quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS : UM ESTUDO DE CASO EM PAULO AFONSO-BA

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

LUCIANA PEREIRA DE SOUZA



OBJETIVO FUNDAMENTAL DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

Para Viana (2002), o objetivo fundamental da administração de materiais é determinar quando e quanto adquirir, para repor o estoque, o que determina que a estratégia do abastecimento sempre seja acionada pelo usuário, à medida que, como consumidor, ele detona o processo. Francischini e Gurgel (2004, p. 05) definem administração de materiais como:

Atividade que planeja, executa e controla, nas condições mais eficientes e econômicas, o fluxo de material, partindo das especificações dos artigos a comprar até a entrega do produto terminado ao cliente.

MOTIVAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

A motivação da administração de materiais é satisfazer às necessidades de sistemas de operação. A importância da boa administração de materiais pode ser mais bem apreciada quando os bens necessários não estão disponíveis no instante correto para atender às necessidades de produção ou operação.

Boa administração de materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de operação, ou seja, o objetivo da administração de materiais deve ser prover o material certo, no local de operação certo, no instante correto e em condição utilizável ao custo mínimo (BALLOU, 1993).

A administração de materiais abastece ou supre a organização com os materiais, constituindo o elo entre a empresa e os seus fornecedores de materiais. Visa atender o cliente certo, com o material certo e nas quantidades e momentos certos e nas melhores condições para a organização (BARBIERI E MACHLINE, 2006).

De tal modo, uma das mais importantes funções da administração de materiais está relacionada com o controle de níveis de estoques. Todas as organizações devem preocupar-se com o controle de estoques, visto que desempenham e afetam de maneira bem definida o resultado da empresa (POZO, 2004).

ESTOQUES

Um dos grandes desafios enfrentados atualmente pelas organizações se refere ao balanceamento dos estoques em termos de produção e logística com a demanda do mercado e o serviço ao cliente. A gestão de estoques é elemento
imprescindível e deve ser administrada eficientemente, pois todas as organizações mantêm estoques (BERTAGLIA, 2003).

O termo gestão de estoques, dentro da logística, é em função da necessidade de estipular os diversos níveis de materiais e produtos que a organização deve
manter, dentro de parâmetros econômicos.

Esses materiais e produtos que compõem os estoques são: matéria-prima, material auxiliar, material de manutenção, material de escritório, material e peças em processos e produtos acabados. A função principal da administração de estoques é maximizar o uso dos recursos envolvidos na área logística da empresa, e com grande efeito dentro dos estoques (POZO, 2004).

O controle de estoque, desde a antiguidade, já se tinha a necessidade de uma adequada forma de utilização de sistemas e métodos, para obter melhorias nas
atividades desenvolvidas, pois ocorriam desperdícios e ausência de mercadorias, ocasionando assim para a organização prejuízos e para os clientes insatisfação devido o produto não está disponível.

Segundo Francischini e Gurgel (2004, p. 148): Para o controle de estoque ser eficaz é necessário, portanto, que haja um fluxo de informações adequado e um resultado esperado quando a seu comportamento.

Espera-se de um Administrador de materiais que os usuários tenham fácil acesso aos itens estocados, quando eles forem necessários para a elaboração de alguma atividade na empresa, mas, por outro lado, o volume do estoque não pode ser tão alto que comprometa a rentabilidade da empresa.

Demo (2005) afirma que os estoques têm a função de ponderar as entradas e
saídas de uma empresa, as quais oscilam, ora sendo maiores as entradas, ora as saídas. Quanto maior o número de entradas maior será o estoque, quanto maior for as saídas, menor o estoque.

O objetivo sempre será o da igualdade, onde a velocidade de entrada é igual à velocidade de saída, sendo assim os estoques nulos. Objetivo este que depende da integração dos setores dentro da empresa, principalmente o de compras (entradas) com o de vendas (saídas), os quais passam a ser função do planejamento e controle de produção.

Em si tratando de organizações de saúde, o sistema de materiais de um hospital é bastante complexo e não está restrito à quantidade de variáveis ou ao seu custo, é necessário considerar também a complexidade do seu processo produtivo.

O procedimento de produção do setor de saúde é uma das mais intrincadas unidades de trabalho, porquanto ele constitui um centro de interação de várias
disciplinas e profissões, incorporando tecnologias, gerando um modelo assistencial com uma variedade enorme de itens e graus de diversidade (SILVA, 2006).

Para Pozo (2004, p.40), a função de planejar e controlar estoques são fatores
primordiais numa boa administração do processo produtivo. Os objetivos do
planejamento e controle de estoque são:

Ø  Assegurar o suprimento adequado de matéria-prima, material
Ø  Auxiliar, peças e insumos ao processo de fabricação;
Ø  Manter o estoque o mais baixo possível para atendimento compatível às necessidades vendidas;
Ø  Identificar os itens obsoletos e defeituosos em estoque, para eliminá-los;
Ø  Não permitir condições de falta ou excesso em relação à demanda de vendas;
Ø  Prevenir -se contra perdas, danos, extravios ou mau uso;
Ø  Manter as quantidades em relação às necessidades e aos registros;
Ø  Fornecer bases concretas para a elaboração de dados ao planejamento de curto, médio e longo prazos, das necessidades de estoque;
Ø  Manter os custos nos níveis mais baixos possíveis, levando em conta os volumes de vendas, prazos, recursos e seu efeito sobre o custo de venda do produto.

Ainda conforme Pozo (2004) existem diversos tipos ou nomes de estoques, que podem ou não ser mantidos em um ou diversos almoxarifados. Usualmente, as empresas possuem em sua organização cinco almoxarifados básicos, que são:

Ø  Almoxarifado de matérias-primas;
Ø  Almoxarifado de materiais auxiliares;
Ø  Almoxarifado de manutenção;
Ø  Almoxarifado intermediário;
Ø  Almoxarifado de acabados.

A razão de manter estoques está relacionada com a previsão de seu uso em
um futuro imediato. É praticamente impossível conhecer a demanda futura; torna-se necessário manter determinado nível de estoque, para assegurar disponibilidade de produtos às demandas, bem como minimizar os custos de produção, movimentação e estoques (POZO, 2004).

FONTE :

MONOGRAFIA : ADMINISTRAÇÃO DE SUPRIMENTOS DE MATERIAIS DOS SERVIÇOS DE SAÚDE HOSPITALAR: Um caso na cidade de Paulo Afonso-BA Paulo Afonso – BA Junho / 2009 Luciana Pereira de Souza FACULDADE SETE DE SETEMBRO – FASETE CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM MARKETING




Nenhum comentário:

Postar um comentário