ÁCIDO
ACETILSALICÍLICO
ALINE LINS CAMARGO
Apresentações
•
Comprimidos 100 mg e 500 mg.
Indicações
• Dor leve
a moderada.
• Enxaqueca
e outros tipos de cefaleia.
• Febre.
• Processos
inflamatórios.
•
Profilaxia e tratamento de doenças tromboembólicas.
• Prevenção
de trombose em cirurgias cardíacas.
• Prevenção
secundaria de evento vascular encefálico transitório.
• Prevenção
secundaria de cardiopatia isquêmica.
• Prevenção
secundaria de enfarte agudo do miocárdio.
•
Tratamento adjuvante em angina estável e instável.
• Suspeita
de enfarte agudo do miocárdio.
- Tratamento de enfarte agudo do miocárdio em
associação com trombolítico.
- Terapia após angioplastia com e sem implantação de stent.
Contraindicações
•
Hipersensibilidade ao acido acetilsalícilico ou a anti-inflamatórios não esteroides.
• Crianças
e adolescentes com menos de 16 anos (risco de síndrome de Reye).
•
Tratamento de gota.
• Ulceração
péptica previa ou ativa.
• Hemofilia
e outras doenças hemorrágicas.
Precauções
v
Usar
com cuidado nos casos de:
- Asma, pólipos nasais e outras doenças alérgicas, hipertensão
não controlada, desidratação, deficiência de glicose-6-fosfato
desidrogenase e consumo exagerado de álcool.
- Insuficiência renal
- Insuficiência hepática
- Cirurgias (suspender o uso uma a duas semanas antes
do procedimento para reduzir o risco de sangramento excessivo.
- Uso de bebida alcoólica (risco de sangramento
gastrintestinal).
- Ocorrência de zumbidos ou perda de acuidade auditiva
(suspender o uso).
- Idosos (mais Susceptíveis aos efeitos tóxicos dos
salicilatos).
- Lactacao (ver Apendice B).
v
Categoria
de risco na gravidez (FDA): D.
Esquemas
de administração
Adultos
Dor leve a
moderada, febre e enxaqueca
• Dose de
500 a 1.000 mg, por via oral, a cada 4 a 6 horas. Dose máxima diária:4 g.
Doenças
inflamatórias
• Dose de
1.000 a 1.500 mg, por via oral, a cada 6 horas. Dose máxima diária: 4 a 6 g.
Profilaxia
e tratamento de doença tromboembólica
• Dose de
100 a 200 mg, por via oral, a cada 24 horas.Prevenção de formação de trombo após cirurgia cardíaca
• Dose de
100 a 300 mg, por via oral, a cada 24 horas.
Prevenção
secundária de evento vascular encefálico transitório
• Dose de
100 a 300 mg, por via oral, a cada 24 horas, com inicio nas primeiras horas após
o episodio e mantida durante tempo indeterminado.
Prevenção
secundária de enfarte agudo do miocárdio
• Dose de
100 a 300 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante tempo indeterminado.
Terapia
adjuvante em angina estável e instável
• Dose de
100 a 300 mg, por via oral, a cada 24 horas, durante tempo indeterminado.
Terapia de
enfarte agudo do miocárdio em associação com trombolítico
• Dose única
de 150 a 300 mg, por via oral, administrada precocemente após o diagnostico.
Dose de manutenção de 100 mg, por via oral, a cada 24 horas.
Terapia
após angioplastia com inserção de stent coronariano
• Dose de
300 mg, por via oral, pelo menos 2 horas antes da inserção, e após
150 a 300
mg, por via oral, a cada 24 horas.
Aspectos
farmacocinéticos clinicamente relevantes
• Inicio de
efeito: 15 a 30 minutos (analgésico, antipirético e anti-inflamatório), 1 a 7,5
minutos (antiplaquetário).
• Pico de
efeito: 1 a 2 horas.
• Duração
de efeito: 4 a 6 horas.
• Meia-vida
de eliminação: acido acetilsalicilico: 15 a 20 minutos; salicilatos (dose
dependente): 2,5 a 3 horas (500 mg); 5 a 6 horas (acima de 1.000 mg).
•
Metabolismo: hepático.
• Excreção:
renal.
Efeitos
adversos
•
Geralmente são leves e infrequentes em doses baixas.
Frequentes
• Indigestão,
náuseas, vômitos.
Graves
• Ulceras
gastrintestinais (6% a 31%)
•
Sangramentos.
• Perda
auditiva e zumbido no ouvido (uso de doses elevadas e/ou crônico).
•
Broncoespasmo, angioedema, reações de hipersensibilidade, síndrome de Reye (crianças).
Interações
de medicamentos
• Acido
valpróico: pode aumentar as concentrações séricas de acido valpróico livre. Com
doses repetidas, monitorar concentração plasmática de acido valpróico, sintomas
de toxicidade do acido valpróico e enzimas hepáticas.
•
Anticoagulantes (anisindiona, femprocumona, heparina, heparinas de baixo peso
molecular, varfarina): aumento da atividade anticoagulante e risco de
sangramento. A administração combinada
deve ser evitada sempre que possível. Quando administrados juntos monitorar
paciente cuidadosamente. Ajuste da dose do anticoagulante pode ser necessário.
•
Celecoxibe: aumento do risco de sangramento gastrintestinal. Observar pacientes
para sinais
de sangramento gastrintestinal, quando doses elevadas de acido acetilsalicilico
são utilizadas.
•
Cetorolaco: pode resultar em aumento dos efeitos adversos gastrintestinais (ulcera
péptica, sangramento e perfuração gastrintestinal). Uso concomitante e
contraindicado.
•
Corticoides sistêmicos (por exemplo, prednisona, prednisolona, dexametasona,
metilprednisolona):
aumento do risco de ulcerações gastrintestinais e concentrações séricas .sub -terapêuticas
do acido acetilsalicilico. Monitorar pacientes para efeitos adversos
gastrintestinais excessivos e para diminuição da efetividade do acido
acetilsalicilico.
•
Diltiazem, verapamil: pode resultar em prolongamento do tempo de sangramento. Monitorar
pacientes para sinais e sintomas de sangramento, especialmente no trato
gastrintestinal.
•
Estreptoquinase: aumento do risco de complicações hemorrágicas. O uso concomitante
com acido acetilsalicilico deve ser evitado em paciente com acidente vascular isquêmico
ate trombolise ter sido completada.
•
Furosemida: pode diminuir o efeito diurético da furosemida. Em adultos, evitar
doses superiores a 650 mg de acido acetilsalicilico quando administrado com
furosemida.
• Ginkgo:
aumento do risco de sangramento. Monitorar sinais de sangramento.
•
Ibuprofeno: possível redução do efeito antiplaquetário do acido
acetilsalicilico. Uso concomitante deve ser evitado (aumento dos efeitos
adversos), mas caso este seja necessário, usar o acido acetilsalicilico pelo
menos 30 minutos antes ou 8 horas após a administração de ibuprofeno.
•
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA), como captopril e
enalapril: o uso concomitante com acido acetilsalicilico pode diminuir a
efetividade do inibidor da ECA. Avaliar a relação risco beneficio do uso combinado.
•
Inibidores da receptação de serotonina (citaprolam, fluoxetina, paroxetina, sertralina):
aumento do risco de sangramento. Monitorar pacientes em relação a sinais de
sangramento.
•
Metotrexato: aumento do risco de toxicidade do metotrexato (leucopenia, trombocitopenia,
anemia, ulcerações nas mucosas). Monitorar sinais de toxicidade,
especialmente
mielossupressão e toxicidade gastrintestinal.
•
Nitroglicerina: pode aumentar as concentrações de nitroglicerina e depressão aditiva
da função plaquetária. Esta interação pode ser usada terapeuticamente em
pacientes com enfarte agudo do miocardio. Em outros pacientes, monitorar
resposta exacerbada a nitroglicerina, evidenciada por cefaleia e sincope.
•
Sulfonilureias (exemplo, clorpropamida, tolbutamida): aumento do risco de hipoglicemia.
Em pacientes recebendo doses elevadas de acido acetilsalicilico, monitorar
glicose sanguínea e sinais clínicos de hipoglicemia. Ajuste da dose da
sulfonilureia pode ser necessário.
•
Ticlopidina: aumento do risco de sangramento. Uso concomitante deve ser acompanhado
de monitoria cuidadoso da função hematológica.
• Vacina
contra varicela: pode aumentar o risco de desenvolvimento de síndrome de Reye.
Evitar uso de salicilatos por 6 semanas após administração da vacina.
•
Venlafaxina: aumento do risco de sangramento. Monitorar pacientes para sinais
de aumento de sangramento quando venlafaxina e iniciada ou descontinuada.
Orientações
aos pacientes
• Orientar
para ingerir os comprimidos com 250 mL de água e não deitar dentro de 15 a 30
minutos após a administração.
• Orientar
para ingerir o medicamento com alimentos ou grande quantidade de água ou leite
para evitar desconforto gastrintestinal.
• Reforçar
a importância de evitar o uso de bebidas alcoólicas.
• Alertar
que e importante notificar imediatamente ao medico se apresentar os seguintes
efeitos adversos: dor de estomago forte, vomito com sangue ou vomito com aparência
de grumos de café, sangue nas fezes ou urina, exantema ou bolhas na pele com
prurido intenso, inchaço da face ou pálpebras, respiração difícil ou ruidosa,
muita tontura ou sonolencia, zumbido no ouvido.
Aspectos
farmacêuticos
• Armazenar
a temperatura ambiente, entre 15 e 30 .C, em embalagens bem fechadas e
protegidas de calor excessivo, umidade e luz direta.
• Após exposição
à água ou umidade, o fármaco sofre hidrolise, resultando em salicilato e
acetato, que possuem odor semelhante a vinagre. Não usar se odor forte estiver
presente.
Fonte : BRASIL, Ministério da Saúde,
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Formulário
Terapêutico Nacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário