segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

SELEÇÃO E PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS OPAS - PARTE 2


SELEÇÃO E PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS OPAS
- PARTE 2


Texto extraído do livro: Assistência Farmacêutica para gerentes municipais – OPAS

RECURSOS NECESSÁRIOS

Qualquer que seja a natureza da instituição, somente se produzem bens e serviços mediante a transformação de recursos humanos, materiais e financeiros. Tais recursos são sempre escassos em relação às necessidades globais independentemente do país ou instituição considerada, impondo-nos o desafio de empregá-los racionalmente e com a máxima eficiência.

Ao analisarmos a complexidade e importância da atividade de seleção de medicamentos, uma primeira pergunta sempre é colocada: ‘Quanto custa implementar um projeto como esse?’ Surpreendentemente, a resposta é: ‘muito pouco’. Principalmente quando se comparam os custos com os resultados a serem alcançados, concluindo-se que apresenta uma excelente relação custo-benefício e custo-efetividade.

Os ‘recursos humanos’ da CFT devem pertencer ao próprio quadro de pessoal da instituição. Caso não haja profissionais em número suficiente ou devidamente qualificados, pode ser solicitada uma cooperação técnica com o Estado e, no caso deste, com o Ministério da Saúde e instituições como a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e/ou universidades. Em algumas situações mais específicas, onde houver estrita necessidade e condições, pode-se contratar uma consultoria especializada.

Quanto aos ‘recursos materiais’, são necessários: microcomputador, impressora, arquivos, material administrativo, acesso à Internet e ao referencial bibliográfico. Na maioria dos casos, otimizam-se os recursos já existentes e são estabelecidas parcerias com alguma instituição de ensino e pesquisa para viabilizar o acesso gratuito à bibliografia necessária, como as universidades, faculdades e Centros de Informação sobre Medicamentos.

No tocante aos ‘recursos financeiros’, salvo alguma gratificação/incentivo adicional aos membros da CFT ou a contratação de consultoria especializada no assunto, o dispêndio de recursos refere-se à aquisição de alguns materiais de consumo, à publicação e divulgação da RME e do Formulário Terapêutico, assim como à realização de reuniões, oficinas, seminários, dentre outros.

Assim, ao considerarmos que os medicamentos comprometem uma grande parte dos recursos destinados ao setor saúde, sendo um de seus maiores patrimônios, todas as medidas que melhorem a eficiência no seu gerenciamento e utilização tenderão a produzir grandes ganhos econômicos. Mais vantajosas são as medidas que, a um baixo custo, proporcionam também significativos ganhos terapêuticos, como é o caso da seleção de medicamentos e a elaboração do Formulário Terapêutico.

 AVALIAÇÃO

Toda atividade desenvolvida necessita ser avaliada e monitorada, objetivando-se verificar sua eficiência e o grau de efetividade alcançado, além das correções a serem adotadas. Essa avaliação pode ser realizada através da análise da estrutura, do processo de implementação e dos resultados obtidos. No caso específico da seleção de medicamentos, recomenda-se a avaliação de maneira periódica, tendo em vista seu caráter dinâmico.
Para avaliar o processo, a Opas/OMS sugere o uso de alguns indicadores importantes. Com base nos atributos relevantes para um indicador – clareza, utilidade, mensurabilidade, confiabilidade, validade e importância – destacamos alguns que permitem verificar como esta atividade foi e está sendo implementada na instituição.

FUNÇÕES DA CFT

1. Elaborar e atualizar periodicamente a RME da instituição.

2. Elaborar e atualizar periodicamente o Formulário Terapêutico da instituição, assim como as instruções e normas para sua aplicação.

3. Fixar os critérios nos quais se baseará a instituição para a obtenção de medicamentos que não tenham sido selecionados para uso regular, ou seja, que não integram a RME.

4. Validar protocolos de tratamentos elaborados pelos diferentes serviços clínicos da instituição.

5. Fomentar a investigação sobre utilização de medicamentos e utilizar seus resultados como subsídios para o desenvolvimento de suas outras funções.

6. Fomentar e participar de atividades de educação continuada em terapêutica, dirigida à
equipe de saúde.

7. Assessorar todas as atividades relacionadas com a promoção do uso racional de
medicamentos na instituição.

8. Propor política de dispensação na instituição.

DADOS QUE DEVEM CONSTAR DE UM FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE ATUALIZAÇÃO DA RME

1. Indicação do tipo de mudança proposta: inclusão ou exclusão do medicamento.

2. Nome genérico e comercial, nesse caso, com indicação da formulação do produto e laboratório(s) que o produz(em) e sua forma(s) de apresentação.

3. Indicações sobre a utilização do medicamento, incluindo doses e duração do tratamento.

4. Dados epidemiológicos da patologia em questão.

5. Indicação referente a precauções, contra-indicações, interações e toxicidade relacionadas com o uso do medicamento.

6. Indicações da categoria terapêutica a que corresponde o produto.

7. De maneira geral, não se aceitam como bibliografia o material promocional do produto nem publicações patrocinadas por laboratórios nacionais ou estrangeiros fabricantes de medicamentos. Deve-se promover a apresentação de estudos de investigação clínica realizadas pelo solicitante ou a documentação de experiências, preferencialmente nacionais, se existirem.

