AMOXILINA + CLAVULANATO DE POTÁSSIO
Silvio
Barberato Filho e Fernando de Sa Del Fiol
APRESENTAÇÕES
•
Comprimido 500 mg + 125 mg.
•
Suspensão oral 50 mg + 12,5 mg/mL.
INDICAÇÕES
•
Infecções causadas por bactérias produtoras de betalactamase, originalmente
sensíveis
a amoxicilina.
CONTRAINDICAÇÕES
•
Hipersensibilidade a amoxicilina e a outras penicilinas ou ao acido
clavulanico.
•
Historia de icterícia colestatica ou disfunção hepática induzidas por
penicilina
ou
pela associação dos fármacos.
PRECAUÇÕES
•
Usar com cuidado nos casos de:
––
hipersensibilidade as penicilinas (obter historia previa para prevenir novas
reações).
––
mononucleose infecciosa, leucemia linfocítica aguda ou crônica, infecção
por
citomegalovirus ou portadores de HIV (ha risco elevado de exantema
eritematoso).
––
uso de altas doses de amoxicilina (manter hidratação adequada para reduzir
risco
de cristaluria).
––
insuficiência hepática ou insuficiência renal
•
Hipersensibilidade cruzada com cefalosporinas (menos de 10%): não utilizar
cefalosporinas
em pacientes com reações de hipersensibilidade imediata as
penicilinas.
•
Categoria de risco na gravidez (FDA): B.
ESQUEMAS DE ADMINISTRAÇÃO
CRIANÇAS
•
20 a 90 mg/kg de amoxicilina, por via oral, a cada 8 ou 12 horas. A dose e a
duração
do tratamento dependem do local e gravidade da infecção.
ADULTOS
•
250 + 62,5 a 500 + 125 mg, por via oral, a cada 8 ou 12 horas. A dose e a duração
do
tratamento dependem do local e gravidade da infecção.
ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS CLINICAMENTE RELEVANTES
•
A associação dos fármacos não altera a absorção nem a farmacocinética de
nenhum
deles.
•
Alimentos melhoram a absorção e diminuem a intolerância gastrintestinal.
•
Pico de concentração: 40 a 120 minutos.
•
Meia-vida de eliminação: 1 hora para ambos os fármacos.
•
Metabolismo: hepático.
•
Excreção: renal (50% a 70% de amoxicilina e 25% a 40% de clavulanato)
•
Dialisável.
EFEITOS ADVERSOS
MAIS GRAVES:
•
Reações de hipersensibilidade incluindo urticaria, febre, dor nas articulações,
exantema,
angioedema, anafilaxia, doenca do soro, anemia hemolitica
e
nefrite intersticial.
•
Hepatite, icterícia colestatica.
•
Síndrome de Stevens-Johnson.
MAIS COMUNS:
•
Diarreia (3% a 15%), náusea (2% a 3%), vomito (ate 2%)
•
Micose (3%); vaginite (1%); candidiase (1,4%)
•
Exantema (1% a 3%); dermatite das fraldas (3,5%)
OUTROS:
•
Colite pseudomembranosa (raramente) por Clostridium difficile.
INTERAÇÕES DE MEDICAMENTOS
•
Acenocumarol: pode resultar em risco aumentado de sangramento. Se for
necessário
o uso concomitante de acenocumarol e amoxicilina, monitorar
cuidadosamente
o tempo de protrombina (TP) com a adicao ou a retirada da
amoxicilina.
Pode ser necessário ajustar a dose do acenocumarol.
•
Contraceptivos: pode reduzir efetividade do contraceptivo. Durante a administração
dos
antibióticos, utilizar método adicional para prevenir gravidez.
•
Metotrexato: aumento da toxicidade do metotrexato. Evitar o uso simultâneo,
porem
se isto não for possível, diminuir a dose de metotrexato e monitorar
sua
concentração sérica. Monitorar o paciente quanto ao aumento
dos
efeitos adversos do metotrexato, incluindo leucopenia, trombocitopenia
e
ulceração de pele.
•
Probenecida: aumenta a concentração plasmática e prolonga o efeito de
amoxicilina. Util quando necessária elevada concentração plasmática e tecidual
dos
antibióticos.
•
Vacina febre tifoide: a resposta imunológica a vacina pode ser reduzida.
Deixar
no minimo 24 h de intervalo entre a ultima dose do antibiótico e a
administração
da vacina.
•
Varfarina: pode resultar em risco aumentado de sangramento. Monitorar TP
durante
o tratamento.
•
Venlafaxina: risco aumentado de síndrome serotoninergica. Monitorar
cuidadosamente os sintomas da síndrome: anormalidades neuromusculares,
hiperatividade
autonômica, agitação e delírio. Caso os sintomas apareçam,
descontinuar
os medicamentos e oferecer tratamento de suporte.
ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES
•
Orientar que não ha restrições quanto ao uso juntamente com alimentos e
para
a ingestão no inicio das refeições de modo a aumentar a absorção do
acido
clavulânico.
•
Orientar para agitar o frasco da suspensão oral antes de cada administração.
•
Alertar para não interromper o uso antes do final do tratamento, mesmo
quando
houver melhora dos sintomas apos as primeiras doses.
•
Alertar para empregar método alternativo ou adicional para evitar a gravidez
se
estiver em uso de contraceptivos orais.
ASPECTOS FARMACÊUTICOS
•
Armazenar comprimidos abaixo de 25 .C. Proteger de calor, umidade e luz
direta.
•
Suspensão oral deve ser mantida sob refrigeração depois de reconstituída.
Evitar
congelamento. Descartar 10 dias depois de aberto o frasco.
FONTE : BRASIL, Ministério da Saúde,
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Formulário
Terapêutico Nacional