quinta-feira, 6 de março de 2014

AVALIAÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALAR : ANÁLISE DOS PROCESSOS INTERNOS PARTE 2

AVALIAÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALAR :
ANÁLISE DOS PROCESSOS INTERNOS
PARTE 2



2.2. Farmacotecnia

Recebimento de matérias primas e materiais

Descrição
Sim
Não
NA
ü  Identificam-se as matérias primas e os materiais quanto a suas características e quantidades solicitadas



ü  Verifica-se, através de controle visual, o material de acondicionamento



ü  Registra-se a entrada, constando, como mínimo, os seguintes dados:



v Data



v Quantidade recebida



v Fornecedor



v Lote



ü  Etiqueta-se cada matéria prima com etiqueta de quarentena, onde consta o número do lote



ü  Armazena-se em condições convenientes, esperando sua análise posterior




Análise de matérias primas

Descrição
Sim
Não
NA
ü  Todas as matérias primas utilizadas para a fabricação de medicamentos cumpre as especificações mínimas especificadas pelas farmacopéias



ü  Realiza-se amostragem para fazer análise posterior de cada uma das matérias primas armazenadas na zona de quarentena



ü  Dispõe-se de uma ficha analítica para cada produto, com as correspondentes provas a realizar e seus limites aceitados



ü  Realiza-se análises qualitativas e quantitativas das matérias primas



ü  Preenche-se a ficha ou impresso de análise com, no mínimo, os seguintes dados:



v Produto



v Lote



v Resultado das análises realizadas



v Nome e assinatura do responsável da análise



ü  Fornece-se identidade adequada ao produto



ü  Etiqueta-se quanto a validade e armazenamento em condições adequadas




Elaboração
Descrição
Sim
Não
NA
ü  Dispõe-se de protocolos de elaboração e de envase onde consta, como mínimo



v Nome do produto (DCB)



v Forma farmacêutica



v Dose



v Formulação detalhando a natureza e a quantidade de cada uma das matérias primas a utilizar



v Técnica de fabricação



v Indicação do tipo de envase e etiquetas a utilizar



ü  Os produtos são elaborados segundo protocolos estabelecidos



ü  Preenche-se a ficha de elaboração e de controle, onde consta



v Número do lote fabricado



v Data de fabricação



v Composição quantitativa



v Número de lote de cada matéria prima utilizada



v Data e assinatura do farmacêutico responsável



ü  Identificam-se todos os envases do lote elaborado com a etiqueta do lote elaborado com a etiqueta de quarentena, esperando sua análise posterior detalhada no protocolo de fabricação



ü  Comprova-se que utilizou-se a matéria prima adequada e a quantidade idônea



ü  Registra-se os controles analíticos realizados




Envasado e controle

Descrição
Sim
Não
NA
ü  Realiza-se controle dos utensílios e equipamentos utilizados para reenvasar. Verifica-se dose e funcionamento



ü  Garante-se que o envasado realiza-se nas condições idôneas e segundo as instruções do protocolo de fabricação



ü  Comprova-se que os frascos estejam limpos (estéreis, se é necessário), que não desprendam partículas, que sejam inertes, que não apresentem fissuras e que fechem hermeticamente



ü  Comprova-se a qualidade das unidades envasadas (aspecto geral, apresentação, nº do lote e validade)



ü  Realiza-se a comprovação, por lote, das unidades reais obtidas com as planejadas. Não deve ocorrer diferenças inexplicáveis



ü  Registra-se o número de unidades envasadas



ü  A etiqueta de identificação permite a completa identificação do medicamento. Consta como mínimo:



v Nome adotado pelo hospital, para as fórmulas normalizadas



v Composição qualitativa e quantitativa, para as fórmulas magistrais



v Via de administração



v Advertências de uso



v Condições de conservação



v Lote de fabricação



v Data de vencimento



v Quantidade dispensada



ü  Comprova-se e arquiva-se toda a documentação utilizada no processo



ü  Realizam-se estudos de estabilidade das fórmulas elaboradas e de seus princípios ativos, o que permite determinar o período de validade ou data limite de utilização



ü  Realiza-se controle microbiológico, de forma sistemática, das fórmulas armazenadas



ü  Efetua-se controle periódico dos utensílios e equipamentos utilizados para a elaboração e controle dos medicamentos, com a finalidade de assegurar a credibilidade das determinações



ü  Efetua-se controle bacteriológico ambiental (ar, água e materiais) com periodicidade pré-estabelecida, em especial da zona estéril e da capela de fluxo laminar



ü  Retém-se uma amostra de cada lote de fabricação das fórmulas normalizadas até a data de vencimento




FONTE : MINISTÉRIO DA SAÚDE , (ANVISA) Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Unidade de Farmacovigilância
Fones: 448-1219 – Fax: 448-1275 E-mail: farmacovigilancia@anvisa.gov.br

2.3. Reenvasado de medicamentos

Descrição
Sim
Não
NA
ü  Realiza-se o reenvasado de medicamentos de forma isolada das outras atividades da farmácia



ü  O processo de reenvasado de um produto não se realiza simultaneamente com o de outro produto



ü  Antes de iniciar o reenvase avaliam-se as características organolépticas (cor, odor, aparência física) do produto



ü  Ao final do processo de reenvase de um produto, procede-se a retirada de todas as unidades que existam e limpam-se todos os utensílios e equipamentos, antes de proceder ao reenvase de outro produto



ü  Todas as etiquetas que não foram utilizadas são destruídas para evitar possíveis erros de identificação. No caso de máquina de envasar com etiquetadora própria, procede-se a retirada dos dados da impressora e também de todas as etiquetas que tenham sido impressas e estejam na máquina envasadora



ü  Realiza-se um exame dos equipamentos antes de encher com qualquer produto



ü  O farmacêutico conhece as características físicas do produto que será reenvasado e dos frascos que utiliza para garantir a proteção do conteúdo



ü  Garante-se em qualquer momento que:



v O reenvasado não influi na estabilidade do conteúdo



v O conteúdo não se deteriora durante seu armazenamento



v Os envases são de material leve



v Quando se incineram os envases não se produz gases tóxicos



ü  A etiquete leva a seguinte informação



v DCB e/ou nome adotado pelo hospital



v Forma farmacêutica



v Concentração (dose)



v Instruções (caso necessário)



v Data de vencimento



v Lote de fabricação e/ou nº de controle



ü  As folhas de controle de todas as operações de envase realizadas são arquivadas. Contém as seguintes informações:



v Nome, dose, forma farmacêutica, via de administração, etc.



v Laboratório fabricante



v Número do lote do laboratório



v Número do lote do SFH



v Data de validade (segundo fabricante e o SFH)



v Número de unidades envasadas e data do envase



v Nome do funcionário e aprovação do farmacêutico



v Exemplo da etiqueta e do produto acabado



v Descrição do frasco utilizado



ü  O farmacêutico garante as normas de conservação do produto acabado e também que a data de validade é realmente a indicada



ü  A data de validade de um produto reenvasado não é superior a 25% do tempo compreendido entre a data de reenvase e a de validade do fabricante e que o tempo máximo deste nunca supera seis meses



ü  Todos os materiais conservam-se em condições ótimas de grau de umidade relativa de 75% e de temperatura inferior a 23º C



ü  A quantidade de medicamentos a reenvasar não supera seis meses de estoque



ü  Guarda-se uma mostra de cada lote reenvasado



ü  Realizam-se estudos de estabilidade dos medicamentos reenvasados




2.4. Preparação de MIV
Descrição
Sim
Não
NA
ü  Existe um protocolo de MIV



ü  Analisam-se as ordens médicas



ü  Transcreve-se as ordens médicas para as folhas de preparação de MIV



ü  Na folha de elaboração de MIV consta:



v Nome do paciente e leito



v Descrição da solução, volume e lote



v Descrição de aditivos, concentrações e lotes



v Número de frascos e seqüência de administração



v Data e hora de administração



v Velocidade de infusão



v Lote e data de vencimento



v Identificação da pessoa que preparou a MIV



ü  Seleciona-se a solução intravenosa a qual deve-se aditivar os produtos e o tipo de envase a utilizar



ü  Garante-se que os aditivos encontram-se nas quantidades prescritas na ordem médica



ü  Identificam-se possíveis problemas de incompatibilidade



ü  As MIV são preparadas com técnica asséptica e em capela de fluxo laminar, segundo os protocolos de trabalho estabelecidos que garantam a esterilidade e apirogenicidade



ü  Na preparação de MIV utilizam-se filtros para evitar a contaminação com partículas ou que estas não superem os níveis máximos aceitos



ü  A etiqueta apresenta os seguintes dados:



v Nome do paciente e leito



v Nome da solução e volume



v Descrição dos aditivos e concentração



v Número de envases e seqüência de administração



v Duração da administração e data



v Velocidade de infusão em gotas/minuto ou ml/hora



v Lote e data de validade



v Hora de preparação, data e abreviatura do nome do manipulador e revisor da MIV



v Outras precauções (equipo em Y, conservação sob refrigeração, proteção da luz, equipo microgotas, etc...)



ü  Realiza-se o registro de todas as MIV elaboradas



ü  Realizam-se os seguintes controles:



a) Físicos



v Perda de vácuo ou envase em condições incorretas



v Partículas



v Precipitações



v Formação ou mudança de cor



v Formação de gás, espuma, turbidez ou nebulizado



b) Fisicoquímicos



v PH



v Osmolaridade



v Espectrofotometria UV-VIS



c) Biológicos



v Determinação de pirogênio



v Periódicos controles bacteriológicos segundo o volume de trabalho, a rotação de RH que trabalham na preparação e as condições ambientais da mesma



v Todos os controles são realizados de forma sistemática e são registgrados e arquivados devidamente



ü  Procura-se que o tempo entre a preparação e a administração seja o mínimo, assegurando-se as condições adequadas de conservação




2.5. Preparação de medicamentos citostáticos

Proteção ambiental

Descrição
Sim
Não
NA
ü  São armazenados em lugar adequado para evitar acidentes



ü  Dispõe-se de protocolo de atuação no caso de quebra de envases



ü  Dispõe-se de uma unidade centralizada para sua preparação



ü  Preparam-se as misturas em uma capela de fluxo laminar vertical, classe II, tipo B



ü  Realiza-se o controle da capela mediante



v Fluxo de ar



v Manutenção dos filtros HEPA



v Controle das características elétricas e mecânicas




Proteção do manipulador

Descrição
Sim
Não
NA
ü  Dispõe-se de uma área de trabalho restrita ao pessoal autorizado



ü  A preparação realiza-se sempre em capela de fluxo laminar vertical, classe II, tipo B



ü  Utilizam-se luvas de látex de uso único que trocam-se, ao menos, cada 30 minutos



ü  Utilizam-se roupas de uso único com punhos com elásticos



ü  Existe protocolo de atuação se ocorrer contato acidental



ü  Existem agentes neutralizantes à disposição e devidamente acondicionados para uso em caso de acidente



ü  Utilizam-se mascara, roupa adequada e luva dupla para recolhida do material em caso de quebra de algum material




Técnica de preparo

Descrição
Sim
Não
NA
ü  Estabeleceu-se normas de higiene nas áreas de trabalho estéreis (lavagem das mãos, ausência de anéis, pulseiras e maquiagem, etc..)



ü  A manipulação é realizada por pessoal especializado



ü  Conhecem-se os princípios do trabalho em fluxo laminar vertical



ü  A capela está adequada (limpa, desinfectada, coberta a zona de trabalho com uma peça absorvente, plastificada no dorso)



ü  Dispõe-se de recipiente apropriado para acolher os restos de medicamentos e de material contaminado



ü  Utilizam-se seringas e agulhas com conexão Luer-lock



ü  Evita-se a criação de sobrepressões no interior do vial, para impedir projeções de aerosois, ou a utilização de filtros hidrofóbicos



ü  Existem protocolos de reconstituição e preparação




Tratamento dos resíduos de preparação

Descrição
Sim
Não
NA
ü  Recolhem-se as preparações de citostáticos em bolsas resistentes de um só uso e com fechamento hermético



ü  As bolsas são rotuladas advertindo-se que o material contido está contaminado com citostáticos



ü  Dispõe-se de contedores descartáveis para armazenar as bolsas de material contaminado



ü  Dispõe-se de inativadores químicos caso rompa-se algum frasco



ü  Procede-se a incineração, a 1000ºC, dos contedores dos resíduos




FONTE : MINISTÉRIO DA SAÚDE , (ANVISA) Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Unidade de Farmacovigilância
Fones: 448-1219 – Fax: 448-1275 E-mail: farmacovigilancia@anvisa.gov.br

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