8. Manifestação das desvantagens terapêuticas do medicamento ou de outra natureza cuja exclusão se propõe, se for o caso.

9. Indicação de alternativas farmacêuticas já existentes no elenco selecionado.
10. Preço aproximado e disponibilidade no mercado nacional do medicamento em questão e custo do tratamento.

11. Estimativa do consumo anual do medicamento no caso de ser aprovado e custo desse consumo.

RENAME

A. MEDICAMENTOS DE USO GERAL (25)

A.1. ANALGÉSICOS, ANTIESPASMÓDICOS, ANTIINFLAMATÓRIOS E ANTIGOTOSOS (25)
A.2. ANTIALÉRGICOS E MEDICAMENTOS USADOS EM ANAFILAXIA (26)
A.3. ANTIINFECCIOSOS DE USO GERAL (27)
A.4. ANTIINFECCIOSOS DE USO ESPECIAL E ANTIPARASITÁRIOS (30)
A.5. NUTRIENTES (34)

B. MEDICAMENTOS POR GRUPOS ANATÔMICOS (35)

B.1. CARDIOVASCULAR (35)
B.2. DIGESTIVO (37)
B.3. ENDÓCRINO E REPRODUTOR (38)
B.4. HEMATOPOIÉTICO (40)
B.5. NERVOSO CENTRAL (41)
B.6. ORGÃOS DOS SENTIDOS (43)
B.7. PELE E MUCOSAS (44)
B.8. RESPIRATÓRIO (45)

C – OUTROS MEDICAMENTOS E PRODUTOS (47)

C.1. AGENTES DIAGNÓSTICOS (47)
C.2. ANESTÉSICOS (47)
C.3. ANTINEOPLÁSICOS E ADJUVANTES (49)
C.4. IMUNOSSUPRESSORES (52)
C.5. MEDICAMENTOS E ANTÍDOTOS PARA INTOXICAÇÕES EXÓGENAS (52)
C.6. OUTROS PRODUTOS ESSENCIAIS (53)
C.7. VACINAS, SOROS E IMUNOGLOBULINAS (55)

PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS

INTRODUÇÃO

No ciclo da Assistência Farmacêutica, a programação representa uma outra atividade chave, que tem por objetivo a garantia da disponibilidade dos medicamentos previamente selecionados nas quantidades adequadas e no tempo oportuno para atender às necessidades de uma população-alvo, por meio de um serviço ou de uma rede de serviços de saúde, considerando-se um determinado período de tempo.
A estimativa dessas necessidades representa um dos pontos cruciais do ciclo da Assistência Farmacêutica por sua relação direta com o nível de acesso aos medicamentos e com o nível de perdas desses produtos. Há várias formas de proceder a uma estimativa técnica dessas necessidades. É o perfil de morbi-mortalidade, no entanto, o mais importante aspecto a considerar, quando se busca orientação na identificação de tais necessidades.

A programação é uma atividade associada ao planejamento; sua viabilidade e factibilidade   Dependem da utilização de informações gerenciais disponíveis e fidedignas, da análise da situação local de saúde, assim como do conhecimento sobre os medicamentos selecionados, sua indicação precípua e sua perspectiva de emprego na população-alvo.

Programa-se de modo a atender à demanda sanitária em medicamentos, exposta e trabalhada no processo de seleção. Faz-se necessário dispor, ainda, de dados consistentes sobre o consumo de medicamentos da área ou serviço, seu perfil demográfico e epidemiológico, a oferta e demanda de serviços de saúde que apresenta, dos recursos humanos capacitados de que dispõe, bem como da sua disponibilidade financeira para a execução da programação.

Independentemente do método a ser utilizado no processo, ou recursos financeiros disponíveis para atender à demanda, a programação deve refletir a necessidade real, condição básica para se calcular os índices de cobertura local. Somente por meio da identificação das necessidades locais pode-se determinar a quantidade adequada de medicamentos a serem adquiridos.

O processo de programação deverá ser descentralizado e ascendente. Inicia-se nas unidades e/ou centros de saúde, que remeterão suas demandas ao nível local. Este, por sua vez, após avaliação, reunirá essas demandas e as remeterá ao nível regional.

A rotina ascende, da mesma forma, aos níveis estadual e federal, quando for o caso. É importante ressaltar a obrigatoriedade da avaliação desses dados desde o nível local, de modo que reflitam quantidades compatíveis com a demanda real. Algumas ferramentas de avaliação, citadas adiante, poderão ser aí empregadas pelo gestor.

De maneira sucinta, objetivando instrumentalizar as pessoas responsáveis por esse segmento, abordamos, neste capítulo, as etapas e procedimentos necessários para a realização de uma programação, destacando os métodos mais utilizados, suas vantagens, desvantagens e mecanismos que permitem acompanhar e avaliar a programação elaborada.

OBJETIVOS

A programação tem por finalidade que o serviço ou sistema disponha de medicamentos apropriados e previamente selecionados, nas quantidades necessárias, em tempo oportuno e cuidando para que se contribua à promoção do uso racional dos medicamentos. Para tanto, deve empreender a quantificação dos medicamentos a serem adquiridos e elencar as necessidades, priorizando-as e compatibilizando-as com os recursos disponíveis, e ainda cuidar para evitar a descontinuidade no abastecimento.

