segunda-feira, 8 de agosto de 2016

ALOPURINOL

ALOPURINOL

ALINE LINS CAMARGO


FÓRMULA ESTRUTURAL


APRESENTAÇÃO

• Comprimidos de 100 mg e 300 mg

INDICAÇÕES

• Profilaxia da gota.
• Profilaxia de hiperuricemia associada a neoplasia.

CONTRAINDICAÇÕES

• Gota aguda.

• Hipersensibilidade ao alopurinol ou a qualquer componente da formulação.

PRECAUÇÕES

• Usar com cuidado nos casos de:

a)    hiperuricêmia assintomática (uso não indicado).
b)    ocorrência de exantema (interromper tratamento).
c)    lactação.
d)    insuficiência renal  e hepática

• Assegurar ingestão adequada de líquidos, de 2 a 3 litros/dia.

• Categoria de risco na gravidez (FDA): C.

ESQUEMAS DE ADMINISTRAÇÃO

Crianças

Profilaxia da hiperuricemia associada a neoplasia

• 10 a 20 mg/kg/dia, dividido a cada 8 a 12 horas. Dose máxima diária: 400 mg.

Adultos

Profilaxia da gota

• Dose inicial 2 a 3 semanas após controle da crise (ou ataque) aguda de 100
mg, por via oral, a cada 24 horas, preferentemente após alimentos, ajustada de acordo com a concentração sérica ou urinaria de acido úrico, durante tempo indeterminado.

• Dose de manutenção 100 a 200 mg, por via oral, a cada 8 a 12 horas ou 300
mg, por via oral, a cada 24 horas. Gota leve: 100 a 300 mg, por via oral, ao dia.
Gota moderada: 300 a 600 mg, por via oral, ao dia. Gota grave: 700 a 900 mg,
por via oral, ao dia. Doses superiores a 300 mg, devem ser divididas a cada 8
a 12 horas. Dose máxima: 900 mg/dia.

Profilaxia da hiperuricemia associada a neoplasia

• 600 a 800 mg, por via oral, a cada 24 horas; iniciar de 12 horas a 3 dias antes
do tratamento para o câncer e continuar por 2 a 10 dias após.

ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS CLINICAMENTE RELEVANTES

• Inicio de efeito: 2 a 3 dias.

• Pico do efeito: 7 a 10 dias.

• Pico de concentração plasmática: 0,5 a 2 horas.

• Duração de efeito: os efeitos persistem por aproximadamente 6 dias após suspensão da terapia.

• Metabolismo: hepático (metabolito ativo: oxipurinol).

• Meia-vida de eliminação: função renal normal: alopurinol: 1 a 3 horas, oxipurinol: 12 -30 horas. Doença renal em estagio final: prolongada.

• Excreção: renal (76% como oxipurinol, 12% em forma inalterada) e fecal.

• Alopurinol e oxipurinol são dualizáveis.

EFEITOS ADVERSOS

• Prurido(<1 alopecia.="" de="" exantema="" frequente="" menos="" ndrome="" o:p="" s="" stevens-johnson="">

• Náusea (1,3%), vômitos (1,2%), alteração ou perda do paladar.

• Insuficiência renal (1,2%).

• Vasculite.

• Cefaleia.
• Sonolência.

• Agranulocitose (menos frequentes), anemia (menos frequentes), anemia aplásica (menos frequentes), trombocitopenia (menos frequentes).

• Mielossupressão (menos frequentes).

• Hepatotoxicidade (menos frequentes).

INTERAÇÕES DE MEDICAMENTOS

• ANTICOAGULANTES ORAIS (VARFARINA, FEMPROCUMONA): uso concomitante ao alopurinol aumenta o risco de sangramento. Com uso concomitante, monitorar tempo de protrombina ao introduzir ou retirar alopurinol e periodicamente durante uso combinado. Ajuste de dose do anticoagulante oral pode ser necessário.

• CICLOFOSFAMIDA: pode ter sua toxicidade aumentada (supressão da medula óssea, náusea, vomito). Evitar a administração concomitante, se possivel. Quando administrados juntos, monitorar para aumento de efeitos adversos da ciclofosfamida, especialmente mielossupressão.

• CICLOSPORINA: pode ter sua toxicidade aumentada pelo alopurinol (insuficiência renal, colestase, parestesias). Monitorar sinais de toxicidade e niveis plasmaticos de ciclosporina e ajustar sua dose, se necessário.

• DIDANOSINA: alopurinol pode aumentar as concentrações séricas de didanosina. Pacientes devem ser monitorados para efeitos adversos relacionados a didanosina.

• HIDRÓXIDO DE ALUMÍNIO: pode reduzir a efetividade do alopurinol. O hidróxido de alumínio deve ser tomado pelo menos três horas ou após a administração de alopurinol.

• INIBIDORES DA ENZIMA CONVERSORA DE ANGIOTENSINA (ECA), como enalapril e captopril: o uso concomitante ao alopurinol pode resultar em reações de hipersensibilidade (síndrome de Stevens-Johnson, erupções na pele, espasmo coronariano anafilático). Monitorar para sinais de hipersensibilidade; se tais manifestações ocorrerem, suspender os dois medicamentos.

• PENICILINAS (AMPICILINA, AMOXICILINA): uso concomitante ao alopurinol pode aumentar o risco de exantema. Se ocorrer exantema, considerar a redução da dose de alopurinol ou terapia farmacológica alternativa.

• TIOPURINAS (AZATIOPRINA, MERCAPTOPURINA): alopurinol pode aumentar o efeito e a toxicidade das tiopurinas (náuseas, vômitos, leucopenia, anemia). Se possível, evitar o uso combinado. As doses das tiopurinas devem ser reduzidas para 1/3 a 1/4 da dose usual quando usado concomitantemente. Monitorar paciente hematologicamente.

• VIDARABINA: uso concomitante com alopurinol pode resultar em neurotoxicidade, tremores e redução da função cognitiva. Se terapia concomitante e requerida, monitorar para sinais de neurotoxicidade. Ajuste da dose de vidarabina pode ser necessário.

ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES

• Evitar ingestão de bebidas alcoólicas e de alimentos ricos em purina como anchovas, sardinhas, fígado, rim e lentilha.

• Orientar para tomar o medicamento após as refeições para evitar desconforto estomacal.

• Reforçar a necessidade da ingestão hídrica abundante, cerca de 10 a 12 copos de líquidos por dia.

• Pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora como operar maquina e dirigir.

• Orientar para a importância de comunicar ao perceber qualquer sinal de efeito adverso.

• Orientar para suspender o uso do alopurinol e comunicar imediatamente ao medico se ocorrer exantema na pele, dor ao urinar, sangue na urina, irritação dos olhos ou inchaço dos lábios ou boca.

ASPECTOS FARMACÊUTICOS

• Os comprimidos devem ser armazenados em frascos bem fechados, a temperatura entre 15 a 30 °C, em locais secos e protegidos da luz.

• Preparação extemporânea: triturar comprimidos para fazer uma suspensão na concentração de 5 mg/mL em xarope simples; estável por 14 dias sob refrigeração.

FONTE :


BRASIL, Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Formulário Terapêutico Nacional

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