A aquisição de medicamentos, na maioria das unidades de saúde, é feita pela própria unidade podendo ser feita diretamente pelo serviço de farmácia, por delegação da gerência, administração ou direção da unidade.
Nas aquisições os passos a serem seguidos são: a elaboração do pedido pelo serviço de farmácia que o envia, quando não o adquire diretamente, ao setor de compras do hospital para providenciar a compra.
Para que o hospital compre medicamentos, germicidas e/ou correlatos é preciso ter conhecimento das seguintes questões:
• Das características intrínsecas e do nível de qualidade do produto a ser adquirido;
• Da compatibilidade entre as necessidades de aquisição e as atividades assistenciais das instituições;
• Da política de suprimentos da instituição e de dados referentes ao consumo dos produtos passíveis de aquisição;
• Do modelo de consumo e de sua influência na política de medicamentos;
• Da qualidade que se pode esperar dos produtos, verificando-se a capacidade técnica para o fornecimento;
• Das informações sobre o tempo de entrega dos produtos;
• Da disponibilidade de recursos orçamentários da instituição e das formas de pagamento;
• Da capacidade de armazenagem essencial à manutenção das características dos produtos adquiridos.
É importante ressaltar que uma interrupção dos níveis de estoque implicará numa interrupção da assistência farmacêutica na Unidade de Saúde, assim deverá haver um sistema de informações monitorando todo o processo a que estará submetido cada material, objetivando manter estoques contínuos.
Quando se trata de aquisição lembra-se de controle de estoque que pode ser definido como o conjunto de artigos acumulados à espera de sua utilização posterior, mais ou menos próxima, e que permite prover os usuários na medida de suas necessidades, sem impor a eles os atrasos da fabricação ou da entrega pelos fornecedores (Nogueira, 1998).
Uma gestão de controle de estoque bastante utilizada é a classificação ABC onde em A situam-se de 10 a 15% dos produtos estocados representando de 70 a 80% do valor monetário, em B situam-se de 20 a 40% dos produtos estocados representando de 10 a 30% do valor monetário e em C situam-se de 50 a 60% dos produtos estocados representando de 3 a 10% do valor monetário.
Os produtos de classificação A necessitam de maior controle por serem os mais caros enquanto os mais baratos, classificação C, necessitam de menor controle. Essa classificação ABC serve para orientar todo o processo de aquisição pois é um instrumento valioso no controle de estoque.
Com uma política de compras de medicamentos definida, o setor privado consegue gerenciar bem o processo negociando com facilidade com os fornecedores, criando um fluxo constante de aquisição indispensável à manutenção dos estoques nas unidades.
Quando se observa o setor público nota-se a dificuldade para a aquisição de quaisquer produtos e/ou serviços. A obediência a Lei nº 8666/93 faz com que os processos de compra sejam demorados tornando mais caros os próprios medicamentos, que são oferecidos aos órgãos públicos com os custos da máquina burocrática embutidos. Aliado a esse fator soma-se a questão do orçamento que parece sumir no momento que se vai usá-lo.
Referências
- ASHP. Guidelines of Single Packages of Drug. American Journal Hospital Pharmacy. Washigton. 28:110-12. Feb. 1971.
- Harrisson, B.R. Developing guidelines for working. American journal Hospital Pharmacy v. 38 p 1686-1693, nov. 1981
- Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, 1994. Guia Básico para Farmácia Hospitalar. Brasília: Edição pela Divisão de Editoração Técnico - Científica / Coordenação de Documentação e Informação/Secretaria de Administração Geral/ CDI/SAG/MS.
muito bom, me ajudou no trabalho da escola
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