PROF. PAULO ROBERTO
COELHO WILKEN
ADMINISTRAÇÃO EM FARMÁCIA
HOSPITALAR
CAPÍTULO I
1 - O DESENVOLVIMENTO DA
ADMINISTRAÇÃO
1.1 - FASE TEOCRÁTICA
Ø .Século XII aC. - Moisés
Ø .Seculo IX aC. - Salomão
Ø .Século V/VI aC. - Confúcio
Ø .Século dC. - VI/VII dC. - Maomé
Ø .Século VIII/IX - Carlos Magno
1.2 - FASE
EMPÍRICA-PRÁTICA
Ø .Século IX aC - Licurgo
Ø .Século VI aC. - Sólon
Ø .Século IV aC - Alexandre, o Grande
Ø .Século II/I aC. - Cézar
1.3 - FASE MODERNA E PÓS
MODERNA
Diversos
autores - Adam Smith, Ford, Taylor, Fayol, etc.
1.4 - ANTECEDENTES
HISTÓRICOS
A - OS PRIMÓRDIOS DA
ADMINISTRAÇÃO
Ø .Mesopotâmia - Planejamento e condução
de milhares de trabalhadores (obras);
Ø .Egito - Administração Burocrática;
Ø .Confúcio - Parábolas sugerindo
práticas para a boa administração pública;
Ø .Hamurabi, rei dos Amoritas
(Babilônia) - Códigos disciplinadores do trabalho;
Ø .Hebreus - Conceitos de organização
escalar;
Ø .Império Romano - Administração Pública.
B - A ADMINISTRAÇÃO
CIENTÍFICA
Pensamentos de Taylor
(1856-1915)
Ø .Estudos de Tempos e Movimentos.
Ø .Determinação da Única Maneira Certa.
Ø .Seleção do Homem de Primeira Classe.
Ø .Lei da Fadiga.
Ø .Incentivo Monetário.
Ø .Padrão de Produção.
Ø .Supervisão Cerrada.
Ø .Aumento da Produtividade.
Ø .Maiores Salários e Maiores Lucros.
C - A ADMINISTRAÇÃO
CLÁSSICA
Pensamento de Fayol
(1841-1925)
Ø .Divisão de Trabalho.
Ø .Especialização.
Ø .Unidade de Comando.
Ø .Amplitude de Controle.
Ø .Objeto Principal da Organização:
Tarefas
Ø .Organização Formal.
Ø .Maior Eficiência.
Ø .Maiores Salários e Maiores Lucros.
2 - GESTÃO/GERÊNCIA
ESTRATÉGICA DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Para
podermos desenvolver uma ideia razoável sobre o assunto é necessário o
conhecimento básico sobre os seguintes assuntos:
Ø . Organização;
Ø . Gerência e Gestão;
Ø . Planejamento Estratégico e
Normativo;
Ø . Programação de Recursos;
Ø . Papel do Gerente;
Ø . Controle e Garantia de Qualidade;
Ø . Avaliação.
2.1 ~O QUE VEM A SER UMA
ORGANIZAÇÃO?
Uma
organização é um sistema composto por subsistemas que se integram através de
recursos, métodos e processos organizativos de forma a atingir objetivos e
metas comuns. Báez, Sanches e Mittendorf (1994)
2.2
- CULTURA ORGANIZACIONAL
v É um
conjunto de pressupostos básicos que um grupo inventou, descobriu ou
desenvolveu, lidando com problemas, buscando a adaptação externa e integração
interna, e que funcionou bem o suficiente para ser considerado válido,
ensinando a novos membros como forma correta de perceber, pensar e sentir, em
relação a esses problemas. Schein
(1985)
v São
Processos simbólicos à prática institucional dentro de uma organização. Jaeger (1987)
É representada pelo Universo sociocultural da
organização
v
Organização formal e informal;
v
Poder político;
v
Recompensas materiais e sociais.
Liderança na disseminação da cultura organizacional
v
Característica;
v
Importância.
3 - UMA PROPOSTA
ORGANIZACIONAL
A GERÊNCIA DA
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
4 – OS DESAFIOS DA
GERÊNCIA E GESTÃO
Como
compatibilizar o aumento da equidade, da eficácia e a satisfação do usuário,
cada vez mais ciente dos seus direitos, com a otimização dos gastos sempre
crescentes, sob a pressão de uma demanda cada vez maior?
5 - A ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA COMO PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
5.1 - SERVIÇO
É
um benefício que quando produzido é imediatamente consumido pelo usuário. O
serviço não prestado hoje, não pode ser recuperado amanhã.
