sexta-feira, 3 de outubro de 2014

UM BREVE DIAGNÓSTICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR NO BRASIL E A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO EM SAÚDE

UM BREVE DIAGNÓSTICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR NO BRASIL E A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO EM SAÚDE




Com o objetivo de tentar consolidar a importância da administração como um estudo necessário para um bom entendimento do contexto da farmácia hospitalar passará a assinalar alguns dados relativos ao trabalho “Diagnóstico da Farmácia Hospitalar no Brasil” concluído em 2004, e realizado sob a organização das Professoras Doutoras Claudia G. Serpa Osório de Castro e Sema Rodrigues de Castilho, sob o patrocínio da Organização Pan-Americana da Saúde e da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz através do Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF)

Pelo trabalho supramencionado, podemos observar que vários indicadores foram avaliados por grupos de atividades, cujos alguns resultados que julgamos significativos passaremos a descrever a seguir:

LOGÍSTICA - PROGRAMAÇÃO

·       Porcentagem de FH em que há programação para abastecimento dos medicamentos selecionados – Somente 7,6% atendem a esse item.
·       Porcentagem de FH que utiliza curva ABC para a programação, dentre aqueles que possuem uma relação de medicamentos para compra – Somente 30,9% atendem a este item.

LOGÍSTICA - AQUISIÇÃO

·       Porcentagem de hospitais, onde havendo especificações técnicas elaboradas pelo farmacêutico, estas são completas – Somente 12,3% atendem este item.
·       Porcentagem de hospitais, nos quais o farmacêutico realiza especificações completas da compra, dentre os quais realizam aquisição. – Somente 1,3% atendem este item
·       Porcentagem de hospitais que utilizam banco de preços para acompanhamento do processo de compra, dentre os que compram. - Somente 15,2% atendem este item.

LOGÍSTICA - ARMAZENAMENTO

·       Porcentagem de hospitais onde o registro de estoque corresponde à contagem física para medicamentos estocados no almoxarifado, – 0,0% % atendem este item.

DISTRIBUIÇÃO

·       Porcentagem de FH que distribuem medicamentos para pacientes internados utilizando o sistema de distribuição por dose unitária – Somente 0,4% atendem este item.

GERENCIAMENTO

·       Porcentagem de FH que possuem manual de normas e procedimentos – Somente 7,0% atendem este item.

·       Porcentagem de FH que desenvolvem planejamento de objetivos e metas com periodicidade anual ou maior – Somente 2,0% atendem este item.
·       Porcentagem de FH que possuem programação anual ou maior para capacitação de recursos humanos – Somente 1,2% atendem este item.
·       Porcentagem de FH que possuem recursos de informática para utilização em atividades clínicas – Somente 5,6% atendem este item.

SELEÇÃO

·       Porcentagem de FH que possuem Comissão de Farmácia e Terapêutica funcionando regularmente – Somente 3,6% atendem este item.
·       Porcentagem de hospitais que possuem lista de medicamentos padronizados atualizadas – Somente 27,2% atendem este item.
·       Porcentagem de hospitais que possuem protocolos terapêuticos – Somente 2,0% atendem este item.
·       Porcentagem de hospitais que possuem formulário ou guia terapêutico – Somente 5,6 % atendem este item.


Outros indicadores foram avaliados apontando tanto distorções técnicas como administrativas. É bom lembrar que distorções administrativas podem provocar distorções técnicas apesar de toda boa vontade dos profissionais atuantes em farmácia hospitalar.

É importante assinalar que o resulto final do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores, contendo toda a metodologia, e a amostra utilizada para o trabalho, consta do livro “Diagnóstico da Farmácia Hospitalar no Brasil” que se encontra disponível na Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz e recomendamos uma leitura completa de toda a pesquisa para um melhor entendimento da questão. Apenas pinçamos alguns dados que julgamos necessários para justificar a importância da administração no contexto estudado.

FONTE


“Diagnóstico da Farmácia Hospitalar no Brasil” concluído em 2004, e realizado sob a organização das Professoras Doutoras Claudia G. Serpa Osório de Castro e Sema Rodrigues de Castilho, sob o patrocínio da Organização Pan-Americana da Saúde e da Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz através do Núcleo de Assistência Farmacêutica (NAF)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL HOSPITALAR

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL HOSPITALAR




De acordo com Manual Brasileiro de Acreditação Série A. Normas e Manuais Técnicos; n. 117 3.ª Edição Revista e Atualizada Brasília – DF 2002 . 1998. Ministério da Saúde, um hospital poderia ser estruturado da seguinte forma:

1  AS SEÇÕES E SEUS FUNDAMENTOS

1.1 liderança e administração

Esta seção apresenta as subseções relacionadas ao sistema de governo da organização. Nela estão presentes subseções ligados aos aspectos de liderança, diretrizes administrativas, planejamento institucional e relacionamento com o cliente.

1.2 Serviços profissionais e organização de assistência

Esta seção dedica-se à organização dos serviços profissionais que prestam assistência direta ao cliente/paciente e perpassam todos os serviços de atenção aos clientes: de apoio ao diagnóstico, de apoio técnico, de apoio administrativo e de ensino e pesquisa, configurando assim, o modelo e a filosofia assistencial e institucional.AL BRASILEIRO DE ACREDÇÃO HOSPITALAR PARTE II
1.3 SERVIÇOS DE ATENÇÃO AO PACIENTE/CLIENTE
Esta seção agrupa as unidades e serviços tipicamente “assistenciais”, ou seja, todos aqueles em que existe o contato direto com o usuário, um processo ou serviço médico assistencial desenvolvido, uma equipe médica e multiprofissional envolvida, um conjunto de insumos tecnológicos específicos e um(ns) espaço(s) institucional(is) especificamente reservado(s).

