PADRONIZAÇÃO DE
MEDICAMENTOS HOSPITAL ALBERT EINSTEIN
Apenas os produtos inclusos na relação de
medicamentos padronizados são adquiridos de forma programada pelo Hospital,
estando consequentemente disponíveis para uso, ao contrário dos medicamentos
não-padronizados que passam por um processo de compra específico.
o
Racionalizar
do uso de medicamentos
o
Adquirir
somente de produtos com valor terapêutico comprovado
o
Diminuir
o número de medicamentos em estoque
o
Aumentar
seu controle e agilizar a dispensação
o
Racionalizar
espaços de armazenamento
·
Normas
o Conhecimento da
Padronização. O médico deve estar ciente de que o medicamento que ele está
prescrevendo não é padronizado no Hospital. Para isso, todos os postos de
enfermagem terão disponível o Manual Farmacêutico, que também será distribuído
a todos os médicos cadastrados e será disponibilizado na intranet.
o O Hospital terá um
prazo de 12 horas para a entrega do medicamento.
o Para providência do
medicamento não-padrão:
·
Normas
o
Preechimento
do Formulário de Inclusão.
As solicitações de inclusão deverão ser feitas através do
preenchimento do formulário de Inclusão de Medicamento na Padronização , onde o solicitante deverá expor os motivos
pelos quais está encami-nhando esta solicitação. Além disso, devem estar
anexadas ao formulário referências bibliográficas de origem reconhecida e
independente, confirmando sua justificativa e mostrando:
o eficácia/segurança do
medicamento em questão (para os casos em que não há similar ou equivalente
padronizado)
o vantagens
terapêuticas (para casos em que já exista similar ou equivalente padronizado,
destinado ao mesmo fim)
o Fluxo da
solicitação
1ª
Farmácia
Estes
dados devem ser encaminhados ao Centro de Informações sobre Medicamentos (CIM)
/ Farmácia Hospitalar, que verificará se todos os critérios e normas de
inclusão definidos pela Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) estão sendo
respeitados e fará a revisão bibliográfica, bem como a análise econômica da
solicitação, indicando o possível incremento de gastos com a inclusão do
medicamento na padronização.
2ª Avaliação Médica
Após
análise do CIM, este envia a solicitação - omitindo a identidade do médico
solicitante - ao médico consultor da classe a que o medicamento pertence, para
que ele emita seu parecer a respeito.
3ª Oficialização pela CFT
O
último passo é a apresentação do processo para a CFT, que oficializará a
decisão final sobre o assunto. Caso seja aprovada a inclusão, esta constará nas
próximas edições do Manual Farmacêutico.
NOTA
- antes
do produto ser efetivamente colocado em estoque, para dispensação, ainda será
necessário que sejam obedecidos os seguintes requisitos:
a) Cadastramento do
Fornecedor
Se
o fornecedor do produto em questão (fabricante/distribuidor/etc.) não for
cadastrado no Hospital, deverá ter suas instalações inspecionadas (através da
Farmácia Hospitalar), a fim de que se verifique se as mesmas estão dentro dos
padrões estabelecidos pelo programa oficial pertinente.
b)
Testes
Após
a fase de inspeção do fornecedor, o próximo passo é a fase de testes, quando o
produto poderá ser submetido a testes analíticos e será verificado se está
dentro das especificações necessárias. Estes testes serão feitos em laboratório
sem vínculos com o fabricante e por meio de amostras escolhidas pelo Hospital.
c) Aprovação
comercial interna do fornecedor
Todos
os medicamentos incluídos serão acompanhados por um período de 6 meses e após
este período, sua permanência como medicamento padronizado será reavaliada em
função do consumo apresentado.
Critérios
o Evitar multiplicidade
de princípios ativos destinados ao mesmo fim (a inclusão de um medicamento
deverá estar sempre atrelada à possibilidade de exclusão de um representante da
classe, anteriormente padronizado).
o Padronizar
medicamentos de fornecedores que já tenham passado pela avaliação técnica.
o Evitar, sempre que
possível, as associações medicamentosas, priorizando medicamentos com um único
princípio ativo, em que o médico possa associar os medicamentos considerados
necessários nas doses convenientes para cada caso. A padronização de
associações de fármacos só se justifica quando:
1. A documentação
clínica justifica o uso concomitante de mais de um fármaco;
2. O efeito
terapêutico da combinação é maior que a soma dos efeitos de cada um
isoladamente;
3. O custo da
combinação é menor que a soma dos custos dos diversos produtos em separado;
4. Facilita a
posologia para o paciente.
o Evitar a padronização
de forma farmacêutica de liberação prolongada, com exceção dos casos em que
haja vantagens terapêuticas comprovadas.
o Resguardando-se a
qualidade, padronizar os medicamentos, levando-se em consideração o menor custo
de aquisição, armazenamento, dispensação e controle.
o Padronizar formas
farmacêuticas, apresentações e dosagens considerando: comodidade de
administração aos pacientes; faixa etária; facilidade para cálculo de dose a
ser administrada; facilidade para fracionamento ou multiplicação das doses.
·
Critérios
o
Medicamentos
que tiveram sua comercialização proibida ou descontinuada por órgão competente.
o
Medicamentos
que poderão ser substituídos com vantagens, quando da inclusão de outro
fármaco.
o
Consumo,
em período considerado, que não justifique a padronização.
·
São
aqueles que, por possuírem um consumo muito pequeno e irregular, e/ou por serem
utilizados em situações excepcionais, não deverão ser mantidos em estoque,
porém serão providenciados quando solicitados sem a necessidade do
preenchimento da ficha.
·
O Hospital possui alguns medicamentos importados
padronizados que são adquiridos por importação direta e que, em virtude de alterações
na legislação regulamentadora deste tipo de comercialização por parte da
Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde do Brasil,
não podem ter a garantia total e a constante manutenção de seu estoque. Por
este motivo, poderão eventualmente sofrer desabastecimento ou mesmo serem
retirados da lista de padronizados.
As eventuais prescrições de medicamentos importados não
padronizados que, não têm registro nem autorização do Ministério da Saúde para
comercialização no país, serão avaliados pelo farmacêutico que orientará o
paciente quanto aos trâmites para viabilizar sua importação.
·
O
Hospital, através da Comissão de Farmácia e Terapêutica, mantém em seu estoque,
dentro dos padrões técnicos necessários e sob responsabilidade da Farmácia, os
produtos constantes da Relação de Medicamentos Padronizados no HIAE.
Se, por qualquer motivo, um paciente trouxer consigo um
medicamento para ser administrado aqui, este procedimento poderá ser realizado
mediante cumprimento da seguinte rotina:
1ª) O farmacêutico é acionado através do
bip e faz a verificação das condições do medicamento, anotando:
o Prazo de validade e
lote;
o Condições de
armazenamento e transporte (temperatura e exposição à luz);
o Inviolabilidade da
embalagem final do produto;
o Nome comercial e
genérico;
o Quantidade.
2ª) O paciente ou responsável assina o
termo de responsabilidade de medicamento próprio , que será anexado ao prontuário do paciente.
3ª) A enfermagem
faz a administração conforme a rotina normal.
·
Nenhum medicamento está isento de riscos,
independentemente da via de administração. O efeito potencial dos medicamentos
sobre o feto e neonato varia de acordo com a idade gestacional. Portanto, antes
de se administrar qualquer medicamento em uma mulher grávida, deve-se valorizar
a relação risco-benefício, considerando que o fato de não tratar determinadas
patologias poder ser tanto ou mais perigoso para o feto que o medicamento em
questão.
O FDA estabeleceu 5 categorias para indicar o potencial
de teratogenicidade do medicamento.
CATEGORIA
|
DEFINIÇÃO
|
A
|
Estudos controlados em humanos não
demonstraram risco para o feto durante o primeiro trimestre, e a
possibilidade de malformações congênitas parece remota.
|
B
|
a) Estudos em animais não demonstraram
risco para o feto, no entanto não foram realizados estudos controlados em
humanos.
b) Estudos em animais demonstraram
riscos para o feto, o que não foi confirmado por estudos controlados em
humanos.
|
C
|
a) Estudos em animais detectaram efeito
teratogênico, mas não há disponibilidade de estudos controlados em humanos.
b) Não foram realizados estudos em
animais nem humanos.
|
D
|
Existe evidência de risco fetal em
humanos, no entanto o benefício do medicamento em determinadas circunstâncias
pode superar o risco.
|
X
|
Estudos em animais e humanos mostram clara
evidência de efeitos teratogênicos e o risco do uso do medicamento supera o
benefício.
|
Para indicar o potencial de teratogenicidade dos
medicamentos padronizados neste hospital e que não foram classificados pelo FDA
(muitos não comercializados nos Estados Unidos), utilizamos as informações
sobre teratogenicidade publicadas na literatura para adaptá-las às categorias
definidas pelo FDA. Estes medicamentos estarão indicados com a letra
correspondente à classificação do FDA mais um asterisco. Exemplo:
Os
dois asteriscos (**) indicam que a informação não foi localizada.
