sábado, 9 de janeiro de 2016

PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS HOSPITAL ALBERT EINSTEIN

PADRONIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS HOSPITAL ALBERT EINSTEIN

Apenas os produtos inclusos na relação de medicamentos padronizados são adquiridos de forma programada pelo Hospital, estando consequentemente disponíveis para uso, ao contrário dos medicamentos não-padronizados que passam por um processo de compra específico.    
·         Objetivos

o    Racionalizar do uso de medicamentos
o    Adquirir somente de produtos com valor terapêutico comprovado
o    Diminuir o número de medicamentos em estoque
o    Aumentar seu controle e agilizar a dispensação
o    Racionalizar espaços de armazenamento
o    Viabilizar a distribuição pelo sistema de Dose Unitária



·         Normas
o    Conhecimento da Padronização. O médico deve estar ciente de que o medicamento que ele está prescrevendo não é padronizado no Hospital. Para isso, todos os postos de enfermagem terão disponível o Manual Farmacêutico, que também será distribuído a todos os médicos cadastrados e será disponibilizado na intranet.
o    O Hospital terá um prazo de 12 horas para a entrega do medicamento.
o    Para providência do medicamento não-padrão:

·         Normas
o    Preechimento do Formulário de Inclusão.
As solicitações de inclusão deverão ser feitas através do preenchimento do formulário de Inclusão de Medicamento na Padronização , onde o solicitante deverá expor os motivos pelos quais está encami-nhando esta solicitação. Além disso, devem estar anexadas ao formulário referências bibliográficas de origem reconhecida e independente, confirmando sua justificativa e mostrando:

o    eficácia/segurança do medicamento em questão (para os casos em que não há similar ou equivalente padronizado)

o    vantagens terapêuticas (para casos em que já exista similar ou equivalente padronizado, destinado ao mesmo fim)
o    Fluxo da solicitação 

1ª Farmácia

Estes dados devem ser encaminhados ao Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM) / Farmácia Hospitalar, que verificará se todos os critérios e normas de inclusão definidos pela Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) estão sendo respeitados e fará a revisão bibliográfica, bem como a análise econômica da solicitação, indicando o possível incremento de gastos com a inclusão do medicamento na padronização.

2ª Avaliação Médica

Após análise do CIM, este envia a solicitação - omitindo a identidade do médico solicitante - ao médico consultor da classe a que o medicamento pertence, para que ele emita seu parecer a respeito.

3ª Oficialização pela CFT

O último passo é a apresentação do processo para a CFT, que oficializará a decisão final sobre o assunto. Caso seja aprovada a inclusão, esta constará nas próximas edições do Manual Farmacêutico.

NOTA - antes do produto ser efetivamente colocado em estoque, para dispensação, ainda será necessário que sejam obedecidos os seguintes requisitos:

a) Cadastramento do Fornecedor

Se o fornecedor do produto em questão (fabricante/distribuidor/etc.) não for cadastrado no Hospital, deverá ter suas instalações inspecionadas (através da Farmácia Hospitalar), a fim de que se verifique se as mesmas estão dentro dos padrões estabelecidos pelo programa oficial pertinente.

b) Testes

Após a fase de inspeção do fornecedor, o próximo passo é a fase de testes, quando o produto poderá ser submetido a testes analíticos e será verificado se está dentro das especificações necessárias. Estes testes serão feitos em laboratório sem vínculos com o fabricante e por meio de amostras escolhidas pelo Hospital.

c) Aprovação comercial interna do fornecedor
Todos os medicamentos incluídos serão acompanhados por um período de 6 meses e após este período, sua permanência como medicamento padronizado será reavaliada em função do consumo apresentado.

Critérios

o    Evitar multiplicidade de princípios ativos destinados ao mesmo fim (a inclusão de um medicamento deverá estar sempre atrelada à possibilidade de exclusão de um representante da classe, anteriormente padronizado).
o    Padronizar medicamentos de fornecedores que já tenham passado pela avaliação técnica.
o    Evitar, sempre que possível, as associações medicamentosas, priorizando medicamentos com um único princípio ativo, em que o médico possa associar os medicamentos considerados necessários nas doses convenientes para cada caso. A padronização de associações de fármacos só se justifica quando:

1. A documentação clínica justifica o uso concomitante de mais de um fármaco;

2. O efeito terapêutico da combinação é maior que a soma dos efeitos de cada um isoladamente;

3. O custo da combinação é menor que a soma dos custos dos diversos produtos em separado;

4. Facilita a posologia para o paciente.

o    Evitar a padronização de forma farmacêutica de liberação prolongada, com exceção dos casos em que haja vantagens terapêuticas comprovadas.
o    Resguardando-se a qualidade, padronizar os medicamentos, levando-se em consideração o menor custo de aquisição, armazenamento, dispensação e controle.
o    Padronizar formas farmacêuticas, apresentações e dosagens considerando: comodidade de administração aos pacientes; faixa etária; facilidade para cálculo de dose a ser administrada; facilidade para fracionamento ou multiplicação das doses.

·         ​Critérios
o    Medicamentos que tiveram sua comercialização proibida ou descontinuada por órgão competente.
o    Medicamentos que poderão ser substituídos com vantagens, quando da inclusão de outro fármaco.
o    Consumo, em período considerado, que não justifique a padronização.

·         Medicamentos de Uso Eventual

·         ​São aqueles que, por possuírem um consumo muito pequeno e irregular, e/ou por serem utilizados em situações excepcionais, não deverão ser mantidos em estoque, porém serão providenciados quando solicitados sem a necessidade do preenchimento da ficha.

·         Medicamentos Importados

·         ​O Hospital possui alguns medicamentos importados padronizados que são adquiridos por importação direta e que, em virtude de alterações na legislação regulamentadora deste tipo de comercialização por parte da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde do Brasil, não podem ter a garantia total e a constante manutenção de seu estoque. Por este motivo, poderão eventualmente sofrer desabastecimento ou mesmo serem retirados da lista de padronizados.

As eventuais prescrições de medicamentos importados não padronizados que, não têm registro nem autorização do Ministério da Saúde para comercialização no país, serão avaliados pelo farmacêutico que orientará o paciente quanto aos trâmites para viabilizar sua importação.

·         O Hospital, através da Comissão de Farmácia e Terapêutica, mantém em seu estoque, dentro dos padrões técnicos necessários e sob responsabilidade da Farmácia, os produtos constantes da Relação de Medicamentos Padronizados no HIAE.

Se, por qualquer motivo, um paciente trouxer consigo um medicamento para ser administrado aqui, este procedimento poderá ser realizado mediante cumprimento da seguinte rotina:

1ª) O farmacêutico é acionado através do bip e faz a verificação das condições do medicamento, anotando:
o    Prazo de validade e lote;
o    Condições de armazenamento e transporte (temperatura e exposição à luz);
o    Inviolabilidade da embalagem final do produto;
o    Nome comercial e genérico;
o    Quantidade.
2ª) O paciente ou responsável assina o termo de responsabilidade de medicamento próprio , que será anexado ao prontuário do paciente.
3ª) A enfermagem faz a administração conforme a rotina normal.

·         ​Nenhum medicamento está isento de riscos, independentemente da via de administração. O efeito potencial dos medicamentos sobre o feto e neonato varia de acordo com a idade gestacional. Portanto, antes de se administrar qualquer medicamento em uma mulher grávida, deve-se valorizar a relação risco-benefício, considerando que o fato de não tratar determinadas patologias poder ser tanto ou mais perigoso para o feto que o medicamento em questão.

O FDA estabeleceu 5 categorias para indicar o potencial de teratogenicidade do medicamento.

CATEGORIA 
​DEFINIÇÃO
​A
​Estudos controlados em humanos não demonstraram risco para o feto durante o primeiro trimestre, e a possibilidade de malformações congênitas parece remota.
​B
​a) Estudos em animais não demonstraram risco para o feto, no entanto não foram realizados estudos controlados em humanos.
b) Estudos em animais demonstraram riscos para o feto, o que não foi confirmado por estudos controlados em humanos.
​C
​a) Estudos em animais detectaram efeito teratogênico, mas não há disponibilidade de estudos controlados em humanos.
b) Não foram realizados estudos em animais nem humanos.
​D
​Existe evidência de risco fetal em humanos, no entanto o benefício do medicamento em determinadas circunstâncias pode superar o risco.
​X
​Estudos em animais e humanos mostram clara evidência de efeitos teratogênicos e o risco do uso do medicamento supera o benefício.

Para indicar o potencial de teratogenicidade dos medicamentos padronizados neste hospital e que não foram classificados pelo FDA (muitos não comercializados nos Estados Unidos), utilizamos as informações sobre teratogenicidade publicadas na literatura para adaptá-las às categorias definidas pelo FDA. Estes medicamentos estarão indicados com a letra correspondente à classificação do FDA mais um asterisco. Exemplo:
Os dois asteriscos (**) indicam que a informação não foi localizada.

·         ​O aleitamento materno é o principal meio de nutrição do recém–nascido e atualmente é preconizado como a alimentação exclusiva do lactente até seis meses de idade, dado os benefícios em termos do binômio mãe-filho, prevenção de alergias, infecções e distúrbios nutricionais. Pela possibilidade de passagem de substâncias presentes no organismo materno para o RN e lactente através do leite materno devemos estar atentos para a repercussão de medicamentos usados pela mãe que podem afetar o bebê. Diversas fontes compilaram dados da literatura médica que podem nos auxiliar a identificar quais drogas são passíveis de uso durante a amamentação porém até o momento não dispomos de uma referência completa, que abranja todas as drogas utilizadas no Brasil e exterior e que conte com um mecanismo de atualização dinâmica.

Disponibilizamos de maneira simples, informações sobre essa relação, com o objetivo de auxiliar o profissional em condutas referentes aos medicamentos padronizados na Instituição.
Como as drogas estão classificadas em relação à amamentação

​CÓDIGO
​CLASSIFICAÇÃO
​1
Compatível​
​2
​Usar com Cautela
​3
​Evitar - Perigoso
​X
​Incompatível
​?
​Não estabelecido
Sem dados disponíveis


·         ​O Látex é uma substância presente na borracha natural, extraída da árvore Hevea brasiliensis e é composto de proteínas que podem estimular a produção de anticorpos. Indivíduos que desenvolvem anticorpos na primeira exposição podem desenvolver reações alérgicas quando sofrem uma reexposição, e o rápido diagnóstico é imprescindível para que se obtenha o tratamento correto para as reações de hipersensibilidade ou reações anafiláticas. O uso do látex é bem diversificado e é usado na fabricação de uma grande variedade de produtos utilizados na área da saúde. Com relação aos medicamentos, o látex pode estar presente nas embalagens destinadas ao envase de medicamentos injetáveis, como por exemplo, nas rolhas de borracha e êmbolos de seringas preenchidas.

A medida mais segura que existe para um indivíduo alérgico ao látex é evitar a sua exposição, ressaltando a importância de conhecer a presença de látex em objetos presentes no ambiente hospitalar (equipamentos, produtos para a saúde e medicamentos). O ícone referente à presença de látex na composição das embalagens dos medicamentos foi excluído nesta edição por ser uma informação considerada dinâmica e passível de alterações em curto espaço de tempo. Em caso de dúvida, entrar em contato com o farmacêutico ou com o CIM.

·         ​A flebite é caracterizada por uma inflamação na íntima de uma veia cateterizada que em geral está associado a dor, eritema, endurecimento do vaso ou presença de cordão fibroso. Vários fatores têm sido associados ao desenvolvimento desta complicação. Estes fatores causais são classificados em físicos, químicos e infecciosos tais como:

1.    Flebite mecânica: inflamação da parede do vaso causada por estimulação mecânica, principalmente relacionada à utilização de cateteres de tamanho inapropriado para o tamanho do vaso e fixação inadequada do cateter.

2.    Flebite química: inflamação da parede do vaso decorrente da administração de substâncias irritantes, medicações não diluídas apropriadamente, administração de drogas com pH baixo, infusão muito rápida de substâncias e presença de partículas na solução.

3.    Flebite bacteriana: inflamação da parede do vaso associada à contaminação microbiológica.

Alguns aspectos podem influenciar o desenvolvimento de flebite: Material do cateter e calibre, a inserção, tempo de permanência do cateter, fatores intrínsecos ao paciente como idade, condição da rede venosa, local da punção, vulnerabilidade biológica individual e aspectos relacionados aos medicamentos e forma de infusão tais como: pH, Velocidade de infusão , concentração e osmolaridade da solução a ser infundida.

Desta forma, nesta 14a. edição do Manual Farmacêutico estamos incluíndo o ícone indicativo de risco de flebite  para os medicamentos injetáveis, ou seja, aqueles medicamentos em que há descrito como reações adversas a associação ao risco de desenvolvimento de flebite.

Além disso também estão disponíveis os guias de diluição e infusão para os medicamentos injetáveis utilizados pelo Hospital nas páginas finais do Manual Farmacêutico 14a edição.

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