SERVIÇOS DE APOIO AO DIAGNÓSTICO

Esta seção reúne os serviços voltados para o apoio ao diagnóstico.

SERVIÇOS DE APOIO TÉCNICO E ABASTECIMENTO

Esta seção visa a agrupar todos aqueles serviços que envolvem uma ação técnica especializada, mas que também se caracterizam por envolver processos de abastecimento, fornecimento, estocagem, produção e/ou serviços técnicos especializados de apoio a ação assistencial e as equipes profissionais que realizam a terapêutica.

SERVIÇOS DE APOIO ADMINISTRATIVO E INFRA-ESTRUTURA

Nesta seção encontram-se os serviços que se relacionam aos processos de apoio e ação técnico-profissional, a infra-estrutura físico-funcional e ao apoio aos processos da organização (planejamento predial, financeiro, segurança geral, etc.).

ENSINO E PESQUISA

Esta seção objetiva integrar todos os componentes que se relacionem às funções educativas e de investigação da organização, de tal forma que permita realizar um diagnóstico da estrutura disponibilizada para o treinamento funcional, para a educação permanente, para o processo de formação de recursos humanos e para a geração de novos conhecimentos.

SEÇÕES E SUBSEÇÕES

LIDERANÇAS E ADMINISTRAÇÃO

A presente seção tem por finalidade apresentar as subseções relacionadas aosistema de governo da Organização, aos aspectos de liderança, diretrizes administrativas, planejamento institucional e relacionamento com o cliente.  Subseções atuais: Direção, Administração e Garantia da Qualidade.

1  DIREÇÃO
Administração de profissionais que desenvolvem as políticas da Instituição e coordenam a sua execução.

.2 ADMINISTRAÇÃO
Área ou unidade que responde pelo gerenciamento dos recursos financeiros, materiais e humanos da Instituição.
3  GARANTIA DA QUALIDADE
Corresponde às atividades destinadas a avaliar e garantir a qualidade dos serviços oferecidos internamente e externamente.

SERVIÇOS PROFISSIONAIS E ORGANIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA

Esta seção é dedicada a apresentação das subseções relacionadas à organização de serviços profissionais que prestam assistência direta ao cliente/paciente e perpassam todos os serviços de atenção aos clientes: de apoio ao diagnóstico, de apoio técnico, de apoio administrativo, e de ensino e pesquisa, configurando assim, o modelo e a filosofia assistencial e institucional.

SUBSEÇÕES ATUAIS: CORPO CLÍNICO E ENFERMAGEM

3.2.1        CORPO CLÍNICO
Equipe médica responsável pela internação do paciente e pela assistência contínua nas 24 horas, até a sua alta.

3.2.2        ENFERMAGEM
O serviço de Enfermagem compreende: previsão, organização e administração de recursos para prestação de cuidados aos pacientes, de modo sistematizado, respeitando os preceitos éticos e legais da profissão.

3.3     SERVIÇO DE ATENÇÃO AO PACIENTE/CLIENTE
A Seção denominada de Serviços de Atenção ao Paciente/Cliente, tem por finalidade
agrupar todas as unidades e serviços tipicamente assistenciais, com características
de contato direto com o usuário, processo ou serviço médico assistencial desenvolvido,
equipe multiprofissional e interdisciplinar envolvida, conjunto de insumos e espaço(s) institucional específico(s) a seus respectivos processos.
Subseções atuais: Internação; Referência e Contra-Referência; Atendimento Ambulatorial;
Emergência; Centro Cirúrgico; Anestesiologia; Obstetrícia; Neonatologia; Tratamento Intensivo; Hemoterapia; Reabilitação; Medicina Nuclear; e Radioterapia.

3.3.1        INTERNAÇÃO
Prestação de atendimento a pacientes que necessitam de assistência direta programada ou não, por período superior a 24 horas.

3.3.2        REFERÊNCIA E CONTRA-REFERÊNCIA
Processo de articulação com outras Instituições de Saúde para o encaminhamento, transferência e recepção (contra-referência) de clientes/pacientes.

3.3.3        ATENDIMENTO AMBULATORIAL
Prestação de atendimento eletivo e de assistência a clientes/pacientes externos, programado e continuado.

3.3.4        EMERGÊNCIA
Prestação de atendimento imediato a clientes/pacientes externos em situação de sofrimento, sem risco de perda da vida (urgência) ou com risco de perda da vida (emergência), durante 24 horas.

3.3.5        CENTRO CIRÚRGICO
Unidade destinada ao desenvolvimento de atividades cirúrgicas, bem como a recuperação pós-anestésica e recuperação pós-operatória imediata.

T 3.3.6 ANESTESIOLOGIA
Serviço que atua junto ao centro cirúrgico, unidades de obstetrícia, serviços de apoio ao diagnóstico e tratamento especializado.

3.3.7        OBSTETRÍCIA
Serviço destinado ao controle do trabalho de parto, parto, primeiros cuidados com os recém-nascidos, e puerpério.