·
O
aleitamento materno é o principal meio de nutrição do recém–nascido e
atualmente é preconizado como a alimentação exclusiva do lactente até seis
meses de idade, dado os benefícios em termos do binômio mãe-filho, prevenção de
alergias, infecções e distúrbios nutricionais. Pela possibilidade de passagem
de substâncias presentes no organismo materno para o RN e lactente através do
leite materno devemos estar atentos para a repercussão de medicamentos usados
pela mãe que podem afetar o bebê. Diversas fontes compilaram dados da
literatura médica que podem nos auxiliar a identificar quais drogas são
passíveis de uso durante a amamentação porém até o momento não dispomos de uma
referência completa, que abranja todas as drogas utilizadas no Brasil e
exterior e que conte com um mecanismo de atualização dinâmica.
Disponibilizamos de maneira simples, informações sobre
essa relação, com o objetivo de auxiliar o profissional em condutas referentes
aos medicamentos padronizados na Instituição.
Como as drogas estão classificadas em relação
à amamentação
CÓDIGO
|
CLASSIFICAÇÃO
|
1
|
Compatível
|
2
|
Usar
com Cautela
|
3
|
Evitar
- Perigoso
|
X
|
Incompatível
|
?
|
Não
estabelecido
Sem
dados disponíveis
|
·
O Látex é uma substância presente na borracha natural,
extraída da árvore Hevea brasiliensis e é composto de
proteínas que podem estimular a produção de anticorpos. Indivíduos que
desenvolvem anticorpos na primeira exposição podem desenvolver reações
alérgicas quando sofrem uma reexposição, e o rápido diagnóstico é
imprescindível para que se obtenha o tratamento correto para as reações de
hipersensibilidade ou reações anafiláticas. O uso do látex é bem diversificado
e é usado na fabricação de uma grande variedade de produtos utilizados na área
da saúde. Com relação aos medicamentos, o látex pode estar presente nas
embalagens destinadas ao envase de medicamentos injetáveis, como por exemplo,
nas rolhas de borracha e êmbolos de seringas preenchidas.
A medida mais segura que existe para um indivíduo
alérgico ao látex é evitar a sua exposição, ressaltando a importância de
conhecer a presença de látex em objetos presentes no ambiente hospitalar
(equipamentos, produtos para a saúde e medicamentos). O ícone referente à
presença de látex na composição das embalagens dos medicamentos foi excluído
nesta edição por ser uma informação considerada dinâmica e passível de
alterações em curto espaço de tempo. Em caso de dúvida, entrar em contato com o
farmacêutico ou com o CIM.
·
A
flebite é caracterizada por uma inflamação na íntima de uma veia cateterizada
que em geral está associado a dor, eritema, endurecimento do vaso ou presença
de cordão fibroso. Vários fatores têm sido associados ao desenvolvimento desta
complicação. Estes fatores causais são classificados em físicos, químicos e
infecciosos tais como:
1.
Flebite mecânica: inflamação da parede do vaso causada
por estimulação mecânica, principalmente relacionada à utilização de cateteres
de tamanho inapropriado para o tamanho do vaso e fixação inadequada do cateter.
2.
Flebite química: inflamação da parede do vaso decorrente
da administração de substâncias irritantes, medicações não diluídas
apropriadamente, administração de drogas com pH baixo, infusão muito rápida de
substâncias e presença de partículas na solução.
3.
Flebite bacteriana: inflamação da parede
do vaso associada à contaminação microbiológica.
Alguns aspectos podem influenciar o desenvolvimento de
flebite: Material do cateter e calibre, a inserção, tempo de permanência do
cateter, fatores intrínsecos ao paciente como idade, condição da rede venosa,
local da punção, vulnerabilidade biológica individual e aspectos relacionados
aos medicamentos e forma de infusão tais como: pH, Velocidade de infusão ,
concentração e osmolaridade da solução a ser infundida.
Desta forma, nesta 14a. edição do Manual Farmacêutico
estamos incluíndo o ícone indicativo de risco de flebite para os medicamentos injetáveis, ou
seja, aqueles medicamentos em que há descrito como reações adversas a
associação ao risco de desenvolvimento de flebite.
Além disso também estão disponíveis os guias de diluição
e infusão para os medicamentos injetáveis utilizados pelo Hospital nas páginas
finais do Manual Farmacêutico 14a edição.
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