segunda-feira, 15 de junho de 2009

FARMÁCIA HOSPITALAR - PLANEJAMENTO ASPECTOS GERAIS

FARMÁCIA HOSPITALAR -PLANEJAMENTO ASPECTOS GERAIS



De um modo geral, tanto os governos, como também empresas, utilizam o que poderíamos denominar de planejamento clássico ou normativo, que procura definir objetivos e metas sem levar em consideração diversos fatores relevantes como cenários, tempo e movimento dentre outros, baseando-se simplesmente nos planejamentos orçamentário e operacional.
Administrar ou gerir qualquer organização desde as mais simples até as mais complexas é uma forma de governo. Logo administrar, gerenciar é governar e podemos dizer que a forma mais simples de organização e forma de governo pode ser representado pela própria família. Dai a importâcia do entendimento de alguns conceitos básicos, tais como;

Conceito de Situação : Segundo Matus (IPEA, Tomo I,1993, pg. 203 -221), vários autores conceituaram ao longo do tempo o termo situação, entre os quais ele destaca Heidegger (O Ser e o Tempo, 1927), Sartre (O Ser e o Nada, 1943), Gadamer (Truth and Method, 1975) e Ortega Y Gasset (História como Sistema). Sintetizando seria uma apreciação do conjunto feita pelo ator em relação as ações que projeta produzir, visando preservar ou alterar a realidade em que vive. É sempre um recorte problemático da realidade em função de um projeto de ação. O conceito de ação constitui-se pelo ator eixo da explicação, por outros atores, pelas suas ações pelas estruturas econômicas, políticas, sociais, ideológica etc.

Conceito de Ator Social: Ator social é qualquer indivíduo, instituição, organização, sistema, recursos, etc., que possua algum tipo de poder que possa influenciar de alguma forma o cenário onde se realiza o jogo da produção social (Matus, IPEA, Tomo I,1993 pg. 227 - 233), e desta forma o planejamento.

Conceito de Poder: O conceito de poder é fundamental, pois representa a chave de viabilidade política do plano (Matus, 1987), entretanto, é bastante complexo para ser conceituado, e podemos citar pelo menos como referência, Gallo, Rivera & Machado (1992) que analisando aspectos relacionados a obra de Matus destacam como base fundamental do poder a questão da legitimidade. Se não houver legitimidade do poder o ator fatalmente experimentará no futuro os efeitos desgastantes da situação impositiva. Gallo, Rivera & machado (1992), utilizam como referência em sua análise de conceitos de poder as obras de Habermas (1987), Kosik (1976) e Barrenchea & Trujillo (1987).

Capacidade de governo : Depende da capacidade institucional e da capacidade pessoal do dirigente e da equipe de governo, e se refere a experiência, conhecimento sobre o sistema, acesso aos sistemas e métodos de governo.
Para Matus a capacidade de ação dos diversos atores sociais, está diretamente associada ao domínio de técnicas de planejamento.

Formas ou projetos de governos ; As organizações, em termos de relação de poder podem ser comparadas camo sistemas de governo que podem empregar um conjunto “régras” como meio de criar e manter a ordem entre seus membros. As variações mais comuns das régras políticas encontradas nas organizações são as seguintes :

1) Autocracia : Trata-se de um governo absoluto em que o poder é sustentado por um indivíduo ou por um pequeno grupo e apoiado pelo controle de recursos críticos, pelo direito de propriedade ou possessão de direitos, tradição, carisma e outras razões para invocar privilégios pessoais.
2) Burocracia : É uma régra exercida por meio da palavra escrita, que oferece as bases de uma autoridade do tipo racional-legal, ou governo “pela lei “.
3) Tecnocracia : É uma régra exercida através do uso do conhecimento , poder de especialistas e habilidades de resolução de problemas relavantes.
4) Co - gestão : Trata-se de uma forma de governo em que as partes opostas entram em entendimento para gerar juntas interesses mútuos; como no caso do governo de coalizão e corporativismo, cada uma das partes retira seu poder de uma fonte diferente.
5) Democracia representativa: É uma régra exercida através de membros que têm mandato para agir em nome daqueles a quem representam, que ocupam suas funções durante um período determinado, ou estendem esse período enquanto mantêm o apoio de seus eleitores, como é o caso do governo tipo parlamentare, na indústria, empresas onde o controle está nas mãos dos trabalhadores ou acionistas.
6) Democracia direta : É o sistema no qual cada um tem direito igual de governar tomando parte em todas as decisões, como o caso de muitas organizações comunitárias, cooperativas e os Kibutz entre outras. Trata-se de um princípio de governo no qual a auto -organização é a maneira chave da organização.

Porque utlizar planejamento estratégico?

Podemos citar algumas razões, tais como:

1- Os ciclos comerciais no passado eram estáveis atualmente os ciclos comerciais são instáveis;
2 - O ambiente no passado era estável em contraponto com o ambiente atual que é é instável;
3 - Os concorrentes no passado eram bem conhecidos e com a globalização nem sempre são bem conhecidos;
4- Os preços eram razoavelmente estáveis no passado e são instáveis no presente;
5 - Os clientes se comportavam de forma previsível e hoje os clientes se comportam de uma forma imprevisível
6 - As taxas de câmbio das principais moedas no passado eram fixas e atualmente as taxas de câmbio das principais moedas são variáveis

Referências
  • Rivera, F. J. U., (Organizador),1992. Planejamento e Programação Em Saúde. Um Enfoque Estratégico. São Paulo, SP: Cortez Editora (Col. Abrasco).
  •  Matus C., 1993. Política Planejamento & Governo, Tomo I. Brasília: Serviço Editorial IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
  • Wilken, P.R.C. & Bermudez, J.A.Z (1999). A Farmácia no Hospital. Como avaliar ?. Rio de Janeiro: Editora Ágora da Ilha.




Nenhum comentário:

Postar um comentário