3.3.8        NEONATOLOGIA
Serviço destinado à atenção aos recém-nascidos normais e patológicos, assim como às unidades de terapia intensiva neonatal para recém-nascidos de médio e alto risco.
HOSPITALAR PARTE II

3.3.9        TRATAMENTO INTENSIVO
É o conjunto de elementos destinados ao atendimento de clientes/pacientes com risco iminente de morte, com possibilidade de recuperação, que requerem serviços de assistência médica e de enfermagem nas 24 horas.

3.3.10      HEMOTERAPIA
Serviço onde se realizam atividades que envolvem práticas relacionadas a transfusão de sangue e hemocomponentes.

3.3.11      REABILITAÇÃO
O serviço de Reabilitação é responsável pela assistência em fisiatria, fisioterapia, terapia ocupacional e outras ações para a reintegração do cliente/paciente à comunidade, com o objetivo de torná-lo apto a executar atividades básicas para sua subsistência.

3.3.12      MEDICINA NUCLEAR
Corresponde ao serviço que desenvolve suas ações de diagnóstico in vivo e terapias utilizando recursos tecnológicos baseados em radioisótopos.
HOSPITALAR PARTE II

3.3.13      RADIOTERAPIA
Unidade destinada ao emprego de raios X e radiações ionizantes com fins terapêuticos.
Desenvolve ações terapêuticas através de: teleterapia, braquiterapia, contatoterapia.
HOSPITALAR PARTE II

3.4     SERVIÇOS DE APOIO AO DIAGNÓSTICO
Esta seção, tem por finalidade, agrupar todos os serviços voltados para o apoio ao diagnóstico.Subseções atuais: Laboratório Clínico, Diagnóstico por Imagem, Métodos Gráficos e Anatomia Patológica.

3.4.1        LABORATÓRIO CLÍNICO
Serviço responsável pela coleta, processamento e resultados de exames complementares, de acordo com o grau de complexidade da Instituição, para fins de diagnóstico e tratamento.

3.4.2        DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
Neste serviço estão incluídos os seguintes procedimentos: radiodiagnóstico, angiografias (inclusive por subtração digital de imagens), mamografia, tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética e ultra-sonografia.

3.4.3        MÉTODOS GRÁFICOS
Serviço responsável pela elaboração de exames complementares, de acordo com o grau de complexidade da Instituição, no qual estão incluídos os seguintes procedimentos: eletrocardiograma, eletrocardiograma de esforço, eletroencefalograma e ecocardiograma.

3.4.4        ANATOMIA PATOLÓGICA
Serviço para confirmação de diagnósticos pré, pós-cirúrgicos e ambulatoriais de peças de biópsias e de diagnósticos de necrópsias, através de exames histológicos.

3.5     SERVIÇOS DE APOIO TÉCNICO E ABASTECIMENTO A presente seção denominada Serviços de Apoio Técnico e Abastecimento, visa a agrupar todos aqueles serviços que envolvem uma ação técnica especializada mas que
também se caracterizam por envolver processos de abastecimento, fornecimento, estocagem,
produção e/ou serviços técnicos especializados de apoio e ação assistencial e as equipes profissionais que realizam a terapêutica.
Subseções atuais: Arquivo Médico, Controle de Infecções, Estatísticas, Farmácia, Nutrição e Dietética, Central de Processamento de Roupas – Lavanderia, Central de Processamento de Materiais e Esterilização, Higiene, Segurança e Saúde Ocupacional, e Serviço Social.

3.5.1        ARQUIVO MÉDICO
Local exclusivo para guarda, arquivamento e manutenção do prontuário clínico do cliente/paciente.

3.5.2        CONTROLE DE INFECÇÕES
Ação que visa à prevenção e Controle das Infecções Hospitalares de seus clientes (internos e externos).

3.5.3        ESTATÍSTICAS
Registro estatístico, levantamento de indicadores de qualidade e produtividade e sua utilização.

3.5.4        FARMÁCIA
Farmácia é a unidade de apoio de assistência técnico-administrativa, dirigida por profissional habilitado, integrada funcional e hierarquicamente às atividades da Organização.

3.5.5        NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
Corresponde a oferta de alimentos nutricionalmente balanceados e dietas adequadas às necessidades específicas do cliente/paciente, bem como educação nutricional.

3.5.6        CENTRAL DE PROCESSAMENTO DE ROUPAS
- LAVANDERIA
A Lavanderia é responsável pela provisão de roupas limpas a todos os setores da Organização.

3.5.7        PROCESSAMENTO DE MATERIAIS E
ESTERILIZAÇÃO
É o setor, unidade ou serviço destinado à limpeza, desinfecção, esterilização, armazenamento,
guarda e distribuição dos materiais desinfetados e esterilizados.

3.5.8        HIGIENE
Remoção de sujeiras, detritos indesejáveis e microorganismos presentes no ambiente organizacional, mediante a utilização de processo mecânico e químico.

3.5.9        SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL
Atividades destinadas a prevenir acidentes de trabalho e promover a saúde ocupacional.

3.5.10      SERVIÇO SOCIAL
Atendimento prestado ao paciente e aos seus familiares quanto às questões socioeconômicas, e reintegração social.

3.6     SERVIÇOS DE APOIO ADMINISTRATIVO E INFRA-ESTRUTURA Nesta seção, estão agrupados os serviços de Apoio Administrativo e Infra-estrutura institucional.
Subseções atuais: Documentação da Planta Física; Estrutura Física; Estrutura Físico-Funcional; Sistema Elétrico; Manutenção Geral, Controle de Resíduos e Potabilidade da Água; e Segurança Geral.

