FARMÁCIA HOSPITALAR - AVALIAÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE EM FARMÁCIA HOSPITALAR
A farmácia hospitalar deve verificar as especificações técnicas estabelecidas para os produtos que foram adquiridos, confrontando o resultado encontrado com as solicitações de compras efetuadas, bem como prazos de validade, nºde lotes, além de supervisionar continuamente o armazenamento dos produtos estocados e a sua distribuição e emprego.
Deve estabelecer controles para detectar falhas terapêuticas e eficácia duvidosa e, no caso de possuir laboratório para manipulação, manter controle das matérias primas e dos produtos acabados.
Qualidade é uma palavra de domínio público, trabalhado dentro dos amplos limites daquilo que se considera senso comum. Afinal, mesmo se poucos sabem o que o termo significa, todo mundo sabe reconhecê-la quando está diante dela ou todo mundo sabe quando ela está ausente de determinado produto ou serviço.
No Brasil dos anos 90, é necessário algum grau de otimismo para que se possa aceitar o conceito de consumidor quando se fala de saúde, principalmente na área de assistência médico-hospitalar. Embora o acesso universal esteja entre os preceitos constitucionais, este é muito mais um anseio que uma realidade. Assim, para a maioria da população, o consumo em saúde precisaria primeiro existir, para depois ser qualificado. No entanto, isto certamente não invalida a busca da qualidade na área (Malik,1992).
A organização de uma farmácia e o funcionamento dos serviços farmacêuticos de uma unidade de saúde pertencente a uma instituição que presta atendimento a pacientes ambulatoriais e internados, pode se conhecer através de entrevistas com os profissionais, com o pessoal que trabalha na unidade e com os próprios pacientes (OPAS,1992).
Continuando a OPAS (1992), relata que desta forma se obtém uma imagem subjetiva que corresponde à percepção que cada entrevistado tenha sobre o abastecimento da farmácia em relação a medicamentos, a disponibilidade para adquiri-los e sobre o serviço farmacêutico que se presta na unidade. Para se obter um conhecimento mais objetivo do tema é preciso realizar as seguintes atividades:
- Identificar na organização da farmácia as funções principais que realiza no conjunto da organização da instituição;
- Registrar as atividades que os profissionais (médicos, enfermeiros, farmacêuticos, administradores, auxiliares) realizam em torno do medicamento na instituição, não se limitando apenas no serviço de farmácia;
- Quantificar as atividades de produção, relacionadas à saúde, que são influenciadas pelo gasto com medicamentos;
- Quantificar a produção da farmácia e sua relação com as atividades de saúde;
- Entrevistar os pacientes ambulatoriais e o pessoal ligado à atenção direta ao paciente: médicos, residentes de medicina, enfermeiras, auxiliares de enfermagem.
Se a farmácia hospitalar manipular ou desenvolver quaisquer atividades relacionada a manipulação de medicamentos deve seguir a legislação em vigor da ANVISA.
Referências
- ASHP. Guidelines of Single Packages of Drug. American Journal Hospital Pharmacy. Washigton. 28:110-12. Feb. 1971.
- Harrisson, B.R. Developing guidelines for working. American journal Hospital Pharmacy v. 38 p 1686-1693, nov. 1981
- Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, 1994. Guia Básico para Farmácia Hospitalar. Brasília: Edição pela Divisão de Editoração Técnico - Científica / Coordenação de Documentação e Informação/Secretaria de Administração Geral/ CDI/SAG/MS.
Exemplo de Procedimentos de Controle de Qualidade
Ótimo conteúdo, de grande valor..
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