5.2 - GESTÃO /
ADMINISTRAÇÃO
A
expressão mais nobre da administração tem origem no séc. XVII, com institucionalização
do cargo de ministro (minus) contrapondo-se a magis, de magister ou magistrado.
administrador era o executor das decisões emanadas dos órgão superiores ou dos
parlamentos e assembleias legislativas.
5.3 - GESTÃO EM SAÚDE
Atividade
e responsabilidade de comandar e dirigir um sistema de saúde, seja municipal,
estadual ou nacional, tratando-se, portanto, de uma competência constitucional
exclusiva do poder público, embora possa ser exercida pelo setor privado
complementarmente; implica no exercício de funções de coordenação, articulação,
negociação, planejamento, acompanhamento, controle, avaliação e auditoria.
5.4 - EXECUTIVOS
Nas
organizações os executivos, gerentes ou administradores trabalham
essencialmente na decisão e, mais que seus superiores, estabelecem sentido de
direção para suas empresas e instituições. »Motta, Paulo. A Ciência e a arte de
ser dirigente
6 - O QUE É GESTÃO DA
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA?
v Articulação das etapas envolvidas na
Assistência Farmacêutica viabilizando sua contribuição efetiva na implementação
da Política Nacional de Medicamentos.
v Implica na definição de um modelo
adaptado à concepção da Assistência Farmacêutica a ser implementada.
7 - GERÊNCIA DA
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
7.1 -OBJETIVOS
Ø .Identificação de Atividades,
Prioridades e Responsabilidades;
Ø .Administração de Recursos de todos os
tipos (Cognitivos, Orçamentários, Financeiros e Materiais );
Ø .Planejamento, execução,
acompanhamento, avaliação (PDCA).
7.2 - COMPONENTES DA
GESTÃO:
O CICLO (PDCA)
7.3 - GESTÃO
Ø Planejamento
Ø Execução
Ø Avaliação
Ø Acompanhamento
7.4 - PLANEJA QUEM
GOVERNA !
Ø Projeto de Governo
Ø Governabilidade
Ø Capacidade de Governo
7,3 - CONSIDERAÇÕES
SOBRE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
É
utilizado para orientar a ação do presente;
Não
é previsão do futuro;
3
. Exige sempre uma análise situacional;
4
. Possui caráter multidimensional;
5
. É Aprendizado - Correção – Aprendizado.
7.6
- CONSIDERAÇÕES SOBRE OS MOMENTOS DO PLANEJAMENTO
1. Identificação e definição do ator social;
2. Fotografia do ator social;
3. Construção da imagem (objetivos);
4. Levantamento dos problemas;
5. Elaboração do plano operacional;
6. Análise de viabilidade.
7.7
- O PLANO OPERACIONAL
O
Momento Estratégico
Diante
de um Problema :
v
O que fazer ?
v
Como fazer ?
v
Quem Fará ?
v
Com quem ?
v
Quando ?
v Com que
Recursos ?
7.8 - A EXECUÇÃO DO
PLANO
Consiste
em definir questões como:
1.
Responsabilização;
2.
Coordenação;
3.
Avaliações;
4.
Agilidade / Velocidade/ Flexibilidade.
7.9 - ACOMPANHAMENTO DO
PLANO
Consiste
em definir questões como:
1.
Calendário;
2.
Responsabilidades;
3.
Procedimentos de avaliação.
7.10 -AVALIAÇÃO DO PLANO
Consiste
em definir questões como:
Quantitativa
Ø .Prazos
Ø .Recursos
Ø .no de operações realizadas
Qualitativa
Ø .Eficácia (ação x resultado)
Ø .Eficiência (recurso x resultado)
7,11 - ORÇAMENTO
1.
Prevê todos os recursos necessários;
2.
Fixa todas as despesas.
OBS
: A receita é estimada e no orçamento deve haver equilíbrio entre receita e
despesa.
7.12
- METAS NA ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO NA ESFERA
GOVERNAMENTAL
São
definidas no Plano Plurianual (PPA) com:
1. Diretrizes;
2. Objetivos;
3. Metas.
A
Lei de Diretrizes orçamentárias (LDO) prioriza:
1. As metas do PPA;
2. Orienta a elaboração do orçamento.
7.13 - FINANCIAMENTO DA
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
PORTARIA Nº176/MS
Estabelece
critérios e requisitos para a qualificação dos municípios e estados ao
incentivo à Assistência Farmacêutica Básica e valores a serem transferidos.
PORTARIA Nº653/MS
Modifica
valores financeiros da Portaria 176 com base na população estimada para 1998.
Ver novos valores.
7.14 – A QUALIDADE DA
ASSISTÊNCIA
O
princípio fundamental da qualidade total é a melhoria contínua de todos os
processos em função das necessidades e da satisfação dos clientes e usuários do
sistema.
ALGUNS PRINCÍPIOS DA
QUALIDADE TOTAL
v O trabalho produtivo é realizado
através de processos.
v O sucesso do processo de trabalho
depende da boa relação cliente-fornecedor.
v A principal fonte de falhas de
qualidade são os problemas de
v processo.
v A má qualidade sempre tem um custo.
v Processos de trabalho devem ser
previsíveis (manuais de normas e procedimentos).
v O controle de qualidade deve
concentrar-se nos processos vitais.
v A moderna abordagem da qualidade está
fundamentada no pensamento científico e estatístico: as decisões devem
basear-se em fatos.
v O envolvimento total da equipe é
crucial.
v Novas estruturas organizacionais podem
ajudar a obter melhoria da qualidade: comissão de acompanhamento da qualidade.
v .A administração da qualidade emprega
três atividades básicas estreitamente inter-relacionada:
a) .Planejamento da qualidade;
b) .Controle da qualidade;
c) .Melhoria da qualidade.
MOTIVOS PARA MONITORAR A
QUALIDADE EM SAÚDE
v Lidamos com vidas humanas, valores,
esperanças, emoções . são complicados para descartar, consertar e recuperar;
v Alto custo da falta de qualidade. O
que leva a desperdício, retrabalho, falta de confiabilidade, complexidade
excessiva.
v As falhas de qualidade geralmente, não
decorrem dos trabalhadores, mas dos sistemas em que esses trabalhadores são
colocados pelos gerentes.
v As ações de gerentes sem a adequada
teoria, podem facilmente fazer com que a qualidade decaia, em vez de melhorar.
Berwick, 1994
LISTA DA LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
1 - Aprova
o Plano da Farmácia Hospitalar, procedendo à revisão do Plano aprovado
pela
Resolução de Conselho de Ministros n.º 105/2000, de 11 de Agosto.
Resolução
de Conselho de Ministros n.º 128/2002, de 25 de Setembro
2 -
Transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva Europeia sobre Ensaios
Clínicos,Directiva n.º 2001/20/CE.
Lei n.º
46/2004, de 19 de Agosto
2 -
Regulamento geral da Farmácia Hospitalar.
Decreto-Lei
n.º 44 204, de 2 de Fevereiro de 1962
4 -
Dispensa de medicamentos pela farmácia hospitalar por razões objectivas.
Decreto-Lei
n.º 206/2000, de 1 de Setembro
5- Regime
jurídico do tráfico e consumo de estupefacientes.
Decreto-Lei
n.º 15/93, de 22 de Janeiro e sua alteração pela Lei n.º 45/96, de
3
Setembro
6 -
Regulamenta o Decreto-lei n.º 15/93.
Decreto
– Regulamentar n.º 61/94, de 12 de Outubro
7 -
Regulamento do Sistema Nacional de Farmacovigilância.
Decreto-Lei
n.º 242/2002, de 5 de Novembro
8 - Regime
jurídico a que devem obedecer a preparação e a dispensa de medicamentos manipulados.
Decreto-Lei
n.º 95/2004 de 22 de Abril
9 -
Distribuição de Medicamentos Hospitalares.
Portarias
e Despachos de “Acesso aos medicamentos unicamente de distribuição hospitalar
ou com participação a 100 % no hospital”.
10 -
Armazenamento de Produtos Inflamáveis.
Portaria
n.º 53/71 de 3 de Fevereiro
11- Guia
para o bom fabrico de medicamentos.
Portaria
n.º 42/92, de 23 de Janeiro
12 - Aprova
as boas práticas a observar na preparação de medicamentos manipulados em
farmácia de oficina e hospitalar.
Portaria
n.º 594/2004 de 2 de Junho
13 -
Distribuição de medicamentos hospitalares em sistema unidose.
Despacho
Conjunto dos Gabinetes dos Secretários de Estado, Adjunto do
Ministro
da Saúde e da Saúde, de 30 de Dezembro de 1991
REFERÊNCIAS
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Práticas para Estocagem de Medicamentos. Brasília, DF: Ministério da
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P.R.C.& Bermudez J.A.Z, 1999. A
Farmácia no Hospital. Como Avaliar? Editora Agora Da Ilha, Rio de Janeiro.
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