CRITÉRIOS

A programação deve estar atrelada a certos critérios, dos quais não deve se afastar, sob pena de não conseguir atingir os objetivos a que se propõe (MSH, 1997).

Em primeiro lugar, a programação deve ser feita com base em uma lista de medicamentos essenciais, estabelecida e consensuada na etapa de seleção. Nessa lista, os medicamentos  devem encontrar-se listados por nome genérico, forma farmacêutica e apresentação, e elencados, preferencialmente, pelo nível de complexidade no qual serão utilizados (por exemplo, uso ambulatorial, uso hospitalar, uso hospitalar restrito etc.).

Cada unidade deve possuir sua própria lista, tendo como base as listas municipais e/ ou estaduais. No Brasil, os estados, por meio das comissões estaduais de Farmácia e Terapêutica, elaboram sua lista, tendo como base a Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) (Brasil, 1999), e os municípios também, a partir do trabalho das comissões municipais, utilizam a mesma metodologia para a elaboração das Relações Municipais, partindo da mesma fonte inicial.

A lista de referência deve ser seguida pela elaboração de guias e de protocolos terapêuticos, para o que se conta Formulário Terapêutico Nacional (www.bireme.org.br). Além de sua importância na tentativa de direcionar a terapêutica medicamentosa para o uso racional, o protocolo é um grande aliado do gestor também na etapa da programação. A simples escolha, ainda que adequada, dos medicamentos, não direciona os padrões esperados de utilização.

O estabelecimento de protocolos deve conduzir a uma normalização mínima para a utilização, orientando os patamares necessários para tratamentos médios e individuais, e é um dado importante no momento em que se avalia a qualidade da utilização na rede, sistema ou unidade (Osorio-de-Castro et al., 2000; Carroll, 1999; Fuchs & Wannmacher, 1998).

É preciso determinar a informação crítica necessária, de forma a atender aos requisitos do método de programação a ser trabalhado. Permeando todos os tipos de métodos de programação, no entanto, existem duas necessidades comuns. A primeira diz respeito ao conhecimento da rede na qual está inserida a unidade ou serviço, e a segunda, ao tipo e à qualidade dos serviços para os quais se está programando o abastecimento de medicamentos.

É preciso ainda, tendo em vista sempre a realidade e as condições operacionais disponíveis, elencar as prioridades. Essa é uma tarefa nem sempre fácil, mas que pode valer-se do instrumental de avaliação de modo a ser executada com propriedade (Summerfield, 1995; Luiza; Osorio-de-Castro & Nunes, 1999).

A seguir, faz-se necessário considerar a posição atual dos estoques e os fatores que influenciarão em sua utilização, enquanto procede-se às atividades de abastecimento. Atenção especial merece ser dada às especificações dos medicamentos, com abordagem detalhada dos critérios; três primeiros itens devem estar previstos desde a seleção:

v  princípio ativo desejado (por exemplo, entre sais diferentes da mesma substância base, ocorrência bastante comum – eritromicina estearato ou eritromicina estolato?);
v  formas farmacêuticas (por exemplo, cápsula, comprimido, comprimido revestido ou drágea?);
v  conteúdo ou teor por unidade de dispensação (adequar teor às necessidades da população atendida/condição a ser tratada);
v  apresentação (por exemplo, no caso de uma suspensão pediátrica de antiinfecciosos, escolher o volume necessário para um tratamento padrão completo, se possível com pouca ou nenhuma sobra);
v  embalagens (por exemplo, exigir embalagem secundária para formas farmacêuticas fotossensíveis).

Uma clara visão das disponibilidades orçamentárias e financeiras do momento e no decorrer do período para o qual se efetiva a programação complementa os requisitos já descritos.

Por fim, deve-se lembrar das atividades de avaliação do processo para as quais pode-se empregar metodologias bem estabelecidas, discutidas mais à frente.

FATORES QUE COMPROMETEM A ATIVIDADE DE PROGRAMAÇÃO

Antes de iniciar o processo da programação, o gerente deve empreender uma cuisadosa avaliação, não apenas quanto à disponibilidade das informações críticas, mas também acerca das condições que dariam suporte a esta atividade. Enumeramos a seguir as deficiências mais importantes e também mais comuns em redes/serviços/unidades de saúde.

FALTA DE CRITÉRIOS TÉCNICOS

A falta de critérios pode comprometer o processo de programação. Esse problema pode ocorrer tanto na primeira vez que se efetua a programação para um serviço ou unidade quanto em programações sucessivas.

Ainda que as informações a coletar sejam escassas e de difícil acesso, é importante chegar até elas de forma criativa. É importante aderir às listas de medicamentos essenciais. É ainda imprescindível que se empreguem métodos de avaliação de modo a acompanhar o processo ao longo do tempo.

Programações anteriores, que foram empreendidas com falta de critérios técnicos adequados, não podem ser utilizadas acriticamente na elaboração de nova programação, pois trazem distorções importantes.

