PERSPECTIVAS DA ATENÇÃO
FARMACÊUTICA AO PACIENTE HIPERTENSO
ATENDIDO NA FARMÁCIA
ESCOLA DA UFPB
Alan
Leite Moreira (1); Amanda Pedrosa de Freitas (2); Jacyguara Silva Fontes (2);
Mayara Nóbrega (2); Maria Ladjane Sodré de Melo (3); Clênia Maria Gólzio dos
Santos (5); Maria Auri de Lima (5); Socorro de Fátima Matos de Carvalho (5) Centro
de Ciências da Saúde / Departamento de Ciências Farmacêuticas / PROBEX
RESUMO
A
Atenção Farmacêutica é o conjunto das atitudes, comportamentos, inquietudes,
valores éticos, funções, conhecimentos, responsabilidades e destrezas do
profissional farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com o objetivo de
alcançar resultados terapêuticos satisfatórios e melhora na qualidade de vida
da população.
É
comum o contato deste profissional com pacientes hipertensos, em que estes
apresentam uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados
e sustentados da pressão arterial.
O
presente artigo visa relatar as experiências e perspectivas do projeto de
extensão “Assistência Farmacêutica na Farmácia Escola da UFPB: uma proposta de
Integração do Farmacêutico à equipe multidisciplinar em saúde do HULW”.
O
desenvolvimento do projeto baseia-se no conhecimento dos hábitos, doenças e
medicamentos utilizados pelo paciente, realizando as intervenções farmacêuticas
junto ao mesmo, determinando metas e objetivos atingíveis. No decorrer do
acompanhamento farmacoterapêutico se realiza intervenções junto ao paciente e
também ao médico, estas podendo ser escritas ou verbais, informando ao mesmo as
condições reais do paciente.
O
trabalho está sendo realizado em quatro fases:
1)
Investigatória – para obter informações sobre o perfil do paciente;
2)
acompanhamento – para verificação semanal da Pressão Arterial (PA) e do
cumprimento da farmacoterapia x problemas relacionados;
3)
avaliação global - comunicação dos problemas detectados ao médico e paciente
para uma possível intervenção terapêutica;
4)
acompanhamento da intervenção - determinar e registrar o resultado, com um novo
estado de situação do paciente. O projeto de Extensão Universitária capacita
professores, estudantes e profissionais para exercer um papel de referência na
atenção à saúde, assumindo um papel clínico e ativo no acompanhamento farmacoterapêutico
e, envolve os usuários na co-responsabilização de seu tratamento, instrumentalizando-os
para uma atitude pró-ativa na melhoria da sua qualidade de vida.
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Farmacêutica, Hipertensão
Arterial, Farmacêutico.
INTRODUÇÃO
Na Política Nacional de Medicamentos utiliza-se
o termo Assistência Farmacêutica é utilizado para designar um conjunto de ações
desenvolvidas pelo farmacêutico e outros profissionais da saúde, voltadas à
promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto a nível individual como
coletivo, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e o seu
uso racional.
As atividades relacionadas à
assistência farmacêutica vão desde a pesquisa, o desenvolvimento e a produção
de medicamentos e insumos, bem como sua seleção, programação, aquisição, distribuição,
dispensação, garantia de qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento
farmacoterapêutico, avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de
resultados concretos e da melhoria de qualidade de vida da população (Brandão,
2003); (Pereira et al.2004).
Desenvolvida no contexto da
Assistência Farmacêutica, a Atenção Farmacêutica é
um modelo de prática farmacêutica que se refere às atividades específicas do
farmacêutico no cuidado do paciente ou usuário do medicamento. Compreende atitudes, valores éticos,
comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção
de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de
saúde.
Sendo
uma prática recente da atividade farmacêutica, a Atenção Farmacêutica
prioriza a orientação e o acompanhamento farmacoterapêutico e a relação direta
entre o farmacêutico e o usuário de medicamentos. Na maioria dos países
desenvolvidos a Atenção Farmacêutica já é realidade e tem demonstrado ser
eficaz na redução de agravamentos dos portadores de patologias crônicas e de
custos para o sistema de saúde.
No Brasil, esta atividade ainda é incipiente e
alguns fatores dificultam sua implantação, entre outros, a dificuldade de
acesso ao medicamento por parte dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS),
Unidades Básicas de Saúde sem farmacêutico e a ausência de documentação
científica que possibilite demonstrar aos gestores do sistema público e privado
que a implementação da Atenção Farmacêutica representa investimento e não custo.
Por outro lado, sendo nova atividade do profissional farmacêutico, torna-se
primordial que as instituições de ensino farmacêutico promovam adaptações
curriculares, de modo a fornecer o conhecimento formal necessário ao desempenho
desta atividade.