3.6.1        DOCUMENTAÇÃO DA PLANTA FÍSICA
Documentação e registro referentes à estrutura física da Organização, aprovada pelos órgãos competentes.

3.6.2        ESTRUTURA FÍSICO-FUNCIONAL
Consiste nas vias de acesso à Instituição, circulação interna e externa, sinalização e fluxos.

3.6.3        SISTEMA ELÉTRICO
Sistema de segurança e manutenção de rede elétrica e suprimento alternativo de energia e iluminação.
3.6.4        MANUTENÇÃO GERAL, CONTROLE DE RESÍDUOS
E POTABILIDADE DA ÁGUA
Serviços de manutenção de toda a infra-estrutura física, de equipamentos da Instituição e controle de qualidade da água e do sistema de gerenciamento de resíduos.  

3.6.5 SEGURANÇA GERAL Serviço existente para garantir a integridade dos clientes internos e externos, através de infra-estrutura adequada, e procedimentos de prevenção de acidentes, sinistros, violência e riscos para a clientela e circundantes.

3.7     ENSINO E PESQUISA
Esta seção, tem por finalidade integrar todos os componentes que se relacionem às funções educativas e de pesquisa da Instituição, de tal forma que permita realizar um diagnóstico da estrutura disponibilizada para o treinamento funcional, para a educação permanente, para o processo de formação de recursos humanos e para a geração de novos conhecimentos.
Subseção atual: Biblioteca/Informação Científica

3.7.1  BIBLIOTECA/INFORMAÇÃO CIENTÍFICA
Organização, controle de informações científicas atualizadas, disponíveis e acessíveis.

4 BIBLIOGRAFIA

1. ONA (Organização Nacional de Acreditação). Diretrizes do Sistema e do Processo de Acreditação; Normas
Técnicas, Norma Orientadora, NO1; Manual da Organização Nacional de Acreditação. Brasília: ONA; 2001.
Disponível em: URL: http://www.ona.org.br/
2. ONA (Organização Nacional de Acreditação). Código de Ética; Normas Técnicas, Norma Orientadora,
NO7; Manual da Organização Nacional de Acreditação. Brasília: ONA; 2001. Disponível em: URL: http:
//www.ona.org.br/
3. ONA (Organização Nacional de Acreditação). Avaliação de Organizações Prestadoras de Serviços de
Saúde; Normas Técnicas, Normas para o Processo de Avaliação, NA1; Manual da Organização Nacional de
Acreditação. Brasília: ONA; 2001. Disponível em: URL: http://www.ona.org.br/
4. ONA (Organização Nacional de Acreditação). Avaliação de Organizações Prestadoras de Serviços
Hospitalares; Normas Técnicas, Normas para o Processo de Avaliação, NA2; Manual da Organização
Nacional de Acreditação. Brasília: ONA; 2001. Disponível em: URL: http://www.ona.org.br/
5. ONA (Organização Nacional de Acreditação). Manual das Organizações Prestadoras de Serviços
Hospitalares, MH1-MH7, Versão 2001; Manual Brasileiro de Acreditação. Manual da Organização Nacional
de Acreditação. Brasília: ONA; 2001. Disponível em: URL: http://www.ona.org.br/
6. ONA (Organização Nacional de Acreditação). Manual das Organizações Prestadoras de Serviços
Hospitalares, Versão 2001. Manual Brasileiro de Acreditação – ONA, Volume 1. Brasília: ONA/Educat;
2001.
Obs.: O modelo de construção da lista de referências segue o padrão da ABNT adaptado segundo os
“Requisitos Uniformes para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomédicos”. Comitê Internacional de
Editores de Periódicos Médicos. New Engl J. Med. 1997; 336(4):309-315.
Normalização, revisâo, editoração e impressão
EDITORA MS
Coordenação-Geral de Documentação e Informação/SAA/SE
MINISTÉRIO DA SAÚDE
SIA, trecho 4, Lotes 540/610 – CEP 71200-040
Telefones: (61) 233-2020 fax: (61) 233-9558
Brasília-DF, maio de 2002
OS 0060/2002


DOENÇAS INFECIOSAS “SUPERBACTÉRIA”

DOENÇAS INFECIOSAS “SUPERBACTÉRIA”

Introdução
As bactérias KPC ou bactérias super-resistentes a antibióticos são um fenômeno recente observado em pacientes que viajaram ao sul da Ásia para fazerem cirurgias plásticas e retornaram a seus países. O primeiro estudo foi publicado em 2009, na revista médica The Lancet e se refere ao gene NDM-1, encontrado até o momento nas bactérias Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli, que causam pneumonia e infecção urinária. Esse gene produz resistência até aos antibióticos da classe das carbapenemas e pode levar a uma preocupante pandemia em futuro próximo.
Segundo os cientistas da Universidade de Madras, as novas bactérias chegaram à Grã-Bretanha trazidas por pacientes que viajaram à Índia ou ao Paquistão para realizarem tratamentos cosméticos. Ao acompanharem pacientes com sintomas suspeitos, eles encontraram 44 casos (1,5% dos investigados) em Chennai e 26 (8%) em Haryana, na Índia. Eles também detectaram a superbactéria em Bangladesh e no Paquistão, bem como em 37 casos na Grã-Bretanha. Os únicos antibióticos efetivos foram a tigeciclina e a colistina.
Os pesquisadores alertam que o gene se instala nos plasmídeos, estruturas de DNA que podem facilmente ser copiadas e transmitidas para diversos outros tipos de bactéria. "Isso sugere uma alarmante possibilidade de o gene se espalhar e modificar toda a população de bactérias", disse ao Correio Braziliense Timothy Walsh, médico descobridor do gene. A mutação foi causada pelo uso excessivo de antibióticos e devido à falta de grandes cuidados higiênicos nos países citados.
O gene já foi detectado também na Austrália e em Portugal, onde a notificação compulsória foi instituída em outubro, sempre que a investigação de bactérias resistentes aos carbapenemos revelar a enzima NDM-1. Até o momento, há casos relatados no Brasil, mas as autoridades médicas afirmam que ainda não se classifica a moléstia como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional, classificação definida pelo Regulamento Sanitário Internacional (RSI 2005) para medidas contra novos agentes infecciosos. Autoridades da Índia protestaram contra a insinuação de que o país não é seguro para cirurgias. Por causa do turismo médico e das viagens internacionais, e devido à baixa expectativa de novos antibióticos, a bactéria pode se tornar grave problema de saúde pública no mundo todo.
O fenômeno da resistência bacteriana é antigo e decorre9 de uso indiscriminado de antibióticos e de má higienização nos hospitais. A diferença é que desta vez a resistência chegou ao nível em que nenhum antibiótico surte efeito contra as bactérias. Nas palavras do médico David Livermore, da Agência Britânica para a Proteção de Saúde:
Se isto for ignorado, o nosso receio é que a resistência se comece a propagar por outras bactérias no Reino Unido. As bactérias que têm revelado essa resistência são as que normalmente causam infecções urinárias, particularmente em pacientes hospitalizados. Por vezes causam infecções em feridas e outras vezes pneumonias, um vasto leque de infecções que afetam principalmente pessoas mais vulneráveis, que já estejam doentes.
Em outubro de 2010, um surto da superbactéria causou a morte de 18 pessoas no Distrito Federal, dentro de um universo de 183 contaminados. Entretanto, não é o mesmo micro-organismo da Ásia, apenas possui a mesma origem no gene mutante da Klebsiella pneumoniae. As autoridades médicas posteriormente reconheceram casos em Paraíba, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná. Anunciaram também uma reunião da Anvisa para restringir a venda de antibióticos no Brasil e discutir outros meios de evitar a propagação da superbactéria.
O surto de superbactéria no Distrito Federal foi causado sobretudo pela má higiene hospitalar e pela falta de recursos materiais, enfatizando a necessidade de mais verbas para o SUS e a conscientização de médicos e pacientes contra o uso indiscriminado de antibióticos, o que causa seleção bacteriana. Entretanto, o problema ainda se restringe a ambientes hospitalares. O infectologista Alexandre Cunha, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia do Distrito Federal, explica o problema da seguinte forma:
quem corre mais risco de infecção são pacientes que estão com sonda, catéter, punção venosa ou em outra situação que possa favorecer a infecção bacteriana. Mas, para quem visita o paciente, o risco é de ser colonizado pela bactéria, algo muito diferente de ser contaminado. Ou seja, a bactéria pode estar presente nas mãos, nos braços e no trato digestivo do visitante que manteve contato com o paciente, mas ele só correrá o risco de contaminação se sua saúde estiver debilitada e ele estiver com a imunidade baixa.
Segundo o médico David Uip, diretor do Instituto Emílio Ribas, unidade de referênia em infectologia no Brasil, o custo de desenvolvimento de novos antibióticos é muito elevado e os laboratórios farmacêuticos podem não se interessar, exigindo-se portanto pesados investimentos públicos. Ele afirnou que os infectologistas brasileiros estão se valendo da polimixina para enfrentarem as supebactérias, mas isso poderá causar nova seleção bacteriana. A Sociedade Americana de Doenças Infecciosas estabeleceu como meta, até 2020, colocar dez novos produtos no mercado.
Em 2011, uma cepa de Staphylococcus aureus também foi identificada como uma bactéria resistente a todos os antibióticos. A amostra foi colhida no leite de vaca na Escócia, Inglaterra, Dinamarca, Irlanda e Alemanha, mas o mesmo germe se encontra em seres humanos, principalmente na pele. Geralmente o estafilococo só causa doença quando a pessoa se corta e essa variedade não é mais patogênica, mas resiste a qualquer antibiótico, tornando mais difícil o tratamento. Isso se deve a um gene chamado CFR, que codifica uma proteína capaz de proteger o ribossomo da bactéria contra o antibiótico.
Entretanto, pode haver uma alternativa. O Hospital das Clínicas de São Paulo investigou o efeito do ozônio em dez bactérias, incluindo a KPC, e concluiu que essa substância pode destrui-las por meio de corrosão de suas membranas. O teste foi feito in vitro, com colônias de bactérias, e deve ser repetido em pacientes de hospitais e UTIs, cujos ambientes podem ser vaporizados com ozônio. Esse gás há tempo vem sendo usado com sucesso em infecções bacterianas.
Nota
·        A expressão "superbactéria", muito usada na mídia, não se refere ao poder patogênico do micro-organismo e sim à sua resistência aos antimicrobianos

A bactéria KPC (Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase), a “superbactéria”, foi identificada pela primeira vez nos Estados Unidos, em 2000, depois de ter sofrido uma mutação genética, que lhe conferiu resistência a múltiplos antibióticos (aos carbapenêmicos, especialmente) e a capacidade de tornar resistentes outras bactérias. Essa característica pode estar diretamente relacionada com o uso indiscriminado ou incorreto de antibióticos.

