FARMÁCIA HOSPITALAR: UMA SINOPSE DAS QUESTÕES
FUNDAMENTAIS DE SEU FUNCIONAMENTO PARTE 3
COMPETÊNCIA DA FARMÁCIA
HOSPITALAR
Considerando-se
que a vida humana não tem preço, a qualidade do produto farmacêutico tem que
ser meta prioritária, para a garantia da eficácia terapêutica.
Funções e atribuições do
serviço de farmácia:
Conforme as definições do
Conselho Federal de Farmácia a partir de sua Resolução nº 300 (1997), a
farmácia é uma “Unidade clínica de assistência técnico-administrativa, dirigida
por profissional farmacêutico, integrada funcional e hierarquicamente às
atividades hospitalares”.
É importante ressaltar que
esta definição afirma que a farmácia deve ser uma Unidade Clínica, e, portanto,
todas as suas ações devem ser orientadas ao paciente. Isto significa que não
basta à farmácia fornecer medicamentos, mas impõe, também, a obrigação de
acompanhar sua correta utilização e seus efeitos. Deve ser, então, um
departamento ou serviço tecnicamente aparelhado para planejar, organizar,
dirigir, controlar, desenvolver e executar planos, programas e projetos de
ensino e pesquisa relacionados às atividades de aquisição, armazenamento e
distribuição de medicamentos e correlatos, de modo a garantir efetiva assistência
farmacêutica. A citada resolução continua, ainda, em suas definições, a
estabelecer que é necessário
1 - “Garantir a qualidade
da assistência prestada ao paciente, através do uso seguro de medicamentos e
correlatos, adequando sua utilização à saúde individual e coletiva nos planos
assistencial, preventivo, docente e de investigação. Deverá a mesma contar com
profissionais farmacêuticos suficientes para o bom desempenho da assistência
farmacêutica, segundo as necessidades do hospital.” Acentuando a função da
farmácia, o Conselho enfatiza o paciente como principal cliente e objetivo.
2 -Assumir a coordenação
técnica nas discussões para seleção e aquisição de medicamentos, germicidas e
correlatos, garantido sua qualidade e otimizando a terapia medicamentosa”.
Significa que o gestor farmacêutico, como supremo detentor de conhecimento
sobre os fármacos deve participar ativamente da seleção de medicamentos
padronizados e dos processos de aquisição.
3 - Cumprir normas e
disposições gerais relativas ao armazenamento, controle de estoque e
distribuição de medicamentos, correlatos, germicidas e materiais médicos
hospitalares. A central de abastecimento farmacêutico deve estar adequadamente
equipada para o cumprimento das Boas Práticas de Distribuição.
4 - Estabelecer um sistema
eficiente, eficaz e seguro de dispensação para pacientes ambulatoriais e
internados, de acordo com as condições técnicas hospitalares, onde ele se
efetive. O sistema de distribuição empregado deve poder garantir o
abastecimento do hospital nas 24 horas e, ao mesmo tempo, evitar desvios,
caducidade e perdas por armazenamento inadequado ou administração de
medicamentos não prescritos.
5 - Dispor de setor de
farmacotécnica composto de unidade para manipulação de fórmulas magistrais e oficinais;
manipulação e controle de antineoplásicos; reconstituição de medicamentos,
preparo de misturas endovenosas e nutrição parenteral; preparo e diluição de
germicidas; fracionamento de doses; análises e controles correspondentes;
produção de medicamentos; outras atividades passíveis de serem realizadas,
segundo a constituição da farmácia hospitalar e as características do hospital.
O gestor farmacêutico deve ser capaz de apresentar aos administradores
hospitalares os benefícios da implantação deste setor.
6 - Elaborar manuais
técnicos e formulários próprios. Os manuais de normas e procedimentos
operacionais devem ser elaborados e implantados para fins de treinamento, de
uniformidade dos procedimentos e da assistência, além de
orientar sobre os diversos
protocolos.
7 - Manter membro
permanente nas comissões de sua competência, principalmente na comissão de
farmácia e terapêutica ou padronização de medicamentos; na comissão de controle
de infecção hospitalar; na comissão de licitação ou parecer técnico e na
comissão de suporte nutricional. A participação nestas comissões é
indispensável para a eficiência do trabalho farmacêutico,já que o monitoramento
do uso racional de medicamentos depende do estabelecimento de protocolos de
dispensação, padronização, aquisição e manipulação.
8 - Atuar junto à Central
de Esterilização na orientação de processos de desinfecção e esterilização de
materiais, podendo ser responsável pelo setor.. As orientações e os
treinamentos sobre o uso de técnicas assépticas beneficiam o trabalho neste
setor e minimiza as possibilidades de contaminação.
9-- Participar nos estudos
de ensaios clínicos e no programa de farmacovigilância do hospital. O
monitoramento das reações adversas não dependentes do paciente, seja nos
ensaios clínicos ou na pós-comercialização do medicamento é útil também para as
avaliações da farmácia na revisão da padronização.
10 - -Exercer atividades
formativas sobre materiais de sua competência, promovendo cursos e palestras e
criando um setor de Informações sobre Medicamentos, de acordo com as condições
do hospital.
11 - Estimular a
implantação e o desenvolvimento da Farmácia Clínica. Como vimos anteriormente,
a implantação destas atividades divulgam o papel do farmacêutico na instituição
e potencializam seu valor profissional.
12 -Exercer atividades de
pesquisa, desenvolvimento e tecnologia farmacêuticas, no preparo de
medicamentos e germicidas."
Funções e atribuições do
serviço de farmácia:
Conforme as definições do
Conselho Federal de Farmácia a partir de sua Resolução nº 300 (1997), a
farmácia é uma “Unidade clínica de assistência técnico-administrativa, dirigida
por profissional farmacêutico, integrada funcional e hierarquicamente às
atividades hospitalares”.
É importante ressaltar que
esta definição afirma que a farmácia deve ser uma Unidade Clínica, e, portanto,
todas as suas ações devem ser orientadas ao paciente. Isto significa que não
basta à farmácia fornecer medicamentos, mas impõe, também, a obrigação de
acompanhar sua correta utilização e seus efeitos. Deve ser, então, um
departamento ou serviço tecnicamente aparelhado para planejar, organizar,
dirigir, controlar, desenvolver e executar planos, programas e projetos de
ensino e pesquisa relacionados às atividades de aquisição, armazenamento e distribuição
de medicamentos e correlatos, de modo a garantir efetiva assistência
farmacêutica. A citada resolução continua, ainda, em suas definições, a
estabelecer que é necessário
1 - “Garantir a qualidade
da assistência prestada ao paciente, através do uso seguro de medicamentos e
correlatos, adequando sua utilização à saúde individual e coletiva nos planos
assistencial, preventivo, docente e de investigação. Deverá a mesma contar com
profissionais farmacêuticos suficientes para o bom desempenho da assistência
farmacêutica, segundo as necessidades do hospital.” Acentuando a função da
farmácia, o Conselho enfatiza o paciente como principal cliente e objetivo.
2 -Assumir a coordenação
técnica nas discussões para seleção e aquisição de medicamentos, germicidas e
correlatos, garantido sua qualidade e otimizando a terapia medicamentosa”.
Significa que o gestor farmacêutico, como supremo detentor de conhecimento
sobre os fármacos deve participar ativamente da seleção de medicamentos
padronizados e dos processos de aquisição.
3 - Cumprir normas e
disposições gerais relativas ao armazenamento, controle de estoque e
distribuição de medicamentos, correlatos, germicidas e materiais médicos
hospitalares. A central de abastecimento farmacêutico deve estar adequadamente
equipada para o cumprimento das Boas Práticas de Distribuição.
4 - Estabelecer um sistema
eficiente, eficaz e seguro de dispensação para pacientes ambulatoriais e
internados, de acordo com as condições técnicas hospitalares, onde ele se
efetive. O sistema de distribuição empregado deve poder garantir o
abastecimento do hospital nas 24 horas e, ao mesmo tempo, evitar desvios,
caducidade e perdas por armazenamento inadequado ou administração de
medicamentos não prescritos.
5 - Dispor de setor de
farmacotécnica composto de unidade para manipulação de fórmulas magistrais e
oficinais; manipulação e controle de antineoplásicos; reconstituição de
medicamentos, preparo de misturas endovenosas e nutrição parenteral; preparo e
diluição de germicidas; fracionamento de doses; análises e controles
correspondentes; produção de medicamentos; outras atividades passíveis de serem
realizadas, segundo a constituição da farmácia hospitalar e as características
do hospital. O gestor farmacêutico deve ser capaz de apresentar aos administradores
hospitalares os benefícios da implantação deste setor.
6 - Elaborar manuais
técnicos e formulários próprios. Os manuais de normas e procedimentos
operacionais devem ser elaborados e implantados para fins de treinamento, de
uniformidade dos procedimentos e da assistência, além de
orientar sobre os diversos
protocolos.
7 - Manter membro
permanente nas comissões de sua competência, principalmente na comissão de
farmácia e terapêutica ou padronização de medicamentos; na comissão de controle
de infecção hospitalar; na comissão de licitação ou parecer técnico e na
comissão de suporte nutricional. A participação nestas comissões é
indispensável para a eficiência do trabalho farmacêutico,já que o monitoramento
do uso racional de medicamentos depende do estabelecimento de protocolos de
dispensação, padronização, aquisição e manipulação.
8 - Atuar junto à Central
de Esterilização na orientação de processos de desinfecção e esterilização de
materiais, podendo ser responsável pelo setor.. As orientações e os
treinamentos sobre o uso de técnicas assépticas beneficiam o trabalho neste
setor e minimiza as possibilidades de contaminação.
9-- Participar nos estudos
de ensaios clínicos e no programa de farmacovigilância do hospital. O
monitoramento das reações adversas não dependentes do paciente, seja nos
ensaios clínicos ou na pós-comercialização do medicamento é útil também para as
avaliações da farmácia na revisão da padronização.
10 - -Exercer atividades
formativas sobre materiais de sua competência, promovendo cursos e palestras e
criando um setor de Informações sobre Medicamentos, de acordo com as condições
do hospital.
11 - Estimular a
implantação e o desenvolvimento da Farmácia Clínica. Como vimos anteriormente,
a implantação destas atividades divulgam o papel do farmacêutico na instituição
e potencializam seu valor profissional.
12 -Exercer atividades de
pesquisa, desenvolvimento e tecnologia farmacêuticas, no preparo de
medicamentos e germicidas."
Funções do serviço
farmacêutico:
A equipe de profissionais
deve receber treinamento suficiente para o cumprimento de todas as funções
descritas a seguir:
A - Administrativas:
-Administração, seleção e
orientação dos funcionários para o serviço
- - Desempenho financeiro
- -Registro de documentação clínica
- -Política de uso de medicamentos
- - Monitoramento de programa de
abuso de medicamentos
- - Controle de medicamentos não
padronizados
- - Controle de vendedores e
representantes
- - Controle de amostras
- -Escrituração de medicamentos
controlados
- -Inspeção de áreas de
armazenamento
- -Organização de sistema racional
de distribuição e controle
- -Registros de manutenção de
equipamentos
- -Divulgação de informação sobre
medicamentos
- - Seleção de medicamentos
- -Participação em comissões
- -Monitoramento dos efeitos do
regime farmacoterapêutico.
- - Adequação permanente do regime
farmacoterapêutico e o plano de monitoramento.
B - Operacionais:
- -Confecção de planos de ação
- - Manuais de normas e
procedimentos
- -Definição de formulários de
fornecimentos de medicamentos
- -Empacotamentos de dose unitária
- - Armazenamento adequado de
medicamentos
- -Farmacovigilância,
farmacoepidemiologia e farmacoeconomia.
- - Diagramação de planos de
monitoramento
- - Programas de nutrição
parenteral
- -Coleta de informações sobre os
pacientes
- - Controle da distribuição dos
medicamentos
- - Controle de administração dos
medicamentos
- - Implantação do regime
farmacoterapêutico.
C - Técnicas:
- -Educação e treinamento
- - Monitoramento de reações
adversas e erros
- -Manuseio de quimioterápicos
antineoplásicos
- -Avaliação de desempenho de
pessoal
- - Preparo de medicamentos
extemporâneos e produtos estéreis
- -Gerenciamento de gastos com
medicamentos
- - Avaliação de melhoria de
qualidade
- - Avaliação de monografias
terapêuticas de medicamentos
- -Avaliação de prescrições médicas
- - Monitoramento de terapia
medicamentosa
- - Consulta farmacêutica
- -Avaliação de uso dos
medicamentos
- -Assistência farmacêutica e
microbiológica ao uso dos antimicrobianos
- - Descrição de cargos
- -Diagramação do regime
farmacoterapêutico.
- -Determinação de problemas
relativos a terapêutica.
- - Especificação de objetivos
farmacoterapêuticos.
- -Desenvolvimento do regime
farmacoterapêutico e do plano de monitoramento correspondente, em
colaboração com o paciente e outros profissionais de saúde.
Atribuições da farmácia hospitalar, como serviço especializado:
·
1. Administrar o estoque dos medicamentos de acordo com as
necessidades do hospital, realizando aquisição / seleção de medicamentos a
partir do consumo médio, do estoque mínimo e do ponto de ressuprimento.
·
2. Garantir que os medicamentos sejam distribuídos dentro da data
de validade e que o local de armazenamento possua condições ideais de
temperatura e umidade, de acordo com as Boas Práticas de Produção e
Distribuição, visando a manutenção das naturezas físicas e bioquímicas de suas
composições.
·
3. Realizar seleção e padronização de medicamentos
·
4. Promover distribuição dos medicamentos de forma racional,
adequada à estrutura do hospital.
·
5. Orientar as especialidades médicas quanto ao uso correto dos
medicamentos e sua conservação.
·
6. Promover o ensino e treinamento dos funcionários para o
trabalho em Farmácia Hospitalar.
·
Esses requisitos mínimos são indispensáveis para promover meios de
pronto restabelecimento dos pacientes no hospital e para atender às exigências
da legislação pertinente e do Código de Defesa do Consumidor, em seus artigos 6
e 8, a saber:
·
Artigo 6º: “Todo consumidor tem direito a: Proteção à vida, saúde
e segurança contra riscos provocados por práticas de fornecimento de produtos e
serviços considerados perigosos ou nocivos. A educação e divulgação sobre o
consumo adequado dos produtos e serviços, assegurada a liberdade de escolha e
igualdade nas contratações a informação adequada e clara sobre os diversos
produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, característica,
composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem.”
·
Artigo 8º: (Capítulo IV, seção I – da proteção à saúde e
segurança) “Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não
acarretarão riscos à saúde e segurança dos consumidores, exceto os considerados
normais e previsíveis de sua natureza e função, obrigando-se os fornecedores,
em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu
respeito.”
Atribuições dos chefes de
serviço de farmácia:
Administrativas:
- -Organizar e controlar as
atividades técnico-administrativas do serviço.
- - Manter atualização das
informações, da documentação e seu arquivamento.
- -Confeccionar e manter
atualização do memento terapêutico, do manual de normas e procedimentos
operacionais e do manual de interações medicamentosas.
- -Coordenar escala de férias,
licenças e plantões dos funcionários em exercício no Serviço, bem como
recomendar medidas disciplinares.
- - Cumprir e fazer cumprir as
ordens de acordo com a escala hierárquica, assim como as normas e
diretrizes técnicas e administrativas.
- -Avaliar o desempenho funcional
de seus subordinados. Operacionais:
- -Controlar o estoque e fazer
reposição dos medicamentos de acordo com consumo médio, o estoque de
segurança e o ponto de ressuprimento, assim como fiscalizar a entrada /
saída dos medicamentos e opinar quanto ao preço, qualidade e quantidade
que deva permanecer em estoque.
- -Assegurar atendimento adequado
aos pacientes em relação à distribuição dos medicamentos
- - Promover reuniões de instrução,
avaliação e coordenação de atividades.
- -Orientar o chefe da guarda de
medicamentos quanto à interdição de lotes e aos planos de recolhimento.
Técnicas:
- - Responder pela aquisição,
distribuição, qualidade e registro das substâncias controladas pela
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Medicamentos, Insumos,
dietéticos e Correlatos
- - Atualizar e padronizar os
medicamentos, bem como sugerir novos medicamentos, de acordo com as características do hospital, com
vantagens técnicas e econômicas, aos integrantes da Comissão Hospitalar de
Farmácia e Terapêutica.
- -Sugerir e promover medidas para
redução do custo operacional.
- - Cooperar com as especialidades
no planejamento e execução de programas econômicos, técnicos e científicos.
Atribuições dos chefes da
central de abastecimento farmacêutico (CAF)
Administrativas:
- -Centralizar o recebimento de
dados que envolvem consumo, distorções, incidência de prescrições e
alterações na movimentação de estoque.
- -Avaliar o desempenho funcional
de seus subordinados.
Operacionais:
- - Receber, registrar e controlar
os medicamentos, mantendo a documentação arquivada adequadamente, de
acordo com instruções legais.
- -Observar sistema de disposição
ordenada do estoque, permitindo rápido inventário e fácil inspeção.
Observar altura das pilhas, empilhamento máximo permitido e distâncias,
conforme critérios previamente estabelecidos.
- -Orientar a organização dos
medicamentos nas devidas prateleiras, com identificações próprias de
acordo com nome, forma, código e validade, em áreas tecnicamente adequadas
à natureza física e bioquímica de suas composições.
- Realizar inventários e auditorias
periódicas – procedimentos que devem começar e terminar no mesmo dia
(conferir estoques, validade, armazenamento, consumo, validação de
refrigeradores, manutenção de equipamentos, aferidores de temperatura e
umidade, inspeção de equipamentos contra insetos e roedores, limpeza das
instalações).
Técnicas:
- -Consultar as diferentes
especialidades em relação à solicitação dos medicamentos que não estão
apresentando rotatividade de estoque
Atribuições do
profissional farmacêutico:
Administrativas:
- -
Conhecer, interpretar e cumprir as exigências da legislação
pertinente.-Supervisionar processos de aquisição de produtos.
- - Manter atualizada escrituração
de manuais, formulários, bancos de dados e boletins de informação.
- - Desenvolver e atualizar
regularmente as diretrizes e os procedimentos relativos aos aspectos
operacionais da manipulação de formulações magistrais e oficinais.
Operacionais:
- - Especificar, selecionar,
inspecionar e armazenar criteriosamente as matérias primas e materiais de
embalagens necessários ao preparo das formulações.
- - Participar de estudos de
farmacovigilância, tendo por base a análise de reações adversas e
interações medicamentosas.
- - Organizar e operacionalizar
áreas de funcionamento da farmácia
Técnicas:
- -Qualificar fornecedores pela
exigência de certificados de Boas Práticas de Produção e assegurar
recebimento dos certificados de análise emitidos pelos fornecedores.
- -Avaliar prescrição médica quanto
à adequação, concentração e compatibilidade físico-química dos
componentes, dose e via de administração.
- - Assegurar condições adequadas
de manipulação, conservação, transporte, dispensação e avaliação final da
formulação, visando evitar riscos.
- -Determinar os prazos de validade
de cada produto manipulado.
- - Promover e registrar
treinamento operacional e de educação continuada, para atualização dos
profissionais envolvidos na manipulação.
O conceito de garantia da qualidade e todas as medidas capazes de
melhorar a compreensão e sua implementação devem ser amplamente discutidos
durante as sessões de treinamento. -Informar aos pacientes o modo de usar de
cada medicamento, os riscos possíveis, os efeitos colaterais, as
incompatibilidades física e química, as interações com medicamentos e alimentos
e outras informações pertinentes à utilização correta dos
Atribuições dos
funcionários em exercício no serviço:
As funções e atribuições
dos serviços e dos profissionais do setor também podem ser divididas em
administrativas, técnicas e operacionais. Para o melhor desempenho do serviço,
todos os funcionários, de acordo com o cargo que ocupam, devem estar cientes de
suas atribuições. O estabelecimento destas atribuições permite ao gestor
farmacêutico a definição dos cargos, a determinação do perfil e a seleção do
funcionário mais adequado para o trabalho.
Administrativas:
- -Atender às solicitações de
medicamentos (formulários próprios ou prescrições médicas) o mais rápido
possível.
- -Manter a chefia do serviço
informada sobre qualquer irregularidade ocorrida no setor. Operacionais:
- -Manter organização e limpeza do
setor de trabalho (organização física e atividades)
- -Cumprir as diretrizes do manual
de normas e procedimentos e as estabelecidas pela política institucional.
- -Despachar os pacotes de
medicamentos destinados a cada paciente, quando prontos e etiquetados.
Técnicas:
- - Manipular e fracionar os
medicamentos, após paramentação e limpeza adequadas, observando com rigor
as boas práticas de manipulação e as normas estabelecidas nos manuais de
bancada, onde devem estar descritos os protocolos de manipulação.
Atribuições dos
funcionários manipuladores de medicamentos:
Administrativas:
- -Participar ativamente da
implantação das rotinas operacionais contemplando todos os setores, desde almoxarifado
até o transporte.
Operacionais
- - Avaliar com inspeção visual a
chegada do produto na área de produção e confrontar os produtos com as
especificações das solicitações.
- - Garantir que todas as
superfícies de trabalho estejam limpas e desinfetadas com os desinfetantes
padronizados para essas áreas, antes do início do trabalho, inclusive as
superfícies internas das capelas de fluxo laminar.
- - Assegurar lavagem e escovação
de mãos, unhas e antebraços pelos funcionários manipuladores com anti-séptico apropriado, antes do
início de qualquer atividade na área de produção e toda vez que se fizer
necessário (após descontaminação dos insumos ou contaminação acidental no
próprio ambiente).
- - Conferir cuidadosamente a
identificação do paciente, antes, durante e depois da preparação das
manipulações e sua correspondência com o preparo em questão, assim como as
quantidades correspondentes na prescrição médica;
- - Garantir que toda manipulação
contenha rótulo com as informações mínimas necessárias.
Técnicas:
- -Estabelecer prazo de validade do
lote manipulado, de acordo com as informações dos fabricantes dos
produtos industrializados, da literatura e com os testes de validação do
processo de preparo e esterilidade, respectivamente documentados;
- -Garantir a padronização do
controle microbiológico com as rotinas desenvolvidas por escrito e
documentação dos resultados, quando houver manipulação de soluções
estéreis, de acordo com a classificação dos riscos de manipulação.
A Evolução dos Estudos e
Objetivos da Prática Farmacêutica:
Objetivos da prática
farmacêutica:
A prática da assistência
farmacêutica requer a responsabilidade sobre o uso mais efetivo e eficiente dos
medicamentos e sobre os efeitos das terapias medicamentosas, com a garantia de
alcance dos objetivos terapêuticos e sem o desenvolvimento de reações
iatrogênicas. Somente a assistência farmacêutica possui as ferramentas
necessárias para esta garantia. A face mais interessante da assistência
farmacêutica é o próprio termo assistência, pois o emprego do termo atendimento
não possui um caráter social.
A profissão farmacêutica
deve expandir-se na unidade hospitalar em todos os sentidos, financeiros, como
força de trabalho, na reivindicação pelo espaço físico e equipamentos, nos
serviços e na maior assistência aos pacientes, sem medição de esforços para
alcançar estas dimensões - com o objetivo de crescer em influência, tamanho e
principalmente respeito.
A presença do farmacêutico
clínico nas equipes de assistência primária constitui um desafio para a
profissão, devendo ser estimulada pelas próprias organizações profissionais,
quando aceitam o papel a ser desempenhado pelo farmacêutico no auxílio
diagnóstico do estado de saúde da comunidade, na divulgação de um melhor uso
dos medicamentos e na educação sanitária da população.
A atuação do profissional
farmacêutico em seu papel clínico na unidade hospitalar está diretamente
vinculada à garantia do uso racional dos medicamentos nas prescrições e da
identificação dos objetivos terapêuticos; na projeção e implantação de um plano
terapêutico para o alcance destes objetivos; na implementação desses planos e
no monitoramento desse progresso; no relacionamento com os demais profissionais
da instituição em que trabalha, na busca de maior experiência prática; na
seleção de medicamentos e regime posológico, na garantia da obediência ao
tratamento por parte dos pacientes e no monitoramento da resposta terapêutica
aos produtos administrados; no reconhecimento e notificação das reações
adversas aos medicamentos; na participação em diversas comissões como as de
padronização de medicamentos e controle de infecção hospitalar; na orientação a
outros profissionais da saúde sobre o uso racional de medicamentos e na
participação de estudos para determinar os efeitos benéficos e adversos dos
medicamentos.
As habilidades gerais para
o preenchimento destas funções são as mesmas tradicionalmente necessárias para
o exercício da profissão. Para a prática da assistência farmacêutica, o
profissional precisa coletar informações para analisá-las, juntamente com a
avaliação das condições e doença do paciente, com a finalidade de orientar em
relação às opções terapêuticas. Na dispensação de medicamentos, as habilidades
exigem a garantia de que os
medicamentos sejam
administrados aos pacientes, de modo eficiente e seguro.
Os farmacêuticos também
devem garantir que os pacientes compreendem a própria terapia medicamentosa.
Seja qual for o tamanho ou complexidade do hospital, é fato que sem o
medicamento e os correlatos não há sucesso na assistência sanitária ao
paciente, mas para assegurar produtos farmacêuticos de boa qualidade em
quantidades adequadas, com segurança quanto à eficácia e ausência de efeitos
adversos, a farmácia precisa de uma estrutura organizacional bem elaborada e
com funções bem definidas.
Contrariando as opiniões
de que sem meios econômicos não é possível o desenvolvimento da farmácia
clínica, existe o exemplo de Portugal, que com meios mais escassos do que a
média dos países da Europa, conseguiu desenvolver de modo aceitável a farmácia
clinica e realizar mudanças significativas nos programas das faculdades de
farmácia existentes no país.
Mudanças Necessárias em
Farmácia Hospitalar
Ao
se definir as mudanças necessárias para a profissão devem-se considerar
questões, como:
Na compreensão sobre as
responsabilidades da terapia no Brasil, o farmacêutico executa as ordens de um
prescritor
Na
filosofia da assistência farmacêutica, nos países com implantação da Farmácia
Clínica, o farmacêutico possui autonomia para em conjunto com o médico, a
partir de solicitação médica, discutir as prescrições e orientar sobre reações
e interações, sendo-lhe também imputadas as responsabilidades pelo fracasso da
terapia.
No
entanto, a regulamentação brasileira cobra do farmacêutico a responsabilidade
pelo questionamento da prescrição médica inadequada, enquanto descreve, no
Código Civil, TÍTULO IX, Da Responsabilidade Civil, CAPÍTULO I, Da Obrigação de
Indenizar – Art. 927. “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187) causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único.
Haverá
obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos
especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor
do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.” Pelo
exposto, o farmacêutico não tem como desculpa a inocência da terapia indevida
ou ineficiente devido a uma prescrição mal feita, com o argumento de que o
medicamento foi “fornecido como prescrito”.
Profissão farmacêutica e
ensino superior
Normalmente,
as escolas de farmácia não ensinam sobre as responsabilidades, a autonomia de
ação e as prerrogativas profissionais, mesmo porque esses conceitos não podem
ser ensinados. No entanto, os profissionais e as organizações são responsáveis
pela atualização da profissão. A atual situação da profissão farmacêutica, pela
omissão dos profissionais ou por desconhecimento bloqueia a melhoria da
qualidade da assistência.
3) Profissão
farmacêutica e prática profissional - Por outro lado, os farmacêuticos,
como qualquer outro profissional, respondem a incentivos profissionais e
econômicos. Os incentivos profissionais relacionam-se diretamente com o
reconhecimento pelos trabalhos bem feitos. Se o gestor hospitalar falha em
reconhecer o valor da prestação dos serviços, não haverá sistema criado que
possa envolver os profissionais com os resultados da assistência, pois o
sucesso de qualquer idéia requer a dedicação das pessoas que acreditam nela e
que se empenham na sua aceitação e implantação. Hershaw acredita que há grande
abismo entre a visão do administrador em relação à contribuição do farmacêutico
no atendimento sanitário e a verdadeira capacidade de contribuição profissional.
A
visão administrativa do serviço de farmácia continuará inadequada enquanto os
administradores hospitalares acreditarem nas contribuições que o farmacêutico
presta ao invés das que podem prestar. Porém, a ignorância a respeito do
atendimento farmacêutico pelos próprios profissionais e educadores é o maior
obstáculo a ser vencido.
Esta
situação pode ser diferente, se o farmacêutico investir no aumento da
produtividade, da lucratividade e da qualidade no atendimento ao paciente –
beneficiário real visado de todo o processo.
Como as escolas médicas
interpretam essas questões?
A
assistência farmacêutica mais do que nunca encontra fácil espaço para sua
expansão, pois segundo Steel et Al, o tratamento clínico contemporâneo
encontra-se direcionado para diagnósticos inteligentes e sofisticados, sem
dispensar atenção equivalente à prática racional e apropriada da terapia
medicamentosa e à avaliação crítica dos seus efeitos, induzindo ao aparecimento
de doenças iatrogênicas em 18% dos casos (dentre esses 20% com reações
severas).
Participar
nos ensaios clínicos e no programa de farmacovigilância do hospital, é então
indispensável para o farmacêutico, já que é o profissional que detém
maior
conhecimento sobre ações farmacológicas e reações adversas das substâncias
terapêuticas. Também de acordo com Myers, “A explosão do conhecimento na
medicina criou uma situação na qual o médico competente pode gravar somente
pequena fração da vasta gama de conhecimentos o cérebro pode manipular somente
5 a 7 diagnósticos ou hipóteses terapêuticas ao mesmo tempo..” podendo
ocasionar erros no julgamento dos diagnósticos.
Para
o farmacêutico, exercer atividades informativas sobre materiais de sua
competência, promovendo cursos e palestras e criando um setor de informações
sobre medicamentos passa a ser uma providência útil e agradável, na medida em
que potencializa seu papel como profissional competente aos olhos da
organização hospitalar.
Os
serviços de farmácia devem implantar procedimentos que contribuam para a máxima
eficácia da ação terapêutica, integradas com as atividades de seus
profissionais, para perseguir os meios de pronto restabelecimento da saúde dos
pacientes internados.
A
farmácia também deve estar capacitada para oferecer informações técnicas e
farmacológicas aos seus usuários e clientes (pacientes, familiares, equipe de
saúde,vigilância sanitária, fornecedores). Nos planos de assistência
farmacêutica, os elementos essenciais são a definição dos protocolos
farmacoterapêuticos, dos planos de monitoramento e do compromisso com a
melhoria do paciente.
Para
a configuração deste plano, é necessário o gerenciamento dos efeitos da terapia
e a revisão dos protocolos, como também o registro das mudanças na condição do
paciente, a documentação dos resultados e a assunção da responsabilidade pelos
efeitos terapêuticos.
Barreiras à assistência
farmacêutica:
A
preocupação histórica do farmacêutico com a dispensação de medicamentos pode
ser uma barreira à aceitação desta nova filosofia sobre a prática de prescrição
conjunta. Esta preocupação é pertinente, em virtude das características do
trabalho farmacêutico e da história recente de desenvolvimento de um sistema de
distribuição mais eficiente. É evidente que o atendimento farmacêutico abraça a
distribuição de medicamentos, mas os benefícios dos efeitos da terapia
medicamentosa dependem também do melhor medicamento administrado ao paciente
certo, no horário correto.
Através
da assistência farmacêutica, esses profissionais podem, também, influenciar na
seleção de medicamentos, na dosagem e na posologia, dividindo então a
responsabilidade do sucesso da terapia. No entanto, a orientação sobre os
produtos constitui-se uma barreira à aceitação da assistência farmacêutica como
filosofia pessoal de prática, somente porque inibe o médico de colher sozinho
os benefícios da responsabilidade sobre os efeitos dos tratamentos.
Por
isso, a organização na qual o farmacêutico atua pode estimular ou inibir o seu
atendimento profissional .
Barreiras logísticas:
Várias
barreiras logísticas interferem nos esforços farmacêuticos para implantação de
esquemas de orientação, como:
- -Barreira ao acesso às
informações médicas para transpor esta barreira, as informações podem ser
obtidas dos próprios pacientes, através de observação e, também, de
médicos que compreendem os benefícios da orientação do farmacêutico.
- -Barreira em relação a outros
profissionais a assistência
farmacêutica depende do relacionamento com vários membros da equipe de
saúde, que tradicionalmente já possuem contato diário mais próximo com o
paciente.
- -Barreiras ao acesso aos
pacientes – a assistência farmacêutica não pode ser obtida por telefone ou
e-mail. Requer contato pessoal, nos tempos e lugares mais convenientes aos
pacientes.
Barreiras econômicas:
Os
profissionais que mais participam nas terapias medicamentosas são os médicos,
farmacêuticos e enfermeiros todos presentes na unidade hospitalar. Os
prescritores sofrem pressão dos gestores hospitalares para diminuir os períodos
de internação dos pacientes e os gastos, além de aumentar a rotatividade dos
leitos.
É
recomendável lembrar que a carreira de administrador hospitalar é recente e há
carência de profissionais com especialização adequada, cuja visão de economia é
o menor preço.
Cabe
ao farmacêutico, de modo perseverante, lutar pela implantação de padrões
mínimos de assistência que, como já exaustivamente publicado na literatura
científica, melhora a saúde financeira institucional e a qualidade de vida dos
pacientes.
Competência
Alguns
profissionais médicos podem aprovar atividades de farmácia clínica, mas
opõem-se à expansão do farmacêutico em relação aos efeitos da terapia. No
entanto, não há o que temer. O atendimento farmacêutico não pode invadir o
território de outras profissões porque não há outro profissional que possa
atuar neste espaço e não é esta a intenção.
A
competência de profissionais que aspiram à assistência farmacêutica já é,
certamente, um ponto discutido. Mas competência é difícil de definir. O que
pode parecer competente do ponto de vista do paciente, pode não o ser do ponto
de vista do médico. Como nas outras profissões, os farmacêuticos comprometidos
com os efeitos das terapias podem ser obrigados a demonstrar sua competência
quando necessário. Profissionais inseguros porque acreditam não possuir
competência (ou confiança) devem buscar os meios para adquiri-las.
É
contraproducente para a profissão estressar o valor da assistência farmacêutica
na sociedade e, ao mesmo tempo, “transparecer” que a maioria dos farmacêuticos
é incompetente para prover tal atendimento.
A
provisão do melhor medicamento para o paciente certo no tempo exato é o melhor
efeito da assistência farmacêutica. Os estudos de farmacoepidemiologia possuem
dados seguros e confiáveis para fornecer informações sobre os efeitos das
terapias medicamentosas. Ignorância farmacêutica e inércia
A
maior barreira ao atendimento farmacêutico são os próprios profissionais. O
sucesso de qualquer empreendimento depende da dedicação das pessoas que nele
acreditam e que se empenham para a sua aceitação geral, mas há formação
deficiente do farmacêutico para as atividades da Farmácia Hospitalar, já que
muitas universidades orientam o profissional para atuar em análises clínicas e
indústrias ou alimentos, em detrimento do conhecimento do gerenciamento do
medicamento; o despreparo dos farmacêuticos para assumir as atividades
administrativas da Farmácia Hospitalar; a limitação do papel da Farmácia
Hospitalar como setor exclusivo de armazenagem e distribuição de produtos
farmacêuticos, sem o desenvolvimento de atividades de produção e fracionamento
de medicamentos e a falta de comprometimento de alguns profissionais da área de
saúde com as propostas de uso racional de medicamentos, são fatores que
retardam a ascensão profissional.
Interface com as
atividades hospitalares:
O
serviço de farmácia hospitalar deve ter relacionamento direto com todos os
setores do hospital, fundamental para a assistência farmacêutica alcançar um
índice total de eficácia. Para o envolvimento interdisciplinar da farmácia, o
administrador do serviço deve compreender os limites de sua atuação e sua
dependência em relação a outros membros da equipe.
Citamos
a seguir alguns exemplos desse relacionamento, para mostrar o grau de
interdependência com outros setores da instituição:
Setor administrativo:
Processos
de aquisição de medicamentos e equipamentos, distribuição e controle de
medicamentos, faturamento, auditorias, manutenção de equipamentos, políticas de
aquisição e gestão de estoques.
Enfermagem:
Agente
de ligação direta entre farmácia e o paciente, nos processos de educação sobre
a terapia medicamentosa, adequação da administração dos medicamentos,
farmacovigilância, atendimento e controle do uso de medicamentos.
Clínicas
Prestação
de serviços de informação sobre medicamentos, clínica farmacêutica,
farmacovigilância, padronização de fármacos e estabelecimento de protocolos.
Laboratório
Controle
de qualidade de preparações estéreis, avaliação de eficácia e estudo de
utilização de antimicrobianos.
Comissões
multidisciplinares
A
farmácia tem papel fundamental nas comissões multidisciplinares, como a
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Comissão Hospitalar de Farmácia e
Terapêutica, Comissões de Acreditação, de Licitação e de Suporte Nutricional.É
necessário lembrar que o êxito dos serviços farmacêuticos prestados depende da
adesão de outros profissionais, que devem ser chamados a opinar sobre as
determinações que os afetam de forma direta ou indireta.
A
farmácia no século xxi:
O
mercado para fármacos prescritos é altamente competitivo e os tratamentos
atualmente disponíveis podem trazer maior recompensa, como também maiores
riscos, porque a terapia medicamentosa tornou-se mais complexa do que nunca,
através do lançamento no mercado de medicamentos mais específicos e mais
potentes para tratar as doenças agudas e crônicas. O trabalho farmacêutico
torna-se, cada vez mais então, uma peça chave na orientação desta terapia. Os
pacientes consomem rotineiramente, também, medicamentos não prescritos, bem
como fitoterápicos e suplementos alimentares, em virtude do maior acesso à
informação sobre medicamentos, pelas farmácias on-line.
Atualmente
são introduzidos no mercado novos fármacos em grande escala e de tal forma, que
os prescritores não tem a possibilidade de tomar conhecimento de todas as
medicações disponíveis.
Os
pacientes - sejam consumidores ou profissionais de assistência à saúde tem
somente que acessar a Internet para aprender a respeito de novas terapias.
No
entanto, não está disponível, ainda, uma regulamentação adequada para orientar
a Internet como um mantenedor de informação sobre fármacos, fazendo com que as
fontes variem na veracidade, integridade e independência da promoção.
O
aumento do número de fontes de informação sobre medicamentos aumentou, também,
a distância entre os consumidores e o farmacêutico.
A
história não termina com os medicamentos prescritos. A propaganda aumentou a
demanda de medicamentos não prescritos, fitoterápicos, terapia nutricional e
homeopatia. Como saber qual a combinação de substâncias que os pacientes estão
usando? E como saber que conseqüências elas trarão? É sabido que a terapia com
fármacos é cara e os seus custos aumentam mais rápido do que qualquer outro
segmento da assistência à saúde.
Para
se calcular o custo da terapia medicamentosa deve-se incluir o custo dos
próprios fármacos e das conseqüências negativas advindas de seu uso, que podem
ser iguais ou maiores do que o custo dos próprios fármacos.
Descobrir
novos fármacos é a principal missão da pesquisa farmacêutica, que sustenta os
ensaios clínicos conduzidos por instituições de pesquisa. Muitos desses estudos
são realizados em hospitais, através do conhecimento de líderes médicos e
farmacêuticos, na condução dos estudos com novos fármacos. Esses profissionais
agem, também, como representantes médicos científicos, para ajudar os
formadores de opinião em suas decisões sobre padronização e decisões
paciente-específicas.
É
necessário que as várias fontes de informação sejam balanceadas, para que os
consumidores e mantenedores tenham a imagem completa, tanto positiva quanto
negativa.
Mantendo
a confiança do público:
A
confiança depositada pelo público no trabalho farmacêutico desde os tempos da
farmácia da esquina merece que este profissional trabalhe duramente para
mantê-la, colocando como maior prioridade o aumento do tempo pessoal com os
pacientes para solucionar problemas com os fármacos, para administrar o tempo
nas orientações a grupos de pacientes sobre sua terapia, assim como na administração
do tempo despendido com outros profissionais, na provisão de orientações e na
busca da melhor assistência ao paciente.
A
confiança do público se perde quando o envolvimento farmacêutico relaciona-se
somente com a redução de custos dos medicamentos, mas é preferível que tais
esforços não sejam a principal tarefa do farmacêutico.
O
resultado do custo do medicamento é certamente complexo e os farmacêuticos
estão bem capacitados para ajudar os pacientes, prescritores e seguradoras em
obter o máximo proveito do dinheiro gasto com medicamentos. Esta atitude
é
melhor realizada por farmacêuticos que tenham conhecimento da terapia do
paciente e não por aqueles cujo objetivo é reduzir o custo de uma simples
prescrição.
REFERÊNCIAS
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Brasileira de Farmácia Hospitalar, 1996/1997. Padrões Mínimos para Unidades de Farmácia Hospitalar. Belo
Horizonte, 1997
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Servicios de Farmacia Hospitalaria. Madrid, España: Edita y
Distribuye: Consejo General de Colegios Oficiales de Farmacéuticos.
14.
Farmácia Hospitalar : Laboratório Eurofarma
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