ALTEPLASE
SHEILA SILVA MONTEIRO LODDER LISBOA
APRESENTAÇÃO
•
Pó para solução injetável 50 mg.
•
Acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico, restrito para uso hospitalar em centro
especializado.
CONTRAINDICAÇÕES
•
AVC grave.
•
Convulsões associadas a AVC.
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Historia de AVC em pacientes com diabete.
•
Acidente vascular cerebral nos últimos três meses.
•
Hipoglicemia.
•
Hiperglicemia.
•
Coma.
•
Diátese hemorrágica, administração de heparina nas 48 horas anteriores ao AVC
com tempo de tromboplastina parcial ativada elevada ao encaminhamento medico,
contagem de plaquetas menor que 100.000/mm3.
•
Doença pulmonar aguda com cavitação.
•
Doença hepática grave
•
Hemorragia recente ou hemorragia interna ativa, hemorragia intracraniana, suspeita
de hemorragia subaracnoidea, trauma.
•
Hipertensão grave descontrolada, dissecção da aorta, endocardite bacteriana.
•
Historia recente de ulcera péptica, varizes esofágicas.
•
Neoplasia intracraniana, má-formação arteriovenosa, aneurisma.
•
Pancreatite aguda.
•
Reações alérgicas previas a alteplase, estreptoquinase ou anistreplase.
•
Uso repetido 4 dias após a primeira administração de estreptoquinase ou anistreplase.
PRECAUÇÕES
•
Usar com cuidado nos casos de:
––
compressão torácica externa.
––
cirurgia de grande porte recente (últimos três meses): colocação de dispositivo
arterial coronariano, parto, biopsia em órgão interno, extração dental.
––
defeitos de coagulação.
––
insuficiência hepática.
––
insuficiência renal.
––
doença cerebrovascular, endocardite bacteriana subaguda, pericardite aguda.
––
hipertrofia atrial esquerda com fibrilaçao atrial (risco de dissolução do coagulo
e embolização subsequente).
––
idosos (não recomendado para maiores de 80 anos).
––
retinopatia hemorrágica diabética ou outra condição oftalmológica (risco de
hemorragia da retina).
––
uso recente ou concomitante de anticoagulantes (ex.: varfarina) ou de outros fármacos
que oferecem risco de sangramento.
––
acidente vascular cerebral agudo (aumento do risco de sangramento cerebral).
––
grave deficiência neurológica (NIHSS maior que 22).
––
sangramento geniturinário nos últimos 21 dias.
––
tromboflebite septica ou cânula AV ocluída em sitio gravemente infectado.
––
infecção suspeita ou conhecida em cateter.
––
sinais de enfarte maior recente a tomografia computadorizada.
•
Monitorar para detectar hemorragia intracraniana; monitorar pressão arterial (recomendar
anti-hipertensivo se sistólica acima de 180 mm Hg ou diastólica acima de 110 mm
Hg).
•
Risco de sangramento por punção venosa em sítios não compressíveis ou procedimentos
invasivos.
•
Categoria de risco na gravidez (FDA): C
ESQUEMA DE ADMINISTRAÇÃO
ADULTOS
Acidente vascular cerebral agudo
•
900 microgramas/kg, Maximo 90 mg por via intravenosa; iniciar com 10% da dose
por injeção intravenosa, o restante por infusão intravenosa em 60 minutos. Dose
máxima 90 mg.
•
A dose deve ser administrada em ate 3 horas após o inicio dos sintomas, mas alguns
pacientes podem se beneficiar da administração entre 3 e 4,5 horas.
ASPECTOS FARMACOCINÉTICOS CLINICAMENTE RELEVANTES
•
Concentração plasmática efetiva mínima recomendada: 0,75 microgramas/mL.
•
Tempo para pico de concentração plasmática: 20-40 minutos por via intravenosa.
•
Metabolismo hepático, fármaco degradado aos aminoácidos constituintes.
•
Depuração: mais de 50% depurados em 5 minutos após termino da infusão e aproximadamente
80% em 10 minutos.
EFEITOS ADVERSOS
•
Hemorragia interna gastrintestinal, geniturinária, retroperitoneal ou
intracraniana; superficial, observada principalmente em cortes venosos, punções
arteriais, locais de intervenção cirúrgica recente. Interromper se sangramento grave;
pode ser necessário o uso de fatores de coagulação ou antifibrinolíticos.
• Sangramento na punção de cateterizacao após administração
acelerada de 100 mg de alteplase (15,3%); sangramentos menores, sem necessidade
de transfusão (0,5% a 4,3%) e maiores, necessitando transfusão (8,5% a 11%).
•
Recorrência clinica de enfarte ou extensão do enfarte (11% a 14%)
•
Reação anafilática com angioedema, urticaria, hipotensão, exantema, rubor e uveíte
por via intravenosa mas não instilada em cateter (1,9%)
•
AVC (geral: 1,5%); em pacientes maiores de 75 anos, 3,9%; hemorragia
intracraniana.
•
Hipotensão (1% a 4%) – pode ser controlada por elevação dos membros inferiores,
reduzindo a taxa de infusão ou suspendendo temporariamente.
•
Arritmias por reperfusão, ritmo idioventricular acelerado, bradicardia, despolarização
ventricular prematura.
•
Náusea e vomito. (frequentes no enfarte do miocárdio e podem ou não ser atribuídas
a terapia com alteplase.)
•
Lombalgia
•
Febre
•
Convulsões
•
Pediatria: complicações hemorrágicas mais comuns em pacientes com menor
peso.
INTERAÇÕES DE MEDICAMENTOS
•
Anticoagulantes, trombolíticos e heparinas de baixo peso molecular: risco aumentado
de complicações hemorrágicas em caso de uso concomitante. Monitorar resultados
laboratoriais e clínicos, observar sinais externos de sangramento.
•
Nitroglicerina: menor reperfusão coronariana, maior tempo de perfusão, mais
recidiva de oclusão coronariana. Se necessário uso concomitante, empregar a
menor dose possível da nitroglicerina.
ORIENTAÇÕES AOS PACIENTES
•
Orientar o paciente para a importância de informar sobre náusea, vertigem, ocorrência
de sangramento.
•
Orientar para evitar se ferir nas atividades diárias.
ASPECTOS FARMACÊUTICOS
•
Manter a temperatura controlada para não exceder 30 .C ou sob refrigeração (2 a
8 .C).
•
Proteger o material liofilizado contra excessiva exposição a luz.
•
Observar orientação especifica do produtor quanto à reconstituição, diluição, compatibilidade
e estabilidade da solução.
•
Utilizar a solução no máximo 8 horas após reconstituição.
•
Quando diluída em solução salina ou em glicose a 5% a solução e estável por 8
horas sob temperatura ambiente.
•
1 mg de alteplase apresenta potencia entre 622.000 e 667.000 unidades USP.
FONTE : BRASIL, Ministério da Saúde,
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Formulário
Terapêutico Nacional
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