A bactéria KPC pode ser encontrada em fezes, na água, no solo, em vegetais, cereais e frutas. A transmissão ocorre em ambiente hospitalar, através do contato com secreções do paciente infectado, desde que não sejam respeitadas normas básicas de desinfecção e higiene.
A KPC pode causar pneumonia, infecções sanguíneas, no trato urinário, em feridas cirúrgicas, enfermidades que podem evoluir para um quadro de infecção generalizada, muitas vezes, mortal.
Crianças, idosos, pessoas debilitadas, com doenças crônicas e imunidade baixa ou submetidas a longos períodos de internação hospitalar (dentro ou fora da UTI) correm risco maior de contrair esse tipo de infecção.
A resistência aos antibióticos não é um fenômeno novo nem específico da espécie Klebsiella. Felizmente, esses germes multirresistentes não conseguem propagar-se fora do ambiente hospitalar.

Sintomas

Os sintomas são os mesmos de qualquer outra infecção: febre, prostração, dores no corpo, especialmente na bexiga, quando a infecção atinge o trato urinário, e tosse nos episódios de pneumonia.

Diagnóstico

A confirmação do diagnóstico se dá por meio de um exame de laboratório que identifica a presença da bactéria em material retirado do sistema digestivo. Infelizmente, nem todos os hospitais estão suficientemente aparelhados para realizar esse exame.
Prevenção

A prevenção é fundamental no controle da infecção hospitalar. Por isso, todos os pacientes portadores da bactéria KPC, mesmo que assintomáticos, devem ser mantidos em isolamento.
Lavar as mãos com bastante água e sabão e desinfetá-las com álcool em gel são medidas de extrema eficácia para evitar a propagação das bactérias. Esses recursos devem ser utilizados, tanto pelos profissionais de saúde que lidam com os doentes, como pelas visitas.
Outras formas de prevenir a propagação das bactérias incluem o uso sistemático de aventais de mangas compridas, luvas e máscaras descartáveis, sempre que houver contato direto com os pacientes, a desinfecção rotineira dos equipamentos
hospitalares e a esterilização dos instrumentos médico-cirúrgicos.
Tratamento

Existem poucas classes de antibióticos que se mostram efetivas para o tratamento das infecções hospitalares pela bactéria KPC. Daí, a importância dos cuidados com a prevenção.
Recomendações

Lave as mãos com frequência, especialmente antes e depois de entrar em contato com pessoas doentes;
* Só tome antibióticos se forem prescritos sob orientação médica;
* Saiba que a maioria das infecções respiratórias não é causada por bactérias, mas, sim, por vírus sobre os quais os antibióticos não exercem nenhum efeito;
* Mantenha as visitas afastadas dos pacientes infectados;
* Higienize as mãos com álcool gel, sempre que possível;
* Esteja atento à nova regulamentação da Anvisa sobre o uso dos antibióticos;
*Procure reduzir ao mínimo necessário as visitas e consultas nos hospitais.

FONTES
1.     http://drauziovarella.com.br/letras/k/infeccao-hospitalar/
  1.  http://saude.ig.com.br/minhasaude).
  2.  http://saude.ig.com.br/minhasaude)
  3. http://noticias.terra.com.brEquipe Biblioteca Virtua

5.     http://saude.ig.com.br/minhasaude/2013-06-03/como-se-proteger-das-superbacterias.html

6.     http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/rs-pacientes-foram-contaminados-por-superbacterias-diz-Instituto,d90cac993f2be310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html

7.     http://wikipedia.org/wiki/Bact%C3%A9rias_KPC



8.     http://www.bibliotecavirtual.celepar.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=102
9. Wikipédia Enciclopédia 

domingo, 29 de junho de 2014

DOENÇAS INFECIOSAS - FEBRE HEMORRÁGICA ÉBOLA (FHE)

DOENÇAS INFECIOSAS - FEBRE HEMORRÁGICA ÉBOLA (FHE)


A febre hemorrágica Ébola (FHE) é uma doença infecciosa grave muito rara, frequentemente fatal, causada pelo vírus Ébola. Ao contrário dos relatos é apenas moderadamente contagioso.

Ele foi identificado pela primeira vez em 1976 no antigo Zaire (atual República Democrática do Congo), perto do rio Ébola, e acabou servindo de nome para o vírus.

Se contraído, o Ébola é uma das doenças mais mortais que existem. É um vírus altamente infeccioso que pode matar mais de 90% das pessoas que o contraem, causando pânico nas populações infectadas.

A organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) tratou centenas de pessoas com a doença e ajudou a conter inúmeras epidemias ameaçadoras.

Morcegos frutívoros são considerados os hospedeiros naturais do vírus Ébola. A taxa de fatalidade do vírus varia entre 25 e 90%, dependendo da cepa.

Estima-se que, até janeiro de 2013, mais de 1.800 casos de Ebola tenham sido diagnosticados e quase 1.300 mortes registradas.

Agentes de saúde frequentemente são infectados enquanto tratam pacientes com Ébola. Isso pode ocorrer devido ao contato sem o uso de luvas, máscaras ou óculos de proteção apropriados.

Em algumas áreas da África, a infecção foi documentada por meio do contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical.
 HISTÓRIA
O Ébola foi primeiramente descoberto em 1976 por uma equipe comandada por Guido van Der Groen, chefe do laboratório de Microbiologia do Instituto de Medicina Tropical de Antuérpia, na Bélgica.
Desde a sua descoberta, diferentes estirpes do Ebola causaram epidemias com 50 a 90% de mortalidade na República Democrática do Congo, Gabão, Uganda e Sudão.
A segunda epidemia ocorreu em 1979, quando 80% das vítimas morreram. Em maio de 1995, a cidade de Mesengo, a cento e cinquenta quilômetros de Kikwit, no Zaire, foi atingida pelo vírus, que matou mais de cem pessoas.
Há suspeitas de casos no Congo e no Sudão. O primeiro desse tipo de vírus apareceu em1967, foi o Marburg, a partir de células dos rins de macacos verdes de Uganda.
O VIRUS
O ebolavirus é um filovírus (o outro membro desta família é o vírus Marburg), com forma filamentosa, com 14 micrômetros de comprimento e 80 nanômetros de diâmetro. O seu genoma é de RNA fita simples de sentido negativo (é complementar à fita codificante). O genoma é protegido por capsídeo, é envelopado e codifica sete proteínas.
Há três tipos: Ebola–Zaire (EBO–Z), Ebola–Sudão (EBO–S) com mortalidades de 83% e 54% respectivamente.
A estirpe Ebola–Reston foi descoberta em 1989 em macacos Macaca fascicularis importados das Filipinas para os Estados Unidos tendo infectado alguns tratadores por via respiratória.
O período de incubação do vírus ebola dura de 5 a 7 dias se a transmissão for parenteral e de 6 a 12 dias se a transmissão foi de pessoa a pessoa.
O início dos sintomas é súbito com febre alta, calafrios, dor de cabeça, anorexia, náusea, dor abdominal, dor de garganta e prostração profunda. Em alguns casos, entre o quinto e o sétimo dia de doença, aparece exantema de tronco, anunciando manifestações hemorrágicas: conjuntivite hemorrágica, úlceras sangrentas em lábios e boca, sangramento gengival, hematemese (vômito com presença de sangue) e melena (hemorragia intestinal, em que as fezes apresentam sangue).
Nas epidemias observadas, todos os casos com forma hemorrágica evoluíram para morte. Nos períodos epidêmicos e de surtos, a taxa de letalidade variou de 50 a 90%. Seu contágio pode ser por via respiratória, ou contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada.
O vírus é denominado pelo nome de um rio na República Democrática do Congo (antigo Zaire), o Rio Ebola, onde tem havido vários casos. Nunca houve casos humanos fora de África, mas já houve casos em macacos importados nos Estados Unidos e Itália. Os casos identificados desde 1976 são apenas 1500, dos quais cerca de mil resultaram em morte. Não foi ainda identificado o reservatório animal do vírus.
EPIDEMIOLOGIA
O Ébola, como os outros vírus, adere à célula do hospedeiro, onde entra ou apenas injeta seu material genético, o genoma. Este usa a estrutura da célula para se reproduzir e cada nova cópia do genoma obriga a célula a fazer o invólucro de proteína. Os novos vírus deixam a célula do hospedeiro com capacidade de infectar outras células.
Até há alguns anos o pessoal médico era aconselhado, mais por ignorância e cautela do que por ciência, a usar equipamentos especiais de proteção (como tendas de vácuo) quando lidava com doentes de ebola. No entanto, hoje se sabe que o vírus Ébola não é realmente altamente contagioso, ao contrário do que diz muita ficção em circulação no ocidente.
Ele é transmitido apenas pelo contato direto, e as populações afetadas são infectadas em alto número devido à cultura de grande parte das aldeias africanas, onde é usual a família lavar o corpo dos mortos manualmente antes do enterro.
Já se tem pesquisas feitas de que o Ébola pode ser transmitido pelo ar de porco para porco ou de porco para o ser humano (uma nova variação do vírus), mas o vírus só é contagioso de humano para humano pelo contato direto com secreções e sangue.
Hoje o pessoal médico é aconselhado apenas a usar luvas de látex e filtro respiratório.
Devido a isso é praticamente impossível haver uma epidemia em larga escala de Ébola nos países ocidentais, pois a higiene bloquearia qualquer expansão de casos. No entanto, o risco para o pessoal médico e laboratorial é considerável, se não forem tomadas regras de higiene.
A infecção pelo vírus Ébola produz febre hemorrágica. A incubação pode durar de 2 a 21 dias.
O vírus multiplica-se nas células do fígado, baço, pulmão e tecido linfático onde causa danos significativos. A hemólise (destruição) das células endoteliais dos vasos sanguíneos leva às tromboses e depois a hemorragias.
PROPAGAÇÃO E SINTOMAS
Os primeiros sintomas são inespecíficos como febre alta, dores de cabeça, falta de apetite, e conjuntivite (inflamação da mucosa do olho).
Alguns dias mais tarde surgem diarreia, náuseas e vômitos (por vezes com sangue), seguidos de sintomas de insuficiência hepática, renal e distúrbios cerebrais com alterações do comportamento devido à coagulação intravascular disseminada com enfartes nos órgãos.
O estágio final é devido ao esgotamento dos fatores sanguíneos da coagulação, resultando em hemorragias extensas internas, edema generalizado e morte por choque hemorrágico.
As fezes são geralmente pretas devido às hemorragias gastrointestinais e poderá haver ou não sangramento do nariz, ânus, boca e olhos.
Dependendo da sua estirpe, há casos de hemorragias na derme, ocasionando o sangramento pelos poros do corpo. A morte surge de 1 dia a duas semanas após o inicio dos sintomas.
A taxa de mortalidade da doença e o tempo para o falecimento de uma pessoa, depende da estirpe do vírus e do estado de saúde das populações afetadas.
Em geral, o Ébola mata suas vítimas em poucos dias, podendo levar até 9 dias, e a mortalidade pode variar de 50% a 90%.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Diagnosticar o Ebola é difícil porque os primeiros sintomas, como olhos avermelhados e erupções cutâneas, são comuns.

Infecções por Ebola só podem ser diagnosticadas definitivamente em laboratório, após a realização de cinco diferentes testes.

Esses testes são de grande risco biológico e devem ser conduzidos sob condições de máxima contenção. O número de transmissões de humano para humano ocorreu devido à falta de vestimentas de proteção.
O diagnóstico é feito pela observação direta do vírus com microscópio eletrônico em amostra sanguínea ou por detecção com imunofluorescência de antigênios.
Não há vacina, cura, nem tratamentos eficazes. Os doentes devem ser postos em quarentena e os familiares devem ser impedidos de ter qualquer forma de contato com o doente, ou mesmo de tocar o corpo após o falecimento.
Devem ser administrados cuidados básicos de suporte vital como restabelecimento de eletrólitos e fluidos perdidos, além de possíveis tratamentos paliativos.
PREVENÇÃO
Para que a doença não se torne uma epidemia, é necessário que os pacientes suspeitos sejam isolados, e os funcionários do hospital serem informados da doença e de sua transmissão, para que tenham o máximo de cuidado com aparelhos que entram em contato com fluidos corporais dos doentes e com o lixo hospitalar.
Os funcionários devem usar luvas, vestimentas e máscaras individuais. Os pacientes mortos devem ser imediatamente enterrados ou cremados

OBSERVAÇÃO

EM 2012 estudo realizado em parceria entre o governo americano e diversas instituições de pesquisa desenvolveu um "coquetel" de anticorpos que evita a contaminação de macacos pelo vírus ebola.

Os resultados da pesquisa foram publicados na edição online do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). O vírus ebola é o causador da febre hemorrágica, doença que atinge taxa de letalidade de 90% e para a qual ainda não existem vacinas ou tratamentos aprovados para uso em humanos.
A equipe de pesquisadores utilizou anticorpos monoclonais, ou seja, células clonadas do sistema imunológico, que são consideradas mais eficientes por serem sempre iguais entre si.
Esses anticorpos foram administrados nos macacos rhesus uma hora após a infecção pelo vírus ebola e todos os animais sobreviveram. Quando o tratamento, denominado MB-003, foi aplicado nos macacos 48 horas após a infecção, dois terços sobreviveram.
"Até pouco tempo atrás, as tentativas de utilizar anticorpos para promover proteção ao vírus ebola falharam. O nível de proteção contra a doença que nós obtivemos com o MB-003 foi impressionante", afirmou Gene Olinger, virologista do Instituto de Pesquisa Médica de Doenças Infecciosas do Exército Americano (USAMRIID) e participante da pesquisa.
Os anticorpos monoclonais utilizados nesse estudo são desenvolvidos através de um sistema que utiliza as plantas do tabaco como base de produção. Esse processo permite a redução de custos e aumento da quantidade de anticorpos obtida. “
Nós também estamos positivamente surpresos pela superioridade dos anticorpos derivados de plantas em comparação aos mesmos anticorpos produzidos por meio da tradicional cultura de células de mamíferos", disse Larry Zeitlin, presidente da Mapp Biopharmaceutical e autor-sênior do estudo.
CONHEÇA A PESQUISA





Onde foi divulgada: periódico Proceedings of the National Academy of Sciences

Quem fez: Gene Garrard Olinger, Jr., James Pettitt, Do Kim, Cara Working, Ognian Bohorov, Barry Bratcher, Ernie Hiatt, Steven D. Hume




Instituição: Instituto de Pesquisa Médica de Doenças Infecciosas do Exército Americano (USAMRIID)

Resultado: A equipe de pesquisadores administrou anticorpos monoclonais nos macacos rhesus uma hora após a infecção pelo vírus ebola e todos os animais sobreviveram. Quando o tratamento foi aplicado nos macacos 48 horas após a infecção, dois terços sobreviveram.

REFERÊNCIAS

1 - INFO ESCOLA – DOENÇAS - http://www.infoescola.com/doencas/ebola/
2 - INFOPÉDIA ENCICLOPÉDIA E DICIONÁRIO PORTO EDITORA - http://www.infopedia.pt/$ebola;jsessionid=C0KzG-Bo1HD2qlcTW6krVA__
3 - MEDICOS SEM FRONTEIRA - http://www.msf.org.br/conteudo/74/ebola/?gclid=CMu_g_iAoL8CFdBi7AodKXMAxA
4 - WIKIPÉDIA A ENCICLOPÉDIA LIVRE


http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%89bola