CENTRALIZAÇÃO

A programação deve ser descentralizada, para que possa retratar o mais fielmente possível a necessidade local. É impossível para o gestor central ter uma idéia clara das necessidades locais se não buscar dados ou recebê-los. A perpetuação de programação centralizada pode ocasionar excessos e faltas de grande monta, com sério impacto sobre a resolutividade dos serviços.

SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL E EPIDEMIOLÓGICA DEFICIENTE

Os dados de consumo obtidos, normalmente, são aqueles relacionados à distribuição, sem que haja avaliação da demanda real (atendida e não atendida), aos períodos de desabastecimento, aos estoques existentes (inventário). Os registros epidemiológicos, que normalmente poderiam corroborar as informações de consumo, são pouco confiáveis nesse caso.

RECURSOS HUMANOS DESPREPARADOS

A baixa capacitação técnica é um grande entrave na qualidade do processo de programação. A carência de conhecimentos técnicos aliada à falta de atitude pró-ativa comprometem o desempenho dessa atividade.

RECURSOS FINANCEIROS INSUFICIENTES

A limitação dos recursos financeiros, cada vez mais escassos, tem transformado as programações em um processo eminentemente administrativo, que acabam sendo realizadas em função dos recursos financeiros disponíveis e não das reais necessidades da população. Além da insuficiência no tocante à disponibilidade financeira, a irregularidade do seu aporte compromete sobremaneira a eficiência da execução da programação.

ETAPAS DO PROCESSO

ETAPA I

DEFINIR A EQUIPE DE TRABALHO

ARTICULAR A FORMAÇÃO DE GRUPO DE TRABALHO:

Envolver os diversos setores/responsáveis da rede de saúde que tenham interface com a Assistência Farmacêutica e, mais especificamente, com a decisão de consumo de medicamentos, de maneira a agregar valor ao processo. Como exemplo, podemos citar os gerentes dos Programas Estratégicos; setor de Epidemiologia, Regionais de Saúde, gerentes das Unidades de Saúde Ambulatoriais e Hospitalares etc.

ETAPA II

ESTABELECER NORMAS E PROCEDIMENTOS

DEFINIR:

v  metodologia de trabalho
v  atribuições, responsabilidades e prazos
v  instrumentos apropriados (planilhas, formulários, instrumentos de avaliação)
v  periodicidade e métodos

ETAPA III

LEVANTAR DADOS E INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS AO PROCESSO

Essa etapa depende do método a empregar, e pode envolver, dentre as informações necessárias, as seguintes:

v  características demográficas da população para a qual se programa
v  perfil epidemiológico (morbi-mortalidade), para que se possa conhecer a incidência e prevalência das doenças que acomentem a população
v  consumo histórico de cada produto
v  demanda real (atendida, não atendida)
v  oferta e demanda por serviços de saúde
v  estoque existente (inventário)
v  cobertura assistencial por nível de atenção à saúde
v  infra-estrutura da equipe de Assistência Farmacêutica (área física, equipamentos, materiais e recursos humanos)
v  protocolos terapêuticos existentes
v  custo unitário aproximado de cada tratamento
v  disponibilidade orçamentária e financeira

ETAPA IV

ELABORAR PROGRAMAÇÃO

v  listar os medicamentos necessários de acordo com a seleção já estabelecida
v  quantificar os medicamentos em função da necessidade real
v  detalhar as especificações para a compra
v  calcular o custo da programação
v  definir o cronograma de aquisição e recebimento dos produtos e as modalidades a serem utilizadas
v  compatibilizar as necessidades locais considerando os limites financeiros previstos para efetuar a aquisição e as prioridades definidas pela política de saúde local

ETAPA V

ACOMPANHAR E AVALIAR

v  definir mecanismos de controle para acompanhamento e intervenções necessárias

FIGURA 1 – CICLO DA PROGRAMAÇÃO: ENFOQUE SISTÊMICO



MÉTODOS PARA PROGRAMAÇÃO

Existem vários métodos para programar medicamentos. Eles devem ser escolhidos
tendo em vista os recursos e informações disponíveis (MSH, 1997). São eles:

I. perfil epidemiológico;
II. oferta de serviços;
III. consumo histórico;
IV. consumo ajustado.

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO

Esse método baseia-se, fundamentalmente, nos dados de incidência e prevalência dos principais problemas de saúde que acometem uma determinada população, considerando-se o perfil demográfico, os esquemas terapêuticos preconizados, a capacidade instalada (oferta de serviços e estrutura oferecida à população) e a possível ocorrência de fenômeno de sazonalidade.

O método inicia-se com o diagnóstico situacional de saúde da população, no qual são analisadas as enfermidades prevalentes e incidentes sobre as quais devem incorrer as ações de intervenção sanitária que possam gerar impacto positivo no quadro de morbi-mortalidade. Pode-se, ainda, aliar o aporte da farmacoepidemiologia para avaliar o padrão de utilização de medicamentos de modo a aumentar a acurácia do método.

O uso crítico dos dados epidemiológicos é o primeiro caminho para que se possa melhorar a qualidade do serviço de saúde. A falta de notificação de certas doenças, o mau preenchimento de atestados de óbitos, erros de diagnósticos, insuficiência de recursos tecnológicos para informatização plena das redes e deficiência de pessoal são fatores que comprometem a qualidade dos registros.