A Atenção Farmacêutica concede ao
farmacêutico um papel de destaque com a identificação, prevenção e resolução de
problemas relacionados ao uso de medicamentos (PRM), estabelecendo uma relação
recíproca de compromisso e responsabilidade quanto do farmacêutico quanto do
usuário de medicamento através do acompanhamento farmacoterapêutico e da coleta
de dados importantes sobre os PRM.
Dessa forma, os pacientes são
estimulados a aderirem a uma farmacoterapia de melhor qualidade, esperando
assim um sucesso do tratamento prescrito e um melhor resultado clínico (Armando
et al. 2000).
O farmacêutico é um profissional da
saúde cabendo a ele orientar o paciente sobre a importância de obedecer às
recomendações médicas, prestando esclarecimentos pertinentes aos medicamentos
prescritos (sua relação risco - benefício, conservação, forma de administração,
dosagem, posologia, interações com alimentos ou outros medicamentos, efeitos
colaterais e reações adversas); sobre as diversas especialidades farmacêuticas
(distinção entre os produtos, em qualidade e preço); sobre a etiologia da
doença, formas de prevenção, cura ou controle da mesma.
Deve lembrar periodicamente ao
paciente da necessidade de adesão ao tratamento e alertá-lo para as
conseqüências da interrupção aleatória ou alterações voluntárias de doses
lembrando que muitos dos efeitos colaterais indesejáveis, são bem menos danosos
que a suspensão do medicamento. É preciso aconselhar o paciente a comunicar ao
seu médico ao perceber sinais ou sintomas sugestivos de intolerância ou de
doses inadequadas dos fármacos prescritos. (Brandão, 2003)
Dentre
os problemas de saúde de grande prevalência no Brasil, a hipertensão arterial
ocupa papel especial, pois é responsável por grande número de óbitos,
tornando-se foco de atenção especial, considerando-se a usual necessidade de
farmacoterapia associada a mudança no estilo de vida dos pacientes.
Inquéritos populacionais em cidades brasileiras nos últimos 20
anos apontaram uma prevalência de hipertensão acima de 30%. Considerando-se valores de PA ≥ 140/90 mmHg, 22 estudos
encontraram prevalências entre 22,3% e 43,9%, (média de 32,5%), com mais de 50%
entre 60 e 69 anos e 75% acima de 70 anos. Na Paraíba, conforme dados da Secretaria de Estado da
Saúde (SES), há 7.725 hipertensos, de uma população de 3,7 milhões – segundo o
IBGE. Só em 2010, o Estado contabilizou 975 mortes em decorrência da doença.
A hipertensão arterial
sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis
elevados e sustentados de pressão arterial (PA) sistólica igual
ou superior de 140 mmHg e diastólica de 90 mmHg, sendo hoje considerada um dos
principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e cerebrovasculares.
Associa-se freqüentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos
órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações
metabólicas, com conseqüente aumento do risco de eventos cardiovasculares
fatais e não-fatais.
É fator de risco para insuficiência
cardíaca, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência
renal crônica, aneurisma de aorta e retinopatia hipertensiva. Quando associada
a outros fatores de risco como diabetes mellitus, obesidade, sedentarismo e
tabagismo, os níveis pressóricos podem ser ainda mais elevados e as consequentes
lesões de órgãos-alvo ainda mais graves.
Para alterações discretas da
hipertensão, exercícios bem conduzidos e mudanças de hábitos alimentares podem
ser suficientes. Entretanto, na ausência de bons resultados, com a utilização
desses recursos, o tratamento medicamentoso torna-se indispensável, dada a
necessidade de proteção de órgãos vitais como coração e rins (Lavítola, 2000).
Cabe ao farmacêutico, realizar o
acompanhamento farmacoterapêutico através da prestação do serviço de Atenção
Farmacêutica, objetivando o bem-estar do usuário do medicamento, através da
redução dos problemas relacionados ao uso dos medicamentos (PRM).
O
presente artigo visa relatar as experiências e perspectivas do projeto de
extensão “Assistência Farmacêutica na Farmácia Escola da UFPB: uma proposta de
integração do Farmacêutico à equipe multidisciplinar em saúde do Hospital
Universitário Lauro Wanderley (HULW)”.
DESCRIÇÃO METODOLÓGICA
O projeto baseia-se na prestação da
Atenção Farmacêutica aos pacientes hipertensos na Farmácia Escola da UFPB, realizada
por quatro estudantes selecionados da graduação em Farmácia da UFPB do 7º e 8º
período, sob orientação de dois docentes e colaboração de seis Farmacêuticas da
própria Farmácia Escola, com parceria da equipe médica do HULW.
O atendimento é oferecido durante sete
meses (de junho à dezembro de 2011) na sala de Atenção Farmacêutica da Farmácia
Escola, de segunda a sexta-feira durante o turno da manhã, buscando o
cadastramento e o conhecimento dos hábitos, doenças e medicamentos utilizados
pelo paciente, realizando as intervenções farmacêuticas junto ao mesmo,
determinando metas e objetivos atingíveis.
No decorrer do acompanhamento
farmacoterapêutico também se realiza intervenções junto ao médico, estas
podendo ser escritas ou verbais, informando ao mesmo as condições reais do
paciente.
O trabalho é organizado em quatro
fases sequenciais e complementares, são elas:
a)
Fase 1 ou Investigatória -
Primeiro contato na Farmácia Escola (FE) entre o Farmacêutico-extensionista e o
paciente, proveniente ou não da indicação da equipe médica do HULW, com oferta
do serviço e preenchimento das fichas de Atenção Farmacêutica. Busca-se obter
as informações iniciais sobre problemas de saúde, medicamentos em uso, grau de
preocupação atribuído ao problema, cumprimento ou não das recomendações médicas
e verificação inicial da pressão arterial, com agendamento do retorno semanal.
b) Fase 2 ou Acompanhamento - Retorno semanal do paciente para nova
verificação da pressão arterial com prestação de orientações farmacêuticas e investigação
do cumprimento das recomendações médicas e farmacêuticas, bem como identificação
do aparecimento de efeitos colaterais, intolerância ou outros problemas
relacionados ao uso dos medicamentos prescritos anteriormente, buscando uma
relação entre eles e os problemas de saúde.
c) Fase 3 ou Avaliação Global - O farmacêutico deverá prestar ao
pacientes orientações para adesão de medidas não farmacológicas, como também
quanto ao uso correto e racional do medicamento. Quando necessário, poderá comunicar
ao médico suas observações sobre a persistência de alguns problemas
relacionados com a patologia do paciente e sua relação com o uso indevido do
medicamento ou até mesmo reações adversas, propondo através de fundamentações
científicas, ajustes e/ou modificações no tratamento farmacológico adotado.
d) Fase 4
ou Acompanhamento da Intervenção: Em caso de uma intervenção
medicamentosa, na dieta e/ou modo de vida do paciente, este permanece sendo
monitorado para observação e análise do(s) resultado(s) obtido(s) com a(s)
mudança(s). Determina e registra-ser o resultado que se obteve com a
intervenção farmacêutica para resolução do problema de saúde estabelecido,
dando lugar a um novo estado de situação do paciente e prosseguindo com visitas
sucessivas.
RESULTADOS
Durante os três primeiros meses, foram
cadastrados e estão sendo acompanhados 26 pacientes (15 homens e 11 mulheres),
com faixa etária entre 24 a 67 anos, dos quais 65% utilizam no mínimo um
medicamento com prescrição médica de uso contínuo e 35% não utilizavam nenhum
medicamento.
Na
tabela 1 estão relacionadas as concepções e responsabilidades dos pacientes
sobre o tratamento farmacológico, obtidas durante a primeira entrevista entre o
Farmacêutico e o paciente.
Tabela 1 – Perfil do paciente
em relação ao tratamento farmacológico
PERGUNTAS
|
SIM
|
NÃO
|
Usa
com frequência medicamento sem prescrição?
|
35,7%
|
64,3%
|
Costuma
obedecer a prescrição?
|
85,7%
|
14,3%
|
Questiona
ao médico sobre sua doença?
|
57,1%
|
42,9%
|
Informa
ao médico o uso de outros medicamentos?
|
71,4%
|
28,6%
|
Questiona
sobre prescrição ilegível?
|
57,1%
|
42,9%
|
Pergunta
se o uso deve ser antes, durante ou após as refeições?
|
85,7%
|
14,3%
|
Solicita
substituição por genérico ou similar de valor mais acessível?
|
64,3%
|
35,7%
|
Ler
a bula antes do uso?
|
78,6%
|
21,4%
|
Suspende
por conta própria quando surgem efeitos desagradáveis?
|
50,0%
|
50,0%
|
Dá
importância ao esclarecimento de dúvidas em relação à farmacoterapia?
|
100%
|
0,0%
|
Observa-se que os pacientes
demonstram-se bastante comprometidos, conscientes e preocupados sobre o
tratamento farmacológico adotado e, além disso, o seu retorno ao serviço
mostrou que os mesmos depositaram confiança à atenção farmacêutica prestada
pelo profissional Farmacêutico.
Entretanto, é importante considerar
que a grande maioria dos pacientes faz parte da comunidade universitária da
UFPB, com um perfil sócio-econômico-cultural diferente da realidade encontrada
nos serviços de saúde pública brasileiro.
Apesar do supracitado, os Problemas
Relacionados ao uso dos Medicamentos (PRMs) mais frequentemente detectados
foram: não uso do medicamento por negligência e/ou falta de recursos, como
também o não cumprimento/desobediência da posologia correta.
Nota-se que na maioria dos casos, a
não adesão deve-se à desinformação do paciente sobre sua condição patológica,
necessidade de uso contínuo dos medicamentos, ação desses medicamentos sobre seus
problemas de saúde, maneiras de contornar as reações adversas e interações
medicamentosas, seguidas pela dificuldade financeira para aquisição dos
medicamentos. Porém, acredita-se que mesmo tendo acesso aos medicamentos, tal
situação não é individualmente capaz de garantir a adesão ao tratamento por
parte do usuário.
Como as atividades encontram-se ainda
em desenvolvimento, pode-se apenas inferir uma perspectiva dos resultados, em
que estes estarão pautados na melhoria da qualidade de vida do paciente
hipertenso através das intervenções farmacêuticas, ocorrendo:
v
Minimização
dos problemas relacionados à farmacoterapia em razão do maior esclarecimento
dos usuários de medicamentos sobre os problemas relacionados ao uso indevido de
medicamentos;
v
Redução
da auto-medicação e da “empurroterapia” em drogarias ou farmácias;
v
Maior
confiabilidade do usuário de medicamentos no profissional farmacêutico e a
conscientização do seu papel na sociedade;
v
Promoção
da educação em saúde na farmácia pública para que o discente siga o exemplo e
não se contamine pelo sistema capitalista;
v
Promoção
do uso racional de medicamentos e esclarecimento sobre as diferentes
especialidades farmacêuticas;
v
Integração
e reconhecimento do profissional farmacêutico como elo fundamental da equipe
multidisciplinar em saúde publica;
v
Maior
qualificação do futuro profissional farmacêutico através da interação com os
docentes e profissionais da área.
Dessa maneira, o exercício da atenção farmacêutica exige que o profissional farmacêutico
realize um processo no qual coopere com o paciente e outros profissionais da
saúde, tendo como função primordial identificar reais problemas relacionados
com medicamentos ou que tenham o risco de acontecer, resolver esses problemas e
prevenir os potenciais.
CONCLUSÃO
Ao
avaliarmos os pacientes submetidos ao tratamento anti-hipertensivo observa-se
que a grande maioria utiliza um elevado número de fármacos em terapia
associativa. Desta forma torna-se necessário realizar a previsão de potenciais
efeitos adversos decorrentes do emprego destas terapias associativas, a fim de
evitar possíveis quadros de sinergismo de ação ou antagonismo parcial ou total
destes efeitos.
Apesar
dos resultados parciais, pode-se inferir que as intervenções farmacêuticas
estão mostrando resultados positivos no tratamento de pacientes hipertensos,
reduzindo custos, controlando as possíveis interações medicamentosas, promovendo
maior adesão do paciente ao tratamento e poderá aperfeiçoar as prescrições
médicas.
É
necessário viabilizar articulações de meios que proporcionem maior integração
entre os profissionais prescritores e dispensadores, tendo como meta o alcance
de resultados efetivos e seguros para ao paciente. (LYRA JÚNIOR, 2006).
O
farmacêutico deve atuar em cooperação com o médico e o paciente, visando a
melhora dos resultados da farmacoterapia, com a prevenção e detecção de
Problemas Relacionados com os Medicamentos (PRMs), evitando desta forma à
morbidade e/ou mortalidade relacionada a medicamentos.
O
trabalho da Extensão Universitária está comprovando a necessidade de se
oferecer serviços de acompanhamento terapêutico aos usuários de medicamentos,
especialmente ao portador de patologias crônicas como a hipertensão.
Nessa
perspectiva, o projeto é uma dimensão importante do Processo de Ensino para implementação
e consolidação desta nova prática profissional: capacita professores, estudantes
e profissionais para exercer um papel de referência na atenção à saúde,
assumindo um papel clínico e ativo no acompanhamento farmacoterapêutico e,
envolve os usuários na co-responsabilização de seu tratamento, instrumentalizando-os
para uma atitude pró-ativa na melhoria da sua qualidade de vida.
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CASTRO, Mauro Silveira de; CHEMELLO Clarice. et al. Contribuição da atenção farmacêutica no
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PEREIRA,
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