sexta-feira, 13 de maio de 2016

FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR PARTE 8


FARMACOTÉCNICA HOSPITALAR PARTE 8



i - ÓVULOS: SUPOSITÓRIOS VAGINAIS (ÓVULOS)

São formas farmacêuticas obtidas por compressão ou moldagem para aplicação vaginal, onde devem se dissolver para exercerem uma ação local. O excipiente em geral é a glicerina

TAMANHO

v  Adulto 3 – 5,0 g
v  Homem - 4,0 g / 1 a 1,5 cm / 3 a 6 mm
v  Mulher 2,0 g / 0,6 a 0,75 cm / 3 a 6 mm

FORMATO

v  Forma Globular
v  Forma Ovoide
v  Forma Cônica
v  Supositórios Uretais (Velas)
v  Forma de Lápis

CARACTERÍSTICAS DA MUCOSA DO COLON E RETO

v  Plexo Hemorroidal
v  Veias Hemorroidais inferiores
v  Veias Hemorroidais superiores
v  Vasos linfáticos
v  Conteúdo do colon
v  pH
v  Quantidade e natureza

TEMPERATURA

v  36 a 38°C

FATORES FÍSICO-QUÍMICOS QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO

v  Tamanho da Partícula
v  Concentração do Fármaco
v  Absorção colônica
v  Liberação da base
v  Adição de Tensoativos
v  Coeficiente de Partilha Óleo/Água
v  Grau de Ionização

FATORES FÍSICO-QUÍMICOS QUE INTERFEREM NA ABSORÇÃO

v  Intervalo de Fusão
v  Fatores Reológicos (Viscosidade)
v  Índice de água

PREPARAÇÕES TÓPICAS SEMI-SÓLIDAS:

Segundo a Farmacopéia Brasileira IV, preparações tópicas semi-sólidas são aquelas previstas para aplicação na pele ou em certas mucosas para ação local ou penetração percutânea de medicamentos, ou ainda por sua ação emoliente ou protetora. As preparações destinadas ao uso oftálmico, ao tratamento de feridas ou à aplicação sobre lesões extensas da pele devem satisfazer às exigências do teste de esterilidade.
Distinguem-se 4 categorias de preparações semi-sólidas:

II - GÉIS

Géis são preparações farmacêuticas constituídas por uma dispersão bicoerente e fase sólida em fase líquida. Géis hidrofílicos são preparações obtidas pela incorporação de agentes gelificantes - tragacanta, amido, derivados de celulose, polímeros carboxivinílicos e silicatos duplos de magnésio e alumínio - a água, glicerol ou propilenoglicol. Dependendo do tipo e concentração de gelificante temos géis para diversos usos como: lubrificantes de catéter e instrumentos cirúrgicos, em oftalmologia, como base dermatológica, etc.

Os géis têm sido muito usados como bases dermatológicas pois possuem bom espalhamento, são não gordurosos e podem veicular vários princípios ativos hidrossolúveis e lipossomas. São mais usados para as peles mistas ou oleosas.

O gel-creme são emulsões contendo alta porcentagem de fase aquosa e baixíssimo conteúdo óleos, estabilizadas pôr colóide hidrófílico. São também chamados de cremes oil-free. Trata-se de uma preparação que tem sido largamente utilizada, pois em um gel-creme é possível veicular substancias lipossolúveis, tais como filtros solares, princípios ativos oleosos, sem que o produto final deixe na pele uma sensação gordurosa. Podem ser usados em todos os tipos de pele.

Existem várias substâncias que podem formar géis sendo que as mais empregadas como bases em cosmiatria são: o polímero carboxivinílico (Carbopol 940) fornecido na forma ácida e neutralizado durante a preparação com uma base, gerando géis com maior viscosidade e pH entre 6,5 e 7,5; e a hidroxi-etil-celulose (gel de Natrosol) que em concentração adequada intumesce com a água formando géis de consistência média e de característica não- iônica.

Gel hidrofílico é uma preparação semi-sólida composta de partículas coloidais que não se sedimentam(ficam dispersas). Geralmente, as substancias formadoras de géis são polímeros que, quando dispersos em meio aquoso assumem conformação doadora de viscosidade à preparação.

O gel não iônico é compatível com a maior parte dos ativos hidrossolúveis usados em cosmiatria, como o ácido glicólico, que devido ao seu pH muito ácido é incompatível com o gel de Carbopol.

III - POMADAS:

São preparações farmacêuticas de consistência pastosa, destinadas ao uso externo, contendo uma ou mais substâncias terapeuticamente ativas incorporadas a excipientes adequados. Os excipientes podem ser de 4 classes: oleaginosos (vaselina), absorventes
(lanolina), emulsivos (cremes) ou hidrossolúveis (polietilenoglicóis). Podem ser adicionados a agentes conservantes, estabilizantes, corantes e aromatizantes inócuos.

As pomadas são preparações de consistência semissólidas destinadas a serem aplicadas sobre a pele ou sobre certas mucosas, a fim de exercer uma ação local ou de realizar a penetração percutânea de princípios ativos; apresentam aspecto homogêneo, são constituídas por excipientes (simples ou composto), nos quais são dispersos um ou mais princípios ativos.

Os excipientes das pomadas podem ser de origem natural ou sintética; a pomada pode ser constituída de uma ou mais fases, de acordo com a natureza do excipiente; a preparação pode apresentar propriedades hidrófilas ou hidrófobas. As preparações podem apresentar aditivos apropriados como: agentes antimicrobianos, antioxidantes, estabilizantes, emulsificantes ou espessantes.

As pomadas consistem basicamente em um excipiente, com uma única fase onde são dispersas as substâncias líquidas ou sólidas. Pomadas hidrófobas (lipófilas) não absorvem, normalmente, pequenas quantidades de água. As substâncias mais comuns empregadas na formulação desta categoria são vaselina, parafina líquida, óleos vegetais ou animais, glicerídeos sintéticos e ceras.

Já as pomadas absorventes de água são aquelas que absorvem quantidades importantes de água; as substâncias utilizadas são as mesmas da p.p.d (hidrófobas), acrescidas de emulsificantes tipo água em óleo, como alcoóis graxos, ésteres, monoglicerídeos etc. Pomadas hidrófilas são as preparações em que os excipientes são miscíveis na água.

São constituídas, habitualmente, de misturas de polietilenoglicóis (PEG) e retêm quantidades apropriadas de água. Nos dias de hoje a variedade dos excipientes que se podem utilizar na preparação das pomadas é inúmera. Podemos classificar as pomadas de acordo com a finalidade terapêutica do seu emprego. Assim, as pomadas são classificadas pela relação dos seus excipientes e o tipo de ação pretendida.

Desta forma, o poder de penetração exerce uma relação direta com a ação terapêutica. Podemos classificar os tipos de pomadas de acordo com sua penetrabilidade: Pomadas epidérmicas: fraco ou nenhum poder de penetração; Pomadas endodérmicas: penetram na epiderme, atuando nas camadas tissulares mais profundas, sem, contudo, que a penetração dos fármacos atinja a corrente sanguínea; Pomadas diadérmicas: penetram tão profundamente que são capazes de atingir a corrente sanguínea.

são preparações farmacêuticas de consistência pastosa, destinadas ao uso externo, contendo uma ou mais substâncias terapeuticamente ativas incorporadas a excipientes adequados. Os excipientes podem ser de 4 classes: oleaginosos (vaselina), absorventes
(lanolina), emulsivos (cremes) ou hidrossolúveis (polietilenoglicóis). Podem ser adicionados a agentes conservantes, estabilizantes, corantes e aromatizantes inócuos.

IV - CREMES E EMULSÕES

Desde os primórdios da cultura humana são utilizados óleos e cremes em rituais sagrados e para o tratamento do corpo. Sabe-se pôr meio das descobertas em pirâmides, passagens da bíblia e posteriormente dos gregos e romanos que o uso de produtos cosméticos era muito difundido.

Até a década de 30 o número de matérias-primas assim, como o de produtos eram bastante restritos. Com o desenvolvimento da química dos tensoativos no período pré e pós segunda guerra mundial, possibilitou um crescimento excepcional da indústria cosmética.

Com o emprego de tensoativos tornou-se possível e facilitou bastante a fabricação de cremes reunindo em sua composição ingredientes aquosos e oleosos. Como em todas a áreas os avanços da pesquisa técnico-científica têm levado à renovação rápida e constante não de só de tecnologia bem como ao lançamento de novos produtos. 

Atualmente para cada caso procura-se formular produtos específicos.

Um creme ou emulsão deverá ser formulado e ser adaptado às condições da epiderme.

CLASSIFICAÇÃO DOS TENSOATIVOS QUANTO SUA APLICAÇÃO

v  Emulsionantes,
v  Detergentes,
v  Umectantes,
v  Dispersantes e
v  Solubilizantes.

EMULSIONANTES:

Como o nome indica, são aqueles promotores de emulsões.

Emulsões são misturas, relativamente estáveis, de líquidos não miscíveis entre si.

Toda emulsão é constituída de, pelo menos, três componentes:o líquido a ser emulsionado(fase interna);o líquido "fase externa"; emulsionante ou emulgador.

A infinita diversidade de características que podem ter os 2 líquidos constituintes da emulsão, faz com que seja impossível a existência de um "emulgador universal". Para cada tipo de emulsão será necessário estabelecer, através de testes práticos, qual o emulgador ou sistema de emulgadores mais indicado.

A evidente dificuldade em se testar um grande número de emulsionantes, toda vez que se deseja preparar uma emulsão, gerou a necessidade da criação de sistemas que permitissem o estabelecimento "a priori" do emulgador mais indicado para uma determinada emulsão.

O mais difundido destes sistemas é o denominado H.L.B (Hydrophil-Lypophil-Balance).

Este sistema se baseia na determinação do balanceamento entre os grupos polares e não polares de um determinado tensoativo, bem como do balanceamento entre as polaridades dos líquidos a serem emulsionados.

Assim, para emulsionar e um sistema óleo-água com um H.L.B., os emulgadores teriam de estar na mesma faixa de H.L.B. Sistemas do tipo H.L.B. devem ser encarados como uma ferramenta útil, porém apenas orientativa, ou seja, o processo de tentativa-e-erro não poderá ser abolido, mas o número de emulgadores a ser testados será consideravelmente menor.

Em alguns trabalhos técnicos, em língua portuguesa já se encontra a sigla E.H.L. (Equilíbrio Hidrófilo-Lipófilo) em lugar de H.L.B.

Ainda quanto ao H.L.B. devemos lembrar 2 aspectos práticos, onde, com alguma frequência, se observam erros quanto a sua interpretação:o conceito de H.L.B. se aplica, única e tão somente, para a seleção de emulgadores adequados a um sistema.

O H.L.B. não constitui especificação de produto para fins de Controle de Qualidade. É uma característica de cada emulgador. Outrossim e na grande maioria dos casos, determinado pôr fórmulas matemáticas. A sua determinação prática é extremamente complexa.

EMULSÕES ÓLEO/ÁGUA E ÁGUA/ÓLEO:

Quando a fase externa de uma emulsão é aquosa, e a dispersa é oleosa, temos uma emulsão óleo/água(o/w). É o tipo mais comum de emulsões.Quando a a fase interna é aquosa e a externa oleosa, temos uma emulsão água/óleo(w/o), ou emulsão inversa.

Em termos de H.L.B., pode-se dizer de forma genérica que emulgadores com HLB`s entre 3 a 6 favorecem a formação de emulsões água/óleo. Emulgadores de HLB entre 8-15 favorecem a formação de emulsão óleo/água.Isto é, contudo, uma regra meramemte orientativa, havendo inúmeras exceções à mesma.

Em se tratando de emulsões, vale sempre ter em mente a regra clássica: "dois emulgadores são mais eficientes que um só".

No nosso dia-a-dia temos contato com ambos os tipos de emulsões:emulsão óleo-em água: leite: cerca de 4% de gordura emulsionada em água.emulsão água-em-óleo: manteiga: cerca de 15% de água emulsionada em gordura.Inúmeros outros exemplos de emulsões com que nos deparamos diariamente são: cosméticos, pomadas e cremes, produtos de limpeza, maionese, etc..

Para se identificar uma emulsão quanto a sua natureza, basta verificar sua dispersibilidade em água:se for facilmente dispersável é óleo/água.se não for, é uma emulsão inversa.

OS Cremes e emulsões são dispersões de duas fases não miscíveis entre si os quais com a ajuda de um emulsionante formam um sistema homogêneo. Estes produtos são constituídos no geral por vários componente, sendo os básicos e principais:agentes doadores de consistência, agentes engordurantes, emulsionantes, princípios ativos ou aditivos especiais, água, conservantes, perfume, corantes ou pigmentos.

Do ponto de vista técnico da química dos tensoativos, uma emulsão, e um creme são um só produto, na pratica porém o creme corresponde a uma "emulsão" consistente, não fluida enquanto que a emulsão apresenta a característica fluida.

No desenvolvimento ou elaboração de um creme ou emulsão deverá ser considerado a finalidade a que se destina e característica da epiderme, deverá ser facilmente adsorvida, não deverá ser irritante, isto é, não deverá ocasionar problemas para o indivíduo que a utiliza, por exemplo, alergias.

Do ponto de vista médico-cosmético deverá ser: não irritante, ser estável(não deverá separa-se em seus componentes), não degradar(MO), compatível com princípios ativos e aditivos especiais, facilmente adsorvido pela epiderme.

Durante a escolha dos componentes deverão ser levados em conta os questões acima descritas.

Tipos de emulsões:

Óleo em água(O/A):

No sistema O/A a água engloba a partícula de óleo, assim a fase externa sendo água não atuam como engordurante mas sim apresentam antes um efeito evanescente.

Estas emulsões e cremes são utilizados para produtos que não deixam um efeito engordurante, usados principalmente como cremes para o uso durante o dia e cremes evanescentes.

São facilmente laváveis com água, podendo durante a a aplicação ocorre um esbranquiçamento o qual desaparece após completamente adsorvido. Como a fase externa é água, estes produtos tendem a secar superficialmente formando uma crosta. As embalagens mais adequada são vidro, porcelana p plástico, evitando-se o uso de embalagens metálicas, pois podem ocorrer oxidação e corrosão.

Água em óleo(A/O);

No sistema A/O, a fase oleosa engloba a fase aquosa, assim a fase externa sendo óleo apresenta efeito engordurante deixando a epiderme com aspecto brilhante. Estas emulsões são usados principalmente como cremes para noite, creme de massagem, creme emoliente, etc..

Preparo das emulsões:Sistema O/A:

Agentes engordurantes, doadores de consistência, emulsionantes e aditivos lipoduráveis são fundidos em banho-maria a 70-80'C. Aquecimento com fogo direto ou similar não é indicado, pois pode ocorrer um superaquecimento e ocorrer degradação térmica dos componentes.

Á água e componentes hidrossolúveis são homogeneizados e aquecidos a 75-85'C e adicionados lenta e continuamente à fase oleosa sob constante agitação. Mantêm-se a agitação até esfriar à temperatura ambiente evitando a incorporação de ar.

No caso de aditivos que não apresentam estabilidade térmica, deverão ser adicionados ao creme já frio. No caso de pigmentos, o creme deverá ser preparado em um homogeneizador adequado (Tipo Sigma). As essências são adicionadas ao creme frio ou no máximo à 40'C.

Sistema A/0: o método de preparo é similar ao sistema O/A sendo que a água deverá ser adicionada parceladamente e após a formação de creme, ele deverá passar por um moinho de rolos(Calandra). Essências à frio ou até 40'C.

Estabilidade das emulsões:

O melhor e mais seguro teste é observar o produto na embalagem pré determinada durante um longo tempo de estocagem em condições climáticas variadas. Deve-se levar em consideração a alcalinidade do vidro assim como o efeito da luz e temperatura. Este teste de estocagem (Shelf-Test) dificilmente poderá ser substituídos pôr testes acelerados(teste com centrífuga, teste com variação de temperatura, teste com vibração).

Como são formas farmacêuticas constituídas por duas fases, uma oleosa e outra aquosa, têm consistência cremosa e fluxo newtoniano ou pseudoplástico, devido ao seu alto teor do componente aquoso.

As preparações farmacêuticas designadas por cremes são emulsões semi-sólidas contendo fármacos medicamentosas dissolvidos ou suspensos nas suas fases aquosas ou oleosas.

No processo de emulsificação ocorre a divisão de um dos líquidos em pequenos glóbulos com consequente aumento da área superficial desta fase e sua dispersão na outra. Para provocar a subdivisão dos líquidos, torna-se necessário despender determinada quantidade de energia (térmica e de agitação) sob a forma de trabalho. Os agentes emulsionantes diminuem o trabalho necessário para a emulsificação. Embora para a preparação da emulsão sejam disponíveis várias técnicas, vamos nos ater àquelas que utilizam tensoativos como agentes emulsionantes, caso específico das emulsões cosméticas.

Uma diferença entre o creme e a pomada é que a pomada flui com dificuldade e o creme flui facilmente, sendo que as pomadas são sempre monofásicas. A maioria dos cremes são emulsões de óleo em água, embora se preparem numerosos cremes A/O (água em óleo). Algumas das preparações assim denominadas não constituem verdadeiras emulsões, comportando-se como pseudo-emulsões.

É o que sucede em algumas fórmulas contendo excipientes absorventes, como lanolina, e muito pequena quantidade de água.

Os cremes de O/A (óleo em água), apresentam elevado poder de penetração na pele, em especial se contiverem emulgentes de anion ativo. De fato, este cremes tem propriedades molhantes, que lhes permitem atravessar a barreira lipídica cutânea que emulsionam. Esta propriedade favorece o contato com a superfície do tecido epitelial e permite, ainda, a mistura, por emulsificação, com o conteúdo dos sacos pilo-sebáceos.

Sendo fortemente hidrófilos, os cremes de O/A (óleo em água) de aniôn ativo favorecem a migração iônica, por fenômenos de osmose.

A fase externa é de natureza aquosa devido à presença em sua composição de emulgentes tipo O/A (óleo em agua), sabões sódicos ou de álcool graxos sulfatados e polisorbatos, às vezes combinados em proporções convenientes com emulgentes tipo A/O (água em óleo).

Quanto mais fina for a divisão das partículas emulsionadas, mais fácil se torna a sua passagem entre as células do tecidos cutâneo. Estes cremes combinam-se com as proteínas celulares sendo mais intensa a fixação quando os emulgentes sejam catiônicos. As emulsões preparadas com tensoativos não-iônico apresentam uma penetração mais difícil, tendo um fraco poder molhante.

Os cremes O/A (óleo em água) são geralmente bem tolerados nas epidermes sãs, podendo ser irritantes, em especial de anião ativo (aniões sulfúricos liberados por hidrólise dos sulfonados; vestígios de catiões alcalinos provenientes da hidrólise dos sabões), quando a pele apresenta soluções de continuidade, nestes casos, tem-se procurado reduzir a irritação provocada adicionando sais tampões ao creme.

Os cremes de água no óleo podem conter emulgentes aniônicos (sabões alcalino-terrosos ou terrosos) ou mesmos sabões sódicos, desde que contenham outros emulgentes A/O (água em óleo), que baixem o EHL (equilíbrio hidrofílico-lipofílico) daqueles.

A fase contínua ou externa é a fase oleosa devido à presença em sua composição de emulgentes tipo A/O (água em óleo). São, porém, geralmente obtidos com emulsivos não iônicos.

Menos penetrantes do que os anteriores tem ação endodérmica ou epidérmica, sendo, especialmente neste último caso, utilizados com protetores cutâneos (cremes protetores ou de barreira) e, graças ao seu elevado teor de água, são desidratantes e espalham-se facilmente na pele.

Em geral são bem tolerados pela epiderme, são emolientes, e não tem qualquer ação nevasta nas lesões eritematosas ou pruriginosas. Os cremes de água no óleo são muito utilizados como veículos fármaco anti-sépticos e parasiticidas (óleos essenciais, bálsamos, derivados mercuriais, enxofre, bálsamo do peru, etc.).

As diaderminas ou cremes evanescentes constituem creme de óleo em água, altamente penetrantes.

A tendência atual é evitar produtos pesados e oleosos para hidratação da pele, principalmente se for de uso facial. As inovações tecnológicas já permitem a elaboração de fórmulas consideradas leves, de toque seco, e que tenham um grande poder de hidratação cutânea. Na formulação de um novo produto de aplicação tópica para uso cosmético ou terapêutico, torna-se importante determinar o tipo de pele do consumidor.

Apesar dos avanços na química fina e do progresso nas pesquisas, a prática de fabricação de emulsões ainda permanece muito mais como arte do que como ciência. A indústria cosmética busca constantemente direcionamentos para o desenvolvimento de emulsões.

Um conceito de emulsão que fornecesse redução significativa no tempo de desenvolvimento através da seleção apropriada da fase oleosa, dos emulsionantes e do processo de emulsificação, juntamente com o uso econômico desses materiais e equipamentos, ainda continuará sendo de grande interesse.

No processo de emulsificação ocorre a divisão de um dos líquidos em pequenos glóbulos com consequente aumento da área superficial desta fase e sua dispersão na outra. Para provocar a subdivisão dos líquidos, torna-se necessário despender determinada quantidade de energia (térmica e de agitação) sob a forma de trabalho.

Os agentes emulsionantes diminuem o trabalho necessário para a emulsificação. Embora para a preparação da emulsão sejam disponíveis várias técnicas, vamos nos acompanhar as que utilizam tensoativos como agentes emulsionantes.

Os seguintes conceitos estão envolvidos para o devido esclarecimento sobre o processo de emulsificação:

Equilíbrio hidrofílico-lipofílico (EHL): este processo consiste no aquecimento de todos os componentes solúveis na fase aquosa e dos componentes da fase oleosa em temperaturas entre 75 a 85º C.

Após a mistura das duas fases e seguido por um período de homogeneização, é iniciado o resfriamento da emulsão e adicionado os demais componentes da formulação que, por motivo de oxidação ou degradação, não toleram alta temperatura. Neste processo é gasta uma considerável quantidade de energia (térmica e mecânica) e tempo, que proporcionam alta estabilidade à emulsão.

A quantidade de energia térmica pode atingir 95% do consumo total de energia no processo. A maior desvantagem do método de EHL, além do consumo de energia e tempo, é que ele descreve as moléculas de emulsionantes apenas em função de suas modificações estruturais, sem considerar o seu comportamento na interface O/A (óleo em água) durante a emulsificação, não prevendo as mudanças de EHL com as alterações nas condições para emulsificação tais como temperatura, natureza das fases oleosa e aquosa, presença de aditivos (eletrólitos, solventes).

Por exemplo: com o aumento da temperatura, a força de hidratação entre a água e o tensoativo não iônico etoxilado diminui e o emulsionante torna-se menos hidrófilo (mais solúvel na fase oleosa) e conseqüentemente, seu EHL também diminui até ocorrer a inversão da emulsão.

Emulsificação de baixa energia (EBE): a energia térmica é usada para as operações que realmente necessitam de aquecimento, tais como fusão dos componentes, dissolução, formação de sabão in situ, inversão de fase e esterilização.

Quantidade significativa de água pode ser adicionada a frio. O uso  de bases auto-emulsionantes mostra-se muito adequado a este processo. O método consiste na divisão da fase contínua, no caso aquosa, em duas porções.

Uma porção é utilizada a quente para formação da emulsão concentrada e em seguida é adicionada lentamente a outra porção a frio para diluição e resfriamento do sistema, o que proporciona uma economia de energia térmica, de tempo de processo e de mão de obra.

A adição de água fria deve ser feita abaixo de 70°C e, preferencialmente, abaixo de 50°C, de modo lento e contínuo para evitar choque térmico, que provoca a formação de emulsão com gotas grandes, influenciando na aparência da emulsão e podendo até provocar separação de fases.

O processo EBE é aplicado tanto para emulsões O/ A como para A/O e independe do tipo de emulsionante. No entanto é mais comum para o processo O/A, já que é mais simples diluir este tipo de emulsão do que a A/O e mais fácil manusear água do que óleo.

Em ambos os casos, a fase fria não deve ultrapassar 60% da quantidade de fase externa total, pois pode formar grandes glóbulos emulsionados distribuídos de forma não homogênea e causar a separação de fases da emulsão.

Assim, pelo menos 40% da fase externa deve ser aquecida para preparação da emulsão concentrada. Quanto aos emulsionantes, podem ser usados os não iônicos, aniônicos e bases auto-emulsionáveis. Controlando-se variáveis como temperatura do primeiro estágio da emulsificação, intensidade de agitação, proporção da fase externa adicionada no primeiro estágio da emulsificação (no caso, água) é possível a obtenção de melhores emulsões por este método que pelo convencional.

Temperatura de inversão de fases (TIF): cuja vantagem é o uso da energia térmica para redução do tamanho de gotas da emulsão para maior estabilidade dos produtos finais. Uma emulsão O/ A quando estabilizada com tensoativo não iônico etoxilado, pode inverter para A/ O com o aumento da temperatura acima de determinado do tensoativo.

A temperatura em que ocorre inversão da emulsão é chamada “temperatura de inversão de fases”.

Em temperaturas acima da TIF , o tensoativo torna-se ainda mais lipófilo, ocorrendo separação de água e, consequentemente, da emulsão. Desta forma a TIF está relacionada a uma dada temperatura em que o EHL do tensoativo, tensão interfacial O/ A e a distribuição do tamanho de partículas são mínimos.

O método da TIF consiste na preparação da emulsão numa temperatura de 2 a 4° C abaixo da TIF, visando obter uma fina dispersão, na qual a tensão interfacial é muito baixa. Com o resfriamento rápido da emulsão são formados pequenos glóbulos emulsionados, conferindo estabilidade para a emulsão.

O efeito de aditivos tais como eletrólitos sobre a fase externa da emulsão e de misturas de emulsionantes ou de óleos são refletidos na TIF e automaticamente ajustados de modo a mudar o EHL do emulsionante na interface. Emulsões O/A (óleo em água) contendo tensoativos não iônicos etoxilados apresentam TIF constante dentro de uma ampla faixa de conteúdo de água (30 a 70%), mantendo constante a relação óleo/ emulsionante.

Entretanto, a TIF desaparece nas emulsões com alto conteúdo de água (acima de 80%) e com extremamente baixo conteúdo de água (abaixo de 20%). Em suficientemente baixo conteúdo de água, aparece uma fase de microemulsão, com tamanho de gotas muito pequeno que é utilizado para a emulsificação seguindo o processo da TIF.

A TIF é diretamente proporcional ao EHL. Quanto maior o EHL, maior é a TIF, ou seja, a TIF aumenta com a hidrofilidade do emulsionante.

Descrição sucinta e características de alguns excipientes ou produtos químicos utilizados na preparação de cremes e produtos similares: monoestearato de sorbitano e monoestearato de sorbitano etoxilado (Polawax®); álcool estearílico (Lorol 18®); álcool estearílico etoxilado 2.OE (Brij 72®); álcool estearílico etoxilado 21.OE (Brij 721®); estearato de octila (Cetiol 868®); monooleato de sorbitano 20.OE (Tween 80®, EHL 15,0); monoestearato de sorbitano (Span 60®, EHL 4,7); cetomacrogol 1000 (polietilenoglicol 1000 monocetileter); macrogol (polietilenoglicol ou polioxietilenoglicol);

Ácido esteárico: insolúvel em água, solúvel em álcool, clorofórmio, acetona, éter. Seu uso dermatológico é na preparação de cremes evanescentes. É usado como agente de consistência.

Pode ser utilizado em sabões, detergentes, velas, e em cosméticos (cremes).

Ácido graxo etoxilado: emulsionante não iônico; excipiente adequado para a preparação de cremes, emulsões, preparados cátion ativos e detergente (Emulgin®).

Álcool cetílico: é utilizado em preparações para uso tópico como emoliente e emulsionante, devido à propriedade de absorção da água. Usado na elaboração de cremes e sabões. É um álcool graxo que pode ser obtido do esperma de baleia. Utilizado como agente de consistência e sobre engorduramento para cremes, loções e condicionadores.

Álcool cetoestearilico: é uma mistura de álcool cetilico e estearilico, empregado como excipiente para o preparo de cremes e loções, habitualmente incorporado a outros produtos excipientes. Uso tópico.

Álcool cetoestearílico etoxilado: emulsionante universal para cremes e loções O/A; este emulsionante é de natureza química não-iônica (Emulgin B2®).
Álcool estearílico: excipiente utilizado como agente de consistência e sobreengorduramento para cremes, loções e condicionadores., também utilizado como agente tensoativo e emulsionante.

Álcool oleílico: emoliente para cremes, e outros produtos. É um solubilizante para componentes oleosos, auxiliando na dispersão dos pigmentos.

Alcoóis graxos associado ao cetilestearil sulfato de sódio e emulsionante não-iônico: (Emulgade F®)

Bases de absorção de lanolina: extrato de esteróis tensoativos da lanolina associada a álcoois, complexos livres, de alto peso molecular. Apresenta-se na forma anidra, e é miscível em óleo e dispersivel em água. Apresenta atividades emoliente, penetrante e umectante.

Bases siliconizadas: bases contendo silicone volátil, substância que evapora sem deixar resíduos na pele, o que possibilita um fácil espalhamento, distribuindo os princípios ativos em um filme uniforme e com capacidade de repelir a água.

Caprilato de côco: emoliente, com boa ação de deslizamento e penetrabilidade, untosidade leve. A sua compatibilidade com a pele e mucosas o torna adequado para a substituição de óleos vegetais em fórmulas anidras ou em emulsões (Cetiol LC®).

Cera de abelha despolimerizada: é uma cera purificada muito usada e muito apreciada por formar emulsões finas e estáveis.

Cera branca: é obtida dos favos das colméias e contém cerca de 72% de ésteres, com partes de ácidos graxos livres e hidrocarbonetos. Torna-se emulsificante quando é adicionada a um excipiente alcalino como a soda ou borato de sódio. Tem ação emoliente, suavizando e lubrificando a pele.

Ceramidas sintéticas: são idênticas às ceramidas naturais encontradas em nossa pele, atua como hidratante protetor que recupera peles danificadas. Utilizadas na preparação de cremes e loções hidratantes (Ceramida IIIB®).

Creme lanette: dispersão coloidal de álcoois graxos e cetilestearil sulfato, é usado como base autoemulsionante para fabricação de cremes, pomadas e emulsões (Lanette N®); mistura de álcoois graxos saturados, utilizados em preparações capilares (Lanette O®); dispersão coloidal de álcool cetoestearílico e alquilsulfato de sódio (Lanette WB®).

Diadermina: estearato de amônio glicerinado; creme evanescente.

Diestearato de glicerila: agente de consistência para pomadas, cremes e emulsões líquidas (Cutina MD®).

Diestearato de polietilenoglicol 6000: agente de consistência para pomadas, cremes e emulsões líquidas (Cutina DSP6B®).

Emulsionante não-iônico associado a alcoóis graxos associado ao cetilestearil sulfato de sódio: (Emulgade F®).

Espermacete: substância que provém da purificação de partes sólidas do óleo contido nos receptáculos pericraneanos e dorsal de cachalotes. Tem propriedades emolientes. Seu componente fundamental é a cetina; contendo ainda ésteres do ácido láurico, esteárico, palmitato de cetila, álcool cetilico e estearilico.

Esqualeno: é um óleo encontrado no fígado de tubarão gigante, que também está presente na secreção sebácea human. Forma emulsões com outros componentes da secreção sebácea, restaurando a suavidade e maciez da pele, prevenindo o ressecamento. Tem sido utilizado como veiculo, e favorece a absorção percutânea de alguns princípios ativos.

Estearato de butila: é um éster utilizado como solvente e agente de espalhamento de cremes a loções cremosas, substituindo parcialmente, em alguns casos, o óleo mineral. Apresenta propriedades emolientes, tendo a vantagem de não deixar sensação gorduraosa na pele.

Estearato de octila: emoliente não comedogênico, com amplo espectro de aplicação. É uma alternativa ao miristato de isopropila , pelo perfil de atividade (Cetiol 868®).

Éster de ácido graxo com poliol: excipiente sobreengordurante hidrossolúvel indicado para preparações transparentes, funcionam como solubilizante para substâncias lipossolúveis, empregado em cremes nutritivos, protetores solares. (Cetiol HE®).

Glicerina: é um álcool trivalente, límpido e denso, de reação neutra e muito higroscópio. É usado como dissolvente para diversas substâncias , e também por sua ação umectante e protetora para a pele.

Isonoato de cetoestearila: agente de espalhamento, não oleoso, utilizado pela formação de filme hidrofóbico protetor às formulações hidratantes e fopotprotetores resistentes à água (Cetiol SN®).

Lanolina acetilada: produto re-engordurante indicado para produtos hipoalergênicos, como cosméticos de uso infantil e produtos para maquiagem.

Lanolina anidra: gordura animal, originária de sebo de carneiro, refinada e desodorizada; é um emulsionante, emoliente, condicionador e lubrificante utilizado em cremes, produtos labiais, etc. Em sua composição existem a presença de ésteres de álcoois esteroidais e alifáticos com ácidos graxos superiores. É empregada com o objetivo de contribuir para a restituição da secreção sebácea da pele.

Lanolina etoxilada líquida: obtida pela reação da lanolina com óxido de etileno, esta lanolina é ideal para aplicação em sabonetes sólidos, promovendo cremosidade, com atividades de um emoliente especial.

Manteiga de Karité: agente emoliente natural com alto teor de insaponificáveis; ao produto confere a sensação aveludada e suavizante sobre a pele e com um espectro fotoprotetor adicional na faixa de UV, pode ser associado a outros óleos líquidos em formulações faciais (Cetiol SB45®).

Miristato de isopropila: emoliente primário ou auxiliar nas emulsões O/A ou A/O, aumentando o espalhamento e reduzindo a oleosidade das emulsões com óleo mineral ou vegetais, perfil interessante para a solubilização de produtos lipossolúveis (Cetiol IPM®).

Mistura de álcoois graxos insaturados: tem o mesmo uso que o Cetiol®, e apresentam diversos nomes comerciais (Eutanol®).

Monoestearato de etilenoglicol: agente de consistência para pomadas, cremes e emulsões líquidas (Cutina AGS®).

Monoestearato de glicerila associado ao monoestearato de polietilenoglicol 400: a mistura em partes iguais destes produtos são utilizados como base emulsionantes (Cetax DR®).

Monoestearato de glicerila: agente de consistência para pomadas, cremes e emulsões líquidas (Cutina MD®).

Miristato de isopropila: é um emoliente, amplamente utilizado na área cosmética, que se apresenta como um líquido leve, claro, incolor ou inodoro, solúvel em acetona, óleo de rícino, clorofórmio, álcool e óleos minerais. É insolúvel em água, glicerina e propilenoglicol. Utilizados nas formulações de cremes, loções e xampus nas proporções e com as mesmas finalidades similares à do óleo mineral.

Monoestearato de glicerila: é o mais simples dos compostos não-iônicos utilizados como emulsionantes auxiliares. É o mais empregado tanto em emulsões do tipo O/A (óleo em água), quanto as emulsões A/O (água em óleo) para uso interno e externo. Usado externamente tem propriedades emolientes e, se associado a um tensoativo aniônico, estearato de sódio ou potássio, tem a capacidade de produzir auto-emulsões (monoestearato de glicerila auto-emulsionável), sendo utilizado com bons resultados em emulsões do tipo O/A (Lipal GMS®).

Monoestearato de polietilenoglicol 400: é um emulsionante não iônico, com EHL (equilíbrio hidrofílico-lipofílico) mais alto que os outros monoestearatos. Atua como emulsionante primário em emulsões do tipo O/A (óleo em água) como cremes e loções, e como emulsionante auxiliar em emulsões do tipo A/O (Lipal 400S®)

Oleato de decila: boa capacidade de veicular ativos lipossolúveis, boa propriedade de deslizamento, componente de alta polaridade, re-engordurante e agente de brilho às emulsões. É um emoliente penetrante de boa capacidade de espalhamento sobre a pele (Cetiol V®).

Óleo de jojoba: óleo em cuja composição estão os ésteres dos ácidos graxos com álcoois graxos., sendo recomendado como “cera líquida”. Tem aplicação em cosméticos como matéria-prima substituta do espermacete, com ação emoliente para a pele.

Palmitato de isopropila: Miristato de isopropila: emoliente primário ou auxiliar nas emulsões O/A ou A/O, aumentando o espalhamento e reduzindo a oleosidade das emulsões com óleo mineral ou vegetais, perfil adequado para a solubilização de lipossolúveis (Cetiol IPP®).

Poliol de éster de ácidos graxos: funcionam como solubilizante para substâncias lipossolúveis, empregado em cremes nutritivos, protetores solares. (Cetiol®).
Polisorbato 80: tensoativo hidrofílico etoxilado, geralmente solúvel ou dispersível em água. São utilizados para emulsões óleo em água, solubilização de óleo entre outras funções (Tween 80®).

Propilenoglicol: produto químico com atividades similares à glicerina, utilizado como umectante e suavizante, com propriedades dissolventes de corantes, resina, óleos essenciais, etc.

V - EMPLASTROS:

Forma farmacêutica que se dissolve à temperatura do corpo, aderindo-se à pele. É usado como esparadrapo.

Em geral, as preparações semi-sólidas são obtidas em duas etapas: Inicialmente, são preparadas as bases, conhecidas como excipientes, e, numa segunda fase, os fármacos são incorporados. Os excipientes devem ter certas características, como: não serem irritantes ou sensibilizantes, ser neutros ou próximo ao pH da pele, compatíveis com os fármacos que lhe serão incorporados, ter plasticidade e liberar, eficientemente, o fármaco na dose especificada.

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