A programação por perfil epidemiológico não requer, obrigatoriamente, dados de consumo, e é aplicável quando não se dispõe de informações acerca da utilização de medicamentos; é também aplicável quando se planeja a instalação de novos serviços na rede de saúde. A efetividade do método, no entanto, depende da adesão dos prescritores aos protocolos terapêuticos consensuados.

Pode haver risco de sub ou superestimativas se houver falta de acurácia dos dados coletados, confiabilidade duvidosa dos registros epidemiológicos ou desconsideração quanto à cobertura dos serviços. Se a oferta de serviços for insuficiente, será muito difícil estimar demanda real.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

1. Relacionar os principais problemas de saúde por grupo de pacientes e faixa etária.

2. Determinar taxa de morbidade e mortalidade para grupos específicos por idade e sexo.

3. Analisar a ocorrência das enfermidades em função do período de tempo, incluindo a sazonalidade. Ex.: A maior incidência de infecções respiratórias no inverno.

4. Relacionar os medicamentos segundo a abordagem prevista no protocolo previamente definido, tendo em conta as primeira e segunda escolhas e os esquemas de tratamento.

5. Estimar a quantidade de medicamentos necessária para tratar a população-alvo prevista para adoecer por patologia: dose/dia X duração de tratamento X população alvo a ser atendida.

6 Calcular a quantidade a adquirir considerando o estoque existente

a - estimar o prazo necessário para a aquisição

b - deduzir do quantitativo o estoque que provavelmente ainda haverá na época em que serão efetivamente entregues os medicamentos levando em consideração as validades dos mesmos no estoque anual.

7 - Calcular o custo estimado a partir a partir da relação dos valores médios do mercado para compras semelhantes ( municípios , estados, unidades de saúde, etc) em quantitativo e modalidade contrapondo-o aos valores da última compra

FIGURA 2 - PROGRAMAÇÃO PELO MÉTODO DO PERFÍL EPIDEMIOLÓGICO




OFERTA DE SERVIÇOS

É um caso particular de programação, em que se emprega o mesmo tipo de lógica presente no método do perfil epidemiológico: aqui se examina basicamente a rede instalada para tratamento de uma ou outra enfermidade e estimam-se as necessidades da população atendida perante ela.

A oferta de serviços depende da relação existente entre os problemas de saúde e a disponibilidade de ofertar os serviços ou cuidados de saúde necessários (capacidade instalada).

Portanto, é preciso conhecer tais necessidades e serviços de saúde que são ofertados à população, por nível de complexidade, para se programar adequadamente. Esse método reflete somente o que foi ofertado e demandado por aquela parcela da população que teve acesso aos serviços de saúde, não considerando possíveis ineficiências na oferta e prestação dos serviços.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

1. Levantar informações sobre os registros dos atendimentos realizados nas várias unidades da rede de saúde (centros e postos de saúde, ambulatórios, hospitais etc.).

2. Sistematizar as informações, relacionando os diagnósticos mais comuns e a freqüência de ocorrência de doenças por determinado período de tempo.

3. Verificar esquemas terapêuticos.

4. Estimar necessidades para cada caso.

5. Estimar as necessidades totais por meio do produto do número de casos de enfermidades atendidos por ano pelas quantidades estimadas para cada tratamento, de acordo com os esquemas terapêuticos preconizados.

6. Estimar as quantidades a adquirir.

7. Calcular o custo estimado.

PROGRAMAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA DIABÉTICOS EM ATENDIMENTO EM UNIDADE DE SAÚDE ESPECÍFICA

1) levantamento das fichas cadastrais dos pacientes hoje em tratamento (n=34);
2) classificação dos mesmos por regime terapêutico seguido pelo prescritor;
3) cálculos de demanda por tratamentos unitários/mês;

Classificação A: hipoglicemiante oral Z (2 comp/dia)
Classificação B: hipoglicemiante oral Z (2 comp/dia)+ hipoglicemiante oral W
(3 comp/dia)

Classificação C: insulina Y (3 frascos mês)

4) multiplicação pelo número estimado de tratamentos em cada classe para o período

24 pacientes em A     2 x 24 = 48/mês de Z
4 em B -                     4 x 2 = 8/mês de Z
                                   4 x 3 = 12/mês de W

6 pacientes em C -     6 x 3 = 18 frascos/mês de insulina Y

DEMANDA ESTIMADA

total de Z -                  48 + 8 = 56/mês ou 672/ano
total de W                   12/mês ou 144/ano
total de insulina Y      18 frascos/mês ou 216/ano

Como no caso anterior, os estoques existentes devem ser considerados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVAREZ-REQUEJO, A. et al. Under-reporting of adverse drug reactions. European Journal of Clinical Pharmacology, 54: 483-488, 1998.

AMERICAN ASSOCIATION OF HOSPITAL PHARMACISTS (ASHP). The hospital pharmacist and drug information services. American Journal of Hospital Pharmacy, 25: 381-382, 1968.

AMERSON, A. B. Introduction to the concept of drug information. In: MALONE, P. M. et al. (Eds.) Drug Information: a guide for pharmacists. Stanford: Appleton & Lange, 1996.

ANDRADE, V. & COELHO, M. A. S. M. O processo educacional na promoção de ações comunitárias em saúde. Revista Brasileira de Cancerologia, 43 (1): 57-63, 1997.

ARRAIS, P. S. D. Farmacovigilância: até que enfim no Brasil! Saúde em Debate, dez.95-mar.-96: 80-82, 1996.

ASCIONE, F. J.; MANIFOLD, C. C. & PARENTI, M. A. Principles of Drug Information and Scientific Literature Evaluation. Hamilton: Drug Intelligence Publications, 1994.

BARROS, J. A. C. A Propaganda de Medicamentos: atentado à saúde? São Paulo: Hucitec/Abrasco, 1995. (série Phármakon 3)

BATES, D. W. et al. The cost of adverse drug events in hospitalized patients. Journal of America Medical Association, 277: 307-311,1997.

BERBATIS, C. G. & PLUMRIDGE, R. J. Drug bulletins: effectiveness in monitoring prescribing and methods of improving impact. Annals of Pharmacotherapy, 23: 330-334, 1989.

BIRIELL, C. & EDWARDS, I. R. Reasons for reporting adverse drug reactions: some thoughts based on an international review. Pharmacoepidemiology and Drug Safety, 6: 21-26, 1997.

BRASIL. Unicef/UCsF. Medicamentos. Unicef/WHO/Unesco/UNFPA 1993. (Série Crianças para a Saúde v.l, Fascículo 12)

BRASIL. MS. Portaria no 3.916, 30 out. 1998. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 1998.

BURKHOLDER, D. Some experience in the establishment and operation of a drug information center. American Journal of Hospital Pharmacy, 20: 506-513, 1963.

CAPELLÁ D. & LAPORTE J-R. Métodos empregados em estudos de utilização de medicamentos. In: LAPORTE, J. R.; TOGNONI, G. & ROSENFELD, S. (Orgs.) Epidemiologia do Medicamentos: princípios gerais. 1.ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Hucitec/Abrasco, 1989.

CASTILHO, L. S.; PAIXÃO, H. H. & PERINI, E. Prescrição de medicamentos de uso sistêmico por cirurgiões-dentistas, clínicos gerais. Revista de Saúde Pública, 33 (3): 287-294, 1999.

CASTILHO, S. Sismed: sistema de informação sobre medicamentos, 1992. Dissertação de Mestrado, Rio de Janeiro: UFRJ.

CASTRO, L. L. C. Farmacoepidemiologia: uma nova disciplina. Divulg. Saúde Debate, (18): 87-92, jun., 1997.

CASTRO, M. S. Avaliação do Uso de Medicamentos em um Hospital Universitário: vancomicina, 1996. Dissertação de Mestrado. Porto Alegre: Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre.

CLASSEN, D. et al. Adverse drug events in hospitalized patients. Journal of American Medical Association, 277 (4): 301-306, 1997.

COE, C. P. The Elements of Quality in Pharmaceutical Care. 1.ed. Bethesda: ASHP, 1992.

COELHO, H. L. L. et al. Misoprostol and illegal abortion in Fortaleza, Brazil. The Lancet, 34: 1261-1263, 1993.

COELHO, H. L. L. Farmacovigilância um instrumento necessário. Cadernos de Saúde Pública, 14 (4): 871-875, 1998.

COELHO, H. L. L. Estruturação e Desenvolvimento de um Núcleo de Farmacoepidemiologia na Universidade Federal do Ceará, 1999. Tese para obtenção do título de Professor Titular na área de Fármacos e Medicamentos. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará.

COELHO, H. L. L.; GONDIM, A. P. S. & GUIMARÃES, J. A. Disopiramida, um perigo à vista. Revista da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, 2 (1): 17-21, 1995.

COELHO, H. L. L.; DA-SILVA, C. D. C. & ARRAIS, P. S. D. Centro de Informação sobre medicamentos da Universidade Federal do Ceará (CIM/UFC): um observatório farmacoepidemiológico. In: BOMFIM, J. R. A. & MERCUCCI, V. (Orgs.) A Construção da Política de Medicamentos. São Paulo: Hucitec-Sobravime, 1997.

COELHO, H. L. L. et al. Misoprostol: the experience of women in Fortaleza, Brazil. Contraception, 49 (2): 101-110, 1994.

COUNCIL FOR INTERNATIONAL ORGANIZATIONS OF MEDICAL SCIENCES (Cioms). Harmonizing the use of adverse drug reaction terms. Pharmacoepidemiology and Drug Safety, 6: 115-127, 1997.

D’ ALESSIO, R.; BUSTO, U. & GIRÓN, N. Guía para el Desarrolo de Servicios Farmacéuticos Hospitalarios: información de medicamentos. Washington: Opas, 1997. (Série Medicamentos Essenciales y Tecnología, 5.4).

DENNEHY, C. E. & KISHI, D. T., C. L. Drug-related illness in emergency department patients. American Journal of Health-System Pharmacy, 53: 1422-1426, 1996.

DRUMMOND, M. F. et al. Basic Types of Economic Evaluation: methods for the economic evaluation of health care programmes. Nova Iorque: Oxford Medical Publications, 1987.

FERNANDES, M. E. P. A Participação dos Medicamentos nas Alternativas de Assistência à Saúde no Município de Fortaleza, 1998. Dissertação de Mestrado, Fortaleza: Universidade Federal do Ceará.

GARCIA MOLINA, G. & ALBEROLA, C. Informacion de medicamentos. Revista de la Assossiación Española de Farmacéuticos Hospitalarios, 8 (1): 5-18, 1984.

GONDIM, A. P. S. O Uso de Medicamento no Tratamento Biomédico da Febre em Crianças de Fortaleza, 1998. Dissertação de Mestrado. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará.

GREY, R. R.; TOWNSED, R. J. & SANDERS, C. A. Outcomes measurement: the key to the appropriate use of pharmaceuticals. International Journal of Technology Assessment and Health Care, 11 (3): 472-484, 1995.

HEINECK, I. Antibióticoprofilaxia Cirúrgica no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, 1999. Tese de Doutorado. Porto Alegre: UFRGS.

HEINECK, I. et al. Análise da publicidade de medicamentos veiculadas em emissoras de rádio do Rio Grande do Sul, Brasil. Cadernos de Saúde Pública,14 (1): 193-198, 1998.

HEPLER, C. D. & STRAND, L. M. Opportunities and responsibilities in pharmaceutical care. American Journal of Hospital Pharmacy, 47: 533-543, 1990.

INSTITUTO DE SALUD PUBLICA/CENTRO NACIONAL DE MONITORIZACIÓN DE
MEDICAMENTOS Y FAMACOVIGILANCIA/ORGANIZACIÓN PAN-AMERICANA DE
SALUD (ISP/Cenimef/Opas). Monitorización de Reacciones Adversas a Medicamentos. Santiago: ISP/Cenimef, 1998. (Mimeo.)

JOHNSON, J. A. & BOOTMAN, J. L. Drug-related morbidity and mortality: a cost of illness model. Archives of Internal Medicine, 155: 1949-1956, 1995.

JOLICOEUR, L. M.; JONES-GRIZZLE, A. J. & BOYER, J. G. Guidelines for performing a
pharmacoeconomic analysis. American Journal of Hospital Pharmacy, 49: 1741-1747, 1992.

LAPORTE, J. R. & CAPELLÁ, D. Mecanismos de producción y diagnóstico clínico de los efectos indeseables producidos por los medicamentos. In: LAPORTE, J. R. & TOGNONI, G. (Orgs.). Princípios de Epidemiologia del Medicamento. 2.ed. Barcelona: Masson-Salvat, 1995.

LAPORTE, J. R. & TOGNONI, G. Estudio de utilización de medicamentos y de farmacovigilancia. In: LAPORTE, J. R. & TOGNONI, G. (Orgs.) Princípios de Epidemiologia del Medicamento. 2.ed. Barcelona: Masson-Salvat, 1995.

LAPORTE, J. R.; BAKSAAS, I. & LUNDE, P. K. M. General background. In: DUKES, M. N. G. (Ed.) Drug Utilization Studies: methods and uses. Copenhagen: WHO, 1993. (European Series no 45)

LE GRAND, A.; HOGERZEIL, H. V. & HAAIJER-RUSKAMP, F. M. Intervention in rational use of drugs: a review. Health Policy and Planning,14(2): 89-102, 1999.

LEMME, L. Estudo de Utilização de Antibióticos e Quimioterápicos no Centro de Pesquisa Hospital Evandro Chagas, 2000. Dissertação de Mestrado, Rio de Janeiro: UFRJ.

LISE, M. L. Z. et al. O abuso de esteróides anabólico-androgênicos em atletismo. Revista da Associação Médica Brasileira, 45 (4): 364-370, 1999.

LUCE, B. R. & SIMPSON, K. Methods of cost: effectiveness analysis, areas of consensus and debate. Clinical. Therapy, 17 (1): 109-125, 1995.

LUIZA, V. L. Perfil de Prescrição e de Uso de Medicamentos no Hospital Evandro Chagas, 1994. Dissertação de Mestrado, Rio de Janeiro: UFRJ.

MALEK, M. Current principles and application of pharmacoeconomics. PharmacoEconomics, 9 (1): 1-8, 1996.

MALONE, P. M. et al. Drug Information: a guide for pharmacists. Stanford: Appleton & Lange, 1996.

MCLEAN, W. & ARIANO, R. Evening Primrose Oil: therapy of polyunsaturated fat deficiency (drug consult). In: HUTCHISON, T. A. & SHAHAN, D. R. (Eds.) DRUGDEX® System. Greenwood Village: MICROMEDEX Inc., (Edition expires)

MANAGEMENT SCIENCES FOR HEALTH (MSH). Manging Drug Supply. 2.ed. Connecticut: Kumarian Press, 1997.

MARIN, N. A informação sobre medicamentos no contexto sanitário da Política Nacional de Medicamentos. I CONGRESSO DE FARMÁCIA E BIOQUÍMICA DO ESPÍRITO SANTO/III ENCONTRO DE CENTROS DE INFORMAÇÃO SOBRE MEDICAMENTOS DO BRASIL, Vitória, Brasil, 1999.

MAURIZI, A. El humor y el teatro promueven la reflexión. Foro Mundial de la Salud,15: 195-196, 1994.

McISAAC, W. et al. Reflexions on a month in the life of the Ontario Drug Benefit Plan. Canadian Medical Association Journal, 150: 473-477, 1994.

MEYBOOM, R. H. B. & ROYER, R. J. Causality classification at pharmacovigilance centres in the European Community. Pharmacoepidemiology and Drug Safety, 1: 87-97, 1992.

MORETTI, E. et al. Perfil das pacientes com abortamento em setor de emergência. Revista Médica. HSVP, 10 (23): 15-20, 1998.

MOSSIALOS, E. El Impacto sobre los medicamentos de la contención del gasto y las reformas en la asistência sanitária. In: LOBO, F. & VELÁSQUEZ, G. (Orgs.) Los Medicamentos ante las Nuevas Realidades Económicas. Madrid: Opas/Universidad Carlos III de Madrid/Editorial Civitas, S.A, 1997.

NOMINATO NETO, N. L. Avaliação do uso sistêmico de antimicrobianos na prática dos periodontistas de minas gerais. Arquivos em Odontologia, 33 (2): 146, 1997.

OLSSON, S. National Pharmacovigilance Systems: country profiles and overview. 2.ed. Uppsala: Uppsala Monitoring Centre, 1999.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS). Centro de Información de Medicamentos: uma estratégia de apoyo al uso racional de medicamentos. Santo Domingo: Grupo de Trabajo Regional, 1995.

PEPE, V. L. E. Estudo sobre a Prescrição de Medicamentos em uma Unidade de Atenção Primária, 1994. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: IMS/Uerj.

PRINCE, B. S. et al. Drug related emergency department visits and hospital admission. American Journal of Hospital Pharmacy, 49:1696-1700, 1992.

REIS, A. L. A. O valor do uso racional de medicamentos. Boletim da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos (Sobravime), abr.- jun., 1997.

ROZENFELD, S. Farmacovigilância: elementos para discussão e perspectivas. Cadernos de Saúde Pública, 14 (2): 237-263, 1998.

SARMIENTO, A. Z. Estrategia Económica Relacionada con Medicamentos. OPS/OMS, 2000.

SÉGUIN, A. & RANCOURT, C. El teatro, instrumento eficaz para la promoción de la salud. Foro Mundial de la Salud, 17(1): 66-71, 1996.

SILVA, J. A.; MELO, J. R. R. & COELHO, H. L. L. Uso abusivo de benzidamina em Fortaleza. Revista Infarma, 5(1/6): 16-18, 1997.

SISTEMA BRASILEIRO DE INFORMAÇÕES SOBRE MEDICAMENTOS (Sismed). Protocolo de Cooperação Versão 4. Brasília: Cebrim, 1998.

SOUSA, D. S. C. (Org.) Medicamentos: manual para agentes de saúde. Fortaleza: GPUIM/UFC, 1997.

STANOVICH, J. E. Drug information centers. In: MALONE, P. M. et al. (Eds.) Drug information: a guide for pharmacists. Stanford: Appleton & Lange, 1996.

STEPHENS, M. Detection of New Adverse Drug Reactions. Londres: Chapman and Hall, 1993.

TOGNONI G. & LAPORTE J-R. Estudos de utilização de medicamentos e de farmacovigilância. In: LAPORTE J-R; TOGNONI, G. & ROZENFELD, S. (Orgs.) Epidemiologia do Medicamento: principios gerais. São Paulo/Rio de Janeiro: Hucitec/Abrasco, 1989.

UPPSALA MONITORING CENTRE/ WORLD HEALTH ORGANIZATION. (UMC/WHO) Guidelines for Setting up and Running a Pharmacovigilance Centre. Uppsala: UMC, 2000.

VELÁSQUEZ, G. Impacto económico del uso racional de medicamentos. In: BERMUDEZ, J. A. Z. & BONFIM, J. A. R. (Orgs.) Medicamentos e a Reforma do Setor Saúde. São Paulo: Hucitec/Sobravime, 1999.

VIDOTTI, C. C. F. et al. (Org.) Centros de Informação sobre Medicamentos: análise diagnóstica no Brasil. Brasília: CFF/Opas, 2000.

WERTHEIMER, A. I. & ANDREWS, K. B. An overview of pharmacoepidemiology. Pharmacy World & Science, 17 (3): 61-75, 1995.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). International Drug Monitoring: the role of national centres. Geneva: WHO, 1972. (Technical Report Series no 498)

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). The Selection of Essential Drugs: report of a Who expert committee. Geneva: WHO, 1977. (Technical Report Series, no 615)

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Independent Drug Bulletin. Copenhagen: WHO, 1985. (Reports of an international WHO meeting on drug information)


WORLD HEALTH ORGANIZATION COLLABORATING CENTRE FOR DRUG STATISTICS METHODOLOGY (Whocc). Anatomical Therapeutic Chemical Classification (ATC Code), 2003. Disponível em: . Acesso em: 14 abr. 2003. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário