaria de Vigilância
em Saúde, Departamento de Vigilância Epidemiológica, DOENÇAS INFECCIOSAS E
PARASITÁRIAS. GUIA DE BOLSO, 6ª edição revista Série B. Textos Básicos de
Saúde, brasília / DF, 2006
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Clínica: Seleção de Métodos e Técnicas de Laboratório para o Diagnóstico das
Parasitoses Humanas. São Paulo: Atheneu, 2001.
CARRERA, M. Insetos de Interesse
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Parasitárias. Rio de janeiro: Gunabara Koogan,2V. 2005.
GOULART, G. G.; COSTA LEITE, I.
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1978.
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PESSOA, S. B.; MARTINS, A. V.
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REY, L. Bases da Parasitologia
Médica. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
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de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
VALLADA, E.P. Manual de exame de
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Bibliografia Complementar
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GARCIA, L. S.; BRÜCKNER, D. A. Diagnostic Medical
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LEVENTHAL, R.; CHEADLE, R.
Parasitologia Médica: Texto e Atlas. 4 ed. São Paulo: Editora Premier, 1997.
WORLD HEALTH ORGANIZATION.
Procedimentos Laboratoriais em Parasitologia Médica. São Paulo: Editora Santos,
1994.
ZAMAN, V. Atlas Color de
Parasitologia Clínica. 2 ed. Buenos Aires: Panamericana, 1988.
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