quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

CUIDADOS GERAIS COM OS MEDICAMENTOS E COM O TRATAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO

CUIDADOS GERAIS COM OS MEDICAMENTOS E COM O TRATAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO


GERAIS

v  Lavar as mãos antes de manusear qualquer medicamento.

v  Deixar fora do alcance de crianças.

v  Não interromper tratamentos sem ordem médica. Ressaltar aspectos críticos, como o risco de desenvolvimento de resistência no caso dos antimicrobianos, ou efeito rebote no caso dos medicamentos da área cardiológica. Por outro lado, é importante que os prescritores sempre coloquem na prescrição a informação quanto à duração do tratamento.

v  Não oferecer para outras pessoas medicamentos prescritos para si, nem tomar medicamentos prescritos para outras pessoas, pois esta é uma prática tão comum quanto perigosa.

v  Em cada atendimento médico levar todas as receitas em uso e relatar os medicamentos usados por automedicação.

v  Se for perdido um horário de tomada de medicação, tomar assim que lembrar. Não tomar se já for a hora da próxima dose. Não duplicar doses.

v  Nos tratamentos antibióticos o paciente deve ser aconselhado a retornar ao médico caso os sintomas não regridam em alguns dias; se ocorrer diarreia durante o uso de qualquer antibiótico, o paciente deve ser recomendado a procurar o médico e não iniciar nenhuma outra terapêutica além dos sais para reidratação oral.

ORIENTAÇÕES QUANTO AO ARMAZENAMENTO DOMÉSTICO DOS MEDICAMENTOS

v  Devem ser mantidos fora do alcance de crianças e na embalagem original; atualmente existem algumas ‘caixinhas’ especiais, próprias para guardar remédios. Sua forma é mais fácil de transportar cotidianamente e tem o objetivo de melhorar a adesão ao tratamento, auxiliando para que o paciente não esqueça de tomar os remédios na hora certa. Se forem usadas, deve ser colocada, a cada vez, somente a quantidade suficiente para 24 horas e os recipientes devem ser cuidadosamente mantidos limpos e secos.

v  Os medicamentos devem ser conservados em suas embalagens originais e guardados em ambientes secos e frescos (evitar ambientes banheiro ou cozinha). Evitar a exposição à luz solar direta.

v  Os líquidos devem ser protegidos do congelamento, exceto sob explícita recomendação diferente.

v  Os medicamentos não devem ser guardados na geladeira a menos que o médico ou o farmacêutico o recomende.

v  Não devem ser deixados no carro por períodos longos.

v  Sempre desprezar remédios vencidos e, ao jogá-los fora, danificar a embalagem e certificar-se de que as crianças não terão acesso.

CUIDADOS ESPECÍFICOS

1. FORMAS SÓLIDAS ORAIS

Cuidados

v  Manusear somente o que for usar, com cuidado especial para os produtos em frascos.

v  Tomar com 1 copo de água, a menos que o médico ou farmacêutico façam outra recomendação.

v  Se necessário dose menor do que a proporcionada pelo comprimido, informar-se com o farmacêutico quanto à alternativa mais correta, pois alguns comprimidos não devem ser cortados e as drágeas e cápsulas não podem ser quebradas pelo leigo.

v  Verificar sinais físicos de deterioração:

1.1 - CÁPSULA DE GELATINA

v  Mudança de aparência ou consistência, incluindo amolecimento ou endurecimento

v  Evidente liberação de gás (entumescimento do envelope)

1.2- COMPRIMIDOS

v  Excessiva quantidade de pó e/ou fragmentos no fundo do embalagem

v  Quebras ou lascas na superfície do comprimido

v  Tumefação

v  Manchas

v  Descoloração

v  Fusão entre comprimidos

v  Aparecimento de cristais no produto por fora do envelope ou nas paredes do recipiente

1.3 - PÓS SECOS E GRÂNULOS

• Mudança de cor, endurecimento, formando uma massa única e dura

1.4- PÓS SECOS E GRÂNULOS PARA SOLUÇÕES E SUSPENSÕES

v  Esta forma farmacêutica usada para antibióticos e vitaminas é particularmente sensível à umidade

v  As suspensões devem ser bem agitadas antes do uso

v  Odor estranho

v  Endurecimento formando uma massa única

v  Gotículas nas paredes do recipiente

1.5 - PÓS, GRÂNULOS E COMPRIMIDOS EFERVESCENTES

v  Odor estranho

v  Endurecimento formando uma massa única

2. LÍQUIDOS ORAIS

Cuidados

v  Ao destampar o frasco, colocar a parte interna da tampa virada para cima.

v  Ao agitar o frasco proteger a tampa com o polegar.

v  Antes da administração, verificar se o conteúdo está homogêneo e sem grumos.

v  Nunca abrir mais de um frasco do mesmo medicamento de uma vez.

v  Ao virar o frasco para medir a dose, o rótulo deve ficar virado para cima, pois assim, se o  líquido escorrer, não manchará o rótulo.

v  Após a administração, lavar os utensílios utilizados (colher ou copo medida, seringas orais ou mamadeira).

v  Sinais físicos de deterioração:

2.1 - SOLUÇÕES ELIXIRES E XAROPES

v  Precipitação

v  Evidência de crescimento bacteriano

v  Formação de gás

2.2 - EMULSÃO

v  Quebra da emulsão

2.3 - SUSPENSÃO

v  Fase sólida endurecida

v  Presença de partículas grandes (indica formação de cristais)

2.4 - TINTURAS E EXTRATOS FLUIDOS

v  Aparecimento de precipitação


3. FORMAS INJETÁVEIS

Cuidados

v  A maioria dos medicamentos injetáveis necessita ficar protegidos da luz; por isto, devem ser mantidos na embalagem original.

v  A aplicação somente deve ser feita em locais confiáveis.

v  Caso a aplicação seja feita em casa, informar-se com o médico ou o farmacêutico sobre todos os cuidados necessários, que são diferentes para cada medicamento, tanto para a proteção do medicamento quanto do paciente e de quem vai aplicar.

v  Verifique se todo o material utilizado para a aplicação é descartável (agulhas e seringas). Não aceite materiais reutilizados. Essa é uma economia que pode sair muito cara, pois várias doenças graves como a AIDS e a HEPATITE podem ser transmitidas por agulhas contaminadas.

v  Sinais físicos de deterioração:

3.1 - LÍQUIDOS ESTÉREIS

v  Turbidez

v  Mudança de cor

v  Formação de película superficial

v  Material particular ou floculento

v  Formação de gás

v  Vazamento

v  Coloração anormal

3,2 - SUSPENSÕES INJETÁVEIS

v  Endurecimento formando uma massa única

4. SEMI-SÓLIDOS

Cuidados

v  Caso o produto venha em tubo, espremer pequena quantidade no dedo indicador para aplicar.

v  Caso o produto venha em pote, utilizar uma espátula ou colherzinha (limpa e separada para este fim) para retirar o produto.

v  Após aplicar o medicamento na lesão, não voltar a encostar o dedo ou espátula na boca do tubo ou do pote para não contaminar.

v  A embalagem deve ser mantida fechada e limpa, com a retirada dos resíduos no produto na tampa ou rosca do pote.

v  Sinais físicos de deterioração:

4.1 - CREMES

v  Quebra da emulsão

v  Crescimento de cristais

v  Diminuição de volume devido à perda de água

v  Sinais de contaminação microbiana (manchas)

4.2 - POMADAS

v  Mudança na consistência

v  Separação excessiva de líquidos

v  Aparecimento de grânulos ou substâncias arenosas


5. SUPOSITÓRIOS

Cuidados

v  A aplicação de supositórios deve ser precedida pela lavagem das mãos.

v  Remover a embalagem e umedecer o supositório com água.

v  Deitar-se de lado e introduzir bem o supositório no ânus com o dedo.

v  Se o supositório estiver muito derretido (por ter sido estocado em um lugar quente), antes de abrir a embalagem, colocá-lo na geladeira por 30 minutos ou em água gelada.

v  Lavar novamente as mãos após inserir o supositório.

v  Deve ser guardado na geladeira, salvo outra recomendação.

v  Sinais físicos de deterioração:
Amolecimento;
Manchas oleosas;
Ressecamento;
Enrugamento.

6. FORMAS FARMACÊUTICAS VAGINAIS

Cuidados

v  Usar o aplicador indicado. Seguir as instruções do fabricante. Se estiver grávida, a paciente deve perguntar ao médico se pode usar o aplicador que acompanha a embalagem.
v  Deitar-se de barriga para cima com os joelhos levantados ou ficar de cócoras. Introduzir o medicamento na vagina o mais profundamente que conseguir sem forçar ou provocar desconforto.
v  Lavar o aplicador com sabão e água quente e também as mãos.
v  Sinais físicos de deterioração:

      Sinais de contaminação, como mofo ou manchas.

7. COLÍRIOS E POMADAS OFTÁLMICAS

Cuidados

v  Para prevenir contaminação, nunca encostar o bico do conta-gotas ou da pomada em nenhuma superfície, inclusive a dos olhos.

v  Lavar as mãos, tombar a cabeça para trás e, com o dedo indicador, puxar a pálpebra inferior de modo a formar uma pequena ‘bolsa’.

v  Gotejar a quantidade recomendada pelo médico na ‘bolsa’ formada e fechar os olhos mantendo-os assim por 1 ou 2 minutos.

v  Se estiver usando a pomada oftálmica, aplicar um fio de cerca de 1 cm, a menos que o médico faça outra recomendação.

v  Se o colírio for para glaucoma, pressionar a córnea inferior com o dedo médio e manter assim por 1 ou 2 minutos para evitar absorção e prevenir problemas.

v  Após a aplicação lavar novamente as mãos

v  Sinais físicos de deterioração:

      Presença de mofo ou manchas;
      Cor e/ou odor diferente.

8. SOLUÇÕES NASAIS

Cuidados
v  Antes de pingar o medicamentos, assoe o nariz devagar, sem apertar.

v  Procure segurar o frasco na mão fechada por algum tempo antes da administração para que o produto se aqueça à temperatura do corpo (a menos que seu médico ou farmacêutico recomendem outra coisa), pois quanto mais fria a solução, maior a chance de provocar dor. Não deve ser usada em temperatura maior que a do corpo, sob risco de provocar queimaduras.


v  Incline a cabeça para trás ou deite-se de barriga para cima, deixando a cabeça pendurada.

v  Coloque as gotas necessárias em cada narina e mantenha a cabeça inclinada por alguns
v  minutos para permitir que a medicação penetre.

v  Lave o conta-gotas com água quente e seque com um tecido limpo (ou algodão, ou gaze).

v  Coloque a tampa no frasco imediatamente após o uso. Para evitar infecções, use um conta gotas para cada pessoa.

v  Sinais físicos de deterioração:

      Cor e/ou odor diferente.

9. SOLUÇÕES OTOLÓGICAS:

Cuidados

v  Para prevenir contaminações, não deixe o bico do conta gotas encostar em qualquer superfície, incluindo os ouvidos.

v  Procure segurar os fracos nas mãos fechadas por algum tempo antes da administração para que o produto se aqueça à temperatura do corpo (a menos que seu médico ou farmacêutico recomendem outra coisa), pois quanto mais fria a solução, maior a chance de provocar dor.

v  Lave as mãos. Incline a cabeça de forma a deixar o ouvido, onde a medicação vai ser
v  aplicada, para cima. Em adultos, puxe um pouco o bordo da orelha e goteje a quantidade
v  necessária no canal auditivo. Em crianças, puxe o lobo da orelha para baixo e para trás.
v  Mantenha a cabeça inclinada por alguns minutos. Um tampão de algodão limpo pode ser
v  colocado na abertura do ouvido para reter a medicação.

v  Não lave o conta-gotas após o uso. Limpe com um tecido (ou gaze, ou algodão) limpo após o uso e mantenha o frasco bem fechado.

v  Sinais físicos de deterioração:

      Cor e/ou odor diferente.

REFERÊNCIA


Ministério da Saúde, Formulário Terapêutico